O Mestre e Margarida

O Mestre e Margarida Mikhail Bulgakov




Resenhas - O Mestre e Margarida


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Rebeca.lousz 12/12/2021

Leitura difícil porém divertida
Li o livro sem saber muito o que esperar e terminei sem saber muito o que aconteceu.

A primeira parte do livro é muito cativante, acompanhar todo o rebuliço que o diabo faz em Moscou é, de certa forma, cômico. Devorei cada página e a cada acontecimento me divertia mais que o anterior. Porém, confesso que quando a Margarida entra na história, a leitura ficou arrastada. Toda a fantasia que envolve o baile é muito confusa e um pouco estranha, a Margarida é chata e o foco do livro deixa de ser a confusão instaurada na cidade.

Eu gosto como Bulgákov não tem compromisso com a lógica sequencial. É muito interessante ver a relação sendo construída entre acontecimentos aparentemente independentes. Um quebra-cabeça que primeiro nos são apresentadas as peças e que depois se encaixam para compor o enredo.

Os personagens são marcantes, porém tive dificuldades em saber quem era quem. Não só por conta dos muitos nomes, mas pela dificuldade de pronuncia-los. O que não é um problema com o livro e sim com a língua original o qual foi escrito.

Senti que me faltou uma bagagem de conhecimento prévio para ler este livro, então não sei se é o melhor livro para iniciar nas histórias russas.
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Luiza Bugelli Valença 18/11/2021

Um livro cebola
A cebola é mundialmente conhecida não somente pelo seu gosto único e por fazer as pessoas chorarem; mas também por possuir várias camadas. Mediante tal descrição, pode-se afirmar que a obra pertencente ao realismo fantástico russo, ?Mestre e Margarida?, concebida por Mikhail Bulgakov, se assemelha muito a uma cebola. Detentora de diversas camadas, a obra apresenta uma nova surpresa a cada etapa ?descascada? pelos leitores. Amores proibidos, gatos gigantes que pegam ônibus, crítica social ao Stalinismo e reflexão sobre os valores da sociedade; são apenas das algumas camadas saborosas deste livro.

O diabo está em Moscou. E ele não veio sozinho, trouxe junto o seu séquito. Juntos, o grupo infernal pretende realizar uma festa na capital russa. Mas, além disso, o diabo pretende punir aqueles que não foram ?bons meninos?. Esta não é a primeira festa que o diabo é anfitrião. Na verdade, a criatura demoníaca realiza várias festas ao redor do mundo e todas com um elemento curioso em comum: além do diabo, a comemoração deve ter uma anfitriã chamada Margarida. Sendo assim, o séquito do diabo percorre Moscou atrás da anfitriã perfeita. Entretanto, ela não deixará sua participação barata; ela e o diabo realizam um pacto! A festa em troca do amor da vida de Margarida.

Em primeiro lugar, é notório ressaltar que a história do livro começa antes da primeira página. O autor escreveu esta obra durante o regime de Stálin, sendo assim, a história foi inicialmente proibida de ser publicada. A frustração de Bulgakov é refletida no livro por meio do personagem Mestre, que também se frustra durante a escrita do seu romance, por possuir elementos considerados proibidos. Ademais, o regime socialista implementado na União Soviética, possuía o repúdio de manifestações religiosas como uma forte característica. O tema do livro de Mestre, também denúncia tal censura, pois se trata de um romance sobre Cristo em seus últimos momentos. É válido também mencionar que a obra consegue ser engraçada e interativa ao adicionar elementos cômicos, como um gato que se porta como gente, e ao promover o uso da linguagem fática para se comunicar diretamente com os leitores.

Poderia passar horas discutindo sobre esta obra densa, interessantíssima e única. Contudo, as legendas do Instagram tem limitação de palavras. Recomenda-se esta obra para os que visam apreciar uma história densa e reflexiva e para os que gostam de cebola.
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Paulo 16/11/2021

Perfeito como toda releitura do Fausto
Bulgákov é um gênio, nada mais e nada menos. Conhecido como o "Fausto russo", o Mestre e Margarida brinca com os tropos já conhecidos dessa história, e a diversão complementada pelas reflexões sérias da escrita, são acompanhadas com um quê de fantástico. Eu tenho que reler um dia de certeza.
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Otávio - @vendavaldelivros 31/10/2021

“De cara, ficou evidente um disparate: como assim, fui com o finado? Finados não andam! Realmente, era bem possível que o tomassem por louco!”

Criar expectativas é algo comum ao ser humano. Criamos expectativas sobre pessoas, negócios, eventos e toda sorte de situações. Algumas vezes, essas expectativas são realizadas, mas muitas vezes não chegam nem perto disso. Essa não concretização de expectativas não significa sempre que o resultado final foi ruim. Pelo contrário, expectativas não alcançadas podem ser positivas. Eu tinha muitas expectativas sobre O Mestre e Margarida, mas encontrei algo completamente diferente. E foi ótimo.


Escrito até 1940, ano da morte de Bulgákov e seu último trabalho, “O mestre e margarida” narra a visita do diabo e seu séquito à Moscou dos anos 30, mas não só isso. Na verdade, o livro de Bulgákov tem cenários e estilos tão diversos, passa mensagens claras e outras ocultas, que me parece simples demais restringir o livro à uma sátira e uma versão do pacto fáustico.

Sim, o livro é engraçado e tem passagens cômicas que fazem o leitor se divertir. Mas além da sátira ao ambiente intelectual da então União Soviética, “O mestre e margarida” tem passagens com profundidade descritiva e uma capacidade de imersão excepcional. Mesmo na descrição do baile de satã, com muita informação para ser processado, é possível visualizar tudo que o autor propõe, num talento único de fazer o leitor enxergar o fantástico como realidade.

O “livro dentro do livro” que narra passagens da vida de Pilatos e de Jesus (que aqui leva um nome utilizado pela Igreja Ortodoxa) é incrivelmente lindo. Nesses capítulos, Bulgákov narra o encontro de um Jesus histórico, que só foi divinizado após sua morte e por conta de seus discípulos, e um Pilatos quase palpável, tamanha riqueza de desenvolvimento de personagem.


Eu tinha expectativas de encontrar um livro totalmente diferente do que encontrei aqui, mas ainda assim, tive uma experiência marcante. “O Mestre e Margarida” funciona como uma porta aberta para uma Moscou dos anos 30, mas também para o fantástico. E, em ambos os casos, o resultado é melhor que a expectativa.
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Paulo Henrique 13/10/2021

Muito louco
Essa histtória é muito maluca. Um diabo que chega a Moscou e causa o maior rebuliço. A história é muito bem montada e contada, misturando fantasia com a corrupção dos homens e suas fraquezas. Tem diabo, tem bruxa, tem corrupto, tem de tudo.
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Carol 09/10/2021

Impressões da Carol
Livro: O Mestre e Margarida {1940}
Autor: Mikhail Bulgákov {Ucrânia, 1891-1940}
Tradução: Irineu Franco Perpétuo
Editora: 34
408 págs.

Já escrevi por aqui sobre o quanto gosto de "O Mestre e Margarida", essa narrativa fantástica de como o Diabo e seu séquito mui sui generis aterrissam em plena Moscou soviética para confrontar o racionalismo intransigente e a falta de liberdades vigentes à época.

Nesta releitura mediada pelo @cesarmrins, dos perfis @leiturasrussas e @litrussa, outras camadas do enredo me saltaram aos olhos.

1° Que cabe justamente ao Diabo e a sua comitiva grotesca o papel de juízes da justiça divina. A epígrafe goethiana já nos dá a chave do romance, Woland é o ser "que sempre o Mal pretende e que o Bem sempre cria". Ele é apenas um espectador, um contador de histórias e não a causa da perdição dos personagens. Se alguém foi punido, o foi por não ter agido com ética. O livre-arbítrio está ao alcance de todos.

2° Como o cômico, tão marcado nas figuras de Behemoth, Korôviev e Azazello, complexifica e aprofunda os personagens, tornando-os humanos e, assim, realçando seu caráter trágico. A contradição é condição humana, inescapável.

3° E, por fim, o caráter esperançoso do slogan "Os manuscritos não ardem". Mesmo em meio à perseguição estatal, a cultura e a verdade prevalecerão, através da postura ativa dos cidadãos, uma postura crítica, política e não conformista.

Uma releitura não basta para esse livro tão rico. Gostaria de falar mais sobre Ieshua e o hegemon, sobre o Mestre e Margarida, um dos únicos casais realmente românticos da literatura russa, mas o instagram limita caracteres.

Então, reitero a minha indicação de leitura de "O Mestre e Margarida", Bulgákov é um dos grandes. E reitero, ainda, minha indicação para os cursos ministrados pelo César.

"Tenha a bondade de pensar na seguinte questão: o que seria do seu bem se o mal não existisse, e como veríamos a Terra se as sombras desaparecessem?", p. 359
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Silvana (@delivroemlivro) 06/10/2021

Anastasia gritou em vão
"(...) todo poder é uma violência contra as pessoas, e que chegará o tempo em que não haverá poder nem dos Césares, nem qualquer outro. O homem chegará ao reino da verdade e da justiça, onde não será necessário poder algum."

"O dia despencava incontrolavelmente em cima do poeta."

"(...) manuscritos não ardem."

"Isso é um fato. E o fato é a coisa mais teimosa do mundo."

Terminei a obra-prima do Bulgákov e ao contrário de muitos leitores não achei graça em nenhum momento, não trata-se de um livro cômico, é satírico, alegórico, apresenta elementos do humor mas não me fez rir. Pelo contrário é pura angústia quando percebe-se do que exatamente o autor está falando.

Algumas considerações pontuais:

Do que mais gostei:

- da criatividade, da ousadia, da lucidez.

- da escrita, do estilo do autor (com uso de frases recorrentes muito bem colocadas que não são mera repetição ne texto).

- Do espetacular "livro dentro do livro": o encontro do procurador da Judeia com o "filósofo vagabundo".

Do que menos gostei:

- Do excesso de personagens (a confusão entre eles é inevitável, especialmente com a do pessoal do Variedades).

- Do acordo entre "forças superiores" para a solução da questão do mestre e da Margarida. Entendi o motivo mas esperava algo mais retumbante, por assim dizer.

- Da falta de equilíbrio entre os personagens que dão título ao livro: Margarida é a protagonista clara, dominante e queria ter sabido mais sobre o mestre.

- Na minha percepção a montagem da parte final é apressada: o autor já estava doente e passou seu últimos dias fazendo ajustes no livro.
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Diego Rodrigues 10/09/2021

O diabo vai a Moscou
"Então se você me encontrar
Tenha bons modos
Mostre um pouco de simpatia e bom gosto
Use toda sua boa gentileza
Ou eu vou dar cabo de você"
Sympathy for the Devil - The Rolling Stones

Mikhail Bulgákov foi um escritor e dramaturgo russo nascido em Kiev, na atual Ucrânia, em 1891. Formou-se em medicina e chegou a atuar como voluntário da Cruz Vermelha durante a Primeira Guerra Mundial. Nos anos 20, trocou a medicina pela literatura e começou a escrever contos e novelas. Mas foi na dramaturgia que Bulgákov primeiro se tornou conhecido, adaptando obras para o palco do Teatro de Arte de Moscou. Enquanto sua arte florescia, o cerco a sua volta se fechava com a ascensão do governo stalinista. Sua carreira artística foi marcada pela implacável perseguição do regime soviético e a maioria de suas obras, tanto no teatro como na literatura, caíram nas garras da censura. Sem mais recursos e privado do direito de exercer sua profissão, Bulgákov chegou a escrever uma carta ao governo solicitando autorização para deixar o país, o que lhe foi negado. Impedido de deixar a Rússia, Bulgákov dedicou o resto de sua vida a escrever obras que, sabia ele, não poderiam ser publicadas naquele momento. Morreu em 1940, enquanto trabalhava, já com a saúde debilitada, em "O Mestre e Margarida", ditando os últimos capítulos do romance para sua esposa Ielena.

"O Mestre e Margarida" levou doze anos para ser finalizado. Sua escrita foi interrompida e retomada diversas vezes: alguns manuscritos foram confiscados pelo governo e outros foram queimados pelo próprio autor. A obra só veio a ser publicada livre de censuras no Ocidente no fim dos anos 60 e na Rússia mais tarde ainda, em 1973 (incríveis 33 anos após a morte do autor!).

Nascido em um lar extremamente musical (a mãe tocava piano e o pai, violino), Bulgákov desenvolveu um interesse natural pela música e reza a lenda que ele teria assistido a uma adaptação operística de Fausto (Goethe) mais de quarenta vezes. Essa teria sido sua principal inspiração para escrever o romance.

Aqui nós vamos acompanhar a visita de um ilustre personagem à Moscou dos anos 30: o diabo, Mas ele não está sozinho, seu séquito é formado por um gato falante, um trapaceiro, um capanga disforme e uma beldade ruiva. Junto a uma miríade de personagens, a maioria deles do meio literário e teatral, temos, claro, o Mestre e a Margarida. Ele, um escritor frustrado, ela, a amante disposta a fazer de tudo em nome do amor. Difícil falar mais dessa trama sem entregar demais, pois esse é aquele tipo de livro que quanto menos você souber a respeito, mais impactante e divertida será a leitura. Sim, divertida! Ao contrário de outros clássicos russos, o romance tem uma narrativa extremamente fluida (às vezes vertiginosa, mudando a perspectiva em que a história é contada, mas nunca confusa) e engraçada. O diabo aqui não é exatamente aquela figura perversa retratada na bíblia, é muito mais um espectador que apenas gosta de ver o circo pegar fogo (fogo esse, na maioria das vezes, ateado pelos próprios humanos). Ele e sua trupe pregam suas peças, e não são poucas, mas não há perversidade.

O livro, claro, é uma sátira do governo soviético, mas vai além e apresenta muitas outras camadas. Temos aqui elementos autobiográficos (o próprio personagem do Mestre traz consigo muito de Bulgákov), um rico fundo literário (com referências a Goethe, Gógol, Tolstói, Dostoiévski e outros), a música também se faz muito presente (com referências a diversos compositores, entre eles Johann Strauss) e, claro, as referências bíblicas, que vão muito além da figura do diabo. Tudo isso faz de "O Mestre e Margarida" o casamento perfeito entre uma leitura rica e divertida, não desprovida de profundas reflexões. Se por um lado o romance presta muitas homenagens, por outro ele também empresta inspiração. A obra ganhou inúmeras adaptações para o mundo do teatro, do cinema, da ópera e da música, e hoje já faz parte da cultura pop.

A título de curiosidade, o apartamento onde morou Bulgákov (e que também é um dos cenários do romance) se tornou um museu. O local já foi vandalizado por fanáticos religiosos que acusavam o autor e seu romance de satanismo. O que, ironicamente, cai como uma luva para uma das mensagens que o livro deixa: o diabo, muitas vezes, está nos olhos de quem vê.

site: https://discolivro.blogspot.com/
@quixotandocomadani 10/09/2021minha estante
uhuuu show de resenha! :)


Diego Rodrigues 10/09/2021minha estante
Obrigado, Dani ?




Mari Moraes 26/08/2021

Decepcionadinha
Poxa, tava tão animada pra ler esse livro, ele estava listado como um dos livros favoritos de uma modelo que eu admiro.
No começo a história até parece envolvente, acontece tantas coisas nos primeiros capítulos que você acha que vai embarcar numa narrativa totalmente doida, mas não, era só aquilo mesmo, os acontecimentos principais estão nos primeiros capítulos e nada de muito surpreendente acontece depois. (Acontece que com a primeira interação entre os personagens humanos e o demônio, você cria uma expectativa achando que o restante do livro vai ser assim, interação de pessoas com o demônio e como aquilo vai ser absurdo e engraçado, mas depois dessa primeira interação quase não tem mais nenhuma.)

Comecei a achar o livro extremamente chato apesar de enxergar o potencial da história, então fiquei me perguntando porquê eu estava com essa sensação. Percebi que era porque não tinha NENHUMA personagem feminina. Nenhuma, a história era apenas sobre homens, narradas por homens, homens homens homens. Aí percebi que na segunda parte do livro seria apresentada a uma personagem feminina importante (Margarida), a única que tem um peso na história, e adivinha só? Ela larga tudo pra ficar com um homem. ?

Além disso fiquei o tempo todo esperando a analogia política. ?Tá bom, é agora que eu vou conseguir fazer uma ponte com o comunismo // ok, ele vai fazer alguma crítica ao comunismo usando satã?? não aconteceu. Pra mim ficou uma coisa meio vaga onde qualquer coisa podia significar qualquer coisa.
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Gab 13/08/2021

Uma Aventura em Moscou
?Considerado uma sátira devastadora da situação ; de indigência material e de sofrimento ou aviltamento moral ; em que viviam os artistas e intelectuais russos nos primeiros decênios após a revolução comunista de 1917, O mestre e a Margarida, de Mikhail Bulgákov (1891-1940), é muito mais que isso. É também uma belíssima história de amor entre um homem que luta num ambiente adverso para levar adiante sua arte literária e uma mulher que o ampara decididamente.?

https://www.google.com.br/amp/s/www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2018/10/06/interna_diversao_arte,710505/amp.shtml
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@thereader2408 04/08/2021

O Diabo solto em Moscou
O Mestre e Margarida é um clássico da literatura russa e um dos livros mais loucos que li esse ano. Narra a visita do Diabo (professor Woland) em Moscou juntamente com seu séquito, Korôviev, o enorme gato negro, Azazello, Abadon e a bruxa Hella. E o que o Diabo foi fazer em Moscou? E porque diabos Moscou? As respostas para essas perguntas estão no livro, que é uma sátira cheia de alegorias com detalhes autobiográficos.

@thereader2408

A primeira versão do livro foi publicada postumamente em 1973, mas foi escrito em 1929 e levou quase 12 anos para ficar pronto. O "apartamento" maldito retratado na história hoje é o Museu Bulgákov, em Moscou e já foi vandalizado por fanáticos religiosos que alegavam que o livro era um romance satanista, quase isso na verdade é um romance Stalinista. Calma, eu explico. O livro tem muitas tramas e uma delas é a visita do diabo na Moscou da década de 20, em plena era stalinista e o Bulgákov faz um crítica mordaz à degradação dos intelectuais sob esse regime autoritário.

Bulgákov é testemunha do cerceamento da liberdade de expressão, da campanha de ateísmo e do confisco da propriedade da Igreja Russa pelo regime soviético. O autor anexa então ao seu romance outra trama escrita pelo personagem "Mestre" sobre Pilatos e seu papel no calvário de Yeshua ha-Notzri (Jesus de Nazaré, em hebraico), até sua condenação e morte. O livro do Mestre é massacrado pela crítica e ele decide queimar seu manuscrito (uma alegoria ao próprio autor que fez o mesmo com esse livro), e daí que surge a citação mais famosa do livro: “manuscritos não ardem”.

Além da trama do Diabo e a história do Mestre sobre Pilatos, essa também é uma história de amor entre um homem que luta em um ambiente opressor pela divulgação de sua literatura e a mulher que o apoia incondicionalmente a ponto de fazer um pacto fáustico, a Margarida. A figura de Margarida, e detalhes da história tem grande inspiração na obra de Goethe e na ópera homônima de Charles Gounod.

A epígrafe de O Mestre e Margarida foi tirada do Fausto de Goethe que inspirou a criação do personagem Margarida "-...mas, quem é você, afinal? - Sou a parte da força que quer sempre o mal, mas sempre faz o bem" (Fausto, Goethe).

site: https://www.instagram.com/p/CSLHdiNrIj8/
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Rodrigo 26/07/2021

Leitura obrigatória
É um livro excepcional! Vasto e complexo no número de personagens, situações e reflexões que nos provocam. Ele narra a visita que o Diabo faz à Moscou na década de 30. O Diabo eva uma comitiva junto, uma mulher nua, um ruivo baixinho com um canino pontudo e um gato imenso. Levado pela curiosidade por conhecer a cidade o Diabo cria toda uma série de confusões e mal entendidos. Há comédia, romance, fantasia e muito mais no acompanhamento da história e, por trás de tudo isto, reflexões sobre o amor, a liberdade (o a sua falta) e o quanto de participação todos nos temos na maldade existente. Vale o tempo de leitura.
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