Bia 24/02/2015Perfeito!! Visitando blogs parceiros, me deparei com resenhas e críticas super positivas do livro que vou falar nesta resenha. Já conhecem minha loucura por nacionais não é? Propus parceria na hora, fiquei louca para conhecer o trabalho dessa autora que parecia sair de um livro de contos de fadas.
E quando o livro chegou em minhas mãos, não acreditei que criaria um vínculo tão grande com ele.
Nas primeiras páginas já somos apresentados a nossa mocinha, Francesca. Francie, para ficarmos mais íntimos, é atriz e escritora, e, ainda muito jovem, teve uma terrível decepção em sua vida ao sofrer com o desprezo e abandono do homem que deveria ser seu príncipe, seu herói: o seu próprio pai.
Claro que ela seguiu em frente, e agora, já adulta, mais uma vez tem de enfrentar a tal da decepção. Dessa vez, por parte do seu noivo, Vince.
Vince é diretor de teatro, e a traiu da forma mais baixa que ela conseguiria suportar.
A fim de superar tudo isso, Francie se dedica ainda mais em seu livro, e decide lê-lo para pacientes que se encontram em estado de coma no hospital local.
Todos acharam essa decisão de Francesca uma loucura, mas ela não, e se manteve firme em sua ideia.
E ao chegar no hospital, Francie conhece então seu "ouvinte beta", o paciente a quem leria por poucas horas ao dia. Ela se surpreende por sua jovialidade e beleza, e também fica intrigada ao constatar que o mesmo não recebe muitas visitas, encontra-se praticamente abandonado.
O paciente em questão é o magnata Mitchell, que se encontra em tal estado após sofrer um grave acidente.
Francie o conheceu já em coma, mas nós leitores temos o prazer (ou não) de conhecê-lo antes do acidente, esbanjando saúde e frieza. Mitchell é um viciado em trabalho e um grande apaixonado por carros super velozes e luxuosos. Não tem um bom relacionamento com sua família, é lindo e poderosíssimo, atraindo holofotes por onde quer que vá. Desfila sempre com super modelos, verdadeiras beldades no quesito beleza; e enxerga relacionamentos como simples "conveniências" na vida.
Enquanto Francie me conquistou logo nas primeiras linhas, Mitchell me irritou profundamente. E pensei que essa história seria mais uma a tratar do romance de uma mocinha manhosa com um empresário sem coração.
E nossa!! Como me equivoquei...
Durante as leituras de Francie, tanto ela quanto eu, fomos envolvidas por algo surreal: como começar a ter simpatia por alguém que não responde a nenhum estímulo?
Da minha parte poderia se tratar de simples piedade, porém, para Francie, as coisas começam a se complicar... Ela se vê apaixonada por um homem inconsciente, praticamente a beira da morte.
"Está em coma... coma, entendeu? Quebrou a cabeça e está naquilo que os médicos definem como "estado indefinido". Pode acordar, pode nunca acordar e, caso acorde, pode não andar; não lembrar nada e não falar nem mesmo "mamãe".
E é a partir desse ponto que você não consegue mais parar de ler.
Entramos em desespero, pedimos e imploramos juntamente com Francie para que Mitchell acorde. Não. Estou equivocada. Na verdade, pedimos desesperadamente que Mitchell acorde e, num passe de mágica, se descubra completamente apaixonado por Francie.
"Será que ele acordaria algum dia? E quando acordasse, se recordaria de algo?"
Se isso acontece? Ahh, vocês terão de ler o livro para saberem.
O que posso garantir a vocês?
Bem, garanto que é uma leitura apaixonante, que vocês ficarão totalmente presos ao livro do início ao fim. Garanto que vocês se sentirão parte da história, que é possível derramar algumas lágrimas, que é impossível não rir, e que vocês irão suspirar muuito (a média de dez suspiros por parágrafo).
A autora nos faz acreditar naquilo que escreve, aliás a escrita de Babi é muito gostosa, e muito muito muito envolvente. Ela tratou com cautela o tema abordado, se preocupando em mostrar verdadeiramente até mesmo a rotina hospitalar.
Francesca é atualmente minha mocinha predileta. Tão real, tão alcançável, tão fácil de nos caracterizarmos. Não é o tipo de mocinha melodramática.
"Esse era o efeito Francesca. Ela envolvia a todos de forma tão espontânea que era difícil escapar."
Ela poderia ser eu ou você amiga que está lendo.
Ela rala, ama demais, cai e se reergue com uma rapidez notável, que só nós, mocinhas da vida real, sabemos como é. Ela faz muitas loucuras, aliás ela faz muita caca também. Porém a melhor característica de Francie é o seu amor próprio.
"Ás vezes o príncipe coloca fogo na torre para fugir com a madrasta; o sapato não serve; o fogo não é apagado e se você não correr sozinha queimará junto com ele."
Mitchell, apesar de fazer a linha super milionário, nos conquista completamente. Comecei odiando-o e terminei a leitura totalmente apaixonada por ele. Posso classificá-lo como único e incomparável, que faz jus ao ditado de "não o julgue pela capa".
"Entre o Amor e o Silêncio" entrou para os meus livros favoritos, por enquanto minha melhor leitura do gênero deste ano. A autora entrou para aquele meu grupo de autores aos quais sempre leio tudo o que escrevem, sem medo.
Minha vontade era dormir abraçada ao livro. Fiquei tão triste que acabou... Eu queria mais e mais e mais.
Alguma dúvida se recomendo? Acho que não, vocês viram que é mais que recomendado.
site:
http://aculpaedosleitores.blogspot.com.br/2015/02/resenha-entre-o-amor-e-o-silencio-babi.html