Ricardo Silas 12/09/2016
Ser leitor é...
Certo dia, li um artigo que destacava os países com o melhor índice de alfabetização e educação do mundo, a maioria deles escandinavos, como a Dinamarca, Finlândia, Noruega, entre outros. O mais curioso foi constatar que o programa de ensino público desses lugares se baseiam na pedagogia de Paulo Freire, feitas, é claro, as correções e adaptações necessárias ao contexto de cada país. Em "A importância do ato de ler", nota-se o quanto a educação pode ser transformadora na vida das pessoas. Não basta memorizar palavras, decorar o b-a-bá: é preciso, como bem diz Freire, fazer uma leitura da realidade em que se vive, com uma postura crítico diante do mundo, para depois fazer a leitura das palavras. No processo de alfabetização aplicado por Paulo Freire, o educando aprende a entender sua condição de ser humano político, a enxergar sua capacidade de realizar mudanças para o bem de todos ao seu redor. Ele aprende que uma sociedade verdadeiramente justa é aquela na qual as relações entre exploradores e explorados não podem existir, e só por meio da educação libertária o indivíduo se emancipará das algemas do corpo e da mente. Acho que a importância do ato de ler é maior - muito, muito maior - do que imaginamos:
"Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso, aprendemos sempre."