Êxtase da Transformação

Êxtase da Transformação Stefan Zweig




Resenhas - Êxtase da Transformação


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Aline Santos Rosa 15/02/2020

Depressivo
Que livro triste. Até a metade, era quase uma Cinderela mais deslumbrada, depois era uma angústia de ler. Não leiam caso estejam passando por um momento frágil. Contempla o suicídio. Não gosto de livros assim, não recomendo. Terminei por teimosia.
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Lu Tibiriçá 09/02/2020

Detalhes das mudanças provocadas pela guerra.
Um livro descrito com uma riqueza de detalhes que incomoda o leitor às vezes. Isso porque a história pára em diversos momentos para descrever: um ambiente, um sentimento, um pensamento...
A história em si tem a crueza das histórias de um pós-guerra: a pobreza e a necessidade de ter dinheiro, a absurda diferença entre as classes sociais e a vergonha que se pode sentir do seu passado ou de um parente menos favorecido...
Ao fazer uma viagem de férias paga por uma tia distante, a personagem principal se percebe pobre, miserável mesmo. E isso destrói seu mundo e a forma como percebe tudo.
A transformação sofrida por ela (mais de uma, na realidade) pode ser comparada à forma como a própria Áustria mudou após a Primeira Guerra e também o próprio autor...
Esse inclusive é um personagem à parte em sua própria história, merecendo um capítulo nessa edição enviada pela TAG.
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Ludhi 04/02/2020

Retrato de tempos pouco retradados
O período das grandes guerras foi amplamente retratado na literatura e no cinema, entretanto, pelo menos para mim, tive muito pouco contato com obras que abordem o período entreguerras. É interessante ver o mundo de aparências, de pessoas superficiais e cruéis, a falta de mobilidade social. Quanto a este último aspecto, achei q ele confere um ar de desespero muito palpável na última parte do livro.
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Simone de Cássia 03/02/2020

Gostei desse autor quando li " 24 Horas na vida de uma mulher" porque achei interessante como ele retrata tão bem as angústias e os dilemas internos de uma mulher. Resolvi ler esse aqui e não foi diferente. Dessa vez o foco é a diferença social, o brutal contraste dos prazeres concedidos a quem tem muito dinheiro e a tristeza daqueles à quem os mínimos direitos são negados por viverem na miséria. O drama nasce quando a protagonista tem a oportunidade de experimentar uma vida que não é a sua em um mundo que não é seu, ambos só acessíveis aos abonados, e de repente, quando volta ao mundo real, a revolta surge de uma maneira avassaladora. Eu, particularmente, sempre fui contra essa tipo de experiências. Me lembra aquele hábito singular de, às vésperas de Natal, retirar uma criança de um orfanato e levar para passar dias de glória em um seio familiar para, logo depois, devolvê-la ao seu mundo miserável. Acho de fazer dó. Isso nunca deveria ser permitido. Só se sente falta de verdade daquilo que já se experimentou. E antes que eu seja linchada pelos piegas de plantão, já aviso: é a MINHA opinião. E não, não quero ser convencida do contrário. Voltando ao livro, o final me deixou irritada .. odeio essa coisa de " será que eles fizeram isso ou aquilo?" Depois, lendo as considerações finais que falam muito do autor e de sua vida turbulenta, fica compreensível tanta dúvida, tanta confusão de sentimentos e tantos pensamentos amargos. O livro, em grande parte, fala do próprio Zweig, da revolta que o dominava, da depressão que o consumia e que, no fim, acabou levando-o ao suicídio. Livro amargo. Parece jiló, é bom, mas amarga.
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Carolina CM 18/01/2020

Ninguém sente falta do que nunca teve.
Esse livro é muito poderoso, muito reflexivo, pesado...começa apresentando a protagonista no seu mundinho pós guerra. Até que...ela é convidada a passar 14 dias com uma tia rica da qual ela nem sabia a existência. A tia foi para os Estados Unidos muito jovem e sumiu, retornando com o inusitado convite que a sobrinha passe um tempo com ela em um luxuoso hotel nos Alpes. Cristine não sabia quão pobre era, nunca havia pensado na sua vida miserável, não sabia que só lhe faltavam vestidos de seda, um bom cabelereiro, salto alto e um batom vermelho para ser uma moça cheia de vida. Mas lá nos Alpes ela ficou sabendo, ela viu moças da sua idade, ela viu camas fofas e louças bonitas para comparar. Sim, um mundo bonito e feliz existe, mas não para ela. Quando volta ao seu mundinho a revolta é imensa, nada pode ser como antes porque ela tem com o que comparar, ninguém falou para ela, ela viveu uma vida diferente...Cristine fica amarga, dura e não vê saída para esse, agora, fundo do poço onde se encontra a sua existência. O livro é bem desesperador. É tão desesperador que pára, acho que o escritor escreve a segunda parte muito tempo depois...é tão complexo que não dá pra pensar mesmo em uma continuação para esse desespero. Para mim a grande sacada do livro termina aí. Daí vem a continuação, ela encontra um rapaz tão desesperado quanto ela e, depois de compreenderem que não há saída normal possível, eles têm umas ideias fora do normal para colocar em prática. É um livro bastante pesado sobre o pós guerra, as consequências para quem lutou e quem ficou...O contraponto com os americanos...A questão da pobreza (do quanto isso envergonha as pessoas...o sofrimento da pobreza), as classes sociais, o desespero de não ter saída e o contraponto de quem vive anestesiado nessa pobreza porque não conhece nada além disso. As cenas da Cristine se transformando no hotel são espetaculares, esse livro vale muito a leitura.
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Paisagens Literárias 16/01/2020

Sobre desigualdade social e privilégios
O romance de Stefan Zweig faz uma crítica as estruturas socais da época do período entre guerras no qual é situada a narrativa de sua escrita; principalmente aquelas que fazem referência a distribuição do capital. O autor traz contrastes da vida de uma personagem pobre que passa um período de férias com a tia rica em um hotel e nesse processo começa a passar por uma grande transformação pessoal. É interessante notar como a narrativa do autor nessa primeira metade do livro nos faz imaginar vários detalhes do cenário em que acontecimentos transcorriam; certamente não é uma casualidade que vários de seus livros inspiraram filmes [este em particular inspirou "O grande hotel Budapeste" de Wes Anderson]. Assim, quando volta de suas férias enxerga a sua antiga vida com olhos completamente diferentes e se revolta pela condição de poucos terem tanto e muitos terem tão pouco. Nessa segunda parte do livro, a escrita do autor muda bastante; não se prende tanto aos detalhes, mas as discussões sobre a condição de ser pobre e na indignação da personagem principal. Além disso, desenvolvem-se aqui traços mais psicológicos dos personagens [abordando temas relacionados com depressão e contemplação do suicídio, que são inclusive autobibliográficos do autor] e aspectos políticos na narrativa. Com esse contraste, Zweig destaca absurdos de dois universos para o leitor. É um livro que nos faz refletir sobre a desigualdade social e também sobre os nossos privilégios.

site: https://www.instagram.com/p/B7YwYuEDTZj/
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larissa.wayne 10/01/2020

me surpreendeu!
Eu realmente não esperava nada desse livro, foi sem graça até um certo ponto, depois quebrou a minha expectativa e houve uma mudança muito drástica no enredo. A leitura é tão fluida que li todo praticamente em um dia.
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Alê Ferreira 10/01/2020

Êxtase da Tranformação
Livro do Austríaco Stefan Zweig.
Publicado mais de 40 anos após sua morte. Zweig viveu exilado do seu país desde de 1934, quando o governo da Áustria começou a apoiar o nazifascismo, e os livros do autor começaram a ser condenados pelo governo e banidos.
Importante destacar que o autor era judeu. O exílio o levou a Londres, depois EUA e em 1941, o autor fixa-se no Brasil com sua esposa e secretaria com quem viria a cometer suicídio em 23 de fevereiro de 1942, em Petrópolis, RJ, na casa que hoje é um monumento em sua homenagem, a casa Stefan Zweig.
Tomei conhecimento sobre o autor e sua obra porque ele foi enviado pela @taglivros aos seus associados, após a indicação da escritora israelense Ayelet Gundar-Goshen, autora do livro Uma noite Markovitch (2012), que já está na minha lista de desejados. Por todo esse contexto percebe-se que se está diante de um livro que aborda temas dos mais relevantes, vazado pelo contexto do período entre guerras, com profunda carga psicológica, vez que mergulha nos anseios íntimos dos personagens que são extremamente humanos, marcados por influências externas como a guerra, a miséria, a desigualdade social, o anseio pela felicidade. O livro aborda ainda o suicídio e tem forte carga política, principalmente na segunda parte do livro, quando os anseios, sentimentos e angústias dos protagonistas se projetam num manifesto político e revolucionário. O cenário de extrema penúria de uma Áustria do período entre guerras, é tomado como pano de fundo para conhecermos Christine, uma moça de 28 anos que viu os melhores anos de sua vida passarem-se durante a guerra. Aos 28 anos só o que lhe resta é o burocrático emprego em uma monótona agência dos correios de uma cidadezinha do interior e os cuidados com sua adoentada mãe. Christine é então surpreendida por um inusitado convite de uma tia, a quem nunca conheceu, para passar as férias nos alpes suíços, onde se verá rodeada por uma atmosfera luxuosa, a qual ela não fazia ideia que existia

O cenário de extrema penúria de uma Áustria do período entre guerras, é tomado como pano de fundo para conhecermos Christine, uma moça de 28 anos que viu os melhores anos de sua vida passarem-se durante a guerra.

Aos 28 anos só o que lhe resta é o burocrático emprego em uma monótona agência dos correios de uma cidadezinha do interior e os cuidados com sua adoentada mãe.

Christine é então surpreendida por um inusitado convite de uma tia, a quem nunca conheceu, para passar as férias nos alpes suíços, onde se verá rodeada por uma atmosfera luxuosa, a qual ela não fazia ideia que existia.

Em poucos dias a moça pobre e simples se vê totalmente inebriada pela riqueza, pela fartura e pelo luxo e, rapidamente, transforma-se para se inserir naquela sociedade.

Mas com a mesma rapidez de sua elevação, a jovem se vê obrigada a voltar à sua antiga realidade, a reencontrar uma Christine da qual ela já havia se desfeito. E, nesse ponto do romance ?a alma aflita [de Christine] só sente que lhe tomaram algo, que ela deve sair deste ser alado para dentro de uma torpe e cega larva que rasteja no chão.?

A partir daí nos deparamos com a segunda parte do romance que em tudo contrasta com a eufórica imagem da Christine totalmente transformada pelo êxtase da descoberta de uma nova vida cheia de sonhos e perspectivas até então impensadas. Agora o autor nos mostra a face da revolta e do desespero de quem é confrontado com a injustiça das construções sociais. Christine, que só havia conhecido a vida num país saqueado e devastado pela guerra, que entregava os corpos mortos de seus soldados ou os trazia para sobreviver em um país devastado, agora descobrira que não era assim em toda a parte, que essa não era a realidade para todos.

Essa jovem não mais suporta aceitar passivamente que para ela estivesse reservada uma vida miserável, em que tudo ?era caro demais?, enquanto outros estavam destinados a uma vida de infinitos privilégios.
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Lusia.Nicolino 09/01/2020

Qual o seu gatilho de transformação?
A História nos fala da guerra, do pós-guerra, mas não dá conta de nos contar todo o mal que causou a gente do bem. Ordinary people... nunca no foco! A literatura nos salva.
Zweig nos convida em, Extâse da Transformação, a conhecer Christine – que vive entre seu trabalho burocrático em uma agência dos correios, em uma aldeia perdida na Áustria e os cuidados com a mãe doente, o tédio da pobreza e a falta de perspectiva.
Até que, como um relâmpago que abre um clarão no céu, ela descobre outro lado da vida ao aceitar o convite de sua tia que vive na América para encontrá-la em um luxuoso hotel nos Alpes suíços.
Nesse intervalo de vida descobre a autoconfiança, a beleza, os prazeres do convívio com seus iguais (iguais?), privilégios, luxo e esquece o bordão de sua vida: caro demais!
Mas, o que vem depois? E é aí que precisamos parar para refletir. Christl, apesar do sofrimento, é uma graça e vale a pena conhecê-la!

Quote: “Sonhei milhares de vezes, centenas de milhares de vezes, aqui mesmo, nesta mesa, nesta velha jaula, e agora, finalmente, tudo isso irrompe por cima de mim, devo viajar, ir embora, ser livre, e no entanto – a mãe tem razão – por que não fico contente? Por que não estou preparada?”

site: https://www.facebook.com/lunicolinole
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Soninha 07/01/2020

Triste e Tocante
Christine parece uma criança ao ganhar um brinquedo, ou a ir brincar em um parque de diversões, quando conhece o outro lado da moeda. Em um dos lados está sua vida miserável cheia de privações, sem horizontes. Do outro, após o convite de sua vida, um oásis de prazer, fortuna, requintes. Pessoas bonitas, ricas, que não se preocupam com quanto tem no bolso, ou quanto custa isso ou aquilo. Ela se deslumbra, mas um acontecimento inesperado e bem orquestrado fará com que seu sonho tenha um fim, levando-a ao desespero, ódio, descrença, e até a pensar em um fim mais trágico.
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Monique @librioteca 06/01/2020

Êxtase da Transformação é o conto de fadas que deu errado, a história da metamorfose da Cinderela ao contrário. As duas partes/fases deste romance parecem um pouco desconectadas, é quase como se fossem duas ideais para livros diferentes. Isso é sentido na leitura. Mas de modo geral, Zweig é muito feliz no uso das palavras para revelar a transformação psicológica de Christine, e nos aproxima de seus pensamentos internos, nos forçando a questionar o que realmente constitui a identidade e a felicidade de alguém. Enfim... recomendo.
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Victor Vale 06/01/2020

Riqueza, nobreza, luxo são ilusões. Estado, poder e direito também o são. Só a miséria é real e encará-la e desesperadora.
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