O Castelo de Otranto

O Castelo de Otranto Horace Walpole
Oscar Nestarez




Resenhas - O Castelo de Otranto


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Nat 30/10/2017

O filho de Manfred, senhor do castelo de Otranto, está prestes a se casar. Mas um pouco antes do casamento, Conrad é esmagado e morto por um elmo gigante que cai do alto. O evento inexplicável é de mau agouro, pois traz a luz uma antiga profecia que diz que "o castelo e o título de senhor de Otranto deixariam de pertencer à atual família se o proprietário real se tornasse grande demais para habitá-lo". Pensando que a morte do filho fosse o fim de sua linhagem, Manfred resolve se casar com a ex-noiva, Isabella, mas a jovem fica tão aterrorizada que foge em busca de ajuda. Ela conhece o camponês Theodore, que a ajuda a chegar na igreja onde ela se torna protetora do frade Jerome. Com ódio por ter sido enganado, Manfred ordena a morte do camponês, mas o frade o reconhece como seu filho. Aí o homem tem que escolher entre entregar Isabella ou ver o filho morrer. Os dois são interrompidos quando uma trombeta anuncia a chegada de cavaleiros de outro reino, em busca de Isabella. A jovem acaba sendo encontrada por Theodore, que a protege de novo, mas a confusão leva a uma descoberta que vai mudar o rumo da vida de todos.

Na procura por livros do tema do mês na minha estante particular e na biblioteca que trabalho, encontrei este, mas as resenhas sobre ele me decepcionaram um pouco, então só fiz questão de ler porque ele foi o primeiro romance gótico, tendo inspirado autores famosos como Bram Stoker e Stephen King. Achei o enredo meio louco, mas para quem gosta do gênero, é uma boa pedida. Se você procura por uma história que vai fazer seus cabelos ficarem em pé, esse livro vai decepcionar. No entanto, os elementos do gótico estão lá: castelo antigo, passagens secretas e escuras, fatos inexplicáveis e sobrenaturais. Não é meu gênero favorito, mas eu acabei gostando. Apesar de achar que a história meio enrolou na metade do livro (eu já estava confundindo a Isabella com Matilda), o final acaba sendo surpreendente.

site: http://ofantasticomundodaleitura.blogspot.com.br/2017/10/o-castelo-de-otranto-horace-walpole-dl.html
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Edy 13/07/2017

Uma "tragédia" gótica
O livro traz as características dos heróis bem claras e de acordo com as tradições literárias mais remotas: Coragem, Bravura, Coerência, Lealdade, Destemor.. O Herói que se dispõe a tudo e a todas as consequências para proteger a mocinha em nome da honra, valendo-se de sua própria vida como principal arma sagrada.
Outro fato notável é o temor manifestado pelo Príncipe de Otranto e sua família pela Igreja. Apesar dos apelos sobrenaturais agirem de forma diversa em cada personagem, a direção a ser tomada e a interpretação de tais fatos são concedidos pelo Clérigo, que quase não é questionado.
Sem dúvidas, esse é um livro de riquezas literárias que não deve cair no vazio.. vários aspectos podem ser observados que nos traduzem muito da cultura de época, de costumes reais, da convivência em comunidade que acabam por refletir pontos de crenças, fantasias e cotidianos bem diverso dos nossos atualmente.
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Carol 02/01/2017

Precursor do gênero gótico, influência de grandes autores.
O Castelo de Otranto de Horace Walpole é considerado o texto fundador da literatura gótica. A maioria dos elementos do gênero já estão presentes nesta obra lançada em 1765: castelos, passagens secretas, vilões inescrupulosos, mocinhas em apuros, heróis virtuosos, maldições, o sobrenatural...

A história por trás do lançamento do livro é interessante por si só: de família aristocrática – seu pai foi Primeiro-Ministro da Inglaterra – e excêntrico – comanda a construção de uma mansão neogótica (Strawberry Hill) que será sua residência – Walpole, um belo dia, tem um sonho: um castelo, vários labirintos e uma grande armadura exposta numa galeria. Resolve então escrever um livro que publicará em sua própria prensa gráfica – sim, o autor tinha sua própria editora. Porém, temendo a repercussão da obra, lança-a sob um pseudônimo, como se fosse a tradução de um manuscrito napolitano escrito por volta de 1500. Fascinante, não?

O medo provou-se injustificado. Desde sua publicação, o livro alcançou notável sucesso entre leitores e críticos literários.

A trama central de O Castelo de Otranto gira em torno do príncipe de Otranto, o tirano Manfredo, e sua luta para evitar que uma antiga profecia se realize: “que o castelo e o senhorio de Otranto passariam da presente família, quando quer que o seu verdadeiro proprietário crescesse demais para habitá-lo. ” A partir de uma ocorrência sobrenatural, uma sucessão de eventos será desencadeada, mantendo o leitor preso à história. Um castelo sombrio, as Cruzadas, cavaleiros honrosos, um eremita misterioso, assassinatos, traições e uma armadura gigante.

Aos olhos modernos, pode-se dizer que é uma trama simples, sem grandes terrores. De fato. No entanto, há de se ver a originalidade de Walpole. Ele inaugura todo um gênero literário e irá influenciar autores como Emily Brontë, Mary Shelley, Bram Stoker e Edgar Allan Poe, para ficarmos apenas nos autores do século XIX.

Recomendo. Vale a pena lê-lo tanto pelo fator histórico – precursor do gótico – quanto pelo prazer de ser ler um livro divertido. Um clássico.

Obs.: O castelo de Strawberry Hill ainda existe e está aberto a visitações de turistas.
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Camila 12/09/2016

O Castelo de Otranto, H. Walpole
O romance é do inglês Horace Walpole e foi publicado em 1764. Nele, o autor coloca como personagem central, e pela primeira vez, um castelo. A característica arquitetônica gótica do castelo; com seus altíssimos portões, torres, janelas com vitrais, além de salas e mais salas; faz dele fonte rica para a imaginação.

O Professor, e Doutor em Teoria Literária e Literatura Comparada da USP, Ariovaldo José Vidal é quem faz a tradução da edição que tenho em mãos, publicada em 2010 pela editora Nova Alexandria. Na apresentação do livro, também assinada por ele, vemos que o romance gótico foi inaugurado com esta obra, também conhecido como romance sobrenatural. Para ele, a narrativa criada por Walpole “levou ao extremo as fantasias e os terrores que, desde tempos imemoriais, vêm tirando o sono de leitores e ouvintes”.

A família de Manfredo, atual Príncipe de Otranto, é moradora do castelo. Segundo uma profecia, muito falada por aí, o castelo passaria da família de Manfredo muito em breve, assim que “o verdadeiro herdeiro estivesse grande o suficiente”. O Príncipe, cada vez mais preocupado com a tal profecia, quer casar o único filho o mais rápido possível. Conrado se prepara para o casamento com Isabela, mesmo com a saúde muito frágil resiste até que algo muito estranho acontece. O romance consegue surpreender a cada momento, é muito chocante para os padrões da época. Nada de muito bonito, que era o esperado, vem a seguir.

Um dos motivos por ter sido também considerado revolucionário, socialmente falando, é o fato de os serviçais, escravos, damas de companhia, serem aqueles que praticamente conduzem a coisa toda. São eles que, na maioria das vezes veem algo muito estranho acontecer, que contam para seu corajoso Príncipe o ocorrido e fazem comentários sobre tudo de forma cômica e divertida, com muita personalidade.

No prefácio para a segunda edição do livro, Walpole rebate à algumas críticas. Aparentemente a aristocracia leitora inglesa não gostou do aspecto citado acima. Tratavam com impaciência as falas dos serviçais, queriam ir logo para o “importante”, as falas das princesas filha e esposa de Manfredo e toda a pompa que as acompanhava.

“Em minha humilde opinião, o contraste entre o sublime de um e a simplicidade de outro revela o patético que existe no primeiro, sob uma luz mais intensa.” H. Walpole


Ainda sobre as críticas que recebeu, devido a isso, diz ele ter honestamente copiado Shakespeare nesse aspecto.

“Deixe-me perguntar se suas tragédias de Hamlet e Júlio César não perderiam uma porção considerável de seu espírito e de suas maravilhosas belezas, se o humor dos coveiros, as parvoíces de Polônio e as pilhérias desajeitadas dos cidadãos romanos fossem omitidas ou então travestidas de tons heróicos.” H. Walpole

A discussão mostra a pessoa a frente do tempo que era o autor. O Castelo de Otranto revela relações políticas e de poder deturpadas pela mentira, de romances entre casais clássicos de sangue nobre – que aqui não vão muito bem, tudo isso conduzido pelo sobrenatural – aparições de espíritos que vêm alertar e colocar ordem a bagunça que é resultado de curvas suspeitas no passado não distante da família de Manfredo.

O livro tem 151 páginas que valem a pena serem lidas. Vê-se nelas a origem de traços e estilo que se repetem muitas vezes até hoje, e que adoramos conferir por ser a reinvenção e atualização do gênero, o que mais se procura.

O livro foi publicado pela editora Nova Alexandria e pode ser adquirido nas lojas virtuais.

Originalmente publicado em Folhetim Felino.

site: http://folhetimfelino.blogspot.com.br/?m=0
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Ângelo Von Clemente 07/02/2016

Ambientação atrativa, leitura prazerosa.
Tive maiores expectativas sobre a obra em questão, essas que não foram devidamente atingidas. Em seu contexto histórico de lançamento certamente Walpole foi digno de todas as honrarias que lhe atribuíram, entretanto se nos utilizarmos de perspectivas atuais para tentar interpreta-lo, recorremos a um erro comum, certamente. Em minha concepção pessoal entrevi no ambiente de O castelo de Otranto uma familiaridade notória muito tipica dos antigos romances de cavalaria... Muitos dos elementos se encontram presentes em nosso inconsciente coletivo, tendo como diferencial a temática proposta nessa obra, em contraste com o estilo de títulos específicos como Lancelot e o rei Arthur. O castelo de Otranto causa deslumbre, e inebria o leitor com o misticismo da fantasia. Recomendo-o para leitores de todas as idades, sem restrições.
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Fabrício 21/01/2016

Clássico!
O escritor soube fazer com que o leitor consiga imaginar o cenário na qual a história se passa! A história é envolvente e faz com que o leitor não pare a leitura. Antes de dizer que existem fatores "clichê", lembre-se que este livro é o pioneiro do terror gótico, inclua na sua leitura obrigatória!
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Emerson 13/01/2015

Leitura rápida e bem interessante. Muito bom para descontrair e mente e se entreter com uma boa história. O final é bem trágico, tirando um pouco da previsibilidade que teria, e resolvendo bem a trama da história. Expectativas atendidas e recomendando para uma boa tarde de leitura.
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Mylena 22/09/2013

ótimo livro, a história cativa por estar cheia de surpresas, o final não foi o que eu esperava e acabou sendo muito melhor do que eu achei. É eliminada todas as chances de um "final feliz" sem dúvida um ótimo thriller
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Literatura 22/09/2012

Uma história marcante, por ser influenciadora das maiores histórias de terror da literatura. Aqui está o berço de ouro da literatura gótica em: O castelo de Otranto, um romance gótico.

Lançado em 1764, fez grande sucesso entre a burguesia da época, que usava o livro para escapar do tédio cinza de seus tempos e a repetitiva ânsia imposta pelo racionalismo.

O livro é pequeno, dividido em apenas cinco capítulos, a linguagem é bastante simples, o enredo é envolto em uma névoa de mistério que prende até o final. A história e a narração se combinam, uma vez que a história toda se passa em poucos dias, sendo curta como o livro em si. O intrigante, é que um livro com poucas palavras foi capaz de dizer tanto, por tanto tempo!

O foco do livro está no principado de Otranto e o tirano Manfred, que comanda com garras de aço bem afiadas, este é casado com Hipólita, uma mulher dócil e completamente submissa ao marido e às tradições da sociedade em que vive. Matilda é a filha mais velha, por quem o tirano não demonstra nenhum sinal de afeição e carinho, vive lidando com a rejeição e é também submissa, como a mãe. O filho mais novo é o jovem Conrad, de saúde defasada, sempre indisposto e abatido, ainda assim era o preferido pelo pai, que era um homem obcecado por perpetuar a sua família no comando de Otranto.

Saiba mais no Literatura:
http://migre.me/aOCuv
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Samantha @degraudeletras 29/07/2012

Samantha M. - Word in my bag - http://wordinmybag.blogspot.com
Quem não gosta de um bom livro de terror?
Pois bem, em meio à leva de obras nesse gênero, você já parou para se perguntar de onde veio tudo isso?

As origens das estórias de horror são de tempos remotos, mas a literatura ocidental reconheceu O Castelo de Otranto como o marco inicial da Literatura Gótica. ( ressalto que essa não foi a primeira estória de horror, são apenas convenções).

Trazendo elementos que caracterizam a novela gótica como o cenário num antigo castelo, uma maldição, fantasmas, corredores sombrios, passagens subterrâneas e mortes inexplicáveis.

Embora esteja enquadrada nesse estilo literário e possua todas as características para ser classificada como tal, O Castelo de Otranto não transmite medo aos dias de hoje , mas a obra não perde seus méritos.

A obra traz a saga do príncipe Manfredo que quer a qualquer custo continuar no reinado de Otranto. Manfredo tinha um filho e uma filha, onde ele apostava todas as fichas no garoto ara dar continuidade ao nome da família e assim, esta permanecer no poder de Otranto.

Até que no dia do casamento do filho acontece um desastre e o jovem Conrado (filho de Manfredo) morre de maneira misteriosa. Manfredo, muito sagaz, resolve ele mesmo dar continuidade à sua linhagem, mas todas as suas tentativas de permanecer no 'legado' de Otranto, de uma forma ou de outra acabam não dando muito certo.

Toda essa 'neura' de Manfredo para dar continuidade ao seu nome é devido uma profecia que proclamava:

O castelo e o senhorio de Otranto passariam da presente família, quando o seu verdadeiro proprietário crescesse demais para habitá-lo.

Tal profecia fora proclamada devido a acontecimentos passados que desvirtuaram o reino de Otranto. Vou parar por aqui para não gerar spoilers. -rs

Em suma, acontecem várias cenas sobrenaturais que impedem os contratempos que vão contra o cumprimento da profecia.

A linguagem da obra é meio Shakespeareana , um pouco difícil para quem não está acostumado, mas não pe algo horrível ou impossível de ler. Os que já têm costume com uma linguagem um pouco mais complexa, conseguirá ler o livro em uma tarde.



O Castelo de Otranto chega a ser engraçado, com personagens quase pitorescos. Vocês devem estar pensando " como uma estória de terror pode ser engraçada?" ressalto aqui, mais uma vez, que devemos levar em conta o que assustava aos leitores naquela época.Alguns diálogos são super engraçados e dá para notar claramente que os personagens tinham muito medos dos acontecimentos difíceis de explicar, eles associavam tudo como obra de um ser maligno.
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Joice (Jojo) 21/08/2011

O primeiro terror gótico
Publicado em 1784, "O Castelo de Otranto", de H. Walpole, é o primeiro terror gótico do qual se tem notícias. Dele derivaram outros tantos autores, como William Beckford, Lovecraft e, claro, Edgar Alan Poe. Mas se você espera encontrar em "O Castelo de Otranto" cenas de arrepiar o cabelo, pode esquecer.

Todavia isso não tira o crédito de "Otranto". A história - independente de conter ou não tantos elementos de terror - é muito boa. Narra a trajetória de Manfredo, um príncipe ambicioso e muito cara de pau que quer a todo custo permanecer no principado de Otranto. O ritmo segue o mesmo encontrado em folhetins, com diálogos rápidos, cenas rápidas e um final digno das novelas de cavalaria. Os personagens representam virtudes e defeitos: o valente Teodoro, a meiga Matilda, a bondosa Hipólita, a tola Bianca, o frívolo Frederico, e por aí vai. Mesmo sendo tão caricatos, é impossível não se divertir bastante com eles.

"O Castelo de Otranto" é a prova de que quando bem escrito um livro pode ter a idade que for. Mesmo sendo do século XVIII, é melhor que muitos que são lançados hoje em dia.
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Marselle Urman 16/12/2010

Interessante
Para uma leitura expressa.
Estava procurando um livro de terror mas não foi o que encontrei, todavia com certeza meu padrão de "literatura de terror" deve ser muito contemporâneo.

É uma historieta bem ambientada, com falas clássicas e um enredo de estilo shakesperiano. Realmente dá pra se imaginar lá no castelo, entre aquelas personagens.

Bonitinho, porem previsível
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Lela Tiemi 21/07/2009

Primeiro romance gótico
Publicado em 1794, "O castelo de Otranto" é considerado a primeira história de terror e suspense da literatura e deu início a um novo gênero: o romance gótico. Tendo como principal característica: o cenário de um castelo antigo com fantasmas, corredores sombrios, passagens subterrâneas e mortes inexplicáveis. Além disso os personagens também têm suas caracteristicas marcadas: o terrível vilão, o bondoso e corajoso herói, e a heroína indefesa e apaixonada. Tudo isso pode nos parecer um tanto clichê nos dias de hoje, após tantas imitações, porém não se pode deixar de 'tirar o chapéu' ao Horace Walpole (1717 - 1797) pela sua criação que até hoje inspira diversas histórias de terror.
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