Julio.Argibay 22/08/2018
INACCROCLIABLES
Paris eh uma festa.
Neste livro Papa Hemingway relata sua passagem em Paris nos anos 20, após sair do Canadá, abandonar o jornalismo e tentar viver apenas como escritor de romances. No início da obra ele até descreve como se desenvolve uma boa estória, quanto ao ritmo e tal. Nessa época ele relatada no livro que era muito pobre, já estava casado e tinha um filho. Vivia de alguns poucos contos que vendia para algumas revistas alemães, etc. Passava alguns dias até com fome, fato que o ajudava a compor personagens mais densos, segundo ele mesmo. Bebia que nem uma caipora: whisky, champanhe, vinhos e tudo que pudesse fazer a cabeça. O autor, apesar da pobreza, pelo que eu percebi, aproveitou bastante este período: comeu bem, foi a diversos museus, acompanhava de perto as corridas de cavalo e escrevia nos diversos cafés da cidade. Conheceu muita gente - escritores, críticos, pintores, etc e leu bastante, principalmente, os autores russos: Tolstoy, Dostoiesvski, Tchekov, Turgueniev, além de Joyce, este americano, e outros escritores. Aqui, destaca-se a amizade com Scott Fitzgerald, seu temperamento difícil, conforme o autor descreve, e seus problemas com a sua esposa, que veio a enlouquecer mais tarde. Papa encerra o livro nas férias de inverno na Áustria, mas já não demonstra o mesmo entusiasmo que antes. Para quem curte este autor, acho interessante aqui lincar esta obra com o filme ? Papa Hemingway, um dos meus prediletos, onde o escritor eh descrito como um homem, maduro, rico, bem sucedido, um pouco antisocial, com crises de criação, depressivo, impotente e com uma atuação política intensa, pois estava envolvido na Revolução Cubana e morava em Havana, na época. Talvez estes sejam os motivos que o levaram a um final de vida tão apoteótico.