Stoner

Stoner John Williams




Resenhas - Stoner


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Hernani 10/04/2018

STONER, um tratado da derrota
Em O velho e o mar, Hemingway narra a história de um velho pescador contra um peixe gigante e depois contra os tubarões que devoram seu prêmio de sua batalha. E nos brinda com esta frase lapidar: “um homem pode ser destruído, mas não derrotado”. A beleza e ousadia de se levantar frente às adversidades e lutar corpo a corpo contra os inimigos, a natureza, a temível baleia branca ou às vezes o próprio deus, sempre inspirou o homem e alimentou sua chama interna. Por oposição, a força do romance Stoner (nome do protagonista) está em atingir o leitor com as consecutivas derrotas do personagem por inaptidão, inércia e apatia. “REAJA!” Nós gritamos repetidas vezes... E nada. Algumas derrotas podem até se confundir as nossas, mas algumas são imperdoáveis. Stoner é imperdoável para que nós, leitores, possamos ainda nos salvar ao lembrar de seu exemplo, e agir ou reagir frente à vida; como Michael Corleone que começa querendo se distanciar da família, e no leito de hospital do seu pai assume para si o dever de defender a família. Também aí falha Stoner, e miseravelmente. Uma tragédia anunciada, com a função pedagógica de fazer correr o sangue do leitor por contraponto; no intuito de que ao final da jornada/batalha/vida ele não seja derrotado, mesmo que esteja destruído.
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thiago.cobra 01/05/2018

Simples e denso
A vida de Stoner não tem nada de extraordinário, como a de praticamente toda pessoa. E só essa constatação já bastaria pra se concluir que qualquer vida e sua história são bonitos, quando enxergados de perto.

Ao mesmo tempo, tanta resiliência e estoicismo às vezes encontram hostilidade injustificada e incompreensível, e também assim é a vida. Talvez o mérito de Stoner seja por simplesmente narrar uma vida, sem floreios ou ideologia, sem um fim específico ou elocubrações. As pessoas simplesmente podem ser boas ou más (e se alternar entre momentos), vivem e morrem, e tudo que acontece entre nascer e morrer merece ser bem contemplado.
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Vorspier 03/05/2018

Uma deliciosa coleção de infelicidades
John Williams consegue transformar uma vida cheia de fracassos em um livro tão delicioso. Dá até raiva saber que a leitura acaba em 320 páginas.

Por enquanto, o melhor livro que li em 2018.
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Fabio Henrique 06/06/2018

Pra ler e reler e ler de novo e reler. Livraço.
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Marcelo 06/06/2018

Um livro simples... e simplesmente genial!
Uma narrativa avassaladora, que nos absorve intensamente, do início ao fim da leitura. Somos levados para dentro do livro, creio eu, porque aquela vida que ali é vivida poderia muito bem ser a vida de cada um de nós. "Seríamos todos nós uma versão melhorada (ou piorada) de William Stoner?", me perguntei quando terminei de ler essa obra, exausto; exausto não com a leitura, mas do exercício de reflexão proposto de forma tão profundamente visceral nessa obra.
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Maysa Bonassi 02/07/2018

Quando li a sinopse, esperava algo estilo "desonra" do aclamadíssimo e Nobel Coetzee. Não sei justificar o porque. E, ainda, devo mencionar que detestei o livro mencionado, não que Coetzee não tenha seus méritos. Mas, a leitura de Stoner foi uma grata surpresa, entretanto, causou-me séria melancolia o -desprezo- colocarei assim, que o personagem é recebido junto aos demais, aliás, posso me expressar melhor com a palavra "insignificância". Stoner é extremamente culto, um exímio professor e escritor. Entretanto, não vale nada.. para ninguém. Acho que a gente que é meio de "humanas", acaba se projetando no personagem. ` Pode ser triste
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Isabel.Souza 09/07/2018

Sensibilidade!
Alguém me explica o que aconteceu com esse livro? Estou tentando entender como que uma história aparentemente tão banal, uma vida monótona como a deste personagem consegue provocar tanto envolvimento e afeição no leitor. Este livro com certeza está no topo dos melhores livros que já li na vida, e preciso dizer que o ano de 2018 tem me proporcionado gratas surpresas literárias. Já tinha ouvido falar que “Stoner” era um livro incrível, mas não tinha ideia das proporções à que se referiam e me surpreendi, pois nas primeiras 10 páginas já estava completamente apaixonada pela leitura. Que desenvolvimento senhores, que enredo intenso e personagens tão palpáveis. Foi impossível não me identificar com o Willian Stoner em vários sentidos, para muitas pessoas a maneira como ele lida com a vida pode parecer passiva: um casamento péssimo, um emprego estável, uma vida aparentemente “tediosa”, mas eu consigo entender essa maneira “apática” e isso vai muito além das linhas e páginas contidas no livro de John Willians. Por isso, preciso enaltecer a profundidade com que ele construiu toda a narrativa e seus personagens, poucos escritores conseguem esse feito, em que o livro consegue exceder à sua materialidade. Alguns livros que eu li na vida me fizeram entender o grande poder que a literatura tem na existência, o poder das palavras e como isso me atinge particularmente, é muito difícil explicar, mas é quase um segundo de inspiração, “Stoner” foi um livro que me causou novamente essa sensação, me trouxe esse sentimento que tão característico e tão meu, que é quase impossível colocar em palavras aqui pra vocês. Enfim, acho que o que faltou dizer ainda é: Leiam!
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Fernanda Sleiman 08/08/2018

?Deus está no detalhes?
É a história de um homem comum, que não realizou grandes feitos, que não se entregou completamente à carreira, ao amor, a vida! Uma vida comum mas contada com uma maestria incrível! Narrativa que te prende do começo ao fim mesmo não contendo grandes reviravoltas! Leitura recomendadíssima!
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Danilo 29/08/2018

Espetacularmente diferente
Bom antes de dizer minha opinião quero frisar que não sou um leitor assíduo e tão pouco sou crítico literário mas gostaria de dizer o que senti lendo esse livro. O livro é totalmente diferente dos demais livros que já li. Alguns livros você lê esperando o herói terminar tal coisa, o fulano se dar bem com seu grande amor, ou por exemplo entender o que aconteceu na vida de alguém em caso de leitura de uma biografia. Em Stoner, o John conta "apenas" a vida de um cara simples e "sem graça" nenhuma, mas conta de uma forma tão expetacular que você fica torcendo ou esperando qual o próximo acontecimento daquela vida simples do Will. Enfim adorei a experiência da leitura e recomendo a todos que leiam tbm.
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monique.gerke 06/09/2018

Faltam-me palavras para explicar como esse livro, com um enredo tão simples e banal, foi capaz de suscitar tantos sentimentos em mim. Deixo duas citações do grande Guimarães Rosa, na tentativa de traduzir um pouco a experiência dessa leitura:

"(...) eu não sentia nada. Só uma transformação, pesável. Muita coisa importante falta nome." (Guimarães Rosa)
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"No real da vida, as coisas acabam com menos formato, nem acabam. Melhor assim. Pelejar por exato, dá erro contra a gente. Não se queira. Viver é muito perigoso..."
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Pedro 19/11/2018

Nos Estados Unidos da primeira metade do século XX, o jovem Stoner deixa a vida no campo para ingressar na universidade. O contato com a literatura provocará uma ruptura sem precedentes no íntimo do rapaz, e, entre guerras e sonhos de realização pessoal, Stoner torna-se professor da mesma universidade em que se formou, apaixona-se, casa e enfrenta as novas crises que a vida, de modo irrefreável, lhe impõe. Esse homem sem qualidades ímpares encara os caprichos da existência, numa jornada absurdamente trivial entre escolhas e fatalidades. Neste romance improvável, cujo final assombra o leitor por dias, John Williams atravessa pacientemente os anos rumo ao anunciado fim de seu inesperado herói, fazendo a vida rotineira ganhar uma dimensão grandiosa e reveladora de quem somos ou podemos ser.
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Toni 26/11/2018

Aquilo que tem mais voz em Stoner é o silêncio. Seja na forma de omissão, letargo, indiferença ou privilégio, o silêncio predomina no romance. Como uma espécie de Ivan Ilitch estadunidense (sem o forte moralismo cristão), a vida de William Stoner é uma vida quase que inteiramente banida de si mesma — um quixote, um rei lear, um brasil-bolsonarista — nascida para o fracasso e a alienação. Parece improvável, no entanto (e aí vem o talento do escritor), não sentir empatia por esse homem com sensibilidade para encantar-se com o poder da literatura mas sem entusiasmo para lutar por um casamento falido desde a lua-de-mel. A prosa elegante e clara contribui para isso, sem dúvida, mas também a bem-dosada alternância entre calmaria (aqui tomada como algo ruim) e ruído (tudo o que torna a vida mais significativa), bem como o embate entre a palavra (literatura, trabalho) e o silêncio (vida conjugal, relações pessoais).
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Não se deve considerar, com isso, que as categorias simbólicas no livro sejam estáticas. Williams consegue dar profundidade a tudo o que circula a vida de Stoner, atribuindo-lhes multifacetados sentidos: a literatura é, por ex., aquilo que transforma sua existência para tempos depois lançá-lo em desgraça. Sua filha, também, passa de alento à campo de batalha e acaba vítima da negligência dos pais. Sua mulher, uma das construções mais agônicas do romance, é um mistério insondável à resignação de Stoner (e dos leitores, por tabela).
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Em resposta ao barulho da ficção contemporânea pós-ismos, o autor propõe uma narrativa complexa sobre a vida de um professor universitário do qual “poucos estudantes se lembram com alguma nitidez”. Mas nós, leitores, não conseguimos esquecer da vida ou dos silêncios de Stoner. Ainda que enlevados pela prosa magnética de John Williams, confrontados, como o protagonista, com nossa imagem derrotada no espelho e arrastados, inexoravelmente, até a pilha de muitos fracassos e algumas conquistas de nossa experiência, nós não esquecemos a dor, a luta, o silêncio. Sobretudo o silêncio. A gente lembra para aprender a resistir.
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Mariana Rocha 22/03/2019

Que livro!
John Williams conseguiu transformar uma vida aparentemente triste e sem graça numa das melhores leituras da minha vida. Um livro que provoca no leitor uma emoção sem explicação... chorei no último capítulo e senti raiva, tristeza, alegria, pena, compaixão ao longo da leitura. É um livro pra sentir. Desses que dá pena de terminar. Que livro!
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Juscelino L 26/03/2019

Like a Rolling Stoner
Stoner não é dos livros que encanta de primeira, logo no início até as páginas seguintes o autor expõe o universo do protagonista e diz que não se trata de muito: é sobre um homem e sua vida simples como professor universitário.

Porém ao longo do livro o autor entra em mais detalhes, e percebemos como a história, apesar de simples, é bem tocante. Stoner vive uma época em que passa pelas duas guerras mundiais, a crise de 29 e nesse tempo também se casa e tem uma filha, tudo isso enquanto leciona na universidade que se formou.

Há momentos em que sentimos apreço pelo personagem e em outros total decepção, mas é aí que podemos vê-lo como um homem comum e até se identificar com suas atitudes e me fez pensar se faria diferente ou como mudaria as coisas se fosse comigo.
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