Jaque 05/06/2021
As expectativas eram baixas, mas me surpreendeu
Ok, vamos lá
comecei esse livro com zero expectativas devido aos comentários negativos que vi, desde que li a trilogia no ano passado. Mas a experiência foi completamente positiva, um sentimento nostálgico referente aos anteriores, e a então conhecida Eadlyn. Fui pronta para detesta-lá, mas só consegui gostar muito dela, e cheguei até o final do livro querendo saber o porquê falavam tão mal da personagem. É claro, Eadlyn cresceu no bercinho de outro e é mimada pra inferno, chata e desnecessária quando quer, tanto que poderia ter ficado calada muitas vezes em vez de soltar suas ?pérolas?. Mas a personagem teve um evolução muito gostosa de acompanhar, logo ela que havia criado um escudo em volta de si, se achando incapaz de qualquer sentimento pelos garotos selecionados e até o final do livro ela já estava apegada por mais caras do que devia ?. Me identifiquei muito com os sentimentos de Eadlyn, o que a fazia ser assim, seus medos, a ideia de independência que ela sempre quis e que poderia ser quebrada compartilhando a sua vida com outra pessoa.
?Queria ser responsável pelo meu caminho, pensei se essa não seria a razão pra eu ter erguido uma muralha em volta: talvez eu sentisse medo de que alguém cruzasse essa barreira e tomasse o controle da minha vida?
Achei Eady uma garota forte, que esconde mais do que pensam. Sim, a garota tem tudo que quer desde que nasceu, mas isso não significa que ela não tenha suas inseguranças.
?Tem sido mais difícil do que imaginava, com tantos desastres pelo caminho. E não sou tão boa quanto outras garotas em mostrar minhas emoções. Passo a impressão de não me importar com nada, mesmo quando me importo. Gosto de guardar as coisas para mim...?
Eadlyn sempre se mostrou uma garota com força, defendendo o que acreditava, compartilhando sua visão sobre o mundo das mulheres. Enxergava o machismo (mesmo nao usando essa palavra) presente, em como a situação e o tratamento com ela e outras mulheres era diferente. Apesar de todo o jeito de mimada, Eady se posicionava, e gostei bastante disso.
?Ninguém condena meu pai quando ele é severo. Não acho justo ser vista como cruel quando ajo de maneira similar?
?? e vale lembrar do momento de assédio que ela passou, a fazendo duvidar de si própria ??
De cara gostei do Kile e do Erik (intérprete do Henri), mesmo sabendo que não é um dos candidatos. O livro não é maravilhoso, mas não é péssimo. Eu consegui gostar, me prender, me divertir novamente acompanhando a loucura de uma seleção e grata por ter começado a leitura sem esperar por uma segunda América ?. Senti falta dela e do Maxon algumas vezes mas sei que a história não é sobre eles.
Vou finalizar falando sobre minha decepção com o final. Eu vi que algumas pessoas acharam o final lindo (o último capítulo), mas eu achei completamente sem noção, super desnecessário o que aconteceu. Me irritei com o acontecimento e nem senti a emoção que talvez eu sentiria ao finalizar o livro. A autora poderia ter colocado qualquer outro final, não um desastre daqueles, poderia fazer a Eadlyn decidir o que iria fazer de outra maneira, sei lá. Parece que houve um momento de preguiça da Kiera e do nada quis jogar uma drama enorme. Não curti! Antes desse momento estava cogitando até 4?, mas olha...
Enfim, é isso! Indico essa leitura sim, ainda mais depois de um tempo após ter finalizado a trilogia. Talvez se eu tivesse lido logo em seguida o sentimento não seria o mesmo. Realmente curti a leitura, e assumo que o maior motivo foi pela personagem que muitos odeiam!