Êxtase da Transformação

Êxtase da Transformação Stefan Zweig




Resenhas - Êxtase da Transformação


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Amanda Bia 17/08/2021

Clássico
Antes de falar sobre o livro, acho relevante falar sobre o autor. Stefan Zweig foi um autor austríaco de origem judaica e um dos mais famosos e vendidos no mundo entre a década dos anos 1920 até sua morte em 1942 aqui no Brasil. Depois entrou no ostracismo e se não fosse pela Tag talvez eu nunca leria algo dele. Era um pacifista e sentiu as consequências das grandes guerras, tendo abandonado seu país exatamente por conta da segunda guerra mundial. Depois de passar por vários países, entrou em uma depressão por não poder voltar à suas origens e acabou se suicidando com a esposa em Petrópolis no Rio de Janeiro. E seus livros refletem muito da sua personalidade.
Em Êxtase da Transformação, é contada a história de Christine. Uma moça de 20 e poucos anos que vive em uma cidadezinha da Austria, mora com a mãe doente, trabalha em um posto dos correios e ganha o suficiente para não morrer de fome, tendo ficado à beira da miséria depois da primeira guerra mundial. Ela não tem perspectiva de uma vida melhor nem diferente, até o dia em que uma tia rica lhe convida para passar as férias com ela. Ao conhecer um outro mundo, de pessoas ricas, em um hotel chique, onde todos seus desejos são atendidos e a vida é fácil e sossegada, ela sente o peso da sua realidade pobre e isso muda completamente a sua vida.
A história é bem interessante e o final é inesperado. Só não dei 5 estrelas porque achei alguns trechos um pouco maçantes e muito detalhistas.
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Pati 02/08/2021

Simplesmente acabou... Sem acabar!
Que livro surpreendente! Nitidamente escrito em duas partes, em duas fases diferentes da vida do autor, o que deu enorme credibilidade a escrita.
Simplesmente acabou, sem acabar! Sim, sem acabar, porque deixou no ar o que veio depois, os últimos sim de Christine a transformaram? Ou apenas o êxtase da transformação foi o suficiente para ela?
Talvez o suicídio do autor Stefan Zweig tenha abortado a terceira fase desta história. Será que Christine não teria continuado? Será que ela seguira o mesmo desfecho de seu autor?

Como não costumo contar a história, destaco alguns trechos que julguei relevantes:

Página 65: Ela sente-se transportada por uma vaga, dirigida por um vento benfazejo; desde os dias da infância não se sentirá tão leve, andar assim, como se estivesse voando: começara nessa criatura humana o êxtase da transformação.

Página 150: Toda matéria possui certa medida de resistência, além da qual a elevação não é possível, a água tem seu ponto de ebulição, os metais seu ponto de fusão, e também os elementos da alma não foge a essa lei irrevogável. A alegria pode atingir determinado grau, qualquer acréscimo já não será percebido, e assim também ocorre com a dor, o desespero, a depressão, a repugnância e o medo. Quando cheio até a borda, o vaso interior não absorve nem mais uma gota do universo. 

Página 239: A incerteza sempre é mais difícil do que a certeza, o medo breve, concreto, é mais suportável do que o medo longo, impalpável.

Página 277: 

Deus,
Necessitando de um céu e o inferno, não precisou
Planejar dois espaços, mas
Apenas um: o céu.
Para os pobres e desafortunados, ele serve
Como inferno.

                    Autor: Bertolt Brecht
                         (Elegias de Hollywood)

Página 279: É possível sentir falta de um lar e, ao mesmo tempo, saber que jamais passaremos os seus portões, seja por que não pertencemos a classe certa seja porque não temos a cor de pele certa, a nacionalidade certa. Este é o cenário em que a nostalgia se transforma em ódio. Este é o cenário em que o paraíso se transforma em inferno.
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profuilma 21/07/2021

Este livro nos apresenta vidas que foram afetadas pela guerra de diferentes formas. Ao mesmo tempo que nos leva a refletir sobre a fragilidade humana. A história se passa em 1926 e conta a vida de uma jovem servidora pública que vive entre os cuidados com mãe doente e o trabalho em uma agência do correio. Cercada pela pobreza causada pela Primeira Guerra Mundial, a rotina de Christiane é entendiante e sofrida. Até que uma tia rica a convida para passar uns dias em um hotel nos Alpes Suíços. Christiane descobre um mundo luxuoso e, aparentemente, feliz. Vive momentos de princesa, mas quando os nobres descobrem sua origem, ela sofre com o preconceito e é devolvida ao seu mundo pobre, feio difícil. Porém, Christiane não consegue readaptar-se. Nesse momento, conhece Ferninand, também, muito marcado pela guerra. Os jovens começam a compartilhar amarguras, desejos, sonhos e a história toma um rumo inesperado.
O autor Stefan Zweig foi escritor, jornalista, romancista, dramaturgo. A partir da década de 1920 até sua morte foi um dos escritores mais famosos e vendidos do mundo. Nasceu em 1881 na Áustria, viveu duas guerras e suicidou-se com a mulher, Lotte, com uma dose fatal de barbitúricos, na cidade de Petrópolis, no Brasil, deixando uma carta de despedida.
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Thalita234 17/07/2021

Uma protagonista que prova por um breve período o luxo e quando perde o chão vai junto, um reviravolta espetacular
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Amanda 28/06/2021

Quando você sabe que terminou um livro bom! Bom de verdade, que enche a boca!
As descrições são maravilhosas. As primeiras páginas te fazem segurar e não querer soltar. A forma como descreve os sentimentos e sensações de cada personagem. Quero conhecer ainda mais de Stefan Zweig.


?(?) pela primeira vez começa a suspeitar que nossa alma é urdida de um material misteriosamente sutil e maleável, que uma única experiência é capaz de expandi-la até o infinito, e todo um universo cabe em seu minúsculo espaço.?
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Daniel 30/04/2021

No começo parece uma história meio superficial, mas isso serve pra dar o contraste sobre a realidade vivida pelos personagens. Angústias ainda bem contemporâneas...
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Fabiana 03/04/2021

Êxtase da Transformação
Stefan Zweig em o Êxtase da Transformação, engana seu/sua leitor/a: ao dar início à obra, pensamos estar diante de mais uma das histórias de Cinderela. Entretanto, repentinamente, a vida real nos puxa o tapete ou melhor de Christine. E o amargor de uma vida sem dinheiro, solitária e em um emprego banal volta à tona.
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Tati Vizú 29/03/2021

Impressionante
Um livro que nos surpreende, pois a princípio parece leve e tranquilo, mas conforme a leitura flui percebemos as complexidades e reflexões políticas presentes na vida dos personagens.
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Nado 10/12/2020

Foi meu primeiro contato com o autor e gostei muito da experiência. A obra abre muitos leques de pensamentos dentre eles nos faz refletir sobre: as dores de ter algo e perdê-lo é menos dolorosa do que nunca ter. Diálogos excelentes!
Recomendo a leitura.
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Carla.Cerqueira 23/11/2020

Quase perfeito
Só não ganhou 5 estrelas pois não aceitei o final. Rsrs. Queria mais. O contexto no qual o livro foi escrito contribuiu para que a história seja envolvente. Fiquei fã de Zweig
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Se.mi.na.re | IG Literário 09/11/2020

Resenha "Êxtase da Transformação" - Se.mi.na.re | IG Literário
"Êxtase da Transformação" (1882) do austríaco Stefan Zweig, deve ser de grande interesse para aqueles que apreciam textos dramáticos e de grande complexidade. Na verdade, o centro da obra gira em torno de uma personagem, Christine Hoflehner que como qualquer “criatura humana” carrega em si a complexidade do ser, sentir e viver.

A personagem, que trabalha em uma pequena agência de correio, como muitas outras, no interior da Áustria de 1926 em crise do entre guerras, vive uma vida miserável nos aspectos gerais da palavra. Até que um dia, ao receber o convite de sua tia, é levada para outra realidade, de férias a um hotel na Suíça. É naquele momento, ao sair de seu pequeno mundo, que começamos, junto à personagem, a sentir e entender a transformação.

No entanto, como toda revolução dos astros – onde o movimento faz com que eles retornem ao ponto de onde partiram – a personagem é levada a retornar para sua realidade inicial. Mas será que isso é possível? Esquecer as experiências vivenciadas e os novos sentimentos descobertos? Como lidar com a antiga realidade sabendo da existência de outras? Como no mito da caverna de Platão, como lidar com o presente da descoberta ou da liberdade?

Escrito de forma delicada, com sutileza e ao mesmo tempo construindo grande complexidade psicológica, o livro de Zweig nos convida a se permitir experienciar mudanças profundas no ser humano, das melhores às piores. Mas, além disso, nos tira da zona de conforto do processo de naturalização das coisas e de nossas vidas. Você está pronto para experimentar transformações?

Edição da obra na foto: 2019 (Versão @taglivros)
Editora: @companhiadasletras
Tradução: Kurt Jahn
Título original: Rausch der Verwandlung

Resenha por: @longouvea

site: https://www.instagram.com/p/CFUmUuGjlEF/
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Marília 30/10/2020

O paraíso é um lugar na terra
"É possível sentir falta de um lugar e, ao mesmo tempo, saber que jamais passaremos por seus portões, seja porque não pertencemos à classe certa seja porque não temos a cor de pele certa, a nacionalidade certa. Este é o cenário em que a nostalgia se transforma em ódio. Este é o cenário em que o paraíso se transforma em inferno."
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marin 22/10/2020

O livro conta a história de uma jovem chamada Christine que trabalha em uma agência de correios na Áustria e cuida da mãe doente. Ainda no começo da história, ela recebe um telegrama de sua tia a convidando para um hotel luxuoso nos alpes suíços por duas semanas. Porém, logo a experiência acaba e ela precisa voltar para sua antiga vida miserável e desgastante.
Com essa obra, Stefan Zweig cria uma bela narrativa de observação extremamente conectada com a personagem principal (Christine) e faz uma grande análise psicológica dos personagens sobre a guerra, o dinheiro e a felicidade.
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Sarah 19/09/2020

Christi(a)ne
Demorei um tempo até engatar a leitura, no começo não consegui me apegar à Christine e seu deslumbre com a riqueza, sua felicidade recém encontrada, me pareceu bobo, de certa maneira, embora de boba essa história nada tenha. Afinal a Christine é uma jovem mulher sofrida, que não viveu seus melhores anos em virtude da Guerra que destruiu seus sonhos antes mesmo que ela percebesse. Ao mesmo tempo, alguma coisa seguia sendo importante, algo me fez não desistir e que bom! Porque pude ver a miséria de espírito existente na riqueza, como a tia a despachou temendo pela própria reputação ao invés de ao menos lhe explicar algo, sem saber ela empurrou a Christine de um lugar muito alto e de uma queda que ninguém jamais poderia se recuperar. É curioso como aos poucos vamos entendendo os sentimentos de desespero e angústia da Christine e quando vemos o ápice de seu desespero ela encontra alguém com quem pode dividir isso, alguém que a entende. E a vida os leva ao final do livro, que há muito vinha sendo desenhado sem percebermos, mas de verdade não pude culpar Christine (ou Ferdinand), na verdade lhes desejo sorte, porque mereciam mais do que lhes foi despejado em esmolas.
Marília 30/10/2020minha estante
Eu também me arrastei bastante na leitura...




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