A Invenção de Morel

A Invenção de Morel Adolfo Bioy Casares




Resenhas - A Invenção de Morel


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Daniel 12/07/2018

Bem interessante
No começo o livro é bem confuso, no desenrolar na história começa a compreender o que se passa, gostei o livro é curtinho, como é ainda uma das minhas primeiras literatura nesse início de vida literária, ainda não sei bem explicar em palavras toda a experiência do livro, pretendo reler pois fiquei meio confuso algumas vezes no livro!
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Yuri Rebouças 28/05/2018

Um clássico da ficção científica latino-americana!
Quem me conhece sabe que sou apaixonado pela série Lost, e durante uma conversa entre livreiros me deparei com a indicação de um livro que pelas palavras da própria pessoa "tinha inspirado a trama de Lost... Exceto pelo final". Eu fiquei tão intrigado com esse comentário que procurei imediatamente o tal livro e (obrigado pela sugestão cara!) que grata surpresa.

Publicado originalmente em 1940, A invenção de Morel já nos surpreende por abordar temas tão modernos para uma época de escassa tecnologia, o que destaca a genialidade do autor ao apresentar uma história tão concisa e prognóstica que se tornou a sua obra mais conhecida. O romance tem pouco mais de cem páginas e a leitura rápida é também embalada pela narrativa instigante (e as vezes até poética) do personagem que conta a sua desventura através de um diário.

Após ser condenado por um crime e temendo a prisão que o aguardava, um homem decide fugir para uma ilha erma e misteriosa onde circulavam rumores de que era amaldiçoada: as pessoas que se aproximavam daquele lugar sofriam acidentes terríveis, adquiriam doenças ou enlouqueciam em poucos dias, além das tempestades e o mar aparentemente inacessível que cercava o local, mas em seu desespero, ele não via outra alternativa para evitar a condenação judicial a não ser se abrigar lá, longe de tudo e todos.

O livro já se inicia com esse fugitivo narrando os seus primeiros dias desde que chegou à ilha, e para aplacar a solidão ou manter registrado o que pudesse encontrar ali, ele decide escrever as experiências em um diário. A obra que lemos é exatamente essa escritura do personagem, e boa parte dos capítulos são permeados pelos seus devaneios e temores que, confusos, oscilam sem distinguir o que é real ou alucinação.

Bioy Casares não poupa tempo em sua narrativa e logo nas primeiras páginas nós descobrimos (junto com o personagem) que ao contrário do que ele imaginava a ilha não é inabitada. Existe ali uma sociedade peculiar e bem desenvolvida com edifícios e tecnologias discrepantes para o lugar (a única semelhança com Lost que eu encontrei, além da história acontecer em uma ilha, lógico). Confuso e delirante ele decide investigar as pessoas que trajavam roupas de época e agiam como se há muito vivessem naquela terra. O primeiro momento impactante acontece quando ele se apaixona por uma mulher desse grupo e decide abordá-la, mas ela o ignora de forma tão assustadora como se o homem sequer existisse.

Nesse ponto a trama parece seguir um caminho óbvio, MAS NÃO SEGUE! A partir da metade do livro nós tomamos uma rasteira do autor e o final é surpreendente, valeu muito a pena a leitura, apesar de algumas críticas (como a grande revelação ser feita através de uma confissão, o que pareceu um artifício óbvio, e alguns clichês jogados aqui e ali). Eu fui conquistado com A invenção de Morel (vocês precisam ler para descobrir qual é a invenção desse cara LOUCO!) e eu estou ansioso para os seus outros livros.

site: www.yurireboucas.com
Henrique_ 28/05/2018minha estante
Ótima resenha, Yuri. Estou com este livro na minha lista há um tempão. Aguçou mais ainda minha vontade de lê-lo.


Yuri Rebouças 31/05/2018minha estante
Gostei tanto dessa pegada latina que vou encarar o calhamaço do 2666 do Roberto Bolaño. haha




BibliodaArte 20/04/2018

Gostei, mas...
Pensei que a leitura seria um pouco mais difícil pelo ano que foi escrito, mas acho que a tradução ajudou nisso.
Todo em primeira pessoa, o que achei muito interessante porque as descobertas do personagem também eram as minhas.


O enredo começa em uma ilha com um fugitivo da justiça contado como chegou lá. Fala um pouco de como está sobrevivendo. A ilha tem alguns prédios, mas nenhum outro ser humano. Então começam aparecer pessoas, festejando e não se sabe como elas apareceram. Uma cigana todos os dias vai observar o por do sol e ele se apaixona por ela e tenta se aproximar e mostrar o que sente e depois de um tempo ele descobre toda a verdade e a grande invenção.


É rico em detalhes, mas o que tem uma parte que o autor enrolou muito e é um pouco cansativo. Mas pra quem tem paciência é uma boa história.
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Monique @librioteca 25/03/2018

Esse foi um livro intrigante. Apesar de curto, não tem uma leitura muito fluida (pelas idas e vindas do personagem, e por conta da sua própria confusão mental) mas, esse aspecto, não me impediu de conectar com a história. Pelo contrário, me instigou a continuar e descobrir qual o significado de todo o mistério desta ilha onde tudo era eterno. O final me surpreendeu (sem dar spoilers) e deixou o questionamento: até onde a tecnologia pode e deve ir? Quais as limitações morais do ser humano? Convido a todos para ler esse realismo mágico, escrito elegantemente pelo hermano Adolfo Bioy Casares, que conseguiu criar com sucesso um mistério visionário e muito interessante.
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Blog MDL 04/02/2018

Um livro com história cativante, mas que apresenta algumas dificuldades para o leitor que busca conquistá-lo. É assim que posso iniciar uma definição sobre o livro "A Invenção de Morel" do autor argentino Adolfo Bioy Casares. Publicada pela editora Biblioteca Azul no Brasil, esta foi a primeira obra de Casares a ser lançada e traz para os seus leitores um relato em forma de diário de um fugitivo da justiça que está se escondendo em uma ilha que deveria estar deserta. Sendo uma das histórias que serviram de inspiração para o seriado "Lost", é possível acompanhar o personagem durante a sua estadia no local. Ao que se sabe, ele encontrou a ilha através de uma indicação de um homem que o avisou previamente que aquele local apesar de mantê-lo a salvo dos agentes da justiça, poderia matá-lo pois apesar de inabitada, possuía uma estranha doença que acometia aqueles que ali se estabelecessem.

O seu medo da prisão era tão maior do que o de enfrentar o que quer que fosse, que ele encara essa jornada mesmo que isso represente o total isolamento da civilização. Chegando ao lugar, percebe as construções recentes e não entende como alguém abandonaria tal empreendimento. Entretanto, por mais sofisticado que tudo pudesse parecer, não há comida nem bebidas para que ele satisfaça as necessidades do seu corpo. Se alimentando de bulbos entre outras plantas, ele ainda tem que lidar com as inconstâncias da maré do mar que o cerca. Mas isso não era tudo já que um dia, ele foi surpreendido com a presença de outras pessoas na ilha que pertubavam não só o seu isolamento como também representavam uma ameaça a sua fuga. Sem saber como lidar com os exploradores, ele passa a observá-los cada vez mais de perto até que se encanta pela figura de Francine. Perturbado pela força dos seus sentimentos, ele passa a tentar algum contato com ela, mas sem nenhuma demonstração de reconhecimento da parte dela, ele passa a questionar a sua sanidade, bem como, a verdade por trás da realidade que o cerca.

Eu não considero "A Invenção de Morel" como uma leitura fácil e despretenciosa, por isso, apesar da pouca quantidade de páginas, certamente esse é um livro que não é para ser lido em um único dia. Isto porque há tantas implicações e camadas nesse texto que se faz necessário uma dedicação especial para que se possa entender até onde pode ir as respostas para os questionamentos que invariavelmente são levantados durante a leitura. Um dos meios de imersão que temos para essa história se dá através do intimismo proporcionado pela estruturação do texto, pois sendo escrito em forma de diário, percebemos o mundo através do olhar deste homem que nos conta o que quer e põe nesses relatos uma boa dose de sentimentos pessoais. A cada entrada que se lê, é possível notar como a história se expande até chegar ao seu ápice que é a completa confusão sentida pelo narrador acerca do mundo a sua volta.

Sendo caracterizado como um romance psicológico, ele também pertence ao gênero da ficção científica e o porquê disso vai sendo revelado paulatinamente e é, sem sombra de dúvidas, uma das grandes revelações trazidas por Casares. Não mentirei e direi que a história me prendeu desde o início porque a verdade é que eu demorei um longo tempo para me acostumar com a escrita de Casares e a maneira como o autor expunha a história, tanto que foi necessário que eu concluísse o livro e refletisse sobre ele para só então entender tudo o que li. Ademais, uma das coisas mais impactantes que pude sentir com esse livro foi o poder que a solidão tem um indivíduo. Quando se está longe de tudo e de todos, não é fácil manter a sua sanidade, ainda mais quando há tantos elementos que o empurram para o precipício da loucura.

Pensar e repensar em todas as hipóteses possíveis para encontrar a verdade, é, portanto, um exercício que se dá ainda que incoscientemente, pois a necessidade de uma certeza absoluta que aquilo que se vê e que se vive não é uma mera ilusão, acaba se sobrepondo as demais nuances que circundam a existência desse indivíduo. A confusão que se apresenta na história em decorrência dessas incerteza do personagem, nos faz questionar, invariavelmente, se de fato não estamos lidando com uma mente insana. Todavia, prefiro optar por acreditar em seu relato a vê-lo como alguém louco e que não tinha nenhum mecanismo capaz de influenciar aquilo que estava à sua volta. Todos esses elementos formaram um quadro na minha mente na posterioriedade que não me permitiu negligenciar o poder da narrativa do autor argentino, por isso, por mais que eu tenha tido dificuldades durante a leitura do livro, sem sombra de dúvidas alço "A Invenção de Morel" a uma das leituras mais impactantes e poderosas que tive nesse ano.

site: http://www.mundodoslivros.com/2016/12/resenha-especial-invencao-de-morel-por.html
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Oz 12/01/2018

Exteriorizar e replicar os sentidos é uma fixação do homem desde que o mundo é mundo, assim como também é o ato de amar. Peço um pouco de indulgência do leitor por relacionar “fixação” com “amor”, dado que, de bate-pronto, a primeira palavra parece mais ligada a um tipo de vício incontrolável e insano do que a um conceito transcendental e belo inerente à segunda palavra. “A Invenção de Morel” nos mostra que, em realidade, o amor pode ser entendido – se é que tal sentimento seja passível de entendimento ou de uma perscrutação mais racional – como uma espécie de fixação, caso leve o indivíduo aos seus extremos. Nesse quesito específico, eu confesso que esse romance não é, nem de longe, um exemplar único na literatura.

No entanto, se o romance nos fala sobre os extremos do amor, talvez sua grande beleza e originalidade é nos falar também sobre essa outra obsessão humana: a exteriorização e replicação dos sentidos. O que quero dizer com isso? Quero dizer que o homem, seja por prazer, diversão, dinheiro ou mesmo por desígnios mais transcendentais de uma busca pela imortalidade, sempre tentou transpor as barreiras físicas de seu próprio corpo para replicar seus sentidos em um mundo exterior a si mesmo. Exemplos disso são as invenções dos discos, da fotografia, do cinema. As vozes saem do corpo e são gravadas para serem ouvidas em outro espaço, em outro tempo. Da mesma forma, as imagens, estáticas ou em movimento, trazem consigo algo que já se foi, mas que parece querer perdurar. É a tentativa de uma imortalidade do homem através da replicação de seus sentidos. Contudo, esses são exemplos de uma imortalidade parcial, pois são apenas replicações do auditivo e do visual, deixando de lado os paladares, os cheiros e os toques. Indo um pouco além, deixando de lado a incapacidade de replicar a consciência ou, avançando um grau a mais na escala metafísica, replicar a alma. Se não é possível vencer essa fixação, seria possível vencer essa parcialidade?

Seja como for, essas duas fixações são as matérias-primas que Adolfo Bioy Casares trabalha com maestria em seu curto e profundo romance, auxiliado pela escolha de um narrador em primeira pessoa que nos empresta o olhar de um fugitivo da lei isolado em uma ilha misteriosa, onde tudo o que vê é suspeito. Nessas suspeitas e no suspense que vai se ampliando ao acompanharmos os relatos desse fugitivo, as matérias-primas de Casares vão entrando aos poucos no texto, até se transformarem em um exímio produto final, ampliando o que parece ser, no início, somente uma simples história descompromissada e sem grandes reverberações.

Meu site de resenhas: 26letrasresenhas.wordpress.com
Rodrigo1001 12/01/2018minha estante
Está na minha lista também. Valeu a pena?


Oz 12/01/2018minha estante
Sem dúvida. E é uma leitura rápida.




Regina Marcia 23/12/2017

Que livro!
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r.morel 24/09/2017

Resenha Telegráfica
Jorge Luis Borges qualificou de perfeita a trama de “A invenção de Morel” (1940). Os elogios ao romance curto  - ou novela - de Adolfo Bioy Casares não são exagerados. É uma das histórias mais instigantes da literatura. Foi a inspiração do filme “O ano passado em Marienbad” (1961) de Alain Resnais. No centro do enredo está uma máquina, uma espécie de gravador multimídia, que reproduz a realidade do passado. Confuso?! Leiam com atenção…

Trecho:
“Havia o silêncio, o ruído solitário do mar, a imobilidade com fugas de centopeias. Temi uma invasão de fantasmas, uma invasão de policiais, menos verossímil. Passei horas atrás das cortinas, angustiado pelo esconderijo que havia escolhido (podia ser visto de fora; se quisesse fugir de alguém que estivesse dentro do recinto, teria de abrir a janela).”

site: popcultpulp.com
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Bel 13/06/2017

Tenho que ler novamente.
Eu não gostei do livro... Talvez numa segunda leitura em um outro momento modifique essa impressão, mas achei a narrativa monótona, paradona mesmo... Acho que o problema foi a minha leitura, pois o livro sempre foi muito elogiado pelos críticos.
Tenho que ler novamente.
Rodrigo.Gentile 06/03/2019minha estante
As vezes é questão de gosto também. Ta tudo certo hahaha




Ju 20/04/2017

Não sabia o que esperar deste livro e confesso que no começo não estava entendendo nada. Gostei muito da forma elegante que o autor escreve e achei a história bem surreal e fantástica. Não me prendeu muito e no fim eu queria que acabasse logo, mas o livro tem uma beleza engenhosa e um mistério gostoso.
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Karla Lima 09/03/2017

Bem que eu tentei
Eu queria tanto ter gostado, já é difícil o bastante não gostar de Borges. Entreguei-me à leitura deste predisposta a me encantar e também em busca de redenção: "não curto JLB, mas (ao menos) adoro Bioy Casares", eu diria, da próxima vez que conversasse com alguém sobre literatura argentina e Cortázar já houvesse sido suficientemente elogiado. É pena, mas não rolou. Achei comprido quando de fato é um livro curtíssimo, 124 páginas de 14 x 21 cm e diagramação bem frouxa, e isso já dá a medida do meu tédio ao ler. Achei confuso, talvez por não saber nada sobre o enredo que me aguardava, ou justamente por isso. Achei sem propósito, desnecessariamente rocambolesco e bobinho – pior, bobinho travestido de profundo. Estou desapontada com a experiência, com a obra e de certa forma também comigo. Eu queria tanto ter gostado.
skuser02844 28/05/2017minha estante
Concordo com você. Acabei agora mesmo e foi uma decepção :(


Karla Lima 05/06/2017minha estante
que bom que nao estou sozinha :)




Kleber Rafael 02/02/2017

Primeiro livro que leio do Adolfo Casares, no começo a gente fica meio perdido, mas no decorrer da história os enigmas vão se esclarecendo. O livro é um diário (fictício) de um fugitivo da policia da Venezuela (protagonista, sem nome) que foi condenado à prisão perpétua e se abriga em uma ilha misteriosa. O livro é um romance, considerado um clássico da ficção latino-americana... Com pitadas de poesias e filosofia, conseguimos perceber a genialidade do escritor, que escreveu o livro em 1940 e tinha apenas 26 anos. Todo o ambiente da história se passa na ilha misteriosa e enigmática, muitas vezes não sabemos diferenciar o real do virtual... Um clássico da literatura Argentina, gostei muito desse primeiro contato com o autor e espero ler outras obras do mesmo.
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Literatura Policial 03/12/2016

Fundamental para os gêneros de fantasia e ficção científica
O que o leitor tem em mãos é o diário de um fugitivo da justiça venezuelana que se refugia numa ilha aparentemente urbanizada, com prédios construídos e habitantes esquisitos. Os nativos são aqueles silenciosos homens que aparecem nos altos dos morros, tão alheios quanto a atraente mulher que todas as tardes assiste ao pôr-do-sol no mesmo lugar e tão indiferentes quanto o barbudo cheio de razão que com todos conversa.

O mistério é: Por que todos agem daquela maneira alheia? Que construções são aquelas na ilha? O que trouxe as pessoas àquela ilha?

Leia a resenha completa no literaturapolicial.com

site: https://literaturapolicial.com/2016/11/28/a-invencao-de-morel-de-adolfo-bioy-casares/
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Claudia.Lanfredi 14/10/2016

Uma das melhores coisas que já li na vida
A história é curtinha, surpreendente, romântica e poética.
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Pedro 29/08/2016

Sobrevivendo em uma ilha misteriosa, aparentemente deserta, um lugar onde "não se vive", um condenado à prisão perpétua foragido se vê subitamente rodeado por estranhas companhias. Aos poucos, ele investiga as misteriosas figuras, hóspedes do excêntrico anfitrião Morel, e descobre, atordoado, que embora ele as veja, ninguém o vê. Entre delírios e desejos, passado e futuro se entrelaçam e as intenções de Morel se revelam ainda mais perversas do que se poderia imaginar. Em um clima de paranoia e mistério, ele vai descobrir a tênue fronteira entre realidade e ilusão. Neste clássico argentino, considerado "perfeito" por Jorge Luis Borges, nada é o que parece.
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