Uma vida para sempre

Uma vida para sempre Simone Taietti




Resenhas - Uma vida para sempre


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Ilzy 20/01/2015

Uma vida para sempre | Blog Uma Epifania
Dor de cabeça.
Acordar no meio da noite com o braço dormente.
Queimar a língua.
Bater o dedo do pé nos móveis.

Já pensou se, por algum descuido do destino, você parasse de sentir dores físicas?
Quebrar um braço não faria nem cócegas. Dor de garganta não incomodaria mais. Nunca mais se preocupar com o medo de agulha ou de encravar a unha. Isso mesmo. Parece o paraíso, não é? É, mas conheço alguém que discordaria totalmente.

A Ethel é uma garota que, além de gostar bastante de Machado de Assis, de visitar funerais de estranhos para se preparar para o seu enterro (que ela acredita estar próximo) e de fatos históricos curiosos, carrega uma sigla que faz toda a diferença no seu cotidiano. A CIPA (Insensibilidade Congênita à Dor com Anidrose, em Português) é uma síndrome relacionada ao sistema nervoso que impede seus portadores de sentir dor. Além disso, o "A" representa outro agravante: Ethel também não consegue suar.

O que para muitos parece uma vida perfeita, na verdade mostra-se um pesadelo. É preciso checar diariamente todo o corpo para saber se novos cortes apareceram, é preciso alarmes constantes para lembrá-la de ir ao banheiro e comer, e qualquer queda ou pancada é motivo de alarde: afinal ela pode quebrar a perna, levantar e permanecer com ela quebrada sem notar.

Além disso, a síndrome requer visitas constantes ao hospital e danos colaterais naqueles que estão por perto: após a morte do pai, a mãe de Ethel acaba se tornando super protetora. A conseqüência disso é que Ethel fez grandes amigos no hospital, mas não pode visitá-los com a freqüência que gostaria para que a mãe não tenha um surto.

Mas, Ethel não se resume a sua síndrome. Ela é uma garota profunda, cheia de convicções e de consciência da morte. Talvez seja exatamente por isso que a vida lhe parece tão clara - e que ela esclareça tudo isso para todo nós.

Toda essa consciência do mundo começa a ser partilhada quando ela conhece um rapaz em um dos quartos do hospital do jeito mais inusitado possível: sendo quase morta pelo sol. E ele é bonito, tem um gosto musical incrível e está sempre de bom humor. Mas, nós sabemos, ninguém visita o hospital a toa.

A grande questão aqui, amigos, é que não existe síndrome que nos deixe imunes as dores da alma e essas gritam todos os dias em nossos tímpanos. O livro é um grande grito libertador para que não deixemos de viver pelo simples medo da morte.

Viver plenamente é o melhor jeito de nos tornarmos eternos.
Ethel sabe disso.
Você está convidado a saber também.

Ler experiência de leitura em: http://www.ilzysousa.com/2015/01/leia-hoje-uma-vida-para-sempre-simone.html

site: www.ilzysousa.com
Simone 21/01/2015minha estante
A delicadeza das suas palavras é algo realmente enternecedor.
Ilzy, muito obrigada!
Amei absolutamente tudo!!




Carla Buffolo Altoé 12/01/2015

Pois é, terminei esse livro sem palavras!
Minha primeira surpresa foi com o texto da Simone. Há um bom tempo que eu não descobria um novo autor que escrevesse tão bem e o melhor de tudo é que é brasileira!
E depois, é claro, a história.
Ethel é uma menina que não sente dor, o que algumas pessoas poderiam achar uma maravilha, mas a dor faz parte da nossa humanidade, então imagina como ela se sentia?
E depois fui apresentada ao Vitor com o sorriso que poderia unir os continentes sul-americano e africano. Achei essa expressão muito linda e eu consegui visualizar este sorriso.
Não vou contar a história porque é difícil de expressar tudo o que eles passaram e tudo que eu passei enquanto eu o devorara, basta ler a sinopse para ter uma noção e caia fundo na leitura.
Simone, meus parabéns pelo livro, seu talento para a escrita é incrível e essa história é muito tocante e bela.
Simone 12/01/2015minha estante
Carla, que lindo o que escreveu!
Agradeço muito pelo carinho e fico imensamente feliz por saber que a história significou tanto para você.
O sorriso do Vitor... sul-americanos e africanos agradecem! hehehe
Obrigada!
Beijos.


Silvana Barbosa 14/01/2015minha estante
Fico toda prosa qdo descubro autores brasileiros bombando !


Carla Buffolo Altoé 14/01/2015minha estante
Nossa, você não sabe como eu fiquei feliz de descobrir esse livro e a autora! Acabei de ler dois livros do Charles Dickens e fiquei em "depressão ", sem conseguir nada que me animasse muito, aí conheci a Simone....
Simplesmente uma das maiores supresas dos últimos livros!


Silvana Barbosa 15/01/2015minha estante
Ah , que bom !




Lucas 11/12/2014

Uma história para sempre
Há alguns dias peguei esse livro para ler e confesso que não esperava grandes coisas dele. A sinopse era okay, a capa era super fofa e algo me dizia que a história me lembraria muito uma outra da qual muita gente conhece e ama. O que eu não imaginava era o quanto eu me apegaria aos personagens dessa linda e triste história, o quanto esse livro se tornaria importante para mim a ponto de escolhê-lo como um dos meus favoritos.

Uma Vida Para Sempre conta a história de Ethel (“acrescente um acento agudo no primeiro E quando pronunciar, mas nunca quando escrever”), uma garota de 17 anos que foi diagnosticada com CIPA, sigla para Insensibilidade Congênita à dor com Anidrose, o que quer dizer que ela não sente nenhum tipo de dor e não transpira. Isso seria algo incrível, se não fosse pelo fato de ser extremamente perigoso, pois a dor é um sinal de que ultrapassamos alguns limites, de que há algo de errado com nosso corpo, e que devemos procurar ajuda. Por esse motivo, a vida de Ethel foi sempre supervisionada pela mãe, sempre atenta a qualquer arranhão, qualquer marca no corpo da filha que indicasse que havia algo de errado.

Porém esse livro não é sobre doença (okay, talvez só um pouco). A história começa a ficar interessante quando Ethel está no hospital para sua rotineira sessão de fisioterapia e conhece Vitor, um garoto que luta contra a leucemia. Eis que um lindo sentimento surge entre eles e juntos eles vão viver momentos que fará com que qualquer pessoa reflita sobre sua própria vida.

Eu tenho a mania de que sempre que estou lendo um livro, fico marcando minhas partes favoritas com post-its, e nesse caso, eu praticamente esgotei meu estoque, pois o livro é repleto de frases emocionantes, como “(...) É óbvio que amadurecemos, mudamos de opinião e evoluímos. Mas acho que muito do que muda é só a superfície. Tem muito da essência que continua ali, e apenas cresce conosco. É que vamos aprendendo coisas e vendo coisas, tomando consciência de outras, o que nos molda. Acredito nessa coisa de que não nascemos seres humanos e, sim, nos tornamo-nos. É a influência do meio, o que nos rodeia, acaricia-nos e nos ataca e o modo como lidamos com isso. E essa coisa da pintura tem muito a ver com a superfície, aquilo que qualquer desatento toma por verdadeiro, mas que, na verdade, não passa de uma casca, como o nosso próprio corpo. (...)”.

Fui lendo cada página torcendo para que elas nunca acabassem, não queria que essa história chegasse ao fim, e quando finalmente acabou, foi como se tivessem arrancado meu coração do peito e me deixassem viver sem ele. Impossível não se emocionar com o final. (Uma dica: não leia esse livro em público se não quiser que estranhos te vejam chorando.)

Sobre a forma de escrita, eu fiquei muito impressionado com a forma que a Simone conduziu o enredo. Chega a ser difícil de acreditar que uma pessoa tão jovem como ela escreva tão bem como escritores que já são consagrados. Mal posso esperar para ler mais coisas da autora, espero que outros livros como esse venham por aí, enquanto isso, vou ter que me contentar com essas 351 páginas desse livro que já é um dos meus favoritos.

PS: a resenha foi escrita ao som da cantora Birdy, que tem sua importância na história.
Simone 12/01/2015minha estante
Lucas, um querido com quem nunca tinha conversado antes de receber aquela mensagem linda no Facebook. Obrigada pelas lindas palavras. Saber que a história o emocionou tanto me deixa extremamente contente.
Ler as referências a alguns personagens e detalhes da história não tem preço!
Beijos.




Gleise 23/11/2014

Lindo, triste e comovente
Simone! Pena que não sou boa com as palavras como você...porque não vou conseguir expressar o que estou sentindo ao terminar seu livro...além de chorar muito, fiquei um tempo olhando para o nada, perdida em pensamentos, sobre o quanto a vida é bela, linda, injusta e dolorosa ao mesmo tempo...os quanto uns tem sorte e não sabem, e não aproveitam e quanto outros tem tudo contra e vivem a plenitude da vida. Eu me identifiquei muito com a Ethel em relação aos pensamentos e questionamentos dela, eu também sou uma pessoa que não consegue ficar imune as coisas ruins que acontecem no mundo, mesmo tendo uma vida "perfeita", eu sempre me pergunto o porque isso está acontecendo com aquela pessoa, ou porque existe a maldade, porque existe a doença, e que eu queria ser Deus para mudar coisas que não concordo e que se eu fosse, a morte não existiria. Enfim, que lindo!! Comovente, real, muito bem escrito e com certeza você nasceu pra isso!! É um livro triste? Sim muito, mas nada do que escreveu foge a realidade da vida, do que muitas pessoas passam diariamente. Enfim, recomendo a leitura, e agradeço por você ter lembrado de mim para falar sobre o lançamento do seu livro e ter me dado essa oportunidade incrível de alimentar ainda mais minha alma com esse sentimento maravilhoso que só a leitura nos proporciona. Espero ansiosamente pelo seu próximo livro. Bjs, inspiração sempre!

site: https://www.facebook.com/Sugestoesdelivroscapasinopse
Simone 12/01/2015minha estante
Gleise, aquela que acredito ter sido minha primeiríssima leitora e a primeira a escrever uma resenha para o livro. Agradeço por tudo o que aqui está escrito e não sabe quanto sinto-me contente por ter tocado-a com a história.
Beijos.




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