Cris 12/12/2019Emocionante"Eu já tenho responsabilidades de mais e não quero ainda precisar me preocupar com os sentimentos alheios. Já bani os meus há muito tempo, e nem a pau vou lidar com os dos outros." Pág. 82
O livro é narrado alternando a narrativa entre dois personagens.
Nastya é uma sobrevivente. Há dois anos, ela sofreu um grande trauma, que a fez reaprender a viver. Desde então, ela parou de falar, mudou seu jeito de se vestir e foi morar com uma tia em uma outra cidade.
Josh também é um sobrevivente. Ele viveu uma grande tragédia familiar e vive sozinho e praticamente sem amigos desde então. Ele é alvo da piedade das pessoas, e todos preferem deixar ele na dele.
É claro que os caminhos destes dois personagens destruídos iriam se encontrar de alguma forma. Apesar de parecer clichê, a maneira como a autora construiu esta história foi incrível.
A escrita dela é sensível e emocionante, sem ser piegas, e as relações se desenvolvem de forma muito gradativa. O interessante também é ir descobrindo ao longo das páginas o que aconteceu com os personagens.
Eu gostei muito de todos os personagens desta história, todos tem sua função e não estão ali apenas como coadjuvantes, e foi muito legal mergulhar em cada história.
Eu gostei muito dos protagonistas também, nós ficamos o tempo todo torcendo pra que as coisas deem certo pra eles, e que coisas boas comecem a acontecer. É aquele livro que me sugou para a história desde a primeira página, e que eu não via a hora de abrir o livro pra continuar a leitura, acho que fazia tempo que eu não passava por um livro assim.
Como ponto negativo da história, eu diria que a parte em que a Nastya reencontra uma pessoa do passado e como as coisas se resolvem a partir daí foi um pouco inverossímil e forçada. Mas mesmo assim, é uma ótima leitura. Este é um daqueles livros Young Adult que valem a pena ler, pela beleza da narrativa e pelas reflexões que ele nos causa, o livro me emocionou bastante ao longo da leitura.
"Então fiquei com raiva. Depois fiquei com muita raiva. Depois fiquei com mais raiva ainda. Mas a raiva só vai até certo ponto antes de se transformar em ódio. (...) Enquanto me lamentar era patético, o ódio dava resultado." Pág. 113
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