Resenhas - Como Ficar Podre de Rico na Ásia Emergente

Anelena 08/05/2023

Uma viagem à Asia Emergente
Apesar de o formato, que emula um livro de auto ajuda, ter me causado estranhamento no começo, a leitura fluiu bem a partir do segundo capítulo.

Me agradou muito a forma como o autor conseguiu, através dos olhos do protagonista, conciliar uma visão global da sociedade e economia asiática, com uma trajetória pessoal e íntima do protagonista e da menina bonita.

Leitura que muitas vezes se mostra pragmática, mas que carrega em alguns momentos doçura e poesia, como, por exemplo, no capítulo final.

Recomendo muito.

Aline 25/06/2023

"quando lê um livro, o que você vê são rabiscos pretos numa superfície de pasta de madeira ou, cada vez mais, pixels escuros sobre uma tela clara. Para transformar esses símbolos em personagens e acontecimentos, você precisa imaginar. E quando você imagina, você cria. É ao ser lido que um livro se torna um livro, e em cada uma das milhões de leituras diferentes, um livro se torna um entre milhões de livros diferentes."

Eu adorei todos os momentos desse livro. Mas terminei de ler com a certeza de que quando em dúvida entre dinheiro e amor verdadeiro, temos que escolher o amor todas as vezes. De nada adianta uma vida plena em bens materiais se não é compartilhada com pessoas que amamos de verdade.

Ediany 04/04/2023

Diferente
O formato diferenciado lembra um pouco o Afirma Pereira, também com um formato diferente que dá uma cadência interessante para a estória.
Cativante.

Aline 20/06/2024

Fantástico
O livro é escrito em estilo de autoajuda. No começo, é estranho, mas depois vamos nos adaptando ao estilo. Um livro simplesmente fantástico e sincero sobre a vida de um homem na Ásia emergente. Vale super a pena.

Gisele567 10/04/2023

Como ficar podre de rico na Ásia emergente
A obra de Mohsin Hamid , manual de autoajuda, descreve doze itens que devem ser seguidos para alcançar a riqueza. Destaque dessa obra é que os personagens principais não possuem nome próprio, o autor tem "você" como personagem principal, o que traz uma aproximação interessante do leitor, os demais personagens também não possuem nome, sendo chamados de moça bonita, esposa, filho.

Zelinha.Rossi 14/04/2023

Embora à primeira vista esta obra pareça ser de autoajuda, ela usa este gênero de forma bem humorada, bastante irônica e também bastante crítica (o que eu adorei) para contar a vida do protagonista “você” desde sua infância extremamente pobre no meio rural asiático, passando por grandes dificuldades na adolescência e início da vida adulta como entregador de DVDs e vendedor de produtos vencidos até atingir a extrema riqueza como dono de uma empresa de distribuição de água e a perda de tudo na velhice. Sem sabermos em momento algum o nome deste ou dos demais personagens nem em que cidade ou país estes vivem (pois podem se tratar de qualquer um), o autor nos vai mostrando o enorme abismo econômico e social entre ricos e pobres nos grandes centros urbanos, os meios escusos pelos quais em geral a população desfavorecida precisa recorrer para atingir as camadas mais elevadas e como ela é considerada o tempo todo intrusa quando o consegue e é facilmente descartada na primeira oportunidade. O importante, portanto, é, como diz o título do penúltimo capítulo, concentrar-se no essencial, que no caso aqui se trata do amor do “você” pela “menina bonita” (a qual também persegue a riqueza durante toda a história, embora de outras formas) e na vida simples, porém feliz, que passam a levar quando já muito idosos, depois de muitos desencontros ao longo dos anos. Vale ressaltar, porém, que nem ao menos sabemos se esta vida foi real para o protagonista, pois em seu leito de morte o narrador dá a entender que sua última meia década de vida pode não ter passado de uma fantasia (o que, aliás, partiu meu coração...). Ótimo livro, principalmente por ter uma estrutura tão interessante e tão diferente de tudo o que já li.

Ederson 15/04/2023

O título engana. É um ótimo livro de não autoajuda
"Como Ficar Podre de Rico na Ásia Emergente" não é título de autoajuda. A palavra "podre" já denota ironia. Títulos sérios de autoajuda não colocaria um adjetivo assim. Ou colocaria? Pode ser que sim, já que tais livros levam muito a sério seus ensinamentos que só ajudam de fato o autor ou editoras a ganharem dinheiro.

Assim, todos deveriam desconfiar desse título e dar uma chance a este livro delicioso, que ironiza o segmento, ao mesmo tempo que tece críticas ao mundo capitalista e selvagem de países em desenvolvimento. Grandes corporações, políticas, máfia, medicina, família... o autor faz um belo trabalho dando dicas de como sobreviver a todas essas etapas da vida para o leitor, que também é o personagem principal do livro.
A narrativa em segunda pessoa é diferente do que estamos acostumados. Para mim foi uma grata surpresa, porque pode ser que estamos lendo um diário feito para alguém fictício ao mesmo tempo que serve para nós mesmos, já que as situações ali expostas são bens comuns, independentemente do local onde você viva.

E não se engane pensando que o livro é um amontoado de dicas. Mais um, de muitos triunfos da obra, é montar com a proposta uma narrativa que acompanha o personagem-leitor desde a infância até a terceira idade.

Lais.Lagreca 30/06/2023

Que experiência!
Um livro que me chamou a atenção desde seu título!

"Como ficar podre de rico na Ásia emergente"?
Como assim?

Vou ler a sinopse, que, na minha edicação, era assim:
Mude-se para a cidade grande.
Consiga um diploma.
Não se apaixone.
Aprenda com um mestre.
Trabalhe para si mesmo.
Esteja preparado para fazer uso da violência.
Faça amizade com um burocrata.
Pateocine os artistas da guerra.
Faça malabarismo com as dívidas.
Concentre-se no essencial.
Planeje uma estratégia de fuga.
(...)

Abri o livro.
Li a primeira página, pensei, o que esse cara está fazendo?
Jogando com a ideia de livros de autoajuda?!
Já gostei!
E ele segue, falando comigo, a leitora, o "você", e vai me contando a "minha história"...

A forma me despertou interesse, os personagens me envolveram, a história me tragou.

Com um humor cortante e uma ironia fina, Mohsin Hamid aborda temas como desejos de ascenção social em um meio precário, relações familiares, amor, passagem do tempo...


Valeu muito a leitura!

VirgAnia 19/04/2023

Adorei o estilo da narrativa. Muito criativo! O autor escreve como se o personagem principal fosse o leitor e joga como se fosse um livro de autoajuda. Livro curto, rápido e rasteiro. Sem falar em toda ironia que percorre o livro do título ao fim. Bom para curar ressacas literárias. Fiquei com muita vontade de ler outros livros do autor.
"Na verdade, todos os livros, todo e qualquer livro já escrito poderia ser oferecido ao leitor como uma forma de autoajuda."

acalvarenga 01/05/2023

Ótimo!
Como ficar podre de rico na Ásia emergente é um manual de auto-ajuda dividido em 12 lições sobre o tortuoso caminho de como obter sucesso profissional na região, porém, isso é combinado com um romance ao longo da obra.

Dado que o livro é narrado na segunda pessoa, a história tem como protagonista o personagem que é intitulado como "Você", acompanhando o desenvolvimento de toda a sua vida, tendo como início sua mudança do campo para a cidade grande quando criança, passando pelo sucesso e a ruína de sua trajetória profissional, até a velhice desprovida de luxos que fizeram parte da seu cotidiano em outrora.

Contudo, a falta de identificação não se restringe apenas ao protagonista, mas também aos demais personagens, assim como os locais em que se passam a história, transmitindo a ideia de que as lições ensinadas no livro podem ser utilizadas por qualquer pessoa residente de um país da Ásia emergente.

Nesse contexto, o seu interesse amoroso é apenas referenciado ao longo da obra como "a menina bonita", a qual você se conecta em momentos pontuais mais marcantes da sua vida, porém, sem conseguir evoluir como o desejado pelas duas partes.

Com uma escrita lírica, o autor delineia o funcionamento opressivo do capitalismo sobre os mais pobres em locais que não possuem democracia com seus pilares devidamente institucionalizados, o que faz com que o protagonista recorra a práticas ilícitas para obtenção do sucesso.

Ao atingir a velhice, quando o personagem principal se reconecta com "a menina bonita" fica claro que o mais importante não é enriquecer mas sim o relacionamento com as pessoas com quem você ama, o que faz com o que livro seja uma obra com uma história simples, mas contada de forma muito diferente, bem estruturada e com uma bela mensagem ao final.

luizagross 17/06/2023

Narrado na segunda pessoa, o autor traz o livro de forma irônica como autoajuda, mostrando a ascensão social da personagem principal em paralelo a história de amor nada convencional dele com a menina bonita. Livro não usual, mas que gera reflexões sobre objetivos e final de vida, principalmente no último capítulo.

__ElaMartins 17/06/2023

Genial
Pensa uma leitura que me pegou desprevenida! A sátira aos livros de auto ajuda foi perfeita, e de quebra, uma história incrível e diferente, onde me peguei várias vezes me perguntando "o que que Eu fiz depois" ou "Eu encontrei a Menina Bonita?"

Amei conhecer Minha história e aprender a ficar podre de rico na Ásia emergente

Jackson60 08/06/2023

Não se engane pelo título
Eu sei, título de autoajuda e, talvez, seja mesmo. Mas espere, dê uma chance. A escrita critativa, cativante e causal de Mohsim Hamid prende o leitor do início ao fim.

Nesta obra você é o protagonista em busca da podre riqueza. Assim como você, as outras personagens não têm nome próprio. O que no decorrer da obra, não fará a menor falta;

Em um cenário que parece o Paquistão (o autor não nomeia os lugares também), o livro aborda a sua história, você começa como um menino pobre e enfermo, mas será esse o seu destino final?

Com 12 passos, o autor cumpre o que o título promete, fazendo a obra em conjunto com o leitor, num processo de quatro mãos e quatro olhos.

Victor Vale 01/06/2023

Brilhante formato de obra que nos pega pela mão, nos guia por caminhos que achamos estar seguros e somos completamente jogados no caos e confusão de uma metrópole em formação repleta de fracassos e falcatruas. O sucesso é feito de sorte, golpes e mesmos fracassos, pois o protagonista só finalmente atingiu seu real sucesso no final, quando todos os seus fracassos se acumularam. A ironia e o deboche do título me ganhou aí.

Josana.Baltazar 05/05/2023

Nada de autoajuda, muito interessante a forma da narrativa, a abordagem do personagem principal de uma paciência fantástica e foco na construção da sua fortuna saindo da miséria por sua dedicação, falcatruas e esforço, hehehehe, acaba tbm por descobrir o que perdeu e quais valores permanecem com um romance lindo de fundo, indico eu amei.