Dona Flor E Seus Dois Maridos

Dona Flor E Seus Dois Maridos Jorge Amado




Resenhas - Dona Flor E Seus Dois Maridos


231 encontrados | exibindo 196 a 211
1 | 2 | 3 | 4 | 14 | 15 | 16


Rodolfo Vilar 29/10/2023

?Ler ?Dona Flor e seus dois maridos? é se apegar a personagens, é sentir cheiros e provar gostos, é uma mescla de coisas, de rabichos, de querer e ficar? ?
.
Continuando o diário de leitura do projeto #BodegadoAmado, a leitura da vez é do livro ?Dona Flor e seus dois maridos? escrito em 1966. Aqui inaugura-se a segunda fase amadiana, onde Jorge Amado, após desfiliar-se do partido comunista, trata menos sobre política em seus livros, mas não abandona alguns dos vieses socioeconômicos de seu olhar para a Bahia e para o Brasil.
.
Nesse livro, que realmente achei diferente dos anteriores, por tratar de uma linguagem mais fluida, com diversas viravoltas e idas e vindas no tempo, Jorge Amado conta a história de Florípedes, ou para os íntimos Dona Flor. Após perder seu primeiro marido de um infarto fulminante ela fica num impasse entre viver a vida de viúva ou mudar as páginas de sua vida tediosa e casar-se novamente. Casando com seu segundo marido, Dona Flor irá analisar sua vida a partir de alguns detalhes que faz o leitor refletir sobre preconceitos, o papel da mulher na sociedade e o machismo instaurado. Quebrando tabus, Jorge Amado retrata sobre a vida feminina numa época de ditadura, tratando tudo com humor e consciência.
.
Numa volta no tempo conhecemos seu primeiro marido, Vadinho, um homem machista, viciado em jogos, mulherengo e boêmio. É nesse casamento que Dona Flor é testada em todos os seus extremos, onde somente com seu segundo marido, Dr Teodoro, ela consegue entender uma vida de romance e respeito. Porém o que falta em Teodoro há em Vadinho e Flor fica nesse impasse de viver uma vida incompleta, até que num momento o fantasma de Vadinho surge para lhe suprir os desejos sexuais. Nesse impasse Flor fica a se questionar se estaria vivendo uma vida dupla com dois homens. Será?
.
O livro não se tornou o meu favorito, achei o Jorge Amado aqui extremamente prolixo, onde havia momentos de narrativas desnecessárias, mas que não tiram a graça do autor a narrar sobre o cotidiano. Um personagem extremamente machista também causa rancor no leitor, além das longas cenas sobre jogos ilícitos.
.
O livro conversa com nossa atualidade sobre o papel da mulher na sociedade, a sua liberdade de expressão e de escolha. No livro Dona Flor escolhe não escolher, podendo ter o livre arbítrio sobre sua própria felicidade. É um livro sobre costumes, repleto de personagens multidimensionais e que circulam pelas páginas de um romance bem comum construído.
comentários(0)comente



Mari 21/11/2023

Favorito
Talvez meu favorito de Jorge. Amo as dualidades apresentadas pelo autor e amo a bordagens da sexualidade feminina.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Juliane4 02/12/2023

O livro é conhecido por sua mistura única de humor, sensualidade e elementos fantásticos. Jorge Amado explora as complexidades das relações amorosas, a cultura baiana e a riqueza da tradição nordestina.
comentários(0)comente



Clari.Monise 21/12/2023

A Dona Flor é maravilhosa! Uma personagem cativante e com uma história maravilhosa. Esse livro, apesar de ter algumas partes mais lentas, é maravilhoso!!!!!
Agora a mãe dela..... Que ótimo final ela teve kkkkkkkk
comentários(0)comente



Raphaela Luiz 27/12/2023

E não é que a batalha espiritual é realmente uma batalha?
Demorei pra entender que a narrativa não iria trazer algo de extraordinário - apesar de saber que um dos maridos seria o fantasma de um morto - e isso fez com que minha experiência de leitura fosse frustrante. O livro acaba não prendendo o leitor, porque acompanhar o dia-a-dia de uma família padrão dos anos 60 não parece lá muito interessante. Como os leitores costumam ter prévio conhecimento do filme e até da série, parece que o livro ia trazer um enredo e tanto, mas, infelizmente, não. Pra mim, o livro só foi ganhar gosto e graça no final, especificamente a partir do capitulo 20 da parte V quando o espirito de Vadinho aparece e começa pregar as peças em quem o mantinha na memória.
Um ponto importante; apesar de ser muito conhecido que Teodoro não o deixava sexualmente satisfeita, não foi a impressão que tive na leitura. O que faltava a Dona Flor era a novidade, a sensação do incerto e a surpresa, inclusive sensação bem parecida com o que é descrito no livro sobre as pessoas que são viciadas em jogatina.
Outro ponto: esperava alguma surpresa de dona Flor ao encontrar o fantasma do marido, mas na narrativa ficou como algo esperado e corriqueiro.
A inclusão de aspectos do candomblé só entra na narrativa no final do livro - quando Vadinho reaparece - e, pra mim, deixou a desejar a resolução do climax do romance. Realmente fora uma batalha espiritual e - la vem spoiler - vencida por uma voadora dada por Dona Flor nua. Mas pra quem já tinha se divertido com trechos sobre marcianos e médica de Jupiter, acabou que nem foi uma surpresa tão ruim assim.
No mais, a leitura foi ruim e arrastada. Realmente não aguentava mais o livro. Li por honra. E só consegui por ajuda do audiobook disponível no spotify pela Ana Clara Brocanello, no podcast Biblioteca Comentada. Meu livro favorito do Jorge Amado continua sendo "a morte e a morte de quincas berro d'água" e o próximo a ser lido será "capitães da areia". Seguimos! Vem 2024.
comentários(0)comente



NatAlia1961 06/01/2024

?Ele é tua face matinal, eu sou tua noite, o amante para o qual não tens nem jeito nem coragem. Somos teus dois maridos, tuas duas face, teu sim, teu não.?
Que livro, te amo vadinho e theodore, queria vcs dois como maridos tb
comentários(0)comente



driesvansteen 21/01/2024

História moral e de amor
Lindo ver a Flor. Cheguei a chorar de rir. Pra cada desabafo uma receita, entre viuvez y cozimento, tesão y tempero. Receitas y despesas (o Roberto DaMatta diz no posfácio). Para cada um, outro. Tudo que merece. Linda, Flor. Enfim o subtítulo, cômico como apetece: História moral
e de amor.
comentários(0)comente



Clau7letrinhas 04/02/2024

Enfadonho
O texto é prolixo demais? morno, cheio de rodeios e detalhes pra mim desnecessários. Além do que a personagem principal vive num relacionamento tóxico que nem depois da morte dele para.
comentários(0)comente



Matheus656 12/02/2024

Definitivamente a melhor parte do livro é Dona Flor e Vadinho. A dinâmica desses dois personagens foi o que mais me prendeu atenção. Senti que nos capítulos dedicados a outros personagens divaguei e perdi um pouco o foco. Muito interessante e de certa forma divertido os dilemas de Dona Flor pautados pela moral da época e comparar com a época atual em que muita coisa já mudou.
comentários(0)comente



Sena 18/02/2024

Da terrível batalha entre o espírito e a matéria. Do não ser para o ser.
O que falar sobre esse livro? Reli depois de 15 anos e ele me fez rir como na primeira vez em que o li. É uma história de costumes, de moral e de amor que só poderia acontecer na Bahia como diz o próprio autor. Tem seus defeitos, por exemplo, a normalização de um relacionamento extremamente abusivo de Flor com seu primeiro marido e o quanto ela se acostuma com isso a tal ponto de chamar o finado de volta (e ele volta e mais sem vergonha que nunca).

"Ele é tua face matinal, eu sou tua noite, o amante para o qual não tens jeito nem coragem. Somos teus dois maridos, tuas duas faces, teu sim, teu não. Para ser feliz, precisa de nós dois. Quando era eu só, tinhas meu amor e te faltava tudo, como sofrias! Quando foi só ele, tinhas de um tudo, nada te faltava, sofrias ainda mais. Agora, sim, és dona Flor inteira como deves ser." - De Vadinho para Flor.
comentários(0)comente



Marco459 18/02/2024

Vale a pena como conhecimento de um clássico
Livro escrito em 1966 que coloca em voga o contraste de dois relacionamentos antagônicos e os conflitos internos de Dona Flor que vê-se no meio de um acontecimento não convencional. É um livro de linguagem antiga e com o contexto diferente do atual . Válido por se conhecer a obra de Jorge Amado, mas estarei mentindo se disser que me diverti horrores lendo , apesar de ter seus pontos altos. É apenas o segundo livro seu que eu leio, mas me diverti bem mais lendo ?Capita?s de Areia?
comentários(0)comente



Rodrigo 24/02/2024

Ah, Flor, quanto amor. Amor pela vida, por Vadinho, pela culinária.
Jorge Amado nos apresenta a uma das mais famosas de suas mulheres e nós presenteia com uma narrativa completa, com todas as nuances que a bra dele sempre traz: religião, costumes, escolhas e muita baianidade.
Sem falar dos momentos poéticos em que as sensações da musa são apresentadas, sendo um dos seus livros mais eróticos, de entrega entre Flor e seus Maridos.
Realmente, uma das maiores produções amadianas.
comentários(0)comente



Daiane539 25/02/2024

Bahia de todos os santos e axés
Ler Jorge Amado é viajar para Bahia. É uma imersão na cultura, comida, geografia, linguajar baiano.
Flor começa a narrativa ficando viúva. Esta que experimentou duas fases opostas do matrimônio, a boa e a ruim, teve um marido capaz dos atos mais baixos que um homem pode cometer contra sua esposa, e com este senti que ela tinha uma forte dependência emocional, ela tinha consciência que com ele não era feliz, mas se sentia totalmente presa a ele. Já o segundo marido totalmente oposto, doce, cortez, provedor, educado , um homem que a levou para o "bom convívio social".
Tudo perfeito no seu segundo casamento, mas Flor ainda sente faltar algo. Nos envolvendo nas religião afro-brasileira, tão presente na Bahia, que é o candomblé e a umbanda, Jorge Amado leva nossa mocinha, Flor a dúvida e a escolha, ser esposa fiel ao seu tão bom marido, ou ter Vadinho como amante?
Me envolvi já dúvida e também não sabia o que escolher, tinha raiva do primeiro marido que a fez sofrer, mas o segundo não satisfazia seus desejos carnais, e uma mulher precisa disso pra ser feliz também. Creio que aqui também cabe a famosa pergunta, "Traiu ou não traiu?"
Acho difícil ter spoiler desse clássico da literatura brasileira. Mas leiam e descubram o sofrimento da dúvida de Floripedes. O fim é de não deixar ninguém descontente, literalmente.
comentários(0)comente



231 encontrados | exibindo 196 a 211
1 | 2 | 3 | 4 | 14 | 15 | 16


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR