A Menina Que Tinha Dons

A Menina Que Tinha Dons M. R. Carey




Resenhas - A Menina Que Tinha Dons


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Marina 05/03/2015

Muito bom!
A menina que tinha dons conta a história de Melanie, uma doce menina de 10 anos, extremamente inteligente, que ama sua professora. Uma menina que não sabe por que a vida dela é tão diferente das histórias que as contam dos livros. Uma menina que nunca comeu bolo, nem chocolate, apenas larvas, e só aos dias de domingo. Uma menina que não sabe por que sente tanta fome quando sente o cheiro da unica pessoa que ela ama. Este livro não é sobre zumbis, mas você vai encontrar muitos nele. Este livro é sobre inocência, sobre perdão e recomeço.

Melanie faz parte de um estudo realizado com crianças que de alguma forma tem imunidade parcial ao fungo mutante que está transformando as pessoas em famintos, essa imunidade permite que eles possam pensar, se comunicar e aprender, mas isso não significa que ele não sintam fome. Ela tem uma rotina rígida: aula de segunda à sexta, comida e banhos aos domingos, sempre amarrada a uma cadeira de rodas, e no restante do tempo fica presa em sua cela quase vazia. Ela ama sua professora Justineau como se fosse uma mãe, e apesar de ser tão inteligente é extremamente inocente quanto a sua realidade.

"O melhor dia da semana é quando a Srta. Justineau dá aula. Nem sempre é o mesmo dia e em algumas semanas ela nem aparece, mas sempre que é empurrada na cadeira para a sala de aula e vê a Srta. Justineau ali, Melanie sente uma onda de pura felicidade, como se seu coração voasse dela para o céu."

Isso muda quando elas são obrigadas a fugir da base militar em um grupo e enfrentar de frente os famintos para tentar chegar a um lugar seguro. Durante essa jornada Melanie descobre sobre o que realmente é e passa a enfrentar os desafios dessa nova descoberta, mas ao mesmo tempo ela está tendo pela primeira vez a oportunidade de ver o mundo pelo lado de fora, e isso é maravilhoso.

O que mais gostei nesse livro foi que ele é muito crível, ele realmente de deixa com medo que o fungo Ophiocordyceps unilateralis possa realmente sofrer uma mutação e transformar os seres humanos em famintos. O livro dá muitas explicações científicas sobre a infestação e às vezes usa palavras bem difíceis, mas não acho que isso tenha prejudicado a leitura.

"A maioria dos infectados com o patógeno experimenta seu pleno efeito quase instantaneamente, minutos depois, no máximo horas, quando o senso e a consciência de si se desativam permanentemente e irrevogavelmente. Isso acontece mesmo antes que os filamentos do fungo penetrem no tecido do cérebro; suas secreções, mimetizando os neurotransmissores do cérebro, fazem a maior parte do trabalho sujo. Mínimas bolinhas químicas de de demolição batendo no edifício do self até que ele se racha e esfarela, desintegrando-se. O que resta é um brinquedo de corda, que só se mexe quando o Cordyceps gira a chave."

Se tem uma coisa que, para mim pelo menos, não foi perfeita, é que ele é narrado em terceira pessoa, isso acaba formando uma barreira e você não consegue se conectar tão bem aos personagens. Eu não senti uma incrível "fome" de leitura com esse livro, não devorei ele em poucas horas como às vezes faço, mas houveram momentos em que fiquei muito tensa e queria muito saber o final, e NOSSA! Esse final foi incrível, no ultimo momento tudo muda de rumo e você ainda nem entendeu o que estava acontecendo, até que já aconteceu e o livro já acabou!

No fim das contas eu não sabia se dava 4 ou 5 estrelas pra esse livro, e se não fosse pelo final, provavelmente seriam 4, mas como esse final foi simplesmente GENIAL ele merece as 5 que ganhou. Eu recomendo com certeza esse livro, não só por esse mundo cruel e frio povoado por criaturas famintas, mas principalmente por Melanie, essa criança faminta que tanto me conquistou com sua bondade e inteligência.

site: http://naestradadafantasia.blogspot.com.br/
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Camilla191 01/04/2015

Resenha do Blog | Descafeinadas
Além de conter o incrível gênero distópico tenho que dizer que encontrei traços de gêneros como: pós-apocalítico e sobrenatural. M.R. Carey nós trás o mundo totalmente devastado onde os Famintos serão o codinome para Zumbis. Embora não goste de zumbis nem de séries como The Walking Dead entrei de cabeça na leitura de A Menina Que Tinha Dons.

Os Famintos comem carne humana, Melanie e algumas outras crianças são famintos de auto nível funcional. Ela é bem dotada e tem total controle sobre seu instinto animal. O livro é aterrador e embora use crianças como seu foco principal há momentos em que ele é... assustador.

Crianças sendo cortadas, dissecadas e degoladas para um "propósito maior" que é encontrar uma cura para o vírus que varreu o mundo. A cena descrita em que pedaços humanos são colocados em vidros para estudos é incrível e grotesca ao mesmo tempo. É isso que torna o livro tão bom.

"As cobaias não são humanas; são famintos. Famintos de alto nível funcional."

Melanie mora em um quartel onde tem uma rígida rotina. Para sair do cubículo onde mora desde que se lembra é necessário que ela seja amarrada em uma cadeira de rodas, inclusive a cabeça, para ir a uma espécie de escola. Ela é uma garotinha de dez anos e como eu disse super dotada.

Quando os Lixeiros (uma espécie de mercenários) e alguns Famintos conseguem invadir a base militar. A partir desse momento começa a aventura dos personagens principais, eles tem que fugir sem recurso algum para Los Angeles para sobreviver. Nessa altura vemos que autor coloca os personagens ficando cada vez mais intrínsecos e conhecendo um ao outro.

Os Famintos correm rápido, conseguem sentir cheiro e vibrações a distância e obviamente amam comer carne. Comer braços, pernas e olhos sem hesitar são a função deles. Os termos científicos são um pouco complicados de ler, mas são extremamente necessários.

"Terceiro e último, se tiver um faminto atrás de vocês, não corram. De maneira nenhuma podem derrotá-lo e tem uma chance maior se o enfrentarem de frente”

O que mais gostei é que não é uma história meia boca e muito menos igual, fiquei intrigada com os Zumbis e vou querer ler mais livros do tipo. A leitura é incrível e não muito parada. Leiam e se deliciem com pequena zumbi Melanie e todos os personagens impossíveis de não gostar.

É um livro incrível e um dos melhores que eu já li no ano. Leiam A Menina Que Tinha Dons e se apaixone.


site: http://www.descafeinadas.com.br/2015/03/resenha-menina-que-tinha-dons-de-mr.html
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Dudu 21/02/2023

Sensacional
O livro é muito bom. Adorei toda a trama, a cada momento, voce é levado pela história. Vale muito a pena ler esse livro. Existe o filme também mas não está tão representado. Muito bom.
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Vani Vaninha 14/08/2016

"Ela luta com um animal selvagem e o animal é ela. Então ela sabe que vai perder."

A Menina Que Tinha Dons é uma história instigante que te impulsiona a continuar lendo principalmente por curiosidade.

Por que as crianças ficam trancadas o tempo todo? Por que assistem às aulas amordaçadas e amarradas em cadeiras de rodas? Que perigo crianças pequenas podem trazer para serem tratadas assim? Por que todo mundo tem o mesmo cheiro químico e estranho? Esses e outros questionamentos me fizeram devorar a história.

Quando a história começa já se passaram mais de 20 anos após o fim da civilização como a conhecemos. As pessoas viraram zumbis movidos unicamente pela necessidade de alimentação com apenas algumas exceções.

Tudo bem, eu sei. Parece mais uma história de zumbis como outra qualquer. Então qual é a diferença? Nesta história o que zumbifica as pessoas não é um vírus e sim um fungo: o Ophiocordyceps unilateralis. Ninguém sabe como o fungo começou a infectar humanos. Especula- se se o fungo teria "saltado" diversos passos evolutivos ou se teria havido manipulação genética do fungo e um acidente teria dado início à infecção.

O mais assustador é que esse fungo existe de verdade e zumbifica formigas nas florestas tropicais, assumindo o controle do sistema nervoso central e então, obrigando a formiga a agir de forma a garantir a sobrevivência e disseminação do fungo.

Sinistro!!!

Se quiser saber se e como o problema foi solucionado, você vai ter que ler o livro. Só te digo uma coisa: espere surpresas.

P.S. Se quiser saber mais sobre o fungo e como ele age pode procurar por vídeos da BBC no youtube.

Esse fenômeno das formigas zumbi está sendo estudado pois, os cientistas querem descobrir como o fungo consegue assumir o controle do sistema nervoso central das formigas.
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Rittes 12/06/2015

O dom de contar uma boa história
Conheci M. R. Carey através dos quadrinhos. Confesso que seu trabalho não me chamou particularmente a atenção. Nada comparável a um Allan Moore ou Frank Miller, por exemplo. Mas esse livro aparentemente despretensioso é bem bacana. Apesar de cair no já agora desgastado filão apocalíptico, a premissa é diferente: a menina Melanie contraiu o vírus que transformou todos em zumbi mas, por alguma razão, continua mantendo suas capacidades humanas. Apesar disso, vive como prisioneira numa instalação militar, amordaçada e vigiada 24 horas por dia. Apenas a professora, Srta. Justineau, trata-a como uma menina normal. O livro começa meio lento e até a página 100 não empolga muito, o que pode afastar alguns leitores mais apressados, mas recomendo calma porque daí pra frente ele fica realmente interessante. Com momentos tensos e outros comoventes, sem dúvida, uma ótima opção para quem gosta do tema. Recomendo e espero que Carey continue mantendo seu dom em contar uma boa história.
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Samuel.Luana 06/06/2021

Por algum motivo que ainda desconheço, eu recomecei esse livro diversas vezes. Nunca chegava na metade e quando pegava o livro de novo pra ler já tinha passado tanto tempo que tinha que recomeçar pra lembrar da história. Por fim, estava decidida a ler o livro não mais pela história em si, mas só pelo orgulho de termina-lo. A leitura foi um pouco arrastada pra mim, talvez pelo excesso de detalhes do autor (pra quem gosta pode ser o paraíso). O último capítulo, ao contrario do resto da narração, ao meu ver, foi curto, porém foi lindo. Eu sei que não vou ler novamente esse livro, mas estou completamente feliz em ter me dedicado o suficiente pra termina-lo, valeu muito a pena.
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Jordana Martins(Jô) 23/08/2015

Nem todo dom é uma benção
Num futuro distópico e pós apocalíptico, onde a maioria da humanidade foi exterminada por conta de um fungo, sim não um vírus, mas um fungo, ou melhor, uma versão mutante o Ophiocordyceps unilateralis (Só consigo ler pausadamente esse nome e acho que ainda faço errado). Esse fungo realmente existe, mas no nosso tempo ele só ataca a uma espécie de formiga. Torço para que assim permaneça. Esse fungo encontrou na raça humana o seu hospedeiro perfeito e final. O fungo afeta o sistema neural do hospedeiro fazendo com que o mesmo seja controlado por uma versão genérica e comandado pelo fungo. O que acaba transformando o hospedeiro em uma espécie de zumbi. O hospedeiro então começa a devorar a sua própria espécie, pois o fungo precisa de proteína. No livro essas criaturas são denominadas Famintos. Com isso a humanidade foi praticamente devastada. Ou foram devorados ou parcialmente devorados e transformados em famintos.

“O resto da carne da parte superior do corpo foi devorada,a cabeça praticamente despregada por uma mordida imensa que a arrancou do pescoço. Nas profundezas daquela ferida seca e antiga,apareciam nacos de ossos e cartilagem.”

Obviamente o governo não conseguiu fazer muita coisa pra impedir a epidemia. A história se passa na Inglaterra futurista vinte anos após o surto. Os humanos remanescentes vivem na cidade de Beacon ou são lixeiros (são aqueles que preferiram continuar vivendo nas cidades sem a proteção do governo “ditos selvagens”), mas a história do livro não se passa lá e sim em uma base de operações militar que fica bem distante de Beacon e que mais parece uma prisão. E é lá que vive Melanie a nossa protagonista. Além dela tem mais umas vinte crianças como ela. Melanie tem entre dez a doze anos e é uma criança com QI muito alto, sendo considerada um gênio. Ela e essas outras crianças vivem na base como cobaias, pois foram infectadas por este fungo, mas não foram transformados como os outros que só possuem duas funções: correr e comer. Elas pensam e agem como crianças humanas normais, capazes de aprender e adquirir sentimentos. Só que se elas sentirem o cheiro delicioso que nosso sistema endócrino produz elas sentem A fome. Se isso acontecer já era ela te come até os ossos. É assim que funciona.

Cada criança vive em uma cela, de onde só sai presa em uma cadeira de rodas com as mãos, pés e pescoço atados. Melanie às vezes até brinca que não morde. O que dá a entender que ela se vê como uma criança normal.

“Ela não entende por que eles não gostam dela e brinca que não vai mordê-los. Mas eles não acham engraçado. Querem apenas continuar vivos.”

Ela e as outras crianças vão presas assim para a “Sala de Aula”, sim eles vão aprender na sala de aula com a professora mais amada deles a Srta Justineau, além dela há outros. Da sala de aula os outros lugares são o lugar onde comem sua tigela nutritiva de larvas e o banheiro onde tomam uma chuveirada meio sinistra isso ocorre aos domingos, aos sábados eles passam o dia presos em suas celas ouvindo música pelo sistema de som. Tudo isso controlado a mãos de ferro pelo sargento Parks. Que comanda a base sempre apontando uma arma na cabeça das crianças. Eu faria o mesmo no lugar dele. E não podemos deixar de falar da Dra. Caldwell ela é quase que a bruxa má do oeste ou qualquer bruxa que exista nos contos de fadas. Ela é a cientista designada para a base. Praticamente a última opção, pois os outros estão mortos. Mais as crianças em si não sabem bem o que são.

Melanie é feliz por morar na base, pois para ela está segura e livre dos famintos, e ela sonha em ir para Beacon um dia.

Melanie fica feliz por viver no bloco, atrás da porta de aço grande, onde está a salvo”

Melanie passa tempo as escuras para descobrir o que realmente é. Até que ela quase ataca a sua querida Srta J. Ela nos passa a sensação que é e não é agradável a ela. E de como é depois de sua primeira experiência com a fome. Quando ela se dá conta de que ela não se pode ser considerada uma criança normal, foi como se tivesse levado uma tapa na cara.

“Se ao menos ela não tivesse lembrança daquela fome terrível, surgindo de dentro dela. O prazer apavorante do sangue e da carne em sua boca.”

A Dra Caldwell trabalha arduamente para conseguir uma cura para este patógeno e por isso estuda o comportamento do fungo nessas crianças nada normais. O problema é quando temos um ataque na base e todos tem que fugir de lá. Neste ínterim temos os personagens sobreviventes do ataque Melanie, a Srta. Justineau, sargento Parks, Dra Caldwell e o soldado Gallagher. A história toda é contada em terceira pessoa e vemos o ponto de vista de cada um. Assim entramos na história definitivamente. E nós aprendemos a amar e odiar os personagens, pois conhecemos os seus pontos de vista.

Melanie parece mais uma criança carente e não tem como não amá-la, ela precisa de amor e ela tem esse amor incondicional voltado para a Srta J, que também a ama como uma mãe ama um filho. Parks pode até parecer um vilão, mas quando você passa a ver o lado dele em sua narrativa, não tem como não simpatizar com ele. Kieran Gallagher é só um rapaz que se tornou soldado pra fugir da terrível vida que tinha em casa e a Dra Caldwell só quer fazer o seu trabalho (o que a torna uma pessoa sem escrúpulos e cruel, não justifica se é para um bem maior ou não).

No livro inteiro não temos um definição completa de Beacon e nem de como ou quantos sobreviventes vivem por lá, mas sabemos que tem uma colônia dessas em cada continente ou pais que ainda lutam pela sobrevivência. É notório o quanto o autor pesquisou e estudou biologia para escrever o livro, pois ele explica tudo sobre como o fungo age dentro do corpo do hospedeiro. O que é uma verdadeira aula, ele não deixa faltar em nada nesse aspecto. Ele também não deixa faltar nas partes dos ataques dos famintos. Cheguei até a sentir as mordidas de tão detalhadas que são.

Porém o livro retrata só o fim do mundo, a sua mensagem é bem mais forte do que só isso. Ele fala de amor. Como o amor pode nos fazer mudar a nossa natureza ou pelo menos tentar mudá-la. A meu ver esse é o maior dom de Melanie,que mais parece uma adulta presa num corpo de uma criança. Vemos como e onde a humanidade parou. Como as decisões equivocadas transformam as vidas das pessoas. Temos a luta pela sobrevivência arduamente vivida pelos personagens e o desfecho nada esperado. O fim me fez ter pesadelos ou sonhos, não só ele, mas o livro inteiro. O autor conseguiu me surpreender do inicio ao fim. Humanizou bem os personagens, o que me fez muitas vezes pensar pelo ponto de vista deles e até concordar muitas vezes com a bruxa Caldwell, (alguém pode gostar dela, mas esse alguém não sou eu), mesmo que às vezes eu a entenda. Os famintos me fizeram sentir enjoos (tenho um estômago meio fraco pra zumbis e a mente também), me senti mordida e devorada em certos pontos. Leitura recomendadíssima e totalmente original e comovente.
Vitor Silos @vitus_livrus 18/03/2016minha estante
Deu mais vontade de ler agora! Ótima resenha!




Janaína Sá 14/04/2021

Nem todo Dom é uma benção
Livro aborda uma temática já bastante desgastada, mas de uma forma diferente e me prendeu à continuidade da história. Achei um ótimo livro
O autor conseguiu me surpreender a cada minuto de leitura. A evolução da história é plausível e o desfecho é de cair o queixo.
O filme desse livro saiu meio despercebido e até gostei do filme. 
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Ana 10/12/2015

Eu sou completamente culpada em escolher livros pela capa e pelo nome, sem saber nada a respeito deles. E mesmo que isso seja algo com um potencial incrível para dar errado, eu tenho acertado – e muito – nas minhas escolhas aleatórias neste ano. Esse foi mais um dos que me surpreendeu completamente.

O autor de “A menina que tinha dons” é M. R. Carey, e ele escreve para nada menos que Marvel e DC, incluindo passagens por X-men, Quarteto Fantástico e Batman.
Se eu soubesse disso talvez estivesse um pouco mais preparada para o que eu encontrei. Mas não estava. E esse livro me deu uma rasteira e me deixou no chão.



A história se passa na Inglaterra. Melanie é uma menina de 10 anos que vive em uma rotina estrita do que parece ser um orfanato, com aulas todos os dias e… refeições de larvas uma vez por semana? Opa, tem algo errado aí.
Na verdade, Melanie e as outras crianças que a acompanham nas aulas, sempre amarradas às cadeiras, são espécimes de estudo que vivem em uma base militar. O mundo foi assolado por um patógeno que infecta as pessoas e toma controle de seus cérebros, fazendo com que eles, basicamente, virem zumbis que só se movem para se alimentar de carne fresca.
Entretanto existem crianças que estão infectadas mas não vivem no mesmo estado letárgico ao qual os contaminados são submetidos. Enquanto o patógeno controla completamente os cérebros que infecta, as crianças ainda mantém o controle de suas faculdades mentais, sucumbindo à fome apenas quando são estimulados por feromônios humanos.
A história do livro me chamou a atenção desde o início, mas quando deparei com uma invasão à base militar antes da metade do livro, fiquei me perguntando o que raios haveria no restante do livro, já que esperava que ele fosse se desenrolar com base no estudo dos espécimes em busca de uma cura. Mas o desenrolar foi ainda mais interessante. A história passou de um estudo de laboratório para uma luta pela sobrevivência no mundo externo, conflitos ideológicos entre a pequena “tropa” da qual Melanie faz parte (que conta com ela – uma faminta extremamente consciente de sua condição e nem um pouco disposta a atacar alguém -, sua amada professora, o rigoroso sargento, um soldado meio molenga e uma cientista que vê Melanie como apenas um objeto de estudo), muita ação, personagens incrivelmente bem construídos e uma história bem amarrada.
Esse livro definitivamente me fará ficar de olho nas demais obras do autor (e comprar um exemplar físico para a minha estante).

site: http://quasemineira.com.br/2015/05/a-menina-que-tinha-dons/
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beatriz 17/02/2022

amei a escrita amei a história e estou encantada pela melanie, queria não ter demorado tanto pra concluir (e a demora não teve absolutamente nada a ver com a qualidade do livro, eu terminaria em um dia facilmente) com certeza lerei denovo, muito muito bom
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Digrets 14/07/2021

Uma história com vários olhares
O que mais me pega nesse livro é a alternância do orador. A forma dócil, agressiva, fria e até científica de se falar sobre algo ou alguém a depender do capítulo. Curta esse mergulho na mente dos envolvidos e aproveite a jornada!
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Lyse 30/05/2015

Adorei a leitura! Pontos que gostaria de comentar:
1. Na minha opinião, o título não condiz com a história. O nome poderia ser algo com "Pandora"?
2. Muito interessante as bases científicas! E sim, eu pesquisei sobre o Orphiocordyceps. Eu até lembro de anos atrás reportagens sobre as "formigas suicidas". E bom, sabemos de doenças que começaram em animais e hoje atacam o homem. Deu medo de pensar nesse fungo '-'
3. É impossível não simpatizar com os personagens. Até a Dra. Caldwell, a "má" da história, tem objetivos e motivações bem definidos, que (me) fazem não sentir ódio das loucuras dela.
4. Achei o desfecho final muito rápido. Não sei se foi pq eu gostei tanto que achei que precisava de algo mais no final; ou se realmente o final foi brusco mesmo.
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Portal Caneca 28/01/2015

Distopias. Ah, sim, nós a amamos: Jogos Vorazes, Divergente, Legend e tantas outras estão no ápice das produções do cinema e da literatura. Não muito atrás estão as produções a respeito de zumbis, que vivem seu apogeu com The Walking Dead. Agora pense: e se uma obra juntasse numa única trama ambas as características? Pois é exatamente isso que temos na mais nova distopia da Editora Rocco sob o selo Fábrica231.

Melanie é uma menina de 12 anos. Sua rotina, porém, difere em muito do que estaríamos acostumados para a idade. Ela vive isolada numa pequena cela com uma cadeira e uma pequena janela com grades. Todos os dias, depois de amarrada e amordaçada, ela é levada para ter aulas com outras crianças que são igualmente presas aos seus assentos.

Incapaz de processar a razão pela qual os guardas a amarram, é comum ela brincar dizendo que não morde. Os guardas, porém, não são capazes de rir.

Após o Colapso, como é chamado, o mundo foi contaminado por um fungo extremamente poderoso que contagia os seres humanos, podendo tranformá-los em meros fantoches ou até mesmo os matar. Melanie e as demais crianças, no entanto, conseguiram desenvolver suas capacidades cognitivas de aprendizado e apreensão mesmo depois do então colapsão e disseminação do fungo, e por isso devem ser estudadas.

A história segue de modo emocionante ainda que não seja repleta de cenas de ação. O mistério para compreender todo o cenário acaba logo nos primeiros capítulos, mas uma questão ainda maior passa a motivar a leitura compulsiva do livro. No caos em que a humanidade se encontra, questões fundamentais sobre “ser humano” são colocadas em cheque: ética médica e científica, o bem maior da sobrevivência da espécie ou o valor de cada indivíduo?

Na jornada em que se inserem os personagens a volta de Melanie, viajamos por cidades devastadas e dominadas pela morte. Quase não há espaço para esperança para o mundo como ele já foi. As possibilidades de sobrevivência da raça humana está no desenvolvimento de Melanie e de seus semelhantes para alcançar uma cura. Compete aos adultos, porém, agir a respeito de um fato simples: “como se portaria em relação aos demais e a si mesma uma criança como Melanie se descobrisse a verdade sobre sua natureza?

Nem todo dom é uma benção, e em muitos casos a ignorância é a melhor cura. Mergulhe na narrativa conflitante e avassaladora de M.R. Carey e conheça os dilemas de Melanie e todos os demais. O livro tem um ritmo progressivo no modo de narrar a história: quanto mais lemos, mais queremos ler e assim por diante, até nos depararmos com a resolução da trama.

site: http://portalcaneca.com.br/
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