Pornô chic

Pornô chic Hilda Hilst




Resenhas - Pornô Chic


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Cibele 11/05/2020

Indigesto, forte, pesado
Hilda traz uma leitura carregada, cheia de críticas e que leva o leitor ao limiar do absurdo, de se questionar sobre o que está lendo e de continuar a se surpreender. A leitura não é fluida, muito pelo contrário. Leva um tempo pra compreender o ponto de Hilda de fazer a ferida sangrar, sem que talvez isso sequer seja um objetivo da autora... mas sangra.
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jota 07/07/2015

Véia safada...
Com Pornô Chic a escritora Hilda Hilst fez literatura ou pornografia? As duas coisas, mas logicamente que ela privilegiou a arte e não a obscenidade. Verdade que choca um pouco a crueza de certas situações que ela nos conta ou a abundância (epa!) de palavrões que ela emprega. Sim, eles são abundantes, escandalosos, cabeludos, safados.

Como diz a certa altura uma de suas personagens participando de uma historieta rural, um “pornô-jeca”, como a autora chamava: “Hirda Hirste, (...) essa véia é safada.” E põe safadeza nisso especialmente quando HH conta aquela que deve ser, para muitos leitores, a melhor das histórias do livro, O Caderno Rosa de Lori Lamby. E certamente a mais safada (ou chocante, depende), pois a personagem é uma incrível menininha sobre quem o sobrenome diz muito...

Podemos ficar espantados com certas coisas que HH diz, conta ou imagina. Mas nos divertimos demais com tudo isso. E ainda tem, de verdade, o caso envolvendo ela mesma, Marlon Brando e o namorado dele, um ator francês. Caramba!

Enfim, não dá para levar tudo a sério em matéria de literatura, ler o tempo todo escritores altamente intelectualizados que nos dizem muito pouco da vida em suas várias facetas. Especialmente vivendo num país pornograficamente corrupto como o Brasil e tendo como presidente alguém que em vez de fazer um elogio à loucura (como Erasmo) ou outra coisa, faz elogio à mandioca.

Certamente HH tinha – ou teria - uma boa história para contar sobre esse tubérculo de duplo sentido. Muito mais útil para a vida dos brasileiros do que uma “mulher sapiens” na presidência da república.

Lido entre 02 e 07/07/2015.
Thiago 07/07/2015minha estante
Adorei o título da resenha, esse livro está entre os meus desejados.


Mayara ( @literaterapia ) 07/07/2015minha estante
Hilda é extremamente estimulante. Safada e inteligente, quem resiste?
Eu adoro "O caderno rosa de Lori Lamby", fala bastante dessa fase profissional que estava vivendo, mas "Contos d'escárnio" é demais. Literatura de altíssima qualidade!
A literatura da Hilda é a própria Hilda. Todos os temas que marcaram a vida dela estão presentes em suas obras trabalhados de forma fantástica!


jota 07/07/2015minha estante
Mayara: realmente, as história de HH são irresistíveis, safadas e muito bem-humoradas. Quero ler mais coisas dela.
Thiago: leia sim. Com HH o pornô é chic ou então é jeca. Jamais brega.




Thais M 27/02/2021

- Essa obra da Hilda Hilst pode ser no mínimo definida como impactante.

- E como alter ego de Hilda podemos encontrar em Crasso um narrador-personagem de "Contos d'escárnios - Textos grotescos", uma declaração que muito reproduz o sentimento de Hilda quanto a essa nova fase de sua escrita. Em que Crasso, que já era um sexagenário que resolve escrever seu primeiro livro, motivado pela baixa qualidade dos textos que lê nos diz no trecho: "Resolvi escrever este livro porque ao longo da minha vida tenho lido tanto lixo que resolvi escrever o meu. Sempre sonhei ser escritor."

- Conforme Caio Fernando de Abreu declarou no posfácio, com a publicação de O caderno rosa de Lori Lamby, Hilda renunciou publicamente à literatura "séria" - que lhe conferira, por parte do crítico Leo Gilson Ribeiro, o epíteto de "maior escritor vivo em língua portuguesa" - e decidiu publicar, daqui pra frente, apenas histórias pornográficas. Bem-sucedidas, essas histórias, já em segunda edição por Massao Ohno Editor, serão seguidas por Contos d’escárnio e Cartas de um sedutor.

- Portanto, Hilda é um mistério a ser desvendado, dividindo opiniões ora a considerando como uma escritora grotesca ou considera suas obras como excelentes.
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Anderson.Lima 25/09/2020

Uma autora magnífica
Esse livro me chegou de maneira bem peculiar. Uma colega de trabalho desejava conhecer a autora, mas não suportou a leitura do primeiro conto, O caderno rosa de Lori Lamby, e me doou o livro.

Hilda Hilst é um dos melhores autores que já li. Usei o masculino para que fique claro que não faço listas distintas, meus favoritos ficam na mesma lista. E ela está no pódio para mim. Um dia ainda faço um post sobre meus autores favoritos.

Como a pornografia poderia ser tão inteligente e culta? Mais do que conas e rolas rombudas, Porno Chic é uma verdadeira aula de conhecimento literário e domínio da Língua portuguesa. Inserido em meio a cenas escabrosas está um profundo conhecimento sobre tudo o que rege o mundo literário. A crítica ao mercado editorial está em todos os contos.

Uma entrevista concedida pela autora, anexada ao livro, me deixou muito triste. Tudo o que ela fala dá para sentir através de seus textos. Confesso que nunca me importei muito em ler autores nacionais, mas além de sua obra magnífica, Hilda Hilst me deixou algumas reflexões. Vou deixar algumas das passagens que mais me fizeram repensar certas coisas.

"Resolvi escrever esse livro porque ao longo da minha vida tenho lido tanto lixo que resolvi escrever o meu"

"Parece que os críticos adoram escritor morto. Você tem que morrer para ser lembrado. Eu até propus a Lygia Fagundes Telles: você atira em mim e eu atiro em você. Pode ser que assim falem da gente".

"Eu sei que escrevo muito melhor que muitas mulheres europeias e americanas. Mas quem fala o português? Bem, milhões de pessoas falam, mas ninguém lê nessa língua.
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Camila.Weber 07/01/2021

Não é pra todo mundo
Não são todos que vão entender e muito menos gostar. É preciso conhecer um pouco da história da Hilda pra entender o porquê desses contos. Confesso que esperava mais, talvez uma narrativa uma história com personagens mais cativantes. A verdade é que é mesmo uma merda. Mas se homens podem escrever porcarias e serem louvados por isso, pq não uma mulher?
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Iasmin 14/12/2020

Nunca estive tão apaixonada por uma escritora nacional. Recomendo muito para aqueles que são/estão decepcionados e cansados com a literatura brasileira.
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Amigo Imaginário 22/04/2022

Incrível como ela domina o fluxo de consciência, como ela desnuda, satiriza e erotiza o absurdo. Um show de sacanagem, erudição e reflexão sobre temporalidade e banalidade do ato do ser como espírito-materia. Um livro para ser estudado e degustado.
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Maria Eduarda Martins 14/11/2021

Pornô Chic
Sempre quis conhecer as produções da Hilda Hilst, uma das maiores escritoras em língua portuguesa do século XX.

Ler este livro exige que o leitor conheça um pouco mais sobre a vida da autora, quais suas motivações quando da escrita das histórias presentes, seu humor e até seu momento de produção artística. Portanto, estude Hilda antes!

Há uma clara crítica social. As circunstâncias são extremamente deturpadas. O desejo pelo dinheiro é sufocante. O conflito homem/Deus fica evidente nos fluxos de consciência.

Apesar dessa perspectiva interessante, a obra tem seus pontos horripilantes, pornográficos e grotescos, principalmente no começo. A agonia de uma situação de abuso e o sentimento de nojo que ficam da primeira parte me obrigam a não recomendar essa experiência para ninguém.

Caso opte pela leitura, leia cada história até o final! Geralmente o início pode trazer sentimentos ruins, mas o final é mais esclarecedor.

Algumas passagens são geniais, enquanto outras parecem uma piada de mau gosto. Não sei se é possível amar esta produção, porque ela é completamente incômoda!

O que posso dizer é que finalizei a leitura admirando a autora, contudo, nem sei o que dizer sobre o livro... existe algo de muito ruim e de muito inteligente nele.
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Sara 08/10/2021

Não sei como definir esse livro, passar pelas primeiras páginas foi punk, gerou repulsa, ansiedade e aleatoriamente até algumas risadas. O livro fica mais ~tranquilo~ com o passar das páginas, mas ainda é estranho. Não acho justo julgar o livro sem terminar, então recomendo que quem tem curiosidade, leia até o final. Lógico que não recomendo para todo mundo, pq é meio trash.
Um ponto que me deixou surpresa, é como a Hilda consegue escrever coisas grotescas de forma atrativa e cativante. Nunca pensei que iria ler sobre c* e mesmo assim seguir ansiosa pela próxima página
por fim, o livro me chocou e isso foi a melhor parte. Recomendo muito :))
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Isabela354 27/08/2021

Meu Deus, onde eu vim parar?
Não terminei a leitura e nem pretendo.
A procura de contos eróticos me deparei com Pornô Chic e ainda estou chocada.
Por ser uma autora brasileira eu coloquei esperanças no livro e entrei de cabeça e não deveria.
A normalização de pedofilia, zoofilia e incesto me deixou de estômago embrulhando. Não sei a história por trás desse livro mas também não ligo.
Se fosse publicado hoje ele receberia tanta mais tanta crítica que nunca chegaria a ter muitos leitores.
É tão... ruim.
A gente lê pela visão dela, tão infantil, tão inocente, sem realmente entender o que ta acontecendo mas "gostando" me deixoy enjoada.
Não recomendo a leitura.
0 estrelas e pelo amor de Deus joguem no lixo.
(Não, eu não consegui terminar o livro)
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Rafaela1759 23/01/2023

esse livro deveria ser publicado?
Primeiro livro que li da Hilda Hilst e me decepcionei MUITO. Achei o livro horroroso, não recomendo a ninguém. Tem cenas de pedofilia, zoofilia e tudo que há de ruim, consigo nem pensar.
Se esse livro foi pra mostrar uma mensagem, é literalmente "isso é crime, oq esta escrito aqui é crime, é algo horrível"
não estou preparado pra ler esse tipo de livro.
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Carlos.Erik 27/02/2021

O escárnio de uma autora silenciada
Diferente do que grande maioria dos leitores não estão acostumados certas obras são carregadas da alma do autor.
Neste copilado os textos pornográficos de Hilda Hilst, do final da década de 80 e início da década de 90 foram um escândalo para o mundo literário da época.
Uma leitura crua, sem considerar o silenciamento imposto a grandiosidade de HH, a moral da época, a repressão ao desenvolvimento das mulheres na literatura e todo o cartel ?capitalista? das editoras você vai odiar todas as páginas.
Hilda, como seu pai, tinha sinais de transtornos psiquiátricos, e isso aparece nos fluxos de consciência. Em alguns textos não há um começo, meio e fim. Está tudo acontecendo ao mesmo tempo.
O pudor sexual é posto na parede, as fantasias sexuais são descritas sem limites e sem economia de descrições.
É interessante o escape da Hilda Hilst para o campo da sexualidade como tentativa de chocar, justamente porque tudo que é tabu fala justamente sobre tantos desejos reprimidos, escondidos e suprimidos.

?A literatura tem que refletir o cara que está escrevendo, como ele é diante do mundo.?
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