spoiler visualizarMary Castilho 10/02/2022
Um livro apaixonante e que nos traz um sentimento de nostalgia
O livro de romance da autora Ava Dellaira nos traz a história emocionante e envolvente da jovem colegial Laurel que está passando por um luto após perder sua irmã mais velha, e além de estar ingressando em sua vida no ensino médio. Pela obra nos viajamos entre a dor do luto, mudanças da infância a juventude, coragem, segredos e sentimentos da nossa protagonista que se abre aos poucos em cada carta escrita em seu caderno.
Num meio de tentar ter amigos e se preparar para fazer uma lição extremamente delicada para ela, já que se espelhava em sua irmã mais velha, começa a escrever cartas para aqueles que já morreram e acha que pode se abrir sem ser julgada, sendo famosos como Kurt Cobain, Janis Joplin, Amy Winehouse, Heath Ledger, Elizabeth Bishop, Judy Garlanda; em tais cartas cada um dos artistas recebe uma análise crítica de cada ato que cometeram antes de falecerem, além dela desabafar e contar pequenos fragmentos da vida da jovem em cada análise. Mas as cartas nunca chegam a serem entregues para a professora.
Percebemos que em todas as cartas que é um processo de luto, aceitação e como perdoar algo que passou, com isso, seguir com sua própria vida. Além de sermos apresentados a corajosa, meiga e querida irmã mais velha – May; no qual até as roupas que Laurel são inspiradas nela.
A narrativa da obra é algo gradual e sentimental, em alguns momentos Laurel se torna a típica adolescente chata e amarga bem estereotipada em diversas obras, principalmente em algumas cenas no qual ela quer revelar toda a verdade por detrás da morte de May na qual infelizmente presenciou.
O título – Cartas de Amor aos Mortos, realmente faz sentido e entrega o que se passa na maior parte do livro: uma adolescente que busca em seu trabalho escolar um refúgio no qual ela pode “conversar” com seus fatos cotidianos revelados.
O enredo é extremamente rico, pois todas as questões abertas durante o decorrer da história é fechado de uma forma sutil e perceptível nos dando aquele ar de conclusão de um ato teatral. Do mesmo modo, quando Laurel resolve se abrir e aceitar os novos caminhos que lhe aparecem, nos deixa confortável em saber que ela conseguiu superar tudo que afligia seu coração e mente.
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