O gigante enterrado

O gigante enterrado Kazuo Ishiguro




Resenhas - O Gigante Enterrado


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Neto.Menezes 30/12/2020

Quando relembrar é preciso
Se em "Não me abandone jamais", Kazuo Ishiguro soube mesclar a ficção científica com o drama, em "O Gigante Enterrado" temos a fantasia nos tempos Arthurianos contata de uma forma muito poética onde as lembranças foram esquecidas por causa de uma névoa que se espalhava pela Inglaterra antiga!
A jornada de Beatrice e Axl em busca do filho, que é entrelaçada à de Wistan, Edwin e Gawain é acompanhada de ótimos diálogos com carga dramática na medida certa...
Enquanto vemos as personagens redescobrindo suas memórias à medida que a história avança e preenche certas lacunas, a forma como Ishiguro escreve levanta questões sobre o poder da memória, do tempo como senhor das coisas e da importância de conhecermos nossa história e aprendermos com nossos erros...
Em tempos como o que vivemos, questionamentos como esses são essenciais! Desta forma: 4 estrelas
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Marcella 24/01/2021

Sobre memórias e o passado
Kazuo Ishiguro, em O Gigante Enterrado, faz uma análise sobre o passado e as memórias através de metáforas em um universo fantástico. A história não é apenas unidimensional: na primeira camada, acompanhamos a trajetória de Axl e Beatrice, que buscam visitar seu filho em outra aldeia, enquanto lutam para recordar as memórias de sua vida, perdidas graças à névoa gerada por um dragão que vive nas redondezas; em uma interpretação mais profunda, percebemos que cada personagem é um símbolo, e que a trajetória é o decorrer da própria vida. O final é bastante melancólico, dando um tom triste, porém muito bonito, à narrativa.
Dito isso, apesar de todos os acertos e pontos positivos, não foi uma história que me cativou. Esperava mais do desenrolar dos fatos, e li cada capítulo com a sensação de que "o ponto principal viria no próximo", mas não veio. Talvez eu tenha criado expectativas demais, mas não foi um livro que funcionou para mim. Indico ler despretensiosamente, para aproveitar melhor a experiência.
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rina 14/08/2022

lindo, mas decepcionante
Comecei o livro esperando uma aventura cheia de ação rápida, assim como nos filmes que tratam de dragões e cavaleiros (em parte por causa da sinopse e por ter o Ciclo da Herança como uma das minhas sagas favoritas, então achava que seria algo parecido), portanto fui ficando cada vez mais decepcionada na medida que avançava com a leitura. A narrativa é muito lenta, o que acabou não me agradando, e a aventura não foi o que eu estava esperando. A escrita é linda e chega a ser poética, o que é um ponto muito positivo, e o casal de idosos é amável, mas apenas isso não foi suficiente para melhorar minha experiência.
Realmente não foi um livro para mim, mas pode ser que eu tenha lido no momento errado. Pretendo reler agora que sei o modo que a fantasia é abordada, o foco maior da narrativa e as mensagens que o autor quer passar/reflexões que quer causar; e pode ser que minhas impressões mudem.
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nadia 04/02/2021

“Eu me pergunto se, sem as nossas lembranças, o nosso amor não está condenado a murchar e morrer.”
É interessante como "O Gigante Enterrado" cresce com o passar das horas após seu término. Confesso que durante algumas partes, principalmente mais ao meio do livro, senti que a leitura não engatava muito bem, parecendo que tudo se mantinha morno demais, mas agora acho que, em partes, é importante para a experiência e para o que o livro propõe. É justo esperar uma aventura épica e animada quando seus protagonistas são um casal de velhinhos? Provavelmente não. O Gigante Enterrado discute sobre a importância do esquecimento, sobre o ódio entre povos, sobre a compreensão da morte. Nossos sentimentos para com os outros são justos e fortes se já não nos lembramos dos momentos bons que vivemos juntos? E se esse esquecimento também cobrir os momentos ruins? Devemos, então, lembrar da nossa história em sua totalidade, com os momentos felizes e tristes, ou aceitar o esquecimento como uma manutenção das relações? Uma história linda sobre o amor, o ódio, a guerra e, principalmente, a memória pessoal e coletiva.
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Raksa 12/10/2022

Envolvente
Não tem como não se apaixonar pelos personagens e não mergulhar na realidade fantástica do livro. A maneira como o amor e medos são retratados no livro são lindos. Leitura suave e envolve! Com certeza lerei mais livros do autor, me surpreendeu positivamente
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Saulors 24/02/2021

Fui ler esse livro esperando uma obra a la O senhor dos anéis, e apesar de encontrarmos um mundo fantasioso com criaturas e uma bela jornada, assim como em A sociedade do anel, esse livro é pura poesia.
Me envolvi com o casal principal, Beatrice e Axl, que em suas jornadas através de uma Grã-Bretanha pós Rei Arthur, buscam pelo filho em uma outra comunidade. Nessa aventura eles encontram bravos cavaleiros e enfrentam algumas dificuldades, dignas de qualquer aventura fantasiosa, que envolve até uma dragoa.
Nesse universo, uma névoa se espalhou por toda a Grã-Bretanha fazendo com que todos esquecessem suas memórias mais antigas, porém o que não muda é o amor e carinho com que um trata o outro.
Assumo que achei arrastado em alguns momentos, e um tanto confuso em outros, mas foi uma bela leitura.
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Flaah 28/06/2021

Todos deviam ler
É uma história que faz a gente repensar sobre as nossas memórias e os seus papéis nas nossas vidas e na dos outros.
Leitura tranquila e muuito envolvente.
Um dos melhores livros que li ultimamente!
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Diego 04/10/2021

Discussões filosóficas interessantes - mas pouca ação
A história se passa na Inglaterra pós-Arthuriana. Tem menções a cavaleiros, guerreiros, monges e um clima de paz e latente desconfiança entre bretões e saxões.

Há um bom desenvolvimento dos personagens - com revelações de um passado esquecido vindo aos poucos à tona. Contudo, o ritmo lento da história e as falas tão formais entre todos que apareciam na trama me impediram de criar uma ligação ou mesmo empatia com as personagens. O sentimento que mais me marcou foi o de melancolia em algumas partes do livro.

Ainda assim, muitas passagens possuem metáforas fortes e muito bonitas que nos fazem refletir - como a do barqueiro e a do próprio gigante enterrado, que dá o título ao livro. Embora seja classificada como fantasia, a obra traz questionamentos presentes em nossa vida: até quanto podemos nos permitir esquecer? Será que é melhor manter algumas coisas no esquecimento? Que memórias escolhemos guardar conosco? Será que todo ato justo é bom? O amor supera tudo?

Por essas questões, recomendo o livro - com a ressalva de que é preciso ter paciência com o enredo (há poucos momentos de ação durante as quase 400 páginas) e não se importar com formalismos que caracterizam o ambiente na idade média. E não esperem uma história super fechada e convencional - o próprio protagonismo de dois idosos já demonstra que o autor optou por um caminho diferente do habitual.
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César Ricardo Meneghin 08/10/2021

Fantasia na concepção da palavra.
O Gigante Enterrado, é um livro sobre experiencias de vida e sentimentos, que se passa em um mundo de fantasia.
A ideia do autor Kazuo Ishigurofoi fantástica. Colocar pessoas que normalmente não estariam presentes neste tipo de narrativa. E ainda deixar que a fantasia permeasse toda a narrativa. O fato é que este livro se passa em um mundo de fantasia, porém a história dos personagens é bem real. A busca por se encontrar, perdoar, lembrar dos motivos pelos quais a vida ainda vale a pena. E mesmo quando se acredita que a vida já está em sua reta final, começar novamente. Após terminar a leitura do livro, eu fiquei com a sensação de que a história tem mais camadas e que eu não consegui entender por completo tudo que o autor queria dizer. Por isso fiquei mais interessado ainda. E bem, o final não é aberto, como eu ouvi e assisti em algumas resenhas por aí.
O livro tem um final fechado e você deve usar seu entendimento sobre os sentimentos reais, cotidianos, para entender que apesar de a vida ser complexa os desdobramentos são simples. Na vida algumas pessoas buscam o perdão outras perdoar. Mas nem sempre isso é possível, verdadeiro. Você pode buscar uma vida inteira perdoar alguém que você realmente ama e quer perdoar, mas não conseguir que esse perdão seja do fundo do coração. As vezes você até se esquece, mas ele está lá. E você pode se lembrar dele a qualquer hora.
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Livia 31/01/2022

Comovente
Estilo que lembra muito Tolkien, misturando a fábula do Rei Arthur e fantasias medievais.

Entretanto, o livro é uma história sobre dois dos temas mais caros aos seres humanos: o amor e o esquecimento. Será que o amor se fortalece os momentos ruins são apagados de nossas cabeças? E quando tiramos os bons, como fica?

Cheio de lirismo, metáforas e uma escrita sensacional, é um livro marcante e que toca fundo nossas almas. Está com certeza entre os melhores que já li.

Mas fica o aviso: entre de cabeça no mundo do autor. A história não é linear, exige atenção e, acima de tudo, entender que a beleza está justamente nas metáforas e não apenas na superfície dos fatos.

Boa leitura!
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Ana Gouvêa 12/01/2022

Sugiro ler com calma
O livro é lento. Na verdade? Beeeeem lento, nada diferente dos demais livros do autor. Confesso que ri em um momento perto do final, há tempos não lia uma cena com pessoas combinando uma luta.
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Fábio Valeta 26/11/2017

Já tinha interesse de ler o livro há algum tempo, mas saber que o autor havia ganhado o Nobel desse ano me fez antecipar a leitura dessa obra. E valeu a pena.... já que é uma história muito bem escrita e interessante.

De forma simples, o livro pode ser resumido à jornada de um casal idoso à procura de seu filho que há vários anos saiu de casa. A dupla percorre uma Inglaterra cheia de criaturas fantásticas na esperando de chegar a aldeia do filho e poder viver os restos de seus dias ao lado dele.

Mas há muitos mais detalhes além dessa história. Passada na Inglaterra alguns anos após a morte do Rei, o livro possui várias analogias com medos associados à velhice: seja a névoa que cobre o país deixando todos praticamente sem memória (esquecimento), seja o casal de protagonistas que é proibido por sua comunidade de possuir uma vela (cegueira) e, como não podia deixar de faltar: morte.

É um livro belo e triste, narrado de forma simples mas instigante pelo autor. Talvez não seja um livro para qualquer um devido a sua narrativa lenta, mas é uma pequena grande obra. Se o autor mereceu o prêmio, não posso dizer apenas por este livro. Mas ele foi o bastante para me motivar a procurar seus outros trabalhos.
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Fabio Di Pietro 05/01/2020

Leve e profundo
Cheio de metáforas, Ishiguro constrói a narrativa de alguns personagens cujos caminhos sempre se cruzam para trazer metáforas e reflexoes acerca do amor, companheirismo, remorso/lembranças/perdão... História bela, com bastante metáfora em uma leitura leve e fácil. Um belo livro para ler em uma montanha ou uma praia...
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