Viviane.Dias 11/10/2017Resenha | O Resgate - Nicholas SparksHoje vim aqui toda romântica, toda amorosa, toda cuti cuti pra falar com vocês sobre o autor mais romântico, mais amoroso e mais cuti cuti da atualidade: Nicholas Sparks! (ouço gritos histéricos de fãs fascinadas!)
Preciso dizer que eu não sou a pessoa mais indicada do mundo pra falar de romances, pois na verdade nem costumo lê-los com tanta frequência. Acredito que ao longo da nossa experiência juntos nesse blog, vocês perceberão que minhas tendências inclinam mais para os clássicos, suspenses, não-ficção e terror. Mas não falemos disso por hora, vamos falar do que esse livro me causou e a impressão que tive ao longo de suas 316 páginas. Já havia lido uma obra do Sparks há alguns anos atrás, Querido John, e me lembro de ter gostado muito e, mais uma vez, entendi o fascínio geral por esse autor. Fiz a leitura em pouquíssimos dias, foi super fácil pela linguagem e super difícil pela temática, mas o que ele me causou foi um riacho de emoções deliciosas.
A história começa com a descrição detalhada da chegada de uma tempestade. Como o enredo acontece na Carolina do Norte, local de grande incidência dessas tempestades e até mesmo de tornados, fiz uma pesquisa básica pra entrar no clima do livro e segui em frente com a leitura. Na sequência, o autor nos apresenta a personagem feminina principal, uma mulher forte e cheia de conflitos pessoais, que tem um filho de 4 anos portador de uma doença que o faz ter dificuldades no entendimento da linguagem.
A linguagem é fundamental na formação do indivíduo, é através dela que uma criança aprende o que faz mal ou bem e o que é perigoso ou não, antes de se colocar em risco. Não havendo a linguagem, o desenvolvimento neurológico de qualquer indivíduo fica severamente afetado, pois sem interações sociais é difícil educar e significar o mundo. E é nesse universo que o livro se desenrola até o fatídico acidente que coloca a personagem principal, Denise Holton, e seu filho Kyle, no caminho da personagem masculina principal, Taylor MacAden.
Sparks é genial na construção das personagens, elas são bem complexas e cheias de tramas que nos levam a suspirar em vários momentos e a nos identificar em muitos outros. A escrita é bem simples, mas o enredo é bem elaborado e esbarra pouquíssimas vezes nos clichês habituais dos casais romanescos. Não é um livro que nos exige muitos esforços de leitura, mas que balança nossos corações e nos leva do pranto ao riso rapidamente.
Denise é uma mulher solitária, que abandonou todos os seus sonhos e objetivos em função do filho e do seu desenvolvimento e educação. Taylor é um cara tipicamente interiorano, mas que carrega consigo um grande fantasma de infância relacionado a perda de seu pai. Esse trauma permeia toda a história, define o comportamento da maioria das personagens, e chega a seu clímax apenas no final, quando tudo se esclarece e conseguimos entender os motivos que levam Taylor a agir de forma bastante peculiar.
É um livro que fala do amor incondicional de uma mãe, de um amor que surge do cuidado e do carinho pelo outro, de uma criança com dificuldades que encontra no amor uma forma de crescimento e desenvolvimento. Fala de como a culpa pode te fazer deixar de viver coisas importantes e como o remorso pode te impedir de ser feliz. Assim como também trata da resiliência e de como a gente precisa do outro pra conseguir superar nossos medos e nossas dificuldades.
Me emocionei em vários momentos, dei muita risada com o humor ácido e perspicaz das personagens, chorei muito e me senti apaixonada pelo enredo até o final. É um livro que conta a experiência real do autor, que tem um filho com problemas de cognição, e de um caso de amor nada clichê, além do final feliz!
Essa é minha resenha da semana, espero que vocês tenham gostado e queiram ler essa história incrível que me fez repensar minha frequência de leitura de romances!
E aí, você já leu Sparks? Gostou? Conta pra mim e me indica um livro bem bacana pra resenhar! =)
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