Um teto todo seu

Um teto todo seu Virginia Woolf




Resenhas - Um Teto Todo Seu


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fanny.Dyatlov 29/03/2023

VIRGINIA WOOLF EU TE VENERO! Coma meu cérebro no café da manhã. ????

?As mulheres serviram todos esses séculos como espelhos possuindo o poder mágico e delicioso de refletir a figura do homem com o dobro de seu tamanho natural. Sem esse poder provavelmente a terra seria desconhecida. Ainda deveríamos estar riscando os contornos de veados nos restos de ossos de carneiro e trocando pederneiras por peles de carneiro ou qualquer outro ornamento simples que agradasse nosso gosto não sofisticado. Super-homens e Dedos do Destino nunca teriam existido. O Czar e o Kaiser nunca teriam usado coroas ou as perdido. Qualquer que seja seu uso nas sociedades civilizadas, os espelhos são essenciais para toda ação violenta e heróica. É por isso que Napoleão e Mussolini insistem tão enfaticamente na inferioridade das mulheres, pois se não fossem inferiores, deixariam de crescer.?

Um livro curto e bom ou melhor uma palestra de 192 páginas boa. Virginia Woolf traz argumentos interessante sobre Uma Mulher não poderia ter escrito a obra de Shakespeare porque precisaria de "um quarto só dela". Essencialmente, uma educação, a capacidade de viajar pelo mundo e a independência necessária para o fazer. E ela também cria um pequeno exemplo que se caso Shakespeare estivesse um irmã gêmea e que caso ela estivesse exatamente os mesmo dons que ele ou até melhores que ele. Ela enlouqueceria pois não teria como expressa-los como o irmão, ela como uma mulher no século XIX não era livre como um homem e não teria as mesmas oportunidades como ele.

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Ler este livro foi revigorante e assustador, sabe aquela sensação que tem vários demônios gritando na sua cabeça? Foi exatamente isso que eu senti lendo esse pequeno livro. Mas não consegui largar até terminar. Estou obcecada por cada palavra, cada frase e parágrafo. Virginia, e eu digo de novo.. devore meu cérebro como se fosse seu café da manhã favorito.

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?Isso é um pedido de ajuda.
Nicolas388 31/03/2023minha estante
Ah, adorei o "devore meu cérebro". A Virginia Woolf é genial mesmo. ^^




juliana1514 29/03/2023

Maravilhoso
Eu simplesmente amei esse livro. Decidi lê-lo aleatoriamente e foi a melhor coisa que fiz. Virgínia tem uma escrita espetacular e está muito a frente do seu tempo. Já separei outros títulos da escritora para devorar.
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Daisy 25/03/2023

Todos contra as Mulheres
Um livro do início do século XX, mas que ainda permanece atual... Woolf esmiúça tantos acontecimentos, livros, passagens e autores pra trazer a resposta que precisava para dar algumas palestras em seminários, o tema? Mulheres e ficção.
A partir disso, analisando o cotidiano das mulheres de sua época, dos dizeres de homens passados e presentes, da segregação da mulher nos afazeres domésticos, do preconceito diário sofrido por todas, ela chega a conclusão simples, mas certeira, de que pra uma mulher poder escrever ficção ( e por que não dizer, que incutido nesse escrever também podemos colocar produzir, viver, deixar a criatividade vir a tona, saborear a vida) ela precisaria de 500 libras anuais e um teto todo seu.
Vejam bem, que se colocássemos em valores atuais, estaríamos falando de cerca de 3.500 reais... O que naquela época, era MUITOOOO dinheiro. ( Não esqueçam que no início do plano real vc comprava pacote de arroz de 5 kilos por 2 reais...). Então temos também a informação de que Woolf, antes de ser riquíssima, não passava de mais uma mulher buscando seu lugar ao sol, e após ganhar a herança da tia rica, pode enfim colocar seus projetos tão sonhados em ação, inclusive foi após a herança que a mesma escreveu grande maioria de seus livros, incluindo grandes sucessos como: Orlando e Mrs Dalloway.
Aqui nada mais, nada menos, ela nos diz, que sem esse dinheiro abençoado que a possibilitou viver seu sonho, produzir seus livros e se desligar dessa máquina de moer carne que é a vida, ela jamais teria conseguido alcançar o patamar que alcançou, ou talvez até tivesse conseguido... Mas muito mais dificilmente...
Uma literatura muito rica, um livro bem escrito, aprazível, com muitas referências e rápido.
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anicca 24/03/2023

"Voar, voar, subir, subir"
Em "Um teto todo seu", Virginia suscita questionamentos baseados na relação entre a literatura e o gênero feminino até o século XX. A iniciativa de escrever a presente obra foi fomentada pelo convite que recebeu para palestrar sobre "As mulheres e a ficção".

À sua época, mulheres serem permitidas de frequentar a universidade constituía ainda uma inovação. Tanto que, quando reunindo material de pesquisa para embasar suas palestras, foi proibida de circular em determinado espaço acadêmico por um guarda, pois aquele claramente não era um espaço destinado a ela ? já uma escritora consolidada. É nesse momento que a figura do gatinho sem cauda aparece, e o subtexto ganha força.

Virginia teve a oportunidade de conhecer as refeições que eram oferecidas tanto nas universidades voltadas para homens quanto nas voltadas para mulheres. Percebeu que, no segundo caso, os recursos materiais eram tremendamente escassos, desde a infraestrutura das instituições ao cardápio servido. Assim, além do segregacionismo entre gêneros, havia também uma profunda distinção de investimentos no âmbito educacional. Consequentemente, o feminino continuava sobrepujado em face de sua suposta inferioridade.

Mas como esperar resultados semelhantes se as oportunidades eram essencialmente desfavoráveis para mulheres? É uma dinâmica que se assemelha à punição dada a Tântalo.

Nesse sentido, Virginia salienta que é fundamental perscrutar quais fatores interferem na discrepância entre os gêneros. Para tanto, usa como ponto de partida a seguinte colocação: uma mulher jamais seria capaz de exprimir a genialidade de Shakespeare?

A problemática subentende que há uma incapacidade inata a elas e, portanto, é fatídico que nenhuma poderia escrever como o bardo ? quase como se obstáculos fossem inexistentes e dependesse meramente da escolha. No entanto, ao investigar a questão, Virginia conclui que as razões adjacentes a tal "dificuldade feminina" são mais profundas do que se poderia imaginar a princípio. Ela ressalta as condições que as escritoras de meados do século XVIII enfrentavam, tais quais controle reprodutivo, submissão paterna e então marital, dependência quase que absoluta de um e depois do outro, condicionamento comportamental e reprovação social contra qualquer atitude performada fora do ideal se feminilidade. Havia também casos abertos de hostilidade (manifestados por familiares e críticos) frente ao interesse de escrever, grotescos como Monteiro Lobato comparando as pinturas de Anita Malfatti às de internos manicomiais. E, mesmo no século seguinte, escreviam na sala de estar comum aos membros da família, daí o título deste ensaio.

Além de tantos pontos limitantes, é importante lembrar que mulheres não podiam ler, viajar e realizar atividades (fossem lazer ou obrigações) como os homens o faziam. Pertencer ao estrato social mediano significava uma série de restrições por si só, o que dizer do basilar?

Estendendo as colocações da autora, podemos pensar sobre quantas cientistas, em xadrez e compositoras eruditas conhecemos. Uma ideia corrente é de que mulheres não nutrem determinados tipos de interesse ? como dinossauros, esportes ou competitividade (a menos que seja contra suas semelhantes, manifestação de inveja). Não deixa de ser uma abordagem superficial e simplista, pois o meio em que o indivíduo nasce e cresce influencia diretamente seu modo de pensar, agir e ser.

Como sentir-se preparado se todo o mecanismo social (família, instituições escolares, mídia, figuras religiosas e até mesmo amigos) tenta te convencer do contrário? Alejandro Jodorowsky dizia que "pássaros nascidos em gaiolas acreditam que voar é uma enfermidade".

Atualmente, muitos dos entraves para a consolidação dos direitos das mulheres foram dissolvidos, e uma espécie de alternativa a esse histórico descaso pode ser percebida em alguns setores: em livros didáticos, tem-se a problematização de questões de gênero com ênfase em ética e direitos humanos; em literatura, percebe-se uma presença feminina marcante no cenário moderno e contemporâneo; no audiovisual, heroínas ganham filmes solo e temáticas como o movimento Me Too recebem indicações ao Oscar (Women Talking).

No fim das contas, ainda há muito o que ser feito em prol da equidade social, mas antes de qualquer coisa, é importante termos em mente aquilo que Rubem Alves uma vez escreveu: "sonhamos o voo, mas tememos a altura. Para voar é preciso ter coragem para enfrentar o terror do vazio". Não é sobre incapacidade intrínseca, como argumentavam os coetâneos de Virginia, mas sobre possuir condições dignas para realizar propósitos.
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Marina 24/03/2023

Maravilhosa a forma que Virginia Woolf conseguiu mostrar a relação das mulheres com a ficção, relacionar o patriarcado com a falta de escritoras e mostrar como a produção criativa, artística, intelectual, necessita de um mínimo de condições materiais e independência, que ela resume em ter um quarto só para si e uma renda fixa. Considerando os séculos em que essas condições básicas foram negadas às mulheres, que não tinham acesso à educação, nem à privacidade e que tinham que usar todo o seu tempo para cuidar da casa e da família sem remuneração, conseguimos entender porque, até o século XIX, temos tão poucas autoras mulheres (assim como pintoras, compositoras, musicistas, etc).
É claro que o recorte que a Virginia faz é bem branco e eurocentrado, porque essa era a realidade dela no início do século XX, mas é muito fácil de extrapolarmos os conceitos para aplicar em uma teoria interseccional que faça sentido hoje em dia.
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MariaEduarda6 23/03/2023

Sobre escrita
Sempre que estou perdida, me encontro em um livro de Virginia. A escrita dela é um afago para a alma. A minha em si, tem muitos tormentos comuns. Esse é um livro cheio de voltas mas acho que acima de tudo as entradas de diário da autora ao final são muito interessantes.
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Thais 22/03/2023

Importante mas dificil
To ate triste de fazer essa resenha pelo simples fato que entendi muito pouco do livro
virginia woolf é uma escritora super necessária para o movimento feminista, isso não ha duvidas
o livro não é ruim, eu que não consegui entender muito bem mesmo
a premissa é simples: como as mulheres podem ser escritoras se elas nao possuem um proprio teto? um momento em que não tenham outras preocupações inerentes as que foram impostas as mulheres
fiquei triste, gostaria de ter aproveitado mais a leitura
anicca 31/03/2023minha estante
oii, gostaria de conversar sobre?




Joyce.Rabello 21/03/2023

Atual como o passado
"[...] que mesmo no século XIX uma mulher não era encorajada a ser artista. Pelo contrá- rio era desprezada, estapeada, repreendida e aconselhada. Sua mente deve ter-se exaurido, e sua força vital ter diminuído pela necessidade de se opor a isso e desaprovar aquilo. Então aqui nos deparamos com um complexo masculino obscuro e muito interessante, que teve bastante influência nos movimentos fe- mininos; aquele desejo inveterado nem tanto de que ela seja inferior quanto de que ele seja superior, que o coloca onde quer que se olhe, não apenas diante das artes, mas também bloqueando o caminho para a politica, mesmo quando o risco para ele parece ser infimo, e o requerente, humilde e devotado."

A Virgínia é sensacional, apenas, toda mulher precisa ler uma obra dessa pra entender que o ponto do feminino é muito mais além do que o discurso liberal de meu corpo minhas regras
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Alana.Luckwu 15/03/2023

Esse livro é um grande devaneio
Esse livro não serviu nem um pouco pra entender porque essa autora é tão aclamada. Exceto para mostrar que faz bom uso da gramática.

A unica coisa interessante aqui foi experienciar o estilo de escrita de fluxo de consciência. E por isso dei a 0,5 estrela.

A autora cria histórias e não fundamenta seus argumentos. Parecia perdida na sua própria narrativa e sem propriedade do que tentava explicar.

A primeira leitura ruim do ano...
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Marianne Freire 15/03/2023

?Virginia Woolf, a escritora premonitória inesgotável? (El País)

?Um teto todo seu. Um quarto, uma sala, um espaço livre de interrupções, alheamentos, desatenções. Tempo suficiente para se dedicar à escrita. Eis as condições básicas, segundo Virginia Woolf para que uma mulher escreva ficção.?

Virgínia Woolf tinha problemas psiquiátricos, e vasta produção artística em romances e ensaios. E mesmo assim, tatiava o indizível.

Neste ensaio ficcional, o lirismo de Virgínia Woolf fala da dificuldade das escritoras mulheres encontrarem seu espaço, serem reconhecidas, validadas, sob o prisma de suas produções ficcionais que não tinham apreço e estima devido a dominação masculina.

Virginia diz que ?as mulheres devem ter dinheiro para ter um quarto só seu para escrever ficção.?

O conservadorismo em relação ao comportamento da mulher no séc XIX fazia com que o talento de muitas mulheres escritoras de ficção fossem invisibilizados, impedidos, seja pela jornada do trabalho doméstico, dos cuidados com crianças, falta de recursos monetários, percepção e validação social.

Como o patriarcado e a vida reservada do séc XIX impactavam uma escritora mulher de ficção e fazia com que elas ficassem no ostracismo de seus papéis de gênero, familiares e domésticos. Os privilégios masculinos da época, a submissão feminina, questões de gênero, machismo, fazem desse ensaio feminista ser um clássico britânico que ainda dialoga com nossa contemporaneidade.
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Gabbie 14/03/2023

Nunca tinha lido nada da autora e ouvi o livro por audiobook e gostei tanto que vou ir atrás de comprar um físico para pode destacar frases e fazer anotações.

Pretendo ler mais da autora e fiquei muito motivada a consumir mais livros feministas.
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Lais.Fernanda 14/03/2023

Pequeno, mas condensado de conteúdo
Nesse livro residem textos que são adaptações de palestras realizadas na Universidade pela autora Virgínia Woolf, nas quais ela discorreu sobre o tema "mulheres e ficção" do ponto de vista sobre como se dá a relação das mulheres empregando esforços em escrita fictícia e as diferenças entre escritores e escritoras nesse contexto. Assim, o título do livro se explica pela principal ideia defendida pela autora: mulheres precisam de independência financeira e UM TETO TODO SEU para conseguirem realizar suas criações de cunho intelectual. Será que elas possuem tais artifícios? E as consequências daquilo que lhes falta em dignidade? Um termo importante que é utilizado no discorrer do raciocínio da palestrante é a pobreza particular ao nicho feminino.
As sensações que esse livro me passou foram de empoderamento intelectual e entendimento claro da realidade que, mesmo sendo uma realidade de um país europeu em 1928, ainda sim é identificador, mas principalmente esclarecedor por conta das consequências desse passado que são sentidas ainda, mesmo que no subconsciente, pelas mulheres de hoje.
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Ester.Beatriz 13/03/2023

Grandiosa!!!!! Virgínia Wolf era absurdamente grandiosa. Eu amei esse livro. Há tantas reflexões interessantíssimas, fiquei pensando mesmo após terminar. A idéia de que escritoras precisam de um "teto só seu", um lugar figurativo e literal para deixar-se ser livremente realmente me pegou. A forma como Virgínia estimula as mulheres ecoará para sempre.
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InfinitaTBR- Jana 12/03/2023

Livrão. Curtinho, mas um livrão.
Quando li ? Mrs. Dalloway?, há três anos atrás, fiquei muito frustrada. Não sei se li numa edição ruim ou se não era o momento certo para a leitura. Travei com Virginia.
No entanto, recentemente resolvi encarar mais um livro da autora e foi uma revelação.

?Um teto todo seu? foi uma leitura maravilhosa. O livro faz uma crítica pungente à falta de apoio às mulheres escritoras e sem direito à propriedade e educação.

Das coisas que mais me chamou a atenção, foram as reflexões de Woolf sobre o que mulheres como Jane Austen e as irmãs Brontë poderiam ter criado se tivessem condições financeiras e tranquilidade para escrever.

Woolf deixa muito claro que as mulheres devem instruir-se, ganhar dinheiro e ser donas de suas vidas.

Ah, nada de ?fluxo de pensamento?. Aqui a autora é direta e clara. As coisas que ela falou bateram tão forte que reli ?Orgulho e preconceito? e comprei outra edição de ?Mrs. Dalloway?. Vai que dessa vez a magia acontece, né?
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