Marvko 30/05/2022
Leitura obrigatória
Queria ter lido esse livro antes de todos que já li. Só em 2022, aos 17 anos e terminando o Ensino Médio, que fui criar prazer pela leitura e ir atrás desse guia. Se eu pudesse, voltaria no tempo e mostraria esse livro ao eu criança.
Sim, do jeito que eu falo pode dar a impressão de que a obra traz um método revolucionário, uma fórmula tão secreta quanto a da Coca-Cola, ou algo como a cura do câncer. Se você a ler esperando isso, vai quebrar a cara. Ela não traz nada mais que conselhos simples e que deveriam ser SENSO COMUM. Boto bastante ênfase nesse aspecto pois é aí que está todo o valor do livro. Tudo que eu pensei enquanto o lia foi: "nossa, isso não deveria ser óbvio?". O pior: não é. A maioria dos brasileiros não sabe estudar (se é que ao menos tentam). Assim, os que tentam e fracassam sempre se perguntam: "qual o grande segredo?" Não há. É com dicas simples e fáceis, que qualquer um pode seguir, que você irá aprender a estudar. E é por isso que o prof. Pier deveria ser, sem nenhuma dúvida, leitura obrigatória em todas as instituições de ensino. E se você é mentecapto ao ponto de não conseguir ler um livro fino de 100 páginas, com linguagem infanto-juvenil e que se lê em menos de 2 horas... Você acha mesmo que vai passar em um concurso como a OAB? Tenho péssimas notícias pra você.
Observação:
Um dos únicos defeitos do livro é a forma como o autor generaliza que videogames violentos torna as pessoas violentas, e só jogos como quebra cabeças e caça palavras nos deixam inteligentes. Isso já é um basta pensamento de tiozão. Pessoas com predisposição para a violência não vão agir como tal apenas por causa de um videogame. Afinal, o mesmo não deveria valer para um filme ou livro violento? Pessoas saudáveis da cabeça e com capacidade de discernimento (excluindo explicitamente as viciadas) não ficarão violentas por causa de um joguinho.
Além disso, o autor fala com um certo desdém sobre o TDAH, e generaliza a forma de pensar dos autistas. Pier deveria saber que é um professor de Física, não um psiquiatra. Mas, pelo que eu entendi, ele apenas queria criticar o fato de que milhares de pessoas são erroneamente diagnosticadas com distúrbios que não possuem, e isso causa uma epidemia de psicotrópicos. Nesse caso, a crítica é válida.