Abusado

Abusado Caco Barcellos




Resenhas - Abusado


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Je Magazine 30/07/2010

História Abusada, narrativa, nem tanto


Logo no primeiro capitulo, fui envolvida com a história. Tudo muito rápido e empolgante. Sim, parece ficção, esse é um ponto positivo para mim, porque tira o foco da parcialidade do Caco Barcellos.

O livro narra história da “Turma da Xuxa”, grupo do Marcinho VP, vulgo Juliano VP, e as histórias paralelas, justificando os apelidos, e situações que levaram aos atos atuais são encaixados nos momentos propícios, que enfatizam a relevância de cada um, além de me fazer rir sozinha algumas vezes, pela ironia das justificativas.

Como sempre faço, assim que terminei o 1º capitulo, pulei para as fotos, e não entendi a legenda de muitas (claro,rs estava no começo do livro), mas me surpreendi com a foto do primeiro personagem morto, que foi narrado. Mais um ponto positivo, matou a minha curiosidade.

São muitas histórias paralelas, e algumas, realmente marcantes. Lá pelas 400 páginas, eu já estava completamente apaixonada pelo Juliano VP, mas as cartas reproduzidas, escritas e recebidas por ele, me fizeram voltar à realidade. O fato, é que houve uma descrição da mesma idéia que fazemos de um mundo melhor, do ponto de vista que não estamos acostumados a ouvir, mas que na prática, não fazia tanta diferença, por toda a força externa envolvida.

A parte broxante do livro, começa quando o Caco deixa de ser narrador, para virar personagem. Particularmente, talvez por ignorância minha nesse assunto, a raiva foi maior ao descobrir que a história foi oferecida para ele contar, e ele relutou em dizer sim. Essa parte da história, para mim, deveria entrar no prefácio, se é que deveria mesmo entrar.

Pesquisar os fatos e fotos do Marcinho VP na internet foi uma reação natural, eu imagino. Mas me arrependi, e isso que vou contar é contraditório. Olhar as fotos dele, com aquela expressão de “boa praça”, junto com a visão heróica que o livro passa, dá uma impressão de que ele não deveria estar ali como réu, e o pior, tive pena por ele ter morrido como morreu, jogado no lixo com suas idéias e livros.

No fim das contas, que queria acreditar que era só um livro de ficção, e continuar com minha opinião de que bandido é bandido porque quer, e todo o mal que sofrem é pouco pelo mal que causam.
Pefico 22/08/2010minha estante
Excelente resenha.


Roni 11/09/2016minha estante
Comecei a lê-lo agora é já estou bem preso a leitura. Ver a disparidade de classes do pessoal do morro com os da pista e suas peculiaridades é o que precisamos entender.




GIZ 11/07/2010

Abusado
Esse é um livro que merece um comentário por aqui. Sempre tinha ouvido falar muito bem dele, juro que fiquei com preguiça quando comprei porque ele é gigante, mas o li em apenas uma semana. Seria em menos tempo se não tivesse uma vida tão agitada... O livro é a biografia do traficante Marcinho VP, chamado de Juliano VP no livro, conta toda sua trajetória, de como entrou para o mundo do crime, seus sonhos, seus amores e o seu final trágico. O que mais me chamou atenção foi pelo fato dele ter uma consciência social, de querer mudar o que está estabelecido, de dizer que 80% das pessoas que entram na bandidagem não entram porque querem e sim porque precisam, porque é dificil passar fome, ver gente com tanto dinheiro e outros com nada... Ele lia muito, apesar de escrever pessimamente, seu ídolo era o Che. E o livro calhou de vir parar nas minhas mãos num momento de reflexão exato com relação ao trafico, ao mundo das drogas... Outro dia, pensando nos alunos lá da escola, vendo suas vidas, inclusive temos um aluno que está foragido, que trabalhava na boca e pensei nos verdadeiros usuários de drogas, a classe média e alta do nosso país, porque é claro que a classe baixa, por mais que tenham usuários, não vão dar lucros aos traficantes. Fico pensando em quanto a vida de uma pessoa que se droga é vazia. Quando é um pobre você chega a entender, porque o cara não tem nada, ele não tem aquele tênis caro, ele não pode comer decentemente, o lugar onde ele mora não tem nenhum tipo de lazer, ele vive na rua soltando pipa e seu lugar de convivência social é a escola. O que ocasiona vários problemas na escola, que acaba perdendo seu papel que é o de educar intelectualmente seus alunos, pois ele vão apenas buscar amizades lá, nada além disso. Eles não tem parâmetros nem em quem se espelhar dignamente, seus espelhos são os traficantes, os olheiros, os gerentes de boca e nunca ninguém que tenha dado certo na vida com os estudos e seguindo um caminho digno. E eles sabem que essa vida a margem não dura muito tempo, que no crime morre-se muito cedo e que vive-se sempre em perigo. Mas o que importa se o dono do morro tem a mulher que ele quiser, a roupa que ele quiser e o poder nas mãos??? E quem sustenta isso?? A população que tem dinheiro em nosso país. A população que vai à universidade, que vai ter um bom carro, uma boa família, um bom tênis, uma boa alimentação, que vai poder viajar bastante com seus amigos iguais e que só sabem olhar com desdém e desprezo para o garoto pedinte na rua, para o seu vendedor de baseado, sem se dar conta do quão mal está fazendo a sociedade. É a lei da ação e reação. Hoje você compra sua droga e amanhã o mesmo cara que te vendeu vai te assaltar, pois ele precisa sobreviver. Não estou dizendo que o tráfico nem o latrocínio está certo. é claro que não, ninguém tem o direito de tirar nada de ninguém. Mas o que se retira do povo todos os dias é gigantesco, com nossos governantes que desviam nossas verbas, com pessoas que, ao invés de serem felizes procuram uma vida inexistente no mundo das drogas... Para isso temos os analistas hoje... E drogas lícitas que eles nos dão também... Sei que vivemos num mundo vazio de sentido e significado, eu vivo em crises existenciais, é duro você ser você num mundo onde querem que você seja o outro, mas, se eu tenho dinheiro, vou é curtir minha tristeza em Londres, em Paris, vou viajar, conhecer coisas, estudar, trabalhar e não ficar chupando balinha em baladinha.

O livro vale a muito a pena, é uma leitura simples, a gente dá algumas risadas com as histórias contidas ali dentro, até porque são pessoas que estão ali e não personagens e são pessoas como eu, como você. O que mais dói é saber que aquilo não é ficção, que acontece todos os dias, que muitas mães perdem seus filhos por nada. Em nome de alguns minutos de euforia de uma classe abastada.
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juhhh 05/07/2010

Incrivel em sua bagegem cultural...
É explêndido como Caco consegue nos apresentar os fatos sem fugir da realidade, e uma realidade diferente da que vivemos, traz em sua páginas à mercê vários problemas de nosso cotidiano, mas que sequer paramos para pensar;
Claro em diversidade, em entender o próxima, sem procurar certo ou errado, mas a cultura de determinado grupo, e deixando explicito o poder do meio nos individuos;
A linguagem é ´própria deste meio, rico em conhecimento, e expansão em "bagagem cultural" e sua influência no todo.
Vale a pena a cada página....
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milvia 04/05/2010

A principio achei que não ia dar conta do livro, afinal são quase 600 paginas;porém, quando li o primeiro capitulo não consegui parar de ler.Interessantíssimo , pois, relata de maneira simples a formação do morro no Rio de Janeiro de uma maneira envolvente, vale a pena.
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Luis 14/12/2009

Jornalismo Literário feito como filme de ação.
O jornalismo pode ir além das modorrentas narrativas do dia a dia, do burocrático relatório das páginas de jornais, engessado pelas regras escravizantes dos manuais de redação.
Caco Barcellos, assim como já havia feito em "Rota 66", ultrapassa os limites frios da notícia e transforma sua grande reportagem sobre Marcinho VP e por tabela, o tráfico de drogas nos morros cariocas, em um romanção sociológico em que cada fato é contado com a dose certa de aventura, sem distorção da verdade.
Em muitos momentos, lembra o roteiro de um filme de ação passado na favelas cariocas. Um exemplar à altura dos melhores empreendimentos no campo do jornalismo literário.
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Rodrigo 11/12/2009

Fantástico
O livro é muito bom!
O melhor que já li.
Muito bom e empolgante.
Tem uma parte no final, mas precisamente quando ele está na argentina que é um pouco cansativo, mas é uma parte mínima se comparada com todo o livro que é narrado de uma maneira que nos faz idolatrar o traficante.
Muito importante para refletir sobre a sociedade e o determinismo social.
Recomendo a leitura a todos!
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FeMuniz 04/09/2009

Muito bom.Caco Barcellos a cada livro nos surpreende mais e mais.
A vida de um cara que virou meu idolo, que é o V.P.,e meu escritor favorito, o Caco.
Muito bem escrito e muito bem detalhado.
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Juliana Canoura 12/07/2009

Fantástico
A julgar pela capa se espera a história de um traficante frio e violento, e não poderia ser maior a surpresa, ao se deparar com o ser humano por trás do marginal, procurado pela polícia.



Abusado, conta a vida de Marcinho VP,Juliano, como é chamado no livro, E mostra além da sua triste trajetória, como era a vida dos outros moradores da favela Dona Marta, a escolha entre a vida sofrida de miséria, e trabalho no asfalto, como eles denominavam a cidade, ou a vida curta, com algum conforto que o dinheiro do tráfico e o crime proporcionavam.



A história de Juliano emociona, revolta, envolve todo tipo de leitor, seja esse o gênero literário preferido ou não.



O livro surpreende do começo ao fim, pela narrativa cativante, e pela compaixão e compreensão que é despertada de repente, por Juliano, não justificando sua vida no tráfico e suas escolhas desacertadas, mas entendendo o ser humano, que dizia estar no lado certo da vida errada, que lutava pela comunidade, mesmo que às vezes usasse as armas erradas.



Uma leitura obrigatória, para conhecer o outro lado da vida, do morro, da sociedade, e do traficante que morreu,tentando falar mais alto do que os tiros do seu próprio fuzil.

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Jana 20/11/2009minha estante
Juliana, seu comentário foi decisivo para que eu continue lendo Abusado.

Estava um pouco desanimada com a leitura (iniciei faz pouco tempo), com receio de que fosse algo como o filme "Tropa de Elite", mas depois do seu comentário, resolvi apostar novamente na continuidade desta leitura.

Obrigada!




Márcia 27/06/2009

Não é meu estilo literário
mas não me decepcionou....

O livro é forte, eu consigo imaginar e ate ouvir uma reportagem ou um filme leno-o... é perfeito, muito real, emocionante...
Desencadeia todo tipo de emoção no leitor...
O legal é que o autor não da opinião nem traz nada "formado" sobre o Juliano "Marcinho" VP. ele apresenta os fatos e nós, os leitores, fazemos nosso Julgamento.... Muito legal....

Os traficantes não podem ser vistos de jeito nenhum como heróis, mas temos que reconhecer que eles se mechem da unica maneira que sabem, enquanto a maioria de nos so fica assistindo e se fazendo, ou sendo, vítimas...

Alguns traficantes são crueis sim, alias muitos... fazem verdadeiras guerras, mas não podemos esquecer que eles não sao herois mas não sao SO bandidos.... a maioria não tinha opção...
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Juliana Molina 12/05/2009

Ótimo!
Caco Barcelos além de um ótimo jornalista é um excelente escritor! Seus livros retraram fatos reais de uma maneira fácil de ler!
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Caroline Silva 03/05/2009

Um retrato da violência pelo olhar de alguem que o vivenciou: um traficante.

A história é forte, massacres, abusos de poder, corrupção da policia, imprensa deturpando os fatos, e tudo isso num cenário conhecido, o Rio de Janeiro.

Lendo a história é realmente dificil imaginar uma solução para o narcotráfico, para as favelas vivendo na miséria e para a violência nossa de cada dia.

A palavra de ordem é Contenção.

Separar os "favelados" deixa-los à margem da comunidade e tratar todos igualmente como bandidos/malandros/drogados que são.

As estratégias de Politicas Publicas não são suficientes pra resolver estes problemas, talvez fossem, mas o descaso do governo só piora a situação.

Constroem muros para separar as classes sociais, não oferecem oportunidade de emprego e o principal, não os tratam com humanidade.
lizsantos 07/01/2017minha estante
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Lilia Carvalho 18/03/2009

Adorei!
Costumo dizer que esse livro é o meu xodó, rs
NA época em que comprei ele foi bem caro, mas valeu tanto a leitura que tenho ciúmes dele.
È um livro que conta claramente o cotidiano das favelas e do tráfico de drogas, com uma liguagem bem atual e direta!
Eu adorei!
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Márcia 25/02/2009

Não é meu estilo literário....
mas não me decepcionou....

O livro é forte, eu consigo imaginar e ate ouvir uma reportagem ou um filme leno-o... é perfeito, muito real, emocionante...
Desencadeia todo tipo de emoção no leitor...
O legal é que o autor não da opinião nem traz nada "formado" sobre o Juliano "Marcinho" VP. ele apresenta os fatos e nós, os leitores, fazemos nosso Julgamento.... Muito legal....

Os traficantes não podem ser vistos de jeito nenhum como heróis, mas temos que reconhecer que eles se mechem da unica maneira que sabem, enquanto a maioria de nos so fica assistindo e se fazendo, ou sendo, vítimas...

Alguns traficantes são crueis sim, alias muitos... fazem verdadeiras guerras, mas não podemos esquecer que eles não sao herois mas não sao SO bandidos.... a maioria não tinha opção...
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claudioschamis 11/02/2009

A historia do "dono" do morro Dona Marta. Uma narrativa nem um pouco cansativa que nos mostra um pouco da realidade do submundo do crime. Não deixa de ser uma grande reportagem em forma de romance.
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