Jmch 04/11/2023
Hemingway comenteu suicídio em 1961. Este foi seu último livro, uma publicação póstuma... "e foi depois de ter escrito estas evocações de Paris, repletas de terna candura, quando recapturou, durante algum tempo, a felicidade perdida, o gosto da descoberta e da invenção, que Hemingway colocou na boca os dois canos de seu shotgun e se despediu de nós: not with a whimper, but with a bang".
Esse livro me pegou de surpresa, porque não tinha a miníma ideia sobre do que ele se tratava. E foi logo de início que descobri essa informação sobre a morte de Hemingway - visto que não sabia disso - e acabou fazendo total diferença na visão que tive enquanto o lia.
"Paris é uma festa" é um livro sobre memórias, sensações, encontros e despedidas escritos em tom de saudade, ironia e amor; sobre o período em que o autor morou em Paris, na década de 20. Além do mais, é um livro diferente dos demais da obra de Hemingway; aqui entramos em contato com o seu sentimentalisto. E tem sobretudo narrativas belissímas, que não fosse apenas a melancolia de ler sabendo de seu contexto, ainda seria emocionante.
Li esse livro desejando que nunca chegasse ao fim. Essas recordações tão vivas, essas memórias, só me fizeram pensar o tempo todo em: como alguém conseguiu escrever coisas como estas em um momento onde seu estado físico e mental se degradava??