Dublinenses

Dublinenses James Joyce




Resenhas - Dublinenses


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Lara 07/12/2020

Primeiro contato com James Joyce
Há meses venho me preparando para ler Ulysses, e esta é a penúltima etapa, sendo que a última antes do objetivo final será Retrato do Artista Quando Jovem.

Achei a experiência deste livro muitíssimo interessante, e gostei da maioria dos contos. Apesar de o objetivo da narrativa seja trazer o cotidiano dos dublinenses, muitas das situações acabam sendo típicas de quase qualquer cidadão do mundo ocidental. Entretanto, algumas questões são muito específicas daquele lugar e daquela época, sendo até difícil de entender para quem não conhece Dublin e sua história. Existem alguns pontos muito fortes no livro, que distinguem essas narrativas de narrativas genéricas, para ambientá-las na Dublin do início do século XX, como a questão do catolicismo vs. protestantismo, o nacionalismo e a política.

Me atrevo a dizer que o fatalismo, o niilismo e o desprezo à religião de Joyce permeia todo o livro. Os episódios abordados pelos contos são banais, e praticamente todos terminam abruptamente. A narração é simples e normal, sendo totalmente diferente de Ulysses e Finnegans Wake, que são muito difíceis de se ler. É interessante refletir sobre o que cada conto aborda após a leitura, e até procurar na internet por análises, que são mais facilmente encontradas em inglês.
Evelize Volpi 22/08/2022minha estante
Bom dia Lara.
Você poderia me dizer quais livros boce leu antes de Ulysses.( você gostou?)
Ainda quero enfrentar esse desafio também.
Obrigado.




Carlos Padilha 21/10/2020

Leitura agradável, mas...
O resultado de meu primeiro contato com James Joyce ficou um tanto aquém do esperado. Lendo algumas resenhas muito bem escritas, fiquei com a impressão de que, ao final da leitura de cada conto, é necessário refletir durante um longo tempo para buscar o que o autor pretendeu nos transmitir. De fato, em minha percepção, diversos contos terminam de forma absolutamente abrupta, e confesso não ter tido paciência (ou capacidade...) para buscar o significado contido ali. Não há dúvida sobre a qualidade da escrita, mas, sem a reflexão de que falei acima, a grande maioria dos contos foi rapidamente esquecida. Apenas "Um caso doloroso" me agradou de imediato, sem a necessidade de esforço complementar.
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Kapri 07/09/2020

Adquiri esse livro anos atrás, depois de uns amigos terem comentado sobre ele como uma boa preparação para quem quer ler Ulysses. Confesso que comprei por comprar (pois estava bem na prateleira da fila do caixa).

Com a pandemia e decidindo tirar poeira dos livros que estavam esquecidos ao longo dos anos, resolvi encarar a leitura (ah! Finalmente lerei James Joyce), já prevendo que seria chata. Doce ilusão.

Dublinenses é um livro de contos, e com livros desse tipo já sabemos que sempre existe um tema em comum, apesar das histórias diferentes. Como o título indica, o tema em comum é a cidade de Dublin e seus habitantes, sua vida no cotidiano carregada de realismo, ás vezes trazendo dilemas morais, passeando por personagens da fase da infância até a velhice. Alguns contos são bons, outros são muito bons, e isso se deve a narrativa brilhante de Joyce (que não é surpresa para ninguém). Dá pra acreditar que ele só tinha 22 anos quando escreveu a maioria dessas histórias?

Enfim, estou rendida!
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Maria4556 28/08/2020

Mais ou menos...
Nao me marcou muito não. Escrita mt complicada e contos que você esquece rápido, menos o último.
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Cinara... 22/06/2020

"Gabriel sentiu a alma desfalecer aos poucos enquanto a neve que caía suave por todo o universo e suave caía, como a descida ao derradeiro fim, sobre todos os vivos e os mortos." - Os mortos
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Rafael1146 04/05/2020

Quem tem medo de ler James Joyce?
Pois eu tenho. Tinha.

Comprei Ulysses porque tinha muita curiosidade, mas não tive coragem de começar. Decidi procurar obras anteriores, com o pé atrás e um medo quase infantil de ler o autor, e então encontrei Dublinenses. Como são menos de 200 páginas, pausei a leitura de Guerra e paz (na real eu já tinha parado para ler Aniquilição, qual eu me arrependo amargamente) para dar uma chance ao universo Joyceano.

E uau, acabei Os mortos e fiquei meio perdido, um tanto aéreo, chateado, pensativo, com vontade de conversar sobre... pena que meu marido (professor de literatura, brasileira e portuguesa) detesta o senhor James Joyce e não quis nem ouvir sobre minhas realizações ao terminar os contos de Dublinenses. São 15 no total, alguns bem curtos e outros mais longos, mas todos carregam uma precisão detalhista real sobre o cotidiano de moradores de Dublin nas mais diversas situações, divagando sobre vida, política, amores, morte. Joyce é um maestro construindo os personagens e detalhando os ambientes, criando nitidamente a imagem em nossas mentes. Sem falar no fluxo de consciência dos personagens, que nos coloca em seus devaneios e parece que estamos absortos em nossos próprios pensamentos. Alguns contos acabam de maneira brusca, deixando obscuro, de certa forma, suas intenções. Mas todos são ótimas peças reflexivas, principalmente Os mortos, ápice do livro.

Eu pretendo fazer outras leituras para ver o que mais extrairei dos textos, mas já imagino que eles só tem a melhorar. Por fim, achei uma boa introdução à escrita do autor, mas pela linearidade dos contos, acho que ainda preciso de um pouco mais de bagagem para encarar Ulysses. Talvez ler Um retrato do artista... antes, não sei.
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Codinome 22/04/2020

Um pouco sobre "Dublinenses"
Acredito que todos que queiram se aventurar na literatura de James Joyce, devem começar pelo seu primeiro livro publicado em prosa: o livro de contos “Dublinenses”, publicado em 1914. Contendo 14 contos e, ao meu ver, a novela final “Os mortos”; digo ao meu ver, pois a edição do livro o considera como conto também. Por falar em edição, essa edição da Penguin nos apresenta também as notas do tradutor Caetano Galindo, o que enriquece muito a leitura, pois Caetano conhece muitíssimo da escrita, da vida e do que estava em torno de James Joyce: é um brasileiro que fez um grande trabalho em se especializar na tradução e apresentação de James Joyce para o português. Atualmente (2020), me parece, que ele está trabalhando em traduzir “Finnegans Wake” e tentando não ficar louco.

Mais um detalhe dessa edição, é que ela possui um conto de Berkeley Campbell, “O velho vigia” (traduzido por Vitor Alevato do Amaral, pela primeira vez em português), que serviu de inspiração de Joyce para escrever “As irmãs”.

Agora, pensando no recheio do bolo, “Dublinenses”, como o nome revela, pretende retratar as pessoas de Dublin, os seus cotidianos e através de uma rica escrita de um Joyce ainda não tão experimental. Ou seja, não é uma escrita tão difícil de entender como o seu grande romance “Ulysses”: e aqui volto a minha frase inicial de que os leitores devem começar por “Dublinenses”, justamente por ser uma via mais fácil de conhecer James Joyce. Por exemplo: os seus diálogos, sempre ricos de material humano e que não se entregam a uma simplicidade, cada personagem, seja dublinense ou não, tem que ser respeitado pelo leitor em sua voz particular; e a caracterização da cidade de Dublin, que para nós, brasileiros, serve muito mais como uma caracterização bem inicial da cidade e um irlandês, muito provavelmente, aproveitaria bem mais essas partes através de seu valor imagético (ou seja, do leitor criar imagens na cabeça dele através de lugares que já ouviu falar).

Personagens masculinos que entortam de vez com bebidas (“Graça”, “Duplicatas”), jovens garotos que estão começando a conhecer a vida e a morte (“As irmãs”, “O encontro”), jovens garotas em situações de escolhas profundas (“Eveline”, “A casa de pensão”) e histórias profundas de amor que são permeadas constantemente pela morte (“Um caso doloroso” e “Os mortos”).

É difícil retratar como um todo um livro muito bom de contos: pois cada conto merece uma resenha. Mas, se não puder ler todo o livro, deixo a sugestão de leitura de “Uma mãe”, meu conto favorito nessa minha primeira leitura de “Dublinenses”. É incrível como Joyce cria uma atmosfera que parece que tudo vai decair para uma personagem e sua família através de dificuldades nos negócios e gente te passando a perna, mas a mãe sra. Kearney é de uma força incrível e que prende o leitor: um arco narrativo muito bem feito, em minha opinião.

Por fim, fica a sugestão desse grande livro de James Joyce.
Orochi Fábio 22/04/2020minha estante
Como adoro Ulysses, preciso ler ESTE!


Codinome 22/04/2020minha estante
:)




bobbie 25/12/2019

Contos sobre a vida
Dublinenses, obra de contos de James Joyce, nos presenteia com uma série de situações cotidianas, comuns, que podem acontecer com você, comigo, com nossos parentes, amigos e vizinhos. O que há de especial e em comum entre os contos? A vida. A vida simples e como ela se desenvolve. Um baile de Natal, que revela um amor perdido contra o qual não se pode lutar; a hipocrisia de quem não cumpre com seus deveres profissionais, porém exige que seu filho cumpra com os seus; conflitos religiosos tão comuns à Irlanda; como o homem comum lida com a morte quando está bem diante dela; até onde vai a intolerância de uma mãe para defender sua filha... Enfim, é um livro de histórias corriqueiras, de vidas corriqueiras, como se viu em Dublin no começo do século XX, como se vê em qualquer lugar, em qualquer época.
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Karamaru 30/11/2019

VIDAS DESOLADAS
“Dublinenses”, como o próprio nome já indica, é um recorte social da Dublin do início do século passado feito por James Joyce. Nessa coletânea de contos, os quais em determinados pontos guardam semelhanças com as crônicas de costumes, o autor irlandês apresenta um vasto painel das pessoas, hábitos e costumes de uma cidade conturbada.

Através das personagens, que reaparecem entre os contos, como também em “Ulisses” e em locais mencionados em “Retrato do artista quando jovem”, Joyce pôde dar vida a diferentes tipos de personalidades e identidades, como a Sra. Kearney, de "Uma mãe", e o intelectual Gabriel, de "Os mortos", os quais transfiguraram as inquietações que permeavam os irlandeses daquela época (como até hoje), entre as quais destacam-se o repúdio ao predomínio inglês (principalmente ao anglicanismo, cultura e literatura inglesa) em paralelo com os embates entre as tradições celtas e a religião católica.

É interessante pontuar, por exemplo, que, nos primeiros contos, há um predomínio das figuras e símbolos católicos. No primeiro conto (“As irmãs”), um padre, mesmo após ser liberado de seus deveres clericais, é admitido como mentor de um jovem. Joyce descreve a relação entre o pároco e o seu pupilo de forma sutil, e, devido à carga simbólica desse conto, o leitor pode tirar diferentes conclusões a respeito da religiosidade cristã daquela sociedade, inclusive.

Fato é que personagens de diversos contos, quando desesperançosas, ao invés de procurarem o seio da religião, refugiam-se na embriaguez. Há diversas cenas envolvendo bebidas. Desse modo, a religião católica, nessa Dublin e na visão de Joyce, convive lado a lado com os hábitos ébrios e “pagãos” de sua população – por diversos momentos o leitor se depara, por exemplo, com referências à cultura celta, sobretudo por meio do cancioneiro popular.

Na política, o povo de Dublin também está dividido, mas há uma tendência ao conservadorismo, já que os dublinenses se fecham sobre si mesmos e, como já foi dito, são nacionalistas e criticam as influências externas. Um conto que revela com clareza esse painel político é “Dia de hera na lapela” (qualquer semelhança com os dias atuais não será mera coincidência...).

Todos esses aspectos revelam uma sociedade de dublinenses cansados, angustiados, divididos e marcados pela melancolia, e que se veem comparados à condição de “mortos”: apenas sobrevivem; sabem que, por mais que estudem, defendam sua nação e suas tradições, sempre viverão como uma sombra do domínio cultural e ideológico inglês.

Leitura e microrresenha feitas em parceria com Carlos (IG: @o_alfarrabista).
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Lucas.Vidal 29/10/2019

Eveline
Para quem está com dificuldade, recomendo começar por Eveline, que é o melhor, a meu ver.
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Roberto Padilha 14/07/2019

Como uma coletânea de contos, enquanto algumas histórias acabaram tendo maior destaque e chamado mais atenção, algumas passaram batidas, sem tanto apelo.
A intenção maior era conhecer o estilo de escrita do autor, e nesse aspecto acredito que o livro tenha cumprido muitíssimo bem o seu papel. A constante que pode-se notar em todas as histórias é como Joyce faz de Dublin o seu personagem principal. Em cada história, em cada personagem é possível ver a influencia da cultura, da sua história e das idiossincrasias do tempo e do local, como se o autor brincasse com o leitor, escondendo um pouquinho em cada personagem, em cada ação um pouquinho de sua verdadeira intenção.
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Paulo Sousa 13/07/2019

Dublinenses
Título lido: Dublinenses
Título original: Dubliners
Autor: James Joyce (Irl)
Tradução: Caetano Galindo
Lançamento: 1914
Esta edição: 2018
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 280
Classificação: 2,5/5
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"Ruminando sua vida com ela e evocando alternadamente as duas imagens em que agora a concebia, percebeu que ela estava morta, que tinha deixado de existir, que tinha se tornado lembrança" - conto "Um caso doloroso" (Posição no Kindle 2095/43%).

Nos 15 contos que compõem o livro Dublinenses, assim como o próprio título sugere, falam, em narrativas abertamente sentimentais, do povo de Dublin, seus usos e costumes, pintam um pouco da geografia da cidade, flertam com a virtude da fé, narram tragédias pessoais, infortúnios, lembranças. Não bastassem esse colorido simplório, comum em crônicas e narrativas curtas, as historietas criadas pelo escritor irlandês James Joyce possuem em sua maioria finais inconclusos, deixadas abertas - ou por intenção do próprio autor ao insinuar mudamente ao leitor que divague sobre um possível final, ou mesmo por um caráter puramente experimental.

Nós, os leitores, temos o hábito de alimentar alguma temeridade ou mesmo superdotar alguns escritores como sendo difíceis de serem lidos, possuidores de uma escrita complexa e indecifrável que exigem esforço incomum e atenção redobrada. Quem nunca se assombrou com apenas algumas páginas de "Graça Infinita", o portentoso romance do escritor americano David Foster Wallace, e aqueles jogos de palavras, expressões científicas e descrições detalhadas que exigem persistência e teimosia? Ou mesmo se afogou nos caudalosos parágrafos de "Em busca do tempo perdido", do francês Marcel Proust, dono de uma pirâmide literária em forma de sete tomos que compreendem toda a saga?

É claro que seria exagero dizer que os contos de Joyce são complexos ou desafiadores. Na verdade é uma excelente porta de acesso à obra de Joyce, muitos afirma. E deveras há sim um simbolismo especial no livro, quase pueril, emoldurado pelas lembranças do escritor, uma fina elegância na forma de escrever, mas, apesar de ter gostado razoavelmente de alguns contos, não posso dizer que Joyce tenha me ganhado. Não encontrei no livro aquele elemento especial que faz o leitor apaixonar-se pela escrita de um autor, aquela centelha de emoção por uma passagem notável que ecoa no profundo e deixa os dias um tanto mais cismarentos, como encontro facilmente em Javier Marías, em Philip Roth, em John Updike, em Dostoiévski. Joyce, tão cultuado pelo "Ulisses", sua obra mais conhecida, definitivamente não proveu em mim nada que não contos bem escritos mas um tanto sem sabor. Inícios difíceis raramente terminam bem. Na literatura, em especial, essa máxima nunca falhou, pelo menos comigo. Paciência. Prossigamos.
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Beatriz3345 28/01/2019

Infelizmente o meu primeiro contato com o aclamado James Joyce não foi muito bom, Dublinenses é uma coletânea de contos (que eu já não gosto) em que o tema central é o cotidiano de pessoas na cidade de Dublin, capital da Irlanda.
Os contos são interessantes mas não consegui captar a essência do autor que tanto falam, principalmente citando Ulysses.
Vou demorar um pouco pra ler outro dele mas quem sabe na próxima eu me surpreenda!
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dtabach 27/08/2018

Epifanias
Gostei dos contos em que a epifania é o tema central. 'Eveline' é o melhor deles.
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