Roberta Galdino 03/01/2017
Pulsa Dernura
Título: O último passageiro
Autor: Manel Loureiro
Tradutor: Sandra Martha Dolinsky
Editora: Planeta
Ano: 2014
Paginas: 382
O que dizer desse livro... uauuu!!! bizarro, eletrizante, envolvente e trevoso (em homenagem a amivra Baby Mayra).
A primeira coisa que me chamou atenção no livro foi a capa, um tanto quanto excêntrica a meu ver: O convéns de um navio Nazista, onde exibe-se uma suástica em uma de suas paredes, e sobre ele um carrinho de bebê, só essa cena já me provocou arrepios e eu nem imaginava que já em seu prólogo, fosse me enveredar por uma atmosfera medonha, envolta a uma névoa aterrorizante completamente imersa em mistério, suspense e algo sobrenatural. O livro é dividido em três partes: Prólogo, Kate e Valkirie. Aliás, o prólogo é uma estrela à parte, intitulado: A Névoa. Subdivide-se, em quatro capítulos, com 41 páginas. Essa introdução prolongada lembra muito uma cena de filme de terror, muito mais profundo e forte do que um simples suspense. O enredo discorre-nos uma história de terror de construção incrível com momentos arrepiantes, daqueles de perder o fôlego, o autor foi capaz de criar uma atmosfera empolgante e sensacional, um thriller com um mix perfeito de suspense, drama, mistério, terror, ficção e sobrenatural. Ler o último passageiro é como se embarcássemos a bordo do Navio alemão Valkirie, em uma apavorante viagem pelo medo, em realidades alternativas, em que o transatlântico está tomado pelas sombras de uma maldição, a mais profunda que alguém já viu: A Pulsa Dernura, onde pessoas atormentadas e embebidas no mais terrível medo convivem com criaturas sombrias e enigmáticas, cercados por toneladas de maquinários, passagens secretas e aço frio em pleno oceano. Não há como escapar ao avanço das sombras, elas se alimentam de mentes. Não existe lugar seguro, não há como se esconder. O mistério, o ódio, a morte e a escuridão multiplicam-se dentro do Valkirie, em um círculo que parece nunca se encerrar. Confesso que me deixou apavorada, e muito curiosa sem conseguir saber o que estava por vir. A narrativa é linear, porém com pulos entre realidades alternativas, muitas vezes me vi com a respiração presa dizendo para um dos personagens, cai fora daí, ou não vai por ai. O mistério é constante, no que tange as origens e os aspectos sobrenaturais que envolvem o Navio Valkirie e o desaparecimento da tripulação e passageiros da viagem inaugural de 1939.
Eu, que particularmente tenho lido bem pouco terror, me deliciei (embora tenha ficado com medo) lendo-o. Loureiro prendeu minha atenção até a última linha do livro. Mesmo nesses dias de festas, foi impossível desgrudar do livro. Adorei, super recomendo!!! Nota 10.
P.S. A piadinha que não pode faltar... comecei em 2016 e terminei em 2017... risos :)
#LivrolidopelaRobertaGaldino