A Invenção de Morel

A Invenção de Morel Adolfo Bioy Casares




Resenhas - A Invenção de Morel


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Erwinnph 22/09/2022

Sem palavras?
Ótimo livro?triste, solitário porém profundo?
As palavras podem te assustar um pouco , a maneira como o personagem fala e pensa? mas era m outros tempos e diferente de hoje? então apenas leia ?
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Maria20903 18/08/2022

Esse livro é diferente de tudo que já li.
O protagonista está naufragado em uma ilha deserta, e do nada, pessoas começam a aparecer. No início ele acha que é loucura (afinal, ele já está lá a muito tempo), também acha que são fantasmas, mas depois ele percebe que não é bem assim, e entende porque não consegue se comunicar com essas pessoas.
Eu demorei bastante pra terminar essa leitura, não sei se foi pela escrita do autor ou se era uma ressaca literária. De qualquer forma, achei o tema bem interessante (se considerar a época em que foi escrito, seria até inovador) mas achei que poderia ser melhor aproveitado.
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Maria 13/08/2022

A invenção de Morel
O protagonista é acusado de um crime que ele afirmanãoter cometido e que decide ir para uma ilha isolada para não cumprir sua pena.
O livro mistura diversos gêneros como suspense, ficção científica, investigação, fantasia, mistério, psicológico.
A narração é em formato de diário e vamos acampanhando o protagonista nas suas descobertas, surpresas, contradições, paranóias, conflitos.
Ele faz referência a A ilha do dr. Moreau, de H. G. Wells, e teria sido uma das influências do seriado Lost.
É uma leitura muito intrigante, recomendo!
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iagofelipeh 07/08/2022

Resignificação de vida, realidade, solidão...
Que texto avassalador! Começa, confesso, aparentemente lento e enfadonho (muito porque o autor não busca "fantasiar" em cima de uma permissa convidativa para a ultraexploração), contudo vai tomando proporções completamente inesperadas, especialmente a partir da mudança do foco narrativo, tanto na estrutura baseada num diário o qual o protagonista escreve de modo intenso, enérgico e sem preocupações formais dado às circunstâncias, como também pelo contexto que beira um realismo fantástico.

O protagonista é um homem que foge de Caracas, na Venezuela, devido ao fato de ser um fugitivo e condenado à morte. Reitero o quão perspicaz e corajosa é a escolha do autor em tratar essa circunstância de modo completamente tangencial e não buscar qualquer digressão nesse sentido, principalmente pelo próprio contexto de sua época. O foco aqui é a análise do dia-a-dia, das reações, dos medos, descobertas e sentimentos da personagem diante de uma situação tão limítrofe ao ponto do próprio considerá-la esvaziada de verossimilhança.

Basicamente ele vai se refugiar numa ilha deserta, mas, de repente, aparece um grupo de pessoas e, na medida em que se esconde delas diante do medo de ser delatado pra polícia, o protagonista vai se enchendo de situações nada convencionais e misteriosas. Tendo que lidar com toda a bizarrice dos acontecimentos, faz digressões sobre sua saúde mental, sobre seu papel ali. Apaixona-se e isso o move ainda mais em busca de desvendar o mistério presente naquele local e no comportamento daquelas pessoas. Mais do que isso é spoiler.

Temos, portanto, um livro no qual, a partir das descobertas e vivências, a solidão do condenado é resignificada em diversos aspectos, conceitos como realidade, morte e vida são subvertidos a uma experiência não tão distante da que caminhamos como humanidade imersa em tecnologias cada vez mais potentes.

Arrebatador, não a toa li numa sentada. Certamente quero buscar mais desse realizador literária argentino.
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souaval 05/08/2022

Confusão.
O que dizer desse livro? Por mais que a trama seja boa, a leitura é arrastadissima. Quase abandonei, do início até o meio foi quase que insuportável. Entretanto, quando os mistérios e teorias vão sendo formados, o livro ganha outro ar, porém a escrita arrastada te acompanha até o final. O mistério envolvendo ficção científica e moralidade são perfeitos.

Recomendo que leia sem procurar nada sobre o livro, vai bagunçar mais sua cabeça, além de te prender um pouco mais na leitura. Funcionou muito pra mim.
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Flavio.Vinicius 11/07/2022

Esse livro tem uma pegada filosófica muito interessante. A invenção nos faz pensar e duvidar dos limites da realidade. Infelizmente, assim como boa parte dos livros de ficção científica do final do século XIX e início do XX, não tem tanta preocupação com a escrita, o que faz a história se tornar menos atrativa. Ainda assim, um bom livro, ademais curtinho.
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pity 27/06/2022

Só li pela escola, tirei nota ruim mesmo assim, nem prestei atenção no livro, sem contar que não entendi bulhufas, só palavra difícil
Camila1856 03/12/2022minha estante
Kkkkkk adorei


Camila1856 03/12/2022minha estante
Kkkkkk adorei




medderao 20/06/2022

Nenhum homem é uma ilha
Me lembra o que de melhor tem as tramas psicológicas por seu ?mundo? poder ser um realmente um mundo mas confundir-se intimamente com a mente do protagonista.

A ilha é palco para as reflexões e neuroses do narrador, que se encontra exilado e atormentado pelas sombras de sua vida e as sombras dos intrusos da ilha.

Além da análise do desdobramento do enredo, é interessante e essencialmente uma análise das escolhas do narrador? Nenhum homem é uma ilha, o narrador também não? O que ele tem a dizer não pode ser confundido pelo reducionismo de uma pretensa loucura.
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willian.coelho. 10/06/2022

Uma salada literária argentina de fácil digestão
“A invenção de Morel” (1940) é a primeira novela do argentino, com cerca de seus 25 anos à época, Adolfo Bioy Casares - que só havia escrito contos até o momento. Trata-se de uma história curta com elementos de vários gêneros: um romance febril “à la” século XVIII, componentes de ficção científica, uma pitada de náusea kafkiana e sobretudo mistério.
Embora não seja algo tão marcado, uma vez que, em ficção científica, a fantasia tem uma justificativa de tom mais especulativo, o realismo mágico - que vigorou fortemente na primeira metade do século XX - se faz presente. O leitor é apresentado a um indivíduo que está exilado em uma ilha na qual chegou de bote pela costa oriental do Atlântico (uma viagem que o próprio protagonista narra como inverossímil), ajudado por pessoas um tanto misteriosas, por um suposto crime grave que nunca é revelado (quase uma versão “metamorfoseada” de “O Processo” do Kafka). Nessa primeira parte da trama, dada essa atmosfera labiríntica, parece que o autor está construindo um enredo metafórico; contudo, o fluxo logo começa a enveredar para um suspense de caráter mais pragmático. Nesse contexto, enquanto um enigma é explicitamente introduzido, o narrador passa a venerar fugaz e fervorosamente uma mulher desconhecida, nutrindo um amor bobo que, se a intenção de Bioy era torná-lo real, falhou miseravelmente. Em certo ponto, fica evidente, por situações previsíveis e até pura e simplesmente exposição narrativa excessiva (a personagem age como se ignorasse a realidade sucessivas vezes), que o texto quer apresentar uma reviravolta. Felizmente, o desfecho volta a um tom menos “sóbrio” do qual a história nunca deveria ter saído (é um escrito muito pequeno para ficar vacilando desse modo, gera inconsistência).
Sobre a estética, é necessário salientar que o escritor é deveras lacônico, é uma escrita bem seca, pouco poetizada; lembra Hemingway, todavia com períodos mais curtos (predomínio de orações absolutas). Ademais, há certas particularidades filosóficas, como a indagação do que é de fato estar vivo, de que vale o legado de um homem e até onde iria a humanidade a fim de preservar sua vaidade existencial. No entanto, é fundamental que, a fim de que a trama seja degustada da forma que foi feita para ser, o leitor tome muito cuidado com spoilers (inclusive nos prefácios e apresentações), principalmente quanto à reviravolta. Por fim, é interessante ressaltar que o público brasileiro deveria se ocupar mais em conhecer a literatura latino-americana (há uma supervalorização da norte-americana e europeia), e talvez este, que é um livro fácil, seja um bom começo.
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Tiago Mujica 04/06/2022

Um conto metafísico com acentos borgesianos.
Nas suas Memórias, publicadas em 1994, Adolfo Bioy Casares afirma que “se tivesse de escolher um lugar para esperar o fim do mundo, seria um cinema”.

A história se passa em uma ilha, é contada por um condenado náufrago que parece condenado à morte ou prisão perpétua, o que para ele dá no mesmo. Nunca saberemos como ele foi parar neste lugar, provavelmente o naufrágio de um barco, mas seus medos são grandes quando percebe que a ilha é habitada. Por várias semanas, ele se esconde, não ousando se mostrar com medo de ser descoberto e denunciado às autoridades. Mas a fome e a curiosidade vão empurrá-lo para fora do seu canto. Na praia, todos os dias, ele verá uma mulher de beleza incomum e aos poucos se apaixonará por ela. Mas quando finalmente ousar abordá-lo, apesar dos perigos que o aguardam, descobrirá um segredo que colocará em questão muitas das certezas de sua existência... a ser lido por sua brilhante originalidade e pela mensagem universal que contém.

“A Invenção de Morel” é uma história que parece abertamente dominada pela visão, pelas superfícies de projeção que a visão abre à imaginação, um romance assombrado pela escopofilia e pelos fantasmas da posse do outro pelo olhar, animado pelos jogos imaginários de revelar e esconder e ver sem ser visto. A realidade condenada a nunca ser mais do que vislumbrada (compreendida?), tanto pelo leitor quanto por seu personagem. Esta ilha, o que ela é exatamente? Existe realmente? E o protagonista supostamente fugindo de uma sentença de prisão perpétua, estaria simplesmente construindo um delírio paranoico? Se não, quem poderia ter construído, e com que finalidade, esses curiosos edifícios que ele descreve, com arquitetura minimalista e onírica ? E, sobretudo, quem se esconde atrás desse estranho grupo de personagens surgindo do nada, liderados por um certo Morel, que ele vê uma bela manhã ocupando os prédios e cruzando a ilha, obrigando-o então a se esconder nas planícies e a observar incansavelmente durante suas estranhas idas e vindas...

Adolfo Bioy Casares escreveu um romance emblemático, considerado ao mesmo tempo uma das grandes obras-primas da literatura fantástica sul-americana de do século XX e, da mesma forma que “Ficções” e “O Aleph” de Borges, que também surgiram na década de 1940, como um dos precursores do movimento anos mais tarde conhecido como “realismo mágico”.

Este livro é uma parábola sobre um sentimento que domina a maioria dos homens, o medo da morte. Bioy Casares deu aqui a sua visão de imortalidade: a eterna reapresentação de um momento feliz. Podemos entender que quem não gostaria de reviver os momentos mais bonitos de sua vida para sempre?
Bioy Casares se mostra não apenas um contador de histórias muito talentoso e perspicaz, sabendo perfeitamente como prender e manter seu leitor em suspense, mas também um formidável ilusionista, como seu grande amigo Borges. Ao sobrepor os pontos de vista espaço-temporais, ao colocar seu leitor na posição de espectador ajustado temporariamente na entrada da caverna de Platão, ele acaba por conduzir o seu protagonista e também o leitor à ilusão de que essência e existência, espírito e matéria , finitude e imortalidade poderiam um dia deixar de ser radicalmente opostas, poderiam aproximar-se, reconciliar-se, fundir-se num só e mesmo espaço-tempo, perpetuamente unidos.
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Nathalia184 27/05/2022

Livro curto, porém em suas poucas páginas traz reflexões acerca do que é deixado para trás como forma de nos eternizar.
O final pode ser um tanto amargo para alguns, mas para mim foi absolutamente maravilhoso como se encerrou.
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Carolina 26/05/2022

Não consegui ser capturada pela história. Me faltou conseguir estabelecer uma conexão com o personagem principal e com os adereços da narrativa. No entanto, reconheço que a construção textual é bastante interessante.
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André 06/05/2022

A investida de Bioy Casares na "história de fantasmas"
Bioy Casares e Borges foram os grandes eruditos argentinos que viram o mérito não só no conto fantástico de Henry James ou Guy de Maupassant, mais celebrados pela literatura, mas também no pulp produzido por H.G Wells, Doyle e pelos vários escritores de sci fi estadunidenses.
Em A Invenção de Morel, temos a investida de Bioy Casares no gênero romântico de história de fantasma. Adota convenções do sci fi e do horror sem por um momento deixar que elas dominem sua narrativa. Seu misto de referências eruditas com populares é tão preciso quanto o de Borges. Desfecho igualmente dentro das convenções dos gêneros adotados, mas novamente, sem soar mecânico. Há ainda um sabor político especialidade da América Latina que só um autor local poderia imprimir ao texto, jamais um norte-americano.
O pósfacio é uma boa adição. O prólogo de Borges é praticamente parte do texto.
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Edilene Freitas 25/04/2022

A invenção de Morel é um livro completamente inusitado em sua construção e desfecho. Totalmente surpreendente. Escrito na forma de entradas de diário, o livro conta a história de um fugitivo que se esconde em uma ilha, supostamente deserta, para não ir para a prisão perpétua. Após alguns dias ele percebe que não está sozinho, porém os outros não parecem se importar muito com sua presença no local. O que poderia estar acontecendo? Quem seriam essas pessoas e o que foram fazer nesse lugar tão inóspito? Só lendo pra compreender a magnitude dessa obra. Sensacional!!!
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