Uma vida para sempre

Uma vida para sempre Simone Taietti




Resenhas - Uma vida para sempre


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jeeeh.carool 27/05/2015

Resenha @love_books2
Uma vida para sempre conta a história de Ethel, uma jovem que apesar de ter uma doença rara, não deixa se abater com qualquer problema, sempre tenta ajudar o máximo que pode as pessoas que ama. Ethel é portadora de uma doença chamada CIPA(Insensibilidade Congênita a Dor com Anidrose) , a principio achamos que Ethel é uma adolescente frágil e que não pode fazer nada por cauda de sua doença, mas você acaba se surpreendendo com a maneira e o jeito que ela encara a vida.
Ao contrario de muitas pessoas Ethel se sente bem no hospital, onde frequenta para fazer fisioterapia, lá ela faz amizade com muitas pessoas entre elas Dn. Gertrud, uma senhora que apesar da idade, tem uma vitalidade incrível, e se torna a melhor amiga de Ethel em seu tempo no hospital. Apos algum tempo ela conhece Vitor, que acaba despertando todos os tipos de sentimentos, e os dois começam um relacionamento cheio de emoções e surpresas.
Com uma escrita simples e viciante, Simone nos leva para dentro do livro, nos fazendo rir e chorar com essa história incrível.

site: http://iglovebooks2.wix.com/instalovebooks2#!Uma-Vida-Para-Sempre-Simone-Taietti-/cll2/ia758plx1
Simone 22/07/2015minha estante
Jeeh, adorei!! Muito obrigada pelo carinho!
Beijos.




Cris 06/05/2015

Uma Vida Para Sempre
"- Se ficarmos bem leves talvez essa brisa possa nos fazer voar" (Página 192)

Ethel é uma garota de 17 anos, portadora de uma síndrome rara conhecida como CIPA (Insensibilidade congênita à dor com Anidrose), ou seja, ela não sente dor e nem transpira. Segundo suas constantes pesquisas na internet, a expectativa média de vida de um portador dessa síndrome é de 20 anos, já que uma simples febre ou uma fratura podem passar despercebidas e se agravarem, levando a morte ao portador. Por esse motivo, ela tenta preparar a sua mãe, Edite, para sua provável partida e amenizar o máximo de dor possível que causará.
Devido a síndrome, Ethel é impossibilitada de ter uma vida normal, pois precisa de cuidados, e isso acaba a impedindo de frequentar escola e ter amigos.
Só que excessivos cuidados e super proteção por parte de sua mãe, acaba a sufocando.
Em decorrência de suas várias visitas ao hospital, para fazer exames e fisioterapias, seus únicos amigos se encontram lá. Dentre eles temos o pequeno Max (um garoto de 8 anos que acaba falecendo, deixando Ethel abalada) e Gertrud (Uma senhora de 81 anos, que é como se fosse uma avó para ela).
E é em uma dessas visitas que Ethel conhece Victor, um garoto de 19 anos, portador de Leucemia Mieloide Aguda*, que após ter passado por um recente tratamento, terá que se internar para fazer um transplante autólogo de medula óssea**.
Assim que Victor é internado, Ethel continua o visitando. E entre visitas e conversas, eles acabam ficando bem próximos. Só que essa proximidade acaba crescendo e se transformando em algo maior.

"É uma grande droga tudo isso, porque, muito provavelmente, se soubéssemos tratar-se da última vez, faríamos algo diferente. Mesmo que apenas com um olhar. Com toda certeza olharíamos de forma diferente. Com mais atenção, mais amor." (Página 52)

Quero deixar claro que tudo que eu escrever aqui, talvez não seja suficiente pra descrever tudo o que esse livro me fez sentir.
A escrita de Simone é viciante, intensa, forte, reflexiva e por muitas vezes, até engraçada. É incrível como a autora conseguiu pegar um tema "difícil", um tema que as pessoas evitam falar, que é a morte, e inserir em um livro de maneira inteligentíssima, leve e ao mesmo tempo profunda. Várias vezes me peguei refletindo sobre a minha própria vida, sobre essa nossa "falta de tempo", essa questão de aproveitar e valorizar os momentos, acho que todas as pessoas deveriam ler esse livro pelo menos uma vez na vida.
A cada capítulo eu ia me apaixonando mais pelo personagens, por sinal, muito bem construídos, e confesso que no final do livro, meu pobre coração estava aos pedaços.
Poucos livros me marcaram tanto quanto esse, o que fez com que se tornasse um dos meus livros favoritos e eu só tenho a agradecer..
Obrigada Simone por compartilhar essa história linda com a gente, você é uma grande escritora e com certeza, vai longe! ♥
E a edição inteira ficou incrível. Adorei a paleta de cores utilizada e a capa, com toda sua simplicidade, é linda!

*Tipo de câncer caracterizado pela incapacidade de produzir células sanguíneas normais. (fonte: Tua Saúde)
**O transplante consiste na substituição de uma medula óssea doente, ou deficitária, por células normais de medula óssea, com o objetivo de reconstituição de uma nova medula. É autólogo pois o doador e o receptor são a mesma pessoa. (fonte: Banco de Sangue Paulista)

"O instante modificador. Os segundos que podem mudar seus planos e suas concepções. A ínfima contagem do tempo que pode mudar sua vida para sempre. Dizem que a vida é feita de momentos e eu acredito nisso. Acredito também em uma espécie de Big Bang, a hora em que todos esses momentos encaminham-se para um só, até porque a vida não passa de uma longa caminhada. O demorado adeus, de Simone de Beauvoir, que acaba por não ser tão demorado para alguns." (Página 164)
Marcela @ler_sim_ler_sempre 10/05/2015minha estante
Parece muito bom. Vai pra lista de meta


Simone 11/05/2015minha estante
Cris, obrigada pelo carinho e pelas lindas palavras! Adorei!
Beijos.




Rosana - @tudoquemotiva 23/04/2015

Perfeição define!
Ethel tem uma doença rara que a faz ter certeza de sua morte iminente, mas ela não tem medo disso. Muito pelo contrário, ela tem plena consciência dos assuntos mórbidos que ela sonda, tudo de forma clara e objetiva. Talvez essa seja a única certeza que ela possui, de que irá morrer e ela está muito bem com essa ideia. Ethel não é uma jovem de muitas amizades, ela não sai muito de casa e desde que parou de ir para escola, ela só frequenta o hospital onde vai para consultas regulares.

"- Não que eu tenha duvidado. Só que de repente, tudo pareceu meio insano. Pessoas normais não pensam na morte com tanta frequência. E mesmo quem está com os dias contados trata e aproveitar o tempo que resta."

Sua mãe tenta protegê-la a todo custo, porém nenhuma das suas ficam confortável com isso. A mãe por medo de perder Ethel tenta criá-la dentro de uma bolha e Ethel por sua vez tenta estourar essa bolha e fazê-la entender que sua morte pode acontecer a qualquer momento e que ela tem que estar preparada para isso.

Sobre as amizades de Ethel temos Catarina, sua amiga de escola que atualmente não é tão próxima assim e temos também as amizades do hospital, Gertrude é a mais próxima. Em uma das sessões que Ethel tem que fazer no hospital ela descobre que seu melhor amigo faleceu, ele era paciente terminal e isso a deixa chateada.

" - Eu sempre quis compreender a morte e entender esse processo, conhecer um pouco da dor do mundo, preparar-me para esse fim inevitável que sempre me pareceu tão próximo e também ajudar minha mãe a enfrentar tudo isso [...] Há pouco tempo percebi que não importa o que façamos, não há como preparar-se ou habituar-se a uma coisa tão grandiosa quanto a morte. Mas, ao ter consciência da iminência disso, passamos a realmente querer fazer mais. Se as pessoas dessem mais valor para o fato da vida não ter eterna, poderiam fazer muitas coisas de maneira diferente."

Neste momento ela acaba por conhecer Vitor, um jovem que luta há anos contra uma doença crônica, mas que apesar das aparências parece estar superando isso. Vitor é dois anos mais velho (e tem o sorriso que poderia unir os continentes sul-americano e africano), mas apesar dessa pequena diferença de idade, os dois facilmente criam um forte laço de amizade, passando a ser companhia um do outro dentro do hospital. Entre vários momentos, os dois acabam se apaixonando e tentam lutar juntos pela vida, antes que o pior aconteça.

Nota: 5/5 + ♥ - eu amei esse livro gente! A Simone tem um jeito tão simples e sensível de explicar situações que não seria fácil para qualquer um, ela faz com que o entendimento de um assunto tão delicado seja algo fácil. Eu não tenho palavras para dizer o quanto fiquei apaixonada com a leitura deste livro, tanto que assim que eu terminei mandei uma mensagem para a autora declarando meu amor. As páginas finais foram devastadoras e surpreendentes, não esperava por aquele desfecho. Enfim, se vocês tiverem a oportunidade leiam o livro, não dá para descrever todos os sentimentos e emoções que senti ao ler o livro, apenas digo para vocês lerem!

site: http://www.tudoquemotiva.com/2015/04/uma-vida-para-sempre-simone-taietti.html
Simone 28/04/2015minha estante
Rosana, querida. Emocionei-me muito com a mensagem e também com a sua resenha.
Obrigada pelo carinho!
Beijos.




Priscila 09/04/2015

Uma Vida Para Sempre

Livro: Uma Vida Para Sempre

Escritora: Simone Taietti

Editora: Novo Século - Talentos de Literatura Brasileira

Edição: 2014

Paginas: 350

Resenha



Ola Amores, leitura finalizada e ainda emocionada, "Uma Vida Para Sempre."
Qual o valor de uma vida?
O que fazemos para melhorar e deixar a nossa marca no mundo em que vivemos?
A autora Simone Taietti aborda este assunto de uma maneira contagiante, emocionante, que nos faz parar para pensar no porque de sermos muitas vezes omissos em relação ao próximo.
Você já disse hoje pro seu filho(a), esposo(a), mãe, pai um simples Eu Te Amo, já os abraçou?, não deixe que a rotina do dia a dia tire essas pequenas alegrias de sua vida. Um simples abraço pode mudar muita coisa, pra mim em especial tem um efeito reconfortante e deixa o meu dia muito melhor
A autora Simone Taietti neste livro Uma Vida Para Sempre, chama o leitor a realidade em que vivemos, a estoria é narrada por Ethel em forma de um diário e ela nos conta sua luta par lidar com suas limitação e ajudar todos que sofrem por serem doentes ou tem em suas famílias casos parecidos
Ethel tem CIPA uma doença rara, que Significa Insensibilidade Congênita a dor com Anidrose o que a faz frequentar o hospital desde muito pequena e vários dias da semana assim ele fez amigos dentro deste mundo, Onde conheceu Vitor que se tornou se grande amigo e amor de sua vida, e foi ai também que ela começou a solidificar suas ideias sobre O Valor da vida e o porque da Morte.

"...-Eu Cheguei a pensar que poderíamos viver algo incrível, Ethel. Caramba, como eu quis isso. Mas parece que alguém lá de cima realmente não gosta de mim! Antes, quando eu queria que tudo acabasse de uma vez, ele fez com que eu me arrastasse por sobre a terra, contrariando qualquer expectativa. E agora que eu quero viver alguma coisa nesta porcaria de mundo, eu preciso dar adeus..."

Ethel,Vitor e Gertrud correm contra o tempo em busca da liberdade e da força para suportar um dia apos o outro vivendo intensamente cada momento como se fosse único ou digamos o ultimo de suas vidas. Vitor tem Leucemia, Gertrud faz hemodialise e Ethel faz exames periódicos porque como não sente dor precisa sempre estar atenta a tudo.
A escrita da autora é perfeita e cheia de detalhes e a cada capitulo nos deixa nos traz fatos e curiosidades do mundo em que vivemos e suas consequências. Nos lembrando que para morrer basta estar vivo e que em vida devemos dar valor até as pequenas coisas.

Parabéns Simone amei a leitura me mostrou uma realidade que sempre deixamos para depois, este é um livro que eu recomendo e muito, ele é perfeito e como diz um trecho do livro se referindo a outra leitura mas que acredito servir aqui perfeitamente, "...não deveríamos morrer antes de ler..."
,
"...Enquanto outras pessoas sonham em se tornarem famosas, ficar ricas, ir á lua ou encontrar o amor de suas vidas, Vitor e eu, cada um a sua maneira, sonhamos apenas com o futuro, afinal, acho que a beleza dos sonhos não esta em somente realiza-los, mas também em tê-los..."


contatos:

Facebook: https://www.facebook.com/simone.taietti

Page: https://www.facebook.com/livroumavidaparasempre/timeline

Email: simone-taietti@hotmail.com
Simone 14/04/2015minha estante
Priscila, que bom saber que a história tocou-lhe tão profundamente.
Obrigada pela resenha!!
Beijos.




Cabine de Leitura 08/04/2015

Perfeito e emocionante.
Este é um livro daqueles de tirar lágrimas de qualquer leitor, uma leitura simples, mas completamente rica em reflexões sobre a vida e a morte. Eu me apaixonei
e tenho certeza que com você não será diferente, mas vamos a resenha.

Ethel é quem narra a história, uma espécie de diário. Ela é uma garota de 17 anos apaixonada por Machado de Assis e por assuntos um tanto quanto mórbidos. Ainda mais
que sua vida é uma constante contagem regressiva, já que ela sofre da doença Insensibilidade Congênita á dor com Anidrose mais conhecida como Cipa.

Ethel tenta levar uma vida normal, não fosse a super proteção de sua mãe adotiva, Edite, uma viuvá que sofreu com a perda do marido, a quem Ethel tenta constantemente preparar
para continuar vivendo depois de sua partida. Mas esse é um assunto difícil de se encarar para qualquer mãe.

Com um gosto por tudo que seja fúnebre, a menina encara a vida e a morte de forma direta e objetiva. Visita com frequência cemitérios e velórios. E é no hospital onde faz exames regulares que ela faz amigos.
Normalmente pacientes em estado terminal e é depois da morte de um destes amigos que ela conhece Vitor, um jovem que luta a anos contra uma doença cronica.

Vitor é dois anos mais velho que a nossa protagonista, mas de imediato se identifica com a garota, passando a serem companhia constante dentro do hospital. Entre dores e a incapacidade de senti-la os dois se apaixonam e vão lutar juntos pela vida, apesar de ser inevitável o fim dela para qualquer um que seja.

Ethel tenta conquistar a liberdade da super proteção de sua mãe, para isso ela conta com a ajuda de sua amiga de infância Catarina. A amizade fica abalada pela diferença de interesses e gostos. Mas é nos braços da amiga que Ethel
encontra abrigo quando o fardo parece pesado demais. Também tem a amizade da encantadora Gertrud, uma senhora que aproveita os seus últimos dias com muito vigor.


Com a morte sempre a porta vamos nos surpreender com o final desta leitura e ao contrário do que parece, nunca estamos totalmente preparados para o futuro que é tão incerto e é exatamente isso que vemos nesta história.
Um livro esplendido, com um conteúdo estupendo, diferente de qualquer leitura do gênero que tenha feito. A autora desenvolveu, de maneira inovadora, um enredo que a algum tempo vem conquistando muitos leitores, mas
ela se destaca em não focar a doença, como estamos habituados a ver por aí.

Com várias citações de livros e muita música, confesso que não conhecia, mas me apaixonei pelo som da banda Mumford & Sons que traz as trilhas sonoras do livro. Também tem a banda Birdy com letras perfeitas para o tema abordado no livro.

Queria ter colocado os quotes deste livro, mas seria impossível colocar apenas alguns, sendo que ele é repleto de frases lindíssimas e muito reflexivas, então, entre tantos escolhi o que mais me marcou:

"Pergunto-me por que diabos as pessoas complicam tanto esta coisa que chamamos de vida. É tudo tão bom e o fato de que ela um dia acabará não anula isso. -Página 300

Eu não tenho palavras para dizer o quanto me apaixonei por esta leitura e o quanto me marcou cada frase deste compilado de palavras. Um livro encantador para se ter na cabeceira da cama e ler sempre que tudo
parecer não mais fazer sentido em nossas vidas, para podermos nos lembrar que a única certeza da vida é que um dia ela acabará.

A autora só tenho que agradecer, por me proporcionar uma leitura magnifica do começo ao fim. Uma leitura que mudou meu modo de enxergar muitas coisas e me fez amar a vida como ela é. E dizer que tem em mim uma fã.


site: http://cabinedeleitura1.blogspot.com.br/2015/04/resenha-uma-vida-para-sempre.html
Simone 14/04/2015minha estante
Muito obrigada por esta linda resenha!
Beijos.




Dayane 30/03/2015

[Eu Li] Uma Vida Para Sempre - Simone Taietti
Quando recebi o livro da autora, a primeira coisa a me encantar foi a capa.- quer dizer, que capa mais fofa e linda é essa, gente?! - mas, foram realmente as suas palavras que conseguiram minha atenção desde o início. Confesso que, no começo, tive receio de que fosse uma história "pesada", focada demais na morte e - e eu sei que a Ethel me repreenderia por isso - eu sou frágil demais pra esse assunto e procuro fugir, não importa quão inevitável ele seja. Mas, ao persistir nas páginas desse livro eu fui percebendo o meu erro de julgamento. Esse, definitivamente, não é um livro sobre morte.

É um livro sobre a vida. No mais verdadeiro significado da palavra.

"Você pode escolher se quer apenas se arrastar pela sua triste existência, ou fazer algo de valoroso. Então, escolha e faça de uma vez, porque ainda acho que são sortudos aqueles que sabem quando vão morrer.
Eles aproveitam."

Ethel é uma garota especial, mas essa classificação não tem nada a ver com o fato de ela ter uma doença que a torne incapaz de sentir dor... Não. Ela simplesmente é. Inteligente, sábia, profunda... ela entende que tem pouco tempo na Terra já que a sua doença já deveria tê-la matado, e por isso ela tenta se preparar como pode para seu próprio fim, além de preparar a sua super protetora mãe para a sua perda. Mas, alguém realmente pode se preparar pra isso?

É quando ela está tão compenetrada em encarar a morte, que o mundo a faz querer olhar para a vida; seu caminho se cruza com Vitor, um rapaz incrível e sarcástico, que entende como ninguém o que ela quer fazer. Mas quando a vida parece tão incrível, maravilhosa e pulsante... quando a existência se torna vida... como se preparar para perdê-la?

"A dor tem um pouco de beleza, entende? É incrível ver esse mecanismo de que o ser humano dispõe, sendo que ao ter um pouco de febre ou uma dor de garganta, ele pode simplesmente ir ao médico e se curar. Funciona tão bem.
Mas, não para todos."


Por favor, não se enganem e pensem em Acede, sério. Ethel odiaria isso também. Ela não quer ser romantizada, ser uma mártire ou que qualquer pessoa mude o foco real de sua história. Ethel é uma personagem de carne osso... e alma. Alma que pode ser sentida em cada uma de suas palavras e questionamentos. Uma Vida Para Sempre, é como seu diário no qual ela nos conta tudo o que tem passado, tudo o que envolve a sua doença, o modo como as pessoas reagem a ela. Também nos conta sobre sua mãe incrivelmente amorosa, mas superprotetora que quer mantê-la dentre de uma bolha enquanto a única coisa que Ethel realmente quer, é voar uma única vez.

Verdadeiro, doloroso, lindo, triste e esperançoso... são tantas palavras contraditórias que eu poderia usar pra descrever essa leitura e, ao mesmo tempo, não conseguiria passar pra você leitor, tudo o que ela me fez sentir. Com uma escrita maravilhosa, poética até, Simone Taietti nos empresta os olhos e o corpo (imune a dor) de Ethel e nos faz refletir profundamente sobre temas que, honestamente, nos assustam.
A finitude de tudo, o fato de que não somos eternos como gostaríamos, a morte sendo uma certeza que deve ser aceita e deixar de ser um tabu... estamos prontos para entender?

"O grande problema com a verdade é que apesar de se fazer necessária na maioria das vezes, ela nem sempre é tão doce, bem como quase nunca corresponde às nossas expectativas."

Ainda agora, mesmo depois de ter terminado a leitura, uma parte minha permanece encarando aquelas páginas com os olhos cheios de esperança, não importa quão controverso ao tema pareça. Porque sei que foi com isso que Ethel, Vitor e Simone me presentearam... esperança. Esperança de fazer o meu melhor, de ser o meu melhor.

E a certeza de que, mesmo que nós nãos sejamos lembrados por milhares de gerações, mesmo que nossos nomes possam não ser escritos em algum lugar da história... nós temos o maravilhoso e surpreendente agora e, através da história de Ethel, entenderemos que isso é mais que o suficiente.

Quando me sentei para escrever essa resenha, sinceramente quis fazer jus a essa história, e escrever a melhor resenha da minha vida. Talvez uma homenagem pra vocês, Ethel e Vitor.

Vocês partiram meu coração mas ao mesmo tempo, com suas vidas, vocês também me ensinaram a viver.
E eu sou eternamente grata.

"Há algumas coisas pelas quais simplesmente não vale à pena lutar. Ás vezes percebemos que estamos empenhando esforços em coisas erradas e que não nos acrescentam em nada. Então, é hora de desistir.E isto não é covardia. É perspicácia, pra dizer a verdade."

site: http://letraseternasdayane.blogspot.com.br/2015/03/eu-li-uma-vida-para-sempre-simone.html#more
Simone 01/04/2015minha estante
Obrigada pelas lindas palavras, Dayane. Amei!!
Beijos.




Khrys Anjos 27/03/2015

Conhecendo um Anjo
Esta história é narrada pela Ethel em seu diário. Assim conseguimos chegar até a sua essência e deciframos sua alma.

Ethel é uma jovem de 17 anos portadora de uma doença raríssima cuja sigla é CIPA e significa Insensibilidade Congênita à Dor com Anidrose, em termos mais simples ela não sente dor nem transpira.

Em algumas ocasiões esta condição seria um paraíso: na hora do parto, ao sofrer um acidente ou durante as cólicas menstruais. Mas o termômetro que o corpo humano utiliza para nos avisar que algo está errado com o nosso organismo ou que nos ferimos é a dor. Ou seja ela é extremamente necessária.

Tendo esta doença Ethel acaba sofrendo duplamente: a doença em si e o sufocamento de proteção de sua mãe Edite. Acredito que esta reação é a que toda mãe tem ao saber que um filho ou uma filha está doente. Criar uma bolha e colocar a criança ali dentro para protege-la de tudo e todos. Mas infelizmente é impossível sobreviver dentro de uma bolha.

Por causa das restrições que sua mãe lhe impõe Ethel acaba tendo que mentir para poder continuar visitando seus amigos no hospital. Este é o único local onde ela pode se relacionar já que tem que frequentá-lo todas as semanas. E como num hospital todos os pacientes estão atrás da cura para alguma doença seus amigos também se encontram neste rol. Temos a dona Gertrud, uma senhora de 81 anos que faz hemodiálise e o Vitor que tem LMA, Leucemia Mileode Aguda, e que acaba por se tornar mais que um amigo para a Ethel.

Outra coisa que torna a Ethel diferente é que ela é apaixonada por livros e seu tema principal de conversa é a morte. Sempre que pode ela acompanha velórios e enterros de pessoas desconhecidas.

Isso não quer dizer que a Ethel seja obcecada mas que ela está buscando o que todo ser humano deveria buscar: o conhecimento.

O fato dela estar com uma doença que pode leva-la a morte de uma hora para a outra a deixa com o desejo de amenizar ao máximo a dor que irá causar a sua mãe que quase enlouqueceu quando seu marido (o pai da Ethel) faleceu.

E durante esta caminhada rumo ao conhecimento ela vai inundando as páginas do diário com lições e mensagens vindas da sua alma. O conhecimento que ela acredita estar fora na verdade estava apenas esperando uma chance para vir a superfície e transbordar do seu espírito para atingir as outras pessoas.

Ethel descobriu que Uma Vida é capaz de modificar Para Sempre as vidas de milhares de pessoas.

Nesta história temos uma menina que aparentemente deveria sentar e esperar pela morte mas que foi além. Ela fez muito mais ao mostrar ao mundo o maior erro cometido pela humanidade: não pensar na morte.

Isso não é ser mórbido ou pessimista. Isso é ser realista. Esta é a única coisa que podemos ter certeza que irá acontecer: vamos morrer. Porém o que faz toda a diferença é o que construímos neste meio tempo.

Esta é a questão que a Ethel coloca para o leitor. Quando refletimos que talvez este seja o nosso último dia de vida é que entendemos o significado de viver plenamente.

Nós estamos tão acostumados ao ditado “O que os olhos não veem o coração não sente” que simplesmente não queremos olhar para esta realidade.

Enquanto estou aqui falando com vocês algumas almas estão voltando para junto do nosso Pai Celestial. Os hospitais estão cheios de pessoas que lutam diariamente pela vida mas preferimos não ver.

Quando precisamos passar uma temporada hospedada num hospital é que nos damos conta da fragilidade da vida. Uma pessoa pode estar conversando com você num minuto e no outro não estar mais viva.

Então por que não pensar na morte? Por que não se permitir se despedir das pessoas?

Perdemos tanto tempo com brigas, com desentendimentos e não paramos para pensar que o nosso tempo está correndo. O amanhã pode não existir.

Por isso devemos viver o hoje. Se tem alguma mágoa resolva com a pessoa. Se ama uma pessoa diga isso para ela.

Faça do seu presente o melhor momento da sua vida.

A Ethel é como um tsunami. Ela te puxa para as profundezas escuras, revolve tudo na sua vida e te devolve ao mundo completamente renovado. Seu espírito recebe uma carga de energia tão forte que é impossível continuar a ser a mesma pessoa depois de conhece-la.

O relacionamento dela com o Vitor, o garoto da ponte (como fiquei tentada a atravessar esta ponte) é perfeito. Mesmo tendo pouco tempo para viverem este amor a relação deles foi plena. Presenciar esta evolução foi comovente.

Talvez esta seja a grande lição desta história: o que importa não é a quantidade mas a qualidade. E isto serve para absolutamente tudo nesta vida.

Podemos passar apenas um único dia na presença da pessoa amada mas se for para deixar o amor fluir por cada poro e transparecer no olhar terá sido suficiente para ser verdadeiro e inesquecível.

A Simone conseguiu pegar um tema que para muitos é um tabu, a morte, e nos fez valorizar a vida. Sua forma de narrar a história é apaixonante e viciante.

Uma vida para sempre é um livro que as pessoas deveriam utilizar para demonstrar ao outro o quanto o ama. Presentear uma pessoa com esta história é lhe provar o seu amor incondicional.

Eu fiquei completamente extasiada ao final da leitura (e que final surpreendente). Se estivesse num teatro iria aplaudir de pé por ter tido a honra de conhecer a Ethel e o Vitor.

Não tentem comparar esta história com uma outra que se tornou um best-seller. Não existe comparação possível. A história da Simone é mil vezes melhor.

Este livro irá ficar guardado num lugar muito especial pois esta história será lembrada para sempre como o antes e o depois da Ethel na minha vida.

Então só posso terminar esta resenha dizendo uma palavra para a Simone: OBRIGADA.

Você nos apresentou um anjo. Sua Luz expandiu e chegou até nós.


site: http://minhamontanharussadeemocoes.blogspot.com.br/2015/03/resenha-uma-vida-para-sempre-simone.html
Simone 01/04/2015minha estante
Obrigada, Krys, pela sensibilidade com a história.
Beijos.




Mari Siqueira 21/03/2015

Doloroso, incrivelmente doloroso e belo!
A vida. Uma infinidade de possibilidades, probabilidades e acasos. E em tudo isso, só há uma certeza: a de que estamos morrendo a partir do momento em que nascemos. Essa afirmação pode parecer dura, cruel e até mesmo pessimista, mas é a realidade. Somos criaturas ínfimas nesse universo absurdamente grande e não temos consciência de que nossa jornada pode acabar daqui uma década, um ano ou mesmo um segundo. Dizer que esse livro acabou comigo é pouco, além de me fazer chorar e soluçar, ele me fez pensar.

Se estivéssemos preparados para o fim, viveríamos plenamente. Não pensamos que o fim da jornada pode estar próximo e por isso, desperdiçamos nosso tempo, nossos sonhos e nossas palavras. A falsa ilusão do tempo não nos afasta da morte, ela nos afasta da vida. Simone Taietti nos faz pensar, questionar e observar nossa própria concepção de vida. A morte não precisa ser vista como uma vilã, nem tampouco, como uma amiga, mas ela marca o fim da jornada e não é possível aproveitar a viagem se você tem medo do destino final.

Uma Vida Para Sempre traz uma bela história de amor que desde seu início, está fadada ao fim. Os protagonistas têm doenças que podem matá-los em pouco tempo. O mais peculiar, é que todos nós estamos sujeitos a morrer sem aviso prévio, afinal, ninguém pode prever o futuro ou evitar o acaso, mas a iminência da morte, intensifica todos os sentimentos, e dentre eles o medo e o amor. Aquela velha história de que "Se soubéssemos faríamos diferente", nós sabemos, mas fingimos que não.

O casal de protagonistas não deixa de lembrar Gus e Hazel Grace de A Culpa é das Estrelas. Suas realidades, doenças, personalidades e medos, porém, em nada se assemelham aos personagens de John Green. A complexidade presente em Ethel é assustadora, sua evolução, seu aprendizado, sua força. Simone ousou construir uma personagem que simboliza tudo o que nós somos: frágeis e fortes ao mesmo tempo, com medo e coragem de seguir em frente. Essa mistura homogênea, é o que nos faz humanos, nos protege e também nos destrói.

Ethel tem uma rara condição genética chamada CIPA. A doença, que se traduz na incapacidade de sentir dor, à primeira vista pode parecer uma benção, mas aos poucos, vamos entendendo que uma vida sem dor é ainda pior. Os riscos de morte são grandes, porque qualquer pequena febre ou fratura nunca seria percebida pelo portador da doença e assim, ele morreria sem saber que estava doente. Existem casos famosos de pessoas que sofrem com a CIPA, poucos deles vivem por mais do que vinte ou trinta anos.

Protegida pela mãe, Ethel, vive praticamente isolada do mundo. Tudo representa riscos e por já ter perdido o marido anos atrás, Edith não pode arriscar perder também sua filha. Ethel tem que checar seus sinais vitais a todo momento, medir a temperatura e até mesmo fazer fisioterapia duas vezes por semana. Em decorrência da frequência de visitas ao hospital, ela encontrou lá muitos amigos, dentre eles, o pequeno Max e a divertidíssima Gertrude. Pessoas admiráveis, e confesso que a velha Gertrud foi de longe minha personagem favorita.

A garota guarda um segredo da mãe: ela pesquisa muito sobre a morte, pensa nisso todos os segundos de sua vida e quer estar preparada para o pior. Ninguém entende sua obsessão pelo fim da vida, mas Ethel apenas não quer ser pega de surpresa. Certo dia, ao visitar o amigo Max no hospital, a garota é surpreendida com a notícia de que ele não resistiu ao câncer. Ethel começa a questionar quão injusta é a vida, e como nem toda a aceitação do mundo pôde prepará-la para a morte do amigo.

Enquanto se recupera da notícia, ela acidentalmente esbarra em um garoto na ala de oncologia. Seu nome é Vitor e ele está ali para ser internado. Ele - câncer de medula, ela - CIPA, uma combinação rara e perigosa. Os dois começam a conversar e em poucos dias se tornam amigos. A dor física decorrente da quimioterapia de Vitor é aplacada pela companhia de Ethel. Mesmo sendo incapaz de sentir dor, ela percebe que se algo acontecer àquele garoto do sorriso lindo, a dor vai ser imensurável. E na escala que classifica a dor de 1 a 10, ela vai guardar o seu 10 para ele.

Em meio às rotinas hospitalares e ao bom humor dos dois, mesmo mediante às situações mais cruéis da vida, esse casal de adolescentes se apaixona e se tempo é tudo o que eles não têm, juntos eles precisam se apegar à única coisa infindável em suas curtas vidas: o amor. Juntos, eles decidem mostrar ao mundo que a vida é fantástica e curta e que mesmo assim, pode valer a pena.

Em um mundo 'saudável' a autora traz personagens doentes e talvez a intenção dela seja justamente mostrar o contrário. Dois jovens que sabem aproveitar o pouco tempo que lhes resta são, na verdade, sãos em um mundo cada dia mais doente. As críticas na voz de Ethel são claras, estamos perdendo tempo. E tempo é a única coisa que não temos. As pessoas dão valor às coisas erradas, não percebem que o seu próprio valor está se perdendo, estamos indo em direção ao fim rápido demais e nossos sonhos estão ficando para trás.

Uma Vida Para Sempre me fez chorar, muito. Eu fiquei dias pensando em Ethel e Vitor. Não é só mais uma história de amor, é um alerta, um pedido. Ethel quer abrir os olhos das pessoas e mostrar que a vida é curta e rara. Não podemos prever o amanhã, mas podemos fazer o melhor com o hoje. Se a morte é um ponto final, devemos contar uma bonita história, cheia de adjetivos e vírgulas. Assim quando a caneta tocar o papel formando aquele ponto final, podemos sorrir, sabendo que escrevemos o melhor texto de nossas vidas.

"E então, de olhos fechados, sentindo o leve cheiro de sabão na camiseta de Vitor, poderia dizer que estávamos pairando no ar, misturando-nos com as finas nuvens e tocando o céu, que a partir daquele momento passou a fazer parte de nós. Estávamos indo embora, sim.
Mas naquele momento ainda estávamos ali." (p. 192)

site: http://loveloversblog.blogspot.com
Simone 01/04/2015minha estante
Mari, obrigada querida. Amei!
Beijo.




Thais Caroline 10/03/2015

Eternamente em meu coração sz'
Sabe aquele livro LINDO e FOFO que te faz RIR e CHORAR!? Pois é, uma vida para sempre te ensina varias coisas, uma delas é que, infelizmente, o estoque de sangue e medula ossea é minimo para um país tao grande quanto o Brasil. E voce percebe que é tãaaao facil fazer isso. Nao precisa alguem proximo de voce ficar doente para que voce seja um doador.

Isso mesmo, é facil e pratico. Só basta querer.


Fiquei encantaderrima por ler um livro tão lindo e saber que a autora é brasileira *-*
Uma linguagem facil e encantadora. A historia de Ethel te deixa de boca aberta. Ela é uma menina doente, mas isso nao a impede de tentar fazer o bem. Ela tenta preparar a si e aqueles que ama, para o que parece estar ali tão próximo, o fim.

E com muita historia a desenrolar e com um final surpreendente voce começa a colocar sua vida na balança e percebe que voce tem que aproveitar ao maximo a sua vida! Os minutos passam rapido, entao aproveite sua vida ;)
Simone 11/03/2015minha estante
Thais, obrigada pelas lindas palavras e por indicar o livro, como percebi abaixo, hehe.
Era exatamente este o intuito, fazer os leitores refletirem, olharem de uma outra maneira para suas próprias vidas. Não que eu seja alguém "especial" para fazer isso, mas utilizo-me daquilo que amo, a escrita, para tentar fazer algo de bom, deixar uma marca. E é extremamente gratificante saber que consegui passar esta mensagem a você!
E quando a doação, de fato, é um gesto tão simples, mas que pode salvar vidas. Muito importante disseminar esta informação.
Obrigada mais uma vez.
Grande beijo.




Kathelyn Nunes 10/03/2015

Uma vida para sempre
Gente, sabe aquele livro que vc começa e enquanto não termina não sossega...mas ai quando ele acaba fica com aquela sensação de ... querias mais 200 paginas?

Então, foi assim que fiquei com "Uma vida para sempre" . que livro espetacular.

O livro conta a historia e Ethel, uma adolescente de 17 anos que sofre de uma doença chamada CIPA, essa doença, faz com que a garota não sinta nenhum tipo de dor física. Ethel foi adotada aos 3 meses de idade, e quando ela completou 8 anos ela sofreu a perda do pai adotivo, ficando somente ela e a sua ma super protetora. Depois deses fatos Ethel desenvolve um interesse sobre a morte, ela começa a frequentar cemitérios, fazer pesquisas sobre o assunto, e é no meio de uma dessas pesquisas que ela descobre que pessoas com CIPA vivem no máximo ate os 20 anos...
Certo dia, quando ela vai para uma de suas seções de fisioterapia ela conhece uma rapaz chamado Vitor, que sofre de leucemia... aii minha gente ...prepare o coração pq dai pra frente a coisa nao fica nada fácil...

Cara é um livro que vale muito apena ser lido, pela Historia de Ethel, seus amigas, gente... ela tem uma amiga, uma senhorinha chamada Gertrud, que gente me apaixonei pela vontade de viver dela( vc vai entender no finzinho o pq a senhorinha é assim). E as campanhas que o livro incentiva ♥

A Autora é espetacular, ela soube usar referencias super legais pra vincular com a historia e ficou perfeito. As vezes buscamos livros de autores americanos, britânicos e Talz, e cara temos no nosso próprio país, alguém com um dom incrível e deixamos passar.


Thais Caroline 10/03/2015minha estante
Sabia que voce ia gostar ;)
o livro é perfeito *-*


Kathelyn Nunes 10/03/2015minha estante
Super obrigada por indicar *--* livro divo


Simone 11/03/2015minha estante
Kathelyn, agradeço do fundo do coração pelo carinho e pelas referências à minha escrita. Também, em especial, à Gertrud, que apesar de não figurar entre as principais, é uma personagem que amei construir.
Doar é vida, todos devemos abraçar este lema, como vi que ponderou.
Grande beijo!!




Lendo por Amor 06/03/2015

Ethel é uma adolescente nada normal. Portadora de uma síndrome rara, Ethel Vilanova, não sente nenhuma dor e também não transpira. Esta síndrome chamada CIPA, impossibilita Ethel de viver uma vida normal, pois precisa ter cuidados excessivos, já que pode se machucar e não sentir ou se ficar muito tempo exposta ao calor pode ter uma febre altíssima.
Tudo isso impediu Ethel de viver normalmente, frequentar a escola e ter amigos. Os únicos amigos de Ethel se encontram no hospital no qual frequenta. E é nesse hospital o qual encontra Vitor, um garoto de 19 anos portador de Leucemia.
A partir daí, vocês já devem imaginar o que acontece né? Ethel e Vitor apesar de todos os problemas começam a namorar e aproveitar a vida. Mas diferente do que vocês estão pensando, isso não é um livro parecido com A culpa é das estrelas (nada contra ACDE, gosto muito da história e já chorei muito por Hazel e Gus). Diferente de Hazel que fica de mimimi, Ethel luta muito por Vitor e por sua liberdade.
Ethel não é uma garota comum, não apenas pela síndrome que tem, mas também pela bravura e vontade de viver.
Uma vida para sempre me encantou de uma forma esplendida. Não só pela história, mas pela escrita da Simone também. Fazia muito tempo que não lia um livro tão bem composto de palavras e reflexões. O que me deixou fascinada foram as reflexões de Ethel, que nos fazem pensar um pouco mais. A maior reflexão de Ethel é sobre a morte. Por que as pessoas têm tanto medo dela? Todo mundo sabe que um dia chegará ao fim da linha... Ethel se questiona muito sobre isso, e nos faz questionar também.
A capa é linda demais! Sou apaixonada por ela desde que vi pela primeira vez, apesar da simplicidade, é de uma delicadeza singular, igualmente ao livro. A diagramação é da seguinte forma: Como se trata de um diário, cada capitulo se trata de um dia da vida de Ethel. Ao início de cada capitulo existe um pequeno texto, que se trata de uma pequena reflexão sobre aquele dia.
O livro veio com uma dedicatória lindíssima, onde dizia: que esse livro traga-lhe bons momentos. Sim Simone, tive momentos maravilhosos com esse livro. E espero que todos tenham essa oportunidade. Não deixe passar a oportunidade de conhecer a história de Ethel, ela é linda demais.

site: http://lendoporamor.blogspot.com.br/2015/02/resenha-uma-vida-para-sempre-simone.html
Simone 11/03/2015minha estante
Agradeço imensamente pela resenha lindamente escrita!
Beijos.




Lary 11/02/2015

É complicado quando um livro mexe tanto com a gente a ponto de dificultar a elaboração de uma resenha, mas é também algo maravilhoso, pois quer dizer que a estória foi boa. Ethel está eternizada em meu coração, assim como Victor e Senhora E. . Uma vida para sempre é um sick lit e trata do amor de adolescentes com graves doenças, o que pode fazer com que alguns o comparem com ACEDE. Apesar de serem do mesmo gênero, a meu ver as semelhanças terminam ai. Uma vida para sempre tem que ser lido sem a intensão de ser comparado com nada, a não ser com ele mesmo e com a vida real. Um livro que mexeu muito com meus sentimentos, me fez repensar algumas atitudes e, com certeza, me transformou, mesmo que só um pouquinho, em alguém melhor.

site: http://vidasempretoebranco.blogspot.com
Simone 13/02/2015minha estante
Lary,
Análise apuradíssima da história.
Obrigada pelo carinho e por confidenciar-me toda sua comoção em relação a estes personagens, principalmente a Ethel.
Beijos.




Danielle 09/02/2015

Comovente e lindo
Quando vi esse livro no skoob como semelhante a alguns livros que eu amo e ainda com essa capa linda, fui saber mais sobre ele e vi que tinha lançado a pouco tempo, desde então ele entrou para minha wishlist, então entrei em contato com a autora para comprar o livro e ela ao saber que era blogueira me cedeu gentilmente um exemplar para leitura, assim que ele chegou comecei a leitura e com grandes expectativas.

Logo ao começar a leitura me deparei com a protagonista falando do seriado 1 litro de lágrimas, que foi baseado em um livro que amei e também citação de vários filmes e livros de histórias que amo e isso já me cativou de cara.

"Dizem que o tempo cura as feridas, mas eu não concordo muito com isso. Ele apenas ameniza, ao passo que a cicatriz continua ali, lembrando-nos de tudo."

O livro é narrado em primeira pessoa pela Ethel, uma adolescente de 17 anos adotada desde bebê e que tem uma doença muito incomum chamada CIPA (Insensibilidade congênita à dor com Anidrose), traduzindo ela não sente dor e também não transpira, alguns podem pensar que não sentir dor seria uma coisa boa, mas não é, pois sentir dor é o que transmite ao cérebro que alguma coisa não anda bem e se a pessoa não tem essa sensibilidade isso pode levá-la a morte por uma coisa até simples.

"Sempre fugimos da normalidade, mas só até o exato ponto em que percebemos que a normalidade provavelmente está atrelada aos melhores momentos de nossas vidas. Isso me lembra a pesarosa expressão "Eu era feliz e não sabia..."

Ethel pesquisa escondido de sua mãe sobre sua doença e descobre que as pessoas com sua doença não costumam ter uma vida longa e morrem ainda muito jovem. Ethel dá muito valor à vida e gostaria muito que as pessoas tivessem a consciência de aproveitar suas vidas como se fosse o último dia, porque na verdade nunca sabemos quando ele pode chegar.

"Eu preciso de alguém que me ajude a lutar e não que tente a todo momento me tirar da linha de frente da batalha."

Ethel quando ainda era criança já teve contato com a morte, quando seu pai morreu em um acidente. Ela não tem medo da morte e aprende a conviver com ela indo à enterros de estranhos, ela tenta preparar os que estão à sua volta para sua morte e não é muito bem compreendida. Novamente ela se deparou com a morte de uma pessoa querida quando uma criança que fez amizade no hospital faleceu de câncer, ela fica muito triste com a situação de uma criança não ter a oportunidade de crescer. A partir desse momento que Vítor entra na trama e na vida de Ethel, um jovem de 19 anos, muito lindo de acordo com sua descrição ele também tem um sorriso que parece uma ponte capaz de fazer Africanos e sul-americanos dar as mãos, é muito fofo ela fazendo essa comparação.

"Seria muito irônico se nos apaixonássemos. Seria praticamente uma provocação. Seria como darmo-nos as mãos e começarmos a correr, fugindo da morte."

Mas como tudo não são flores e eles se conheceram dentro de um hospital, Vítor possui LMA (Leucemia Mileóide Aguda) de acordo com ele não é só ela que tem uma doença com uma sigla metida a besta (rsrsrsrs), mas ao que tudo indica ele vai fazer um transplante autólogo de medula e tem grandes chances de se curar. Mesmo que seja possível a cura de Vítor, Ethel não quer se envolver amorosamente por ninguém pois ela tem ciência que sua vida não será longa e o que o fim se aproxima, mas a pedido Vitor eles acabam se tornando amigos e ela estará sempre visitando-o.

"Há algumas coisas pelas quais simplesmente não vale a pena lutar. Às vezes percebemos que estamos empenhando esforços em coisas erradas e que não nos acrescentam em nada. Então é hora de desistir. E isto não é covardia. É perspicácia, para dizer a verdade."

Eithel só beijou um menino uma vez na vida, e quando ele conta como foi a experiência eu fiquei com meu coração partido, não vou contar como foi para não estragar a surpresa de vocês, e desde então ela se travou para encontros amorosos.

"Mas viver, meu amigo, é opcional. Você pode escolher se quer apenas se arrastar pela sua triste existência ou fazer algo de valoroso. Então, escolha e faça de uma vez, porque eu ainda acho que são sortudos aqueles que sabem quando vão morrer. Eles aproveitam. É preciso lembrar que a morte geralmente vem desacompanhada de aviso prévio."

Vocês devem estar pensando que este é mais um sick lit de romance adolescente parecido com vários outros parecidos por aí, não, aliás eu sempre acho cada história e seus personagens únicos, neste caso temos uma doença nada comum onde iremos aprender um pouco sobre ela e um pedido de ajuda aos portadores de Leucemia que precisam de transplante de medula, aqui a autora explica a importância de ser um doador e como se tornar um e quem sabe ser escolhido para salvar uma vida. Quem nunca conviveu com ninguém que tivesse leucemia muitas vezes não tem a menor ideia de que pode ajudar e que não irão lhe arrancar nenhum órgão, o transplante é apenas um líquido que será extraído da sua medula caso seja um doador compatível, e para ser doador é apenas como doar sangue,o REDOME é um cadastro de medulas do mundo inteiro, você pode salvar uma vida que está do outro lado do mundo.

"Ao menos sou um prova viva de que uma vida sem dor não é o paraíso que a maioria das pessoas julga ser. Acho que isso as conforta de certa forma."

Os personagens me cativaram muito, a Eithel com sua maturidade apesar de tão jovem, e também seu sarcasmo muitas vezes me levaram aos risos, o Vítor um jovem cativante que encontrou em Eithel a força que precisava para enfrentar as turbulências de uma leucemia, a evolução que Eithel conseguiu fazer em sua mãe e sua melhor amiga, na forma de elas encarem a vida foi muito linda.

"Não adianta de nada sentir pena e não fazer porcaria nenhuma."

O livro em muitas partes me emocionou muito por já ter perdido a minha irmã com leucemia, reviver uma história parecida sempre faz a gente voltar no tempo e acabar se emocionando mais do que quem nunca viveu, pois sabemos exatamente como é essa dor.

"Enquanto outras pessoas sonha, em se tornarem famosas, ficar ricas, ir à lua ou encontrar o amor de suas vidas, Vítor e eu, cada um a sua maneira, sonhamos apenas com um futuro, afinal, acho que a beleza dos sonhos não está somente em realizá-los, mas também em tê-los"

Terminei o livro chorando muito, e cá estou escrevendo essa resenha já com os olhos cheios d'água. Não tenho como expressar o quanto esse livro foi profundo para mim e tenho certeza que muitas pessoas que já leram também amaram muito esse livro de acordo com resenhas que já li, com certeza entrou para lista de livros preferidos.

"Acho que amizade verdadeira mesmo é quando conseguimos ficar junto de uma pessoa em silêncio sem sentir qualquer constrangimento. É aquela m que um olhar representa e confidencia tudo. Eu precisa apenas dela ali, daquele mesmo jeito, do seu silêncio, dessa comunhão em meio às loucuras da vida. Essas loucuras que marcam tão profundamente."

A escrita da Simone é muito gostosa de ler, não dá vontade de parar de ler, marquei tantos quotes que nem sei se consegui colocar todos aqui. O livro é lindo demais tanto a capa quanto todo seu conteúdo, dá para ver o carinho e dedicação com que ele foi escrito em cada página.

"Como é confuso tudo isso. Uma hora alguém está aqui e em outra hora já não está mais. E não importa o quanto lidemos com a expectativa de morte todos os dias, ela sempre prega peças e nos arranca pedaços."

Recomendo muito a leitura a todos,uma linda de história de amor e com uma linda mensagem de amor ao próximo.






site: www.facebook.com/minhasresenhasdp
Simone 13/02/2015minha estante
Dani, a conscientização em prol da solidarização foi um de meus maiores escopos ao escrever essa obra. Quem passou por uma situação parecida a de qualquer personagem, seja pessoalmente ou com um familiar, compreende, no âmago, a magnitude da história constante neste livro.
Sua emoção também me comove.
Agradeço imensamente por suas lindas palavras!
Beijos.




Vanessa Meiser 02/02/2015

“ – Todos gostariam de ser Deus ao menos algumas horas uma vez na vida. Alguns para matar pessoas que não julgam dignas, outros para devolver a vida a alguém. Enquanto os mais peculiares fariam chover queijo.” Pág 122.

Eu poderia resumir este livro numa única frase: Colocou no chinelo o autor aquele!!!! Mas como resumir um livro como este em apenas uma frase? Não tem como, é preciso falar muito sobre esta história perfeitamente perfeita!

"Uma Vida para Sempre" entrou facilmente na minha seleta lista de favoritos. Já nas suas primeiras páginas eu me rendi à escrita da autora que é muito cativante e prende o leitor, todo tempo eu ficava com medo de que em algum momento eu fosse me decepcionar e acabar desestimulada com a leitura (as vezes acontece quando me apego muito rápido à uma história), mas isto nuuuunca aconteceu com este livro, pelo contrário, quanto mais eu lia, mais eu queria ler...

Aqui temos como protagonista a jovem Ethel que foi diagnosticada ainda muito nova com CIPA - Insensibilidade congênita à dor com Anidrose. O que significa esta sigla? Significa que ela é incapaz de sentir dor e de suar. Ou seja, ela não percebe quando acaba se machucando por um motivo ou outro e não pode ficar exposta ao sol ou ao frio, seu corpo não processa a temperatura e ela pode facilmente se queimar ou congelar e morrer em pouco tempo. Todos os cuidados no seu dia a dia não são suficientes para mantê-la fora de perigo e sua mãe acaba por sufocá-la com tanta super proteção que na sua opinião é muito exagerada. Ethel mora apenas com sua mãe - Professora Universitária viúva. O pai morreu quando a menina tinha apenas 08 anos de idade.
Ethel está hoje com 17 anos e segundo suas constantes pesquisas na internet, seu tempo de vida é considerado relativamente curto. Ela não sabe porque tem CIPA pois, foi adotada quando era um bebê recém - nascido e nunca soube quem são seus pais verdadeiros. Na verdade nuca quis saber pois, ama os pais que lhe adotaram e que também sempre lhe amaram acima de tudo.
Seu primeiro contato com a morte foi com a partida do pai porém, desde então ela exerce uma fixação pelo assunto, tanto que costuma frequentar velórios e enterros de estranhos. Ethel acredita que isto pode servir como uma preparação para o seu próprio funeral.
“ É engraçado observar os desejos, aquilo que em determinado momento representa a realização. Engraçado mesmo é perceber que o que não tem qualquer valor para alguns, representa simplesmente tudo para outros.” Pág 179.

Ethel tem uma grande amiga de infância, a Catarina, mas por vários motivos, elas acabaram por se distanciar e seguirem rumos diferentes, porém, o carinho que sempre existiu entre elas se manteve e graças a ele as amigas voltam a conviver no decorrer da trama. Além de Catarina, Ethel mantém um carinho enorme por alguns pacientes do mesmo hospital em que ela precisa frequentar semanalmente para exames e fisioterapia de rotina. Entre estes amigos está Max e Gertrud. Ela, uma senhora de 81 anos que tem pouco tempo de vida, mas não se deixa vencer, leva a vida da melhor forma possível e com alegria, o carinho entre ela e Ethel é recíproco apesar da diferença de idade. Max era um menino de 08 anos que acabou falecendo, deixando Ethel muito abalada. Ela então decide visitar o quarto que o amigo costumava ficar quando estava no hospital e é lá que ela conhece Vitor, que entrou furtivamente no local parecendo estar se escondendo de alguém.
Vitor é muito bonito, tem 19 anos e está sempre de bem com a vida, aparentemente. Na verdade, no decorrer da trama, descobrimos que ele está em tratamento para Leucemia e frequenta o mesmo hospital que Ethel.

“É por essas e outras que sempre defendo a importância de se olhar as coisas de vários ângulos. Mesmo que um não expresse nada, outro pode te surpreender.” Pág 41.

Os dois rapidamente tornam-se amigos e descobrem muitas coisas em comum, gostos parecidos. Ethel passa a visitá-lo no hospital e eles rapidamente estabelecem uma linda ligação que a cada dia que passa se fortalece mais. Não demora e eles se descobrem apaixonados e vivendo novas experiências juntos, aproveitando o tempo que se mostra cada vez mais implacável e sem piedade.
Não há tempo a perder!
“Sempre fugimos da normalidade, mas só até o exato ponto em que percebemos que a normalidade provavelmente está atrelada aos melhores momentos de nossas vidas. Isso me lembra a pesarosa expressão ‘Eu era feliz e não sabia’.” Pág 48.

Muita coisa acontece entre o meio e o fim da história. A narrativa é emocionante, por vezes bastante engraçada, e repleta de partes reflexivas que levam o leitor a refletir sobre a sua própria vida e sobre o que faz de seu dia a dia, afinal, nunca se sabe o dia de amanhã.
Marquei inúmeros quotes neste livro e precisei selecionar apenas alguns para compor esta resenha, mas tenho certeza de que através destes vocês poderão ter uma boa ideia do quanto o livro é tocante e sensível.

“ E atire a primeira pedra quem nunca tentou se agarrar a uma ilusão para conseguir respirar quando na iminência de uma realidade muito mais dura e fria. Sabemos exatamente o que vai acontecer, apenas não sabemos como. E é assim que seguimos dia após dia.” Pág 266.

Impressionante o talento desta autora tão jovem e que já na sua primeira obra consegue levar o leitor às lágrimas. O que dizer do final da trama? De tirar o fôlego! De desidratar qualquer um de tanto chorar!!!

P-E-R-F-E-I-T-O!
Simone 08/02/2015minha estante
Vanessa, muito obrigada por tratar a história que escrevi com tamanho carinho e sensibilidade. Amei tudo o que escreveu.
Beijos.




Taty 26/01/2015

Uma vida para sempre
Confesso que era um pouco preconceituosa com os livros nacionais, mas tudo mudou quando li Uma vida para sempre. Quando a Simone me enviou o livro eu comecei a ler de imediato e as duas primeiras frases me chamou atenção, por se tratar de frases super parecidas.

"A dor é tão necessária como a morte" -Voltaire

"A dor ensina. A dor protege.[..]"

E logo descobri o porque dessas frases, Ethel tem CIPA (Insensibilidade congênita à dor com Anidrose) ou seja ela não sente dor e também não transpira e por causa desse fato ela não pode ficar muito tempo em contato com o sol ou com o frio, pois seu corpo não consegue estabelecer a temperatura e como ela não consegue sentir a ardência da pele queimando Ethel precisa estar sempre alerta e sempre que ficar muito exposta ao sol precisa equilibrar a temperatura rapidamente, se não ela pode morrer em minutos.
Ethel tem 17 anos e foi adota quando ainda era um bebê e logo os pais perceberam que havia algo errado com ela e foi aí que descobriram a doença, desde então Ethel é cuidada com muita atenção pelos pais, mais precisamente pela mãe já que aos 8 anos de idade ela perde o pai adotivo, esse é o primeiro contato que ela tem com a morte e depois disso Ethel passa a ficar meio que neurótica pela morte (mesmo ela não gostando muito desse termo),
Digo neurótica por coisas desse tipo:

"Você sabia que por muitas vezes é possível encontrar cadáveres em posições diferentes do que aquelas em que foram colocados [..]"

em uma das suas pesquisas, descobre que os portadores da CIPA tem uma expectativa de vida muito curta chegando aos 20 anos e desde então ela vive tentando preparar a mãe para sua partida, tentando fazer com que as pessoas pense sobre a morte e que ela está ali na esquina, só esperando o momento certo para ceifar mais uma vida que não aproveitou o que a vida deixou ao seu dispor.
Ethel faz fisioterapia em um hospital de Joaçaba duas vezes na semana e lá ela fez alguns amigos, coisa que na escola ela não tinha por ser a garota diferente e o que a levou estudar em casa. Gertrud é uma senhora portadora de uma doença incurável, ela tem um papel muito importante na vida da Ethel, é a personagem que mais entende ela, isso até Ethel conhecer Vitor um garoto bonito de 19 anos portador de LMA (Leucemia Mieloide Aguda), eles se conhecem no hospital e desenvolve uma amizade que no decorrer da história já podemos adivinhar no que vai dar.

"Eu quase conseguia ver os sul-americanos atravessando a ponte para a África, aquela sustentada pelo sorriso de Vitor"

É assim que Ethel se refere ao sorriso de Vitor, uma ponte que faz com que Africanos e sul-americanos dar as mãos. fofo né? Mas como nada é flores, além de Ethel e Vitor lidarem com as doenças também terão que lidar com o fato da mãe de Ethel ser totalmente contra seu relacionamento com qualquer pessoa do hospital. E Ethel terá que lutar por seus direitos e liberdades, terá que tentar trazer a mãe junto também com Catarina ao mundo dela e mostrar que a presença dela ali no hospital ao redor de pessoas que estão em fase terminal os ajudam a ver o lado bom da vida...

Uma das coisas que me chamou a atenção foi a rotina da Ethel, ela acordando todos os dias e parando em frente ao espelho completamente sem roupa a procura de qualquer machucado ou osso quebrado, ou quando ela diz que precisa colocar lembretes no celular para que ela não esqueça de ir ao banheiro ou mesmo de comer.
Seu humor irônico é uma característica que eu adoro nela, o modo como brinca a respeito da doença.

"Você pode ir até a cozinha, apanhar a faca mais afiada e, sei lá, decepar a minha mão. Eu não vou sentir absolutamente nada."
O assunto principal (Acho que posso dizer assim) é a morte, você vai notar que tudo gira em torno dela "a terrível morte"

"Há alguém morrendo enquanto escrevo esta palavra e há outro morrendo agora, enquanto você respira ou vira uma página. E isso é estranho, insano e ridículo. Mas é o que acontece e ninguém pode mudar essa realidade."


"Lembre-se de que vai morrer"



"Pessoas vivem como se não fossem morrer e morrem sem nunca ter vivido"
Eu o livro parecido de certa forma com o livro A culpa é das estrelas, a escrita da autora me fez lembrar muito desse fenômeno do João verde, principalmente o jeito irônico os personagens, o foto de Ethel e Vitor serem doentinhos e o jeito nerd deles de conversar, as piadas de um humor negro as vezes, sabe? Adorei as indicações de livros, músicas e filme no decorrer da história, A-M-E-I os pensamentos e curiosidades super interessantes no incio de cada capitulo, como uma teoria de que Tiradentes tenha morrido careca e não cabeludo e barbudo como é retratado e como isso seria uma maneira de compara-lo com Jesus Cristo, ou o hipótese de Hitler ter sido um judeu.
A única coisa que me incomodou no incio da leitura foi não saber a aparência física da Ethel, que eu me lembre a autora não a descreveu, então não sabemos a cor dos olhos, cabelos, esse tipo de coisa, só se eu me envolvi tanto na história que nem tenha reparado kkkkk Mas eu criei a minha Ethel na minha cabeça e tudo ficou certo.

O final do livro me deixou tipo *0* MDS, mas eu adorei e Uma vida para sempre super mereceu cinco estrelas.
Simone, você é nosso João Verde versão mulher Br, não estou brincando rsrsrsrs, por favor não pare de escrever, e eu já estou louca para anunciar aqui no blog seu próximo lançamento e já tenho certeza que será incrível, você extremamente talentosa e com certeza é responsável pela criação de um livro que irá ser admirado por milhões de pessoa, e eu já sou sua fã.

Aviso I: Não leia o livro pensando que a história vai girar em torno da doença da Ethel, se não pode ser que vocês se decepcionem um pouquinho.

Pessoal, acho que é isso, vou deixar algumas quotes que eu adorei. Comprem o livro porque vale super a pena eu recomendo muito mesmo e não é porque sei que a autora estará lendo essa resenha não heim, eu recomendo porque é uma história incrível, criativa, emocionante, que trata de um tema pesado de certa forma, pois falar da morte não é para qualquer um, amei ela ter elaborado uma história de uma garota portadora de uma doença tão rara e esquecida, pois quem não sabe essa doença realmente existe, não sei a Anidrose, mas a impossibilidade de sentir dor existe sim e é uma doença esquecida, já vi uma ou duas reportagem sobre esta e ler um livro na qual a personagem principal é portadora da doença foi incrível, a só então você percebe o quão importante é sentir dor.

"Dizem que para uma pessoa considerar sua vida plena precisa escrever um livro, ter um filho e plantar uma árvore"
"Em um mundo em que muitos lutam para mostrarem-se diferentes da grande maioria, acredite, eu não me sinto nem um pouco lisonjeada por ter sido laureada com tal raríssima condição. Eu sou pouco mais que uma estatística"
"Eu me lembro daquele sorriso imenso às vezes. E a dor sentimental, aquela da qual não sou imune, inunda-me"
"Não sou do tipo que se zanga quando alguém joga a verdade na minha cara."
"Quanta ironia, um ser provido da dor e que é incapaz de senti-la"
"A grande comporta estava prestes a ser corrompido pela força de um evento natural. Eu estava desmoronando"
"[..] Você me arrancou da inércia que eu chamava de existência"

"Já disse alguma vez que te amo?"

Caramba! vou parar por aqui. ( Caramba rsrsrsrs quem ler vai entender e quem leu me entendeu kkkk)




Aviso II: Prepare-se psicologicamente e comece a leitura.

Você tem uma lista de coisas a fazer antes de morrer? Caso não tenha, deveria começar a pensar nisso... - pág. 181

SIMONE: Quando sai seu próximo livro? Não vejo a hora de ler.

http://colecoes-literarias.blogspot.com.br/2015/01/resenha-uma-vida-para-sempre-simone.html#more

site: http://colecoes-literarias.blogspot.com.br
Simone 27/01/2015minha estante
Taty, minha querida.
Este seu jeito divertido de falar sobre a história me encantou!
Muito obrigada!!
Beijos.


Taty 06/02/2015minha estante
Simone obrigada linda.
Eu ameiiii sua escrita e me encantei com Uma vida para sempre.
Não vejo a hora de ler mais livros seu.
Beijos Flor




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