A Invenção de Morel

A Invenção de Morel Adolfo Bioy Casares




Resenhas - A Invenção de Morel


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kali 14/12/2023

Li esse livro em setembro por conta de uma das matérias da faculdade. Comecei sem nenhuma expectativa, mas fui lendo e a história foi despertando minha curiosidade? quando vi, já tava completamente mergulhado no enredo e tentando desvendar toda a invenção! É um livro fantástico que, no final, revela uma surpresa enorme que te faz relembrar todas as pistas dadas.
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Vitoria 30/11/2023

A realidade e a ficção se confundem
O que pode acontecer quando um fugitivo escondido em uma ilha supostamente deserta observa a presença de pessoas com atitudes que fogem ao esperado?

A invenção de Morel, que dá nome à obra, vai se relevando aos poucos, nessa narrativa que flerta com o realismo fantástico.

Argumento bem interessante e narrativa que nos fisga com facilidade.
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Raul Maciel 24/11/2023

Publicado em 1940 e considerado uma obra-prima da literatura fantástica latino-americana, A Invenção de Morel é um livro do autor argentino Adolfo Bioy Casares e é dedicado ao seu grande amigo e também escritor Jorge Luís Borges, que contribuiu com um prólogo que merece atenção especial.

Trata-se da história de um homem que, procurando fugir da justiça, fica sabendo da existência de uma ilha inabitada na qual alguns homens haviam levantado algumas construções, mas, devido a uma moléstia, não havia gente que por lá sobrevivesse. Certo de que nada poderia piorar a sua situação, foi para a tal ilha e lá se instalou. Certo dia, sem que houvesse notado a chegada ou mesmo a aproximação de qualquer barco ou avião, percebe de repente a presença de outras pessoas na ilha — e as toma por veranistas. Entre a curiosidade de observá-las e o medo de ser preso ou de ter descoberto o seu passado, passa a viver na parte mais baixa da ilha (ficando lá sujeito às marés) e a vigiar melhor o dia-a-dia das misteriosas pessoas que haviam aparecido no local. Cauteloso em suas observações, ele decide arriscar contato com uma jovem que lhe chamara a atenção, Faustine. Se de início pensa que está sendo ignorado, em outra tentativa percebe que na verdade não era visto. Alguns dias mais e ele começa a reparar que certas conversas entre os "veranistas" se repetiam: os diálogos e os gestos eram os mesmos que os ocorridos em dias anteriores. A forma como o livro foi escrito torna difícil fazer uma resenha sobre ele sem correr o risco de contar o seu desfecho.

Trecho: "Com lentidão na minha consciência, pontuais na realidade, as palavras e os movimentos de Faustine e do barbudo coincidiram com as suas palavras e os seus movimentos de havia oito dias. O atroz eterno retorno. Incompleto: meu jardinzinho, da outra vez mutilado pelos pés de Morel, é hoje um ponto apagado, com vestígios de flores mortas, achatadas contra a terra."

Contada em primeira pessoa (como uma espécie de diário), a história muitas vezes parece caminhar antes para uma não-solução do que para a solução dos mistérios apresentados. Casares utiliza um narrador-personagem, o que é importantíssimo para o desenvolvimento do texto, pois este, ao contar a história, dá a sua versão (que pode ou não corresponder à verdade — diferentemente do que ocorre nas histórias contadas por um narrador-onisciente), o que por si só já torna mais complexa a história. Mas não bastasse isso, esse narrador explicita diversas vezes que nem ele mesmo consegue precisar a situação e que teme que possa ser tudo fruto de algum delírio ou alucinação. Mas ainda que esse narrador-personagem se demonstrasse totalmente certo dos fatos relatados, você confiaria cegamente em um foragido da justiça? Casares bagunçou as dimensões espacial e temporal para compor essa grande obra — que, sem dúvida, vale a pena ler.

(Muitos veem na trama de A Invenção de Morel uma crítica à tecnologia, o que não me pareceu tão certo durante a leitura do texto. Após ler o livro, procurei material sobre o autor e encontrei uma entrevista dele ao programa Roda Viva, em 1995. Quando perguntado se ele se sentia "esperançoso, cético, assombrado ou indiferente" diante dos "prodígios tecnológicos", a sua resposta foi "creio bastante no progresso e espero que essas promessas se cumpram. Ao menos, essas promessas nos animam. Depois, me desculpem, não há que confundir a vida com a literatura". Assim, talvez a visão de "crítica à tecnologia", apesar de bem aceita, não seja a mais condizente com as intenções do autor.)

site: https://medium.com/@raulmaciel/a-inven%C3%A7%C3%A3o-de-morel-de-adolfo-bioy-casares-5eae5b6163ca
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juliao.pdf 23/11/2023

Esse daki eh brabo ta .
já tinha lido uma adaptação pra hq, mas não me lembrava de muita coisa, o bom foi que a hq me ajudou muito a imaginar os cenários e personagens. adorei a história e a leitura, mas acho um tanto triste o final.
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Guilherme.Eisfeld 23/11/2023

Fantasia e aprisionamento
O início truncado deslancha a partir do momento que Morel surge na história, revelando sua criação, em uma ambientação de fantasia e aprisionamento, físico e emocional.
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Marcos606 19/10/2023

Um experimento literário à maneira do amigo próximo de Bioy Casares, Jorge Luis Borges, A Invenção de Morel imagina uma ilha na qual um grupo de socialites ricas revive, sem saber, um único feriado repetidas vezes. Elas são observadas pelo narrador da novela, um criminoso político que veio à ilha para se esconder das autoridades venezuelanas.

A novela assume a forma de um diário, mantido por um escritor anônimo que está fugindo. O escritor espera que seu diário sirva de base para um romance, ou pelo menos que o registro de suas experiências o ajude a manter a sanidade. Ele está sozinho na Ilha Villings, para onde veio depois de saber que havia sido abandonada. Ele sabe que visitantes recentes da ilha contraíram uma doença misteriosa, cujos sintomas se assemelham aos do envenenamento por radiação, mas temendo que as autoridades o apoiassem, o escritor decidiu remar até a ilha de qualquer maneira. Devido ao perigo da doença e à dificuldade de sobreviver na ilha, o escritor suspeita que seu diário também possa ser seu testamento.

Casares examina os problemas filosóficos fundamentais da percepção e da consciência. Influenciado pelo idealismo subjetivo de George Berkeley, doutrina que sustenta a teoria de que apenas a mente e as experiências mentais existem e que os objetos físicos não existem exceto como fenômenos perceptivos, o autor questiona se a realidade é uma criação exclusiva da mente e se o ser humano for capaz de perceber o mundo com precisão através de seus sentidos. Segundo Casares, a percepção humana será sempre subjetiva; ele representa simbolicamente essa afirmação com uma máquina, que reproduzia a realidade perceptiva e modulava a experiência perceptiva, as emoções e os pensamentos do sujeito.
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Regina 30/09/2023

Bom
Livro da literatura Argentina. Um início bem cansativo, arrastado. Parei um tempo e retomei. Da metade para o final a escrita muda e flui tranquila. Boa leitura
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Wanderley 26/09/2023

Um breve livro sobre viver e morrer, finitude e eternidade
A ambição da eternidade, o medo do fim, os mistérios da consciência e as ilusões das percepções... Tudo isso é abordado de modo instigante nessa pequena obra (que é grande em sentidos) em que um fugitivo venezuelano desperta numa ilha deserta. Não se sabe o nome dele nem o crime de que o acusam (ele se diz inocente). Um dia, de repente, um grupo de estranhos aparece na ilha, mas o fugitivo, que a princípio se esconde, não consegue contato com essas pessoas, entre elas, Faustine, por quem se apaixona platonicamente, e Morel, o anfitrião do grupo. Será tudo um delírio de uma mente solitária? Estarão mortos, vivendo em dimensões distintas? Serão todos os personagens projeções de uma outra consciência? A memória é uma forma de vida? O que é o ser? É existir ou ter consciência da existência? Podemos estar vivos e mortos ao mesmo tempo? Podemos sobreviver à morte? Podemos viver depois da morte? Essas são algumas dúvidas que permeiam desta história de 1940, classificada por ninguém menos que Borges como uma obra perfeita.

Li por aí que foi a inspiração para a série Lost. Faz sentido. É inegável o poder imaginativo de Bioy Casares. Particularmente, acho que a estrutura narrativa, a cuidadosa montagem da trama, é o ponto forte do livro, acima da própria escrita. As infinitas possibilidades abertas e o convite à reflexão são sedutores. O ritmo é outro ponto de destaque. Começa lento, quase despretensioso, e vai ganhando intensidade, até chegar ao clímax poético. É uma boa dica para quem quer ler algo instigante e de qualidade numa viagem de fim de semana.
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Heloísa 12/09/2023

Razoável com realismo fantástico
Quando comecei a me conectar com a obra, com a invenção de Morel, o livro acabou do nada. O que gostei mesmo foi só da invenção, que parece uma espécie de projetor em 3D, um holodeck da série Star trek. Apesar de muito elogiado, achei que terminou no momento errado e que deveria ter aprofundado mais as personagens.
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Olgashion 18/08/2023

Uma história de um fugitivo que ora pensamos que está em algum lugar similar ao Triângulo das Bermudas, ora está sendo perseguido para ser levado à prisão

Tem umas viradas muito boas
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Julio.Argibay 16/08/2023

Motel
A Invenção de Morel de Adolfo Bioy Casares é um romance bem estranho. Não consegui entender muito bem a estória e nem a dinâmica dos personagens, se é que teve. Há muitas dúvidas, tais como: o que eles estavam fazendo lá? como chegaram? qual o objetivo do local? que tipo de experiências era desenvolvida na ilha? Vamos a um breve resumo do que entendi. O protagonista chegou na ilha numa embarcação, contra a sua vontade. Que este lugar foi criado por um cientista chamado Morel. Na ilha o protagonista se apaixonou por uma jovem de nome Francine. Ele a via na praia conversando com outro rapaz e os acompanhava de longe, escondido e tinha ciúmes dela. O local era estranho, parecia irreal. Tinha dois sois e duas luas. Ele tentou sair de lá, mas não conseguia. Ele analisava o local, entrava nos poucos prédios, ligava as máquinas, procurava alimentos, observava as marés, etc. As pessoas também pareciam que não eram de lá. O protagonista ficava à parte, não participava da rotina dos outros personagens. Tudo é muito nebuloso e aberto a muitas interpretações.
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Daniela620 15/08/2023

O que parece, nem sempre é..
Intrigante história de um fugitivo que se esconde em uma ilha e, nela, se encontra com grandes mistérios e um amor para o qual buscará a eternidade.
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Nemec 25/07/2023

A realidade virtual ou o que é a realidade?
Um interessante experimento de Adolfo Bioy Casares, de um personagem que , ao fugir de uma condenação, resolve se esconder em uma ilha, que esperava desabitada, mas que depois descobre ter estranhos ocupantes.

Considero o livro uma ficção científica "soft", com um foco muito intenso nas sensações do personagem, sua solidão, seu desespero, sua impotência frente à natureza, à tecnologia e sua luta pela sobrevivência.

Uma história bem atual, incrivelmente a gente do tempo de quando foi publicada.
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Otavio.Guassu 17/07/2023

?Acaso não se deve chamar vida aquilo que pode estar latente em um disco, aquilo que se revela quando o mecanismo do fonógrafo entra em ação, quando giro uma chave?
Insistirei em que todas as vidas, como os mandarins chineses, dependem de botões que seres desconhecidos podem apertar?
E vocês mesmos, quantas vezes não interrogaram o destino dos homens, não acionaram as velhas perguntas: para onde vamos? Onde jazemos, como músicas inauditas em um disco, até que Deus nos manda nascer? Não percebem um paralelismo entre o destino dos homens e o das imagens??
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deadly_romantic 25/06/2023

De novo e de novo!
Li a invenção de morel pela primeira vez ha um ano, e não o terminei na época por ter me perdido na metade do livro; reconheci que precisava amadurecer para compreender melhor a leitura.
acabo de relê-lo (dessa vez, até o final) e tenho a mesma sensação.

mas não digo isso de modo negativo! por incrivel que pareça, é a confusão que torna esse livro tão curiosamente interessante. sua linguagem é diferente do que se está acostumado normalmente, e ele parece, pela ausência de divisões concisas em capítulos, feito para ser lido em um dia só (por mais que isso seja muito dificil na rotina de pessoas que estudam ou trabalham em torno de 10 horas todos os dias da semana). mas essas questões não prejudicam a experiência; elas apenas acrescentam algo mágico e dificil de explicar a ela.

é esse sentimento de, mesmo ainda, não ser maduro o suficiente para entender completamente essa fantástica criação de bioy casares que faz com que eu sinta a necessidade de relê-lo mais uma vez no futuro. é esse sentimento que o faz ser um refúgio criativo tão curioso.
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