Rosi C. Caleffi 23/05/2020
Tinha altas expectativas, mas...
Na noite de 23 de dezembro de 1980, um avião cai na fronteira entre a França e a Suíça, deixando apenas uma sobrevivente: uma bebê de 3 meses. Porém, havia duas meninas no voo, e cria-se o embate entre duas famílias, uma rica e uma pobre, pelo reconhecimento da paternidade. Seria a menina Lyse-Rose ou Émilie?
Numa época em que não existiam exames de DNA, o julgamento estende-se por muito tempo, mobilizando todo o país. Mesmo após o veredicto do tribunal, ainda pairam muitas dúvidas sobre o caso, e uma das famílias resolve contratar Crédule Grand-Duc, um detetive particular, para descobrir a verdade.
A história está muito longe de acabar. Grand-Duc investiga o caso por 18 anos, e acompanha toda a infância de Émilie buscando novas pistas quando finalmente encontra a pista final no último dia de sua investigação, em um jornal de 18 anos atrás.
Minhas expectativas estavam altas com essa história que, desde o início, se mostrou muito envolvente. Apesar da escrita fluída, os acontecimentos só aceleram na parte final.
O relacionamento entre Marc e Emilie, os personagens principais, caracterizando incesto caso ela fosse realmente sua irmã, me incomodou. Essa parte foi escrita sem muita sensibilidade e de maneira rasa, despretensiosa, o que me parecia uma evidência que o vínculo parental não existia ou uma irresponsabilidade do autor (talvez?). 3,5?