A Garota na Teia de Aranha

A Garota na Teia de Aranha Stieg Larsson
David Lagercrantz




Resenhas - A Garota na Teia da Aranha


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Carlos 04/07/2018

Gostei da leitura... é sempre bom rever a Lisbeth. Não mantém exatamente o mesmo nível dos anteriores, parece mais superficial, as personagens novas (embora tenham carisma, não vou negar), parecem também serem construídas mais rapidamente. A impressão é que foi "americanizado" o roteiro, assim como os filmes atuais, que privilegiam muita mais a ação do que o enredo.
Ainda assim, acho que vale a leitura, se mantém relativamente fiel a trilogia original.
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Bruno T. 05/06/2018

Decepção
Anunciado como a continuação da excelente "Trilogia Millenium" do falecido Stieg Larsson, o livro é uma decepção. A história é banal e arrastada, os diálogos são fracos e as personagens, ruins, com destaque para a super-heroína Lisbeth Sallander, que, mesmo pesando quarenta e poucos quilos, é dotada de força e velocidades extraordinárias, sendo praticamente imune a tiros e socos. A tentativa de tornar a trama mais interessante com um confuso pano de fundo tecnológico é um fracasso total. O tal David Lagercrantz, biografo de Zlatan Ibraimovich, não escreve mal, mas, definitivamente, romances policiais não são seu forte. Stieg Larsson, certamente revirado em seu caixão, que o diga.
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@zurcenila 03/06/2018

(Resenha) Livro – Trilogia Millenium Livro 04 – A Garota Na Teia de Aranha – David Lagercrantz
Lisbeth está de volta.. mas agora pelas mãos de David Lagercrantz e a dúvida era se o escritor e jornalista sueco seria capaz de dar conta da responsabilidade que é prosseguir com a trilogia iniciada por Stieg.

A resposta é sim! David não só conseguiu magistralmente dar continuidade à história de Salander e e Mikael, como nos deixou aflitos tal qual o mestre Stieg.

Stieg Larsson foi vítima de um infarto fulminante após entregar seus livros na editora mas antes mesmo de serem vendidos em livrarias.. ou seja, não acompanhou o fato de ter 80 milhões de exemplares vendidos pelo mundo em sua estreia.. seu sonho de 12 livros para a saga de Lisbeth e Mikael não seria alcançada, mas David se mostrou afiado e capaz de dar continuidade a uma das histórias mais famosas do "estilo policial".

Ainda sobre David, acho que ele deu um toque pessoal que acrescentou um ponto a seu favor... percebi um tom mais rápido e objetivo (sutis) que favoreceram a história, um foco menor na violência contra a mulher, abusos e estupros e um tom mais leve que acompanhou a trama.

A história começa um pouco distante de onde "paramos" em A Rainha do Castelo do Ar.. mas temos mais uma vez a Millennium em crise e o jornalista Blomkvist em busca de um grande furo.

Ele é acionado pelo professor Frans Balder que deseja contar sua história e tudo o que sabe à Mikael mas é assassinado antes de esclarecer o que seria o grande furo.

Começa então aquela investigação particular de Mikael, que percebe que o filho de Balder é um savant, assim como Lisbeth, um gênio que aos 8 anos pode ajudar a esclarecer por onde começar a desenrolar essa grande teia de mistérios que envolviam seu pai e a NSA.

Frans trabalha na empresa do pai de Salander e não demora pra ela entrar na trama e investigar junto com Blomkvist o que poderia ligar a máfia russa e a NSA e vir a descobrir que sua irmã gêmea é o olho deste furacão.

Recomendo! Boa Leitura!
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Rosana 27/05/2018

A garota na teia de aranha
Particularmente melhor que o livro 3 da série Millennium... intrigante, explosivo, direto, uma leitura que prende o leitor ....
De início achei muito detalhando nas questões de informática mais quando a coisa começou a pegar foi difícil largar o livro que termina com gosto de quero mais...
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Cinthya4 28/02/2018

Já faz muito tempo que eu li a trilogia Millennium original do Stieg Larsson e confesso que não me lembro de detalhes da história ou características dos personagens para fazer uma comparação adequada com este livro que o David Lagercrantz escreveu.

O que eu posso dizer é que eu me lembro de ter amado o primeiro livro "Os Homens que não Amavam as Mulheres", vivia indicando o livro para todo mundo e não via a hora de ler os outros dois. Eu tinha adorado a Lisbeth Salander e me importei com os personagens durante a leitura do livro, queria saber o que iria acontecer com eles.

Infelizmente esta sensação não se repetiu com a leitura de ?A Garota na Teia de Aranha?. Em nenhum momento eu me importei com a Lisbeth ou com Mikael. Uma coisa que me incomodou foi o modo como o ator escreveu o livro, a todo momento ele mesmo soltava spoiler então o leitor já sabia o que iria acontecer, não senti aquele momento de surpresa com a história.

A leitura do livro é bem rápida, pois os capítulos são curtos e a todo momento acontece alguma coisa (me lembrei do estilo dos livros do Dan Brown) e é óbvio que o leitor vai quer saber como a história vai acabar. Sim, eu quis saber como o livro iria terminar, mas só para saber mesmo e não pq eu me importei com algum personagem (como já falei anteriormente).

O livro é bom como um livro policial, investigativo para ler para passar o tempo e se divertir, mas não como uma continuação da verdadeira trilogia Millennium.
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Guto 01/01/2018

Bom livro policial, se não comparar David Lagergrantz com Stieg Larsson
Acho que o segredo para gostar do livro A garota na teia de aranha é estar ciente que não é Stieg Larsson que o escreveu. Parece que é algo simples e óbvio porem não é o que acontece no geral.
Particularmente eu gostei muito do livro, talvez por ser fã da serie e por não colocar grandes expectativas, o que eu esperava realmente é reencontrar meus personagens favoritos da série e reencontrar a minha personagem favorita na literatura: Lisbeth Salander.
Em minha opinião David Lagergrantz constrói muito bem os novos personagens que foram introduzidos neste quarto volume, ele não despende muito tempo contextualizando antigos personagens, sinceramente não sei se é algo bom ou ruim, para mim a experiência foi boa, mas no fundo penso que o livro tem que ser independente e poder ser lido sem o conhecimento do s demais. Só achei falta de personagens comuns e medíocres, todos no universo de David Lagergrantz são super profissionais, super boas pessoas ou super vilões.
David Lagergrantz consegue introduzir a série em uma nova era, nos faz sentir que a historia se passa no momento em que vivemos. Em A Garota na teia de Aranha Lisbeth Salander e a Millenium estão de volta para desvendar um crime cometido, o crime envolve pessoas importantes e o mercado da espionagem industrial.
Uma das coisas que não me agradou no começo do livro, e isto é algo muito pessoal porque sou Analista de sistemas, são os momentos que ele tenta descrever técnicas hacker de invasão, me parece que ele tenha pesquisado um pouco e consegue usar isso no livro, mas para quem é da área é algo que “desce quadrado” na garganta.
Outra coisa que eu senti falta neste livro, e talvez eu seja o único leitor que sentiu falta de um pouco de sexo. Temos Salander e Blonkist dois predadores, alem de vários outros personagens.
No geral eu gostei do livro, é um bom livro policial que agradaria a maioria das pessoas que gostam do gênero, basta estar ciente que não é Stieg Larsson quem o escreveu.
DANILÃO1505 06/06/2022minha estante
Parabéns, ótimo livro

Livro de Artista

Resenha de Artista!




Vanessa.Garcia 23/11/2017

É um livro mediano, talvez não por insuficiência do autor, mas sim pela grande responsabilidade deste em relação aos livros anteriores, escritos por Larsson. Destarte, percebe-se a incapacidade de David Lagercrantz em dar sequência à brilhante trilogia Millennium, o que prejudicou a sua obra e, sem dúvidas, não contentou os fãs de Larsson. Contudo, não culpabilizo o autor do livro, pois ele não cumpriu tarefa fácil. Em verdade, deve-se agradecê-lo, visto que proporcionou aos fãs da saga um reencontro com a icônica Lisbeth Salander. Por último, quero fazer um adendo. Os livros da trilogia Millennium, assim como o subsequente livro "A garota na teia de aranha", visam indubitavelmente trazer pautas feministas para o debate. Neste último livro, porém, observei uma objetificação e sexualização de personagens femininas - em especial de Lisbeth e Erika -, situação a qual as leitoras mulheres estão cansadas de se deparar, além de contrariar o propósito do livro em si. Apesar disso, tais episódios não retiram o mérito do livro. O que me faz falta, e sei que não ocorre só a mim, são livros escritos por mulheres, em especial mulheres feministas.
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Thiago 08/11/2017

Não é mais o mesmo...
Millennium é a consagrada trilogia do escritor sueco Stieg Larsson. Com a morte do criador, assume a caneta David Lagercrantz, e, mesmo sem nenhum material deixado por Larsson, resolve escrever uma nova trilogia da consagrada obra.
O primeiro livro de Stieg é sensacional. Um livro policial de investigação, no estilo gato e rato - instigante -, com personagens marcantes, como o protagonista Michael Blomkvist e a inusitada e peculiar Lisbeth Salender como coadjuvante.
Mas o sucesso (inusitado?) da anti-heroina, Salender, mexeu no trilhos e fez a obra seguir outro rumo. Agora os outros dois livros da trilogia original passaram a ser dela o protagonismo, dando a Blomkvist o papel de coadjuvante de luxo; resultado: dois livros inferiores ao primeiro .
Necessário esse preâmbulo para analisar a obra de Lagercrantz. Sem a mesma excelência de Larsson, David mantém o protagonismo de Lisbeth, transformando o livro em uma peça típica de Dan Brown, mas sem a mão virtuosa de John Grisham. O livro é uma correria só, com capítulos bem curtos e com muito pouco desenvolvimento dos personagens. A protagonista agora faz de tudo e melhor que qualquer outro personagem, desde racker o computadores da CIA, vencer, seja na luta física ou no confronto armado, homens altamente treinados pelo exército, ou se curar, sozinha, de tiros(!) que leva no decorrer da ação. Não dá pra se importar com ela. Qualquer perigo ou necessidade de invadir um local, por mais difícil que o livro faça parecer, o leitor sabe que ela conseguirá.
Não existe dificuldade para nenhum personagem. Qualquer problema que aparece, que necessitaria investigação, pesquisa ou encontrar a pessoa certa para interrogá-lo, Blomkvist ou Salender resolverão ali, na, próxima página. Isto é horrível, problemas precisavam de formas mais inteligentes para serem resolvidos e que o leitor sentisse a dificuldade dos personagens para resolvê-los.
Outra coisa que o autor peca é em trazer personagens consagrados da trilogia original apenas para a história seguir. Holger Palmgren, advogado e ex-tutor de Lisbeth, é atirado no livro quando a trama empaca e precisa de alguém com a resposta para o obra prosseguir. É assim, ele aparece, entrega a reposta de mão beijada, e a história continua.
Livro abaixo da trilogia original, no qual os dois últimos eram inferiores ao primeiro. Não espere a magistral obra de Stieg Larsson nesse livro escrito por David Lagercrantz.
Claudio.Passos 19/02/2018minha estante
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Lah 25/03/2018minha estante
Concordo, mas apenas em parte. A tomada da dianteira feita por David foi equivocada. É uma enorme responsabilidade alavancar a carreira de outro autor para poder manter o ritmo ? e arriscado. Stieg Larsson é o tipo de autor que qualquer e mera substituição é facilmente notada.

Agora quanto a introdução de Lisbeth como protogonista principal, não me oponho, e não por ser mulher ? isto está fora de questão. Veja bem, nos deparamos com heróis imbatíveis o tempo todo dentro de livros e filmes, sempre masculinos, enquanto as mulheres fazem o papel das fragilizadas mocinhas que não sabem se defender ? e é bem a cara da mídia transmitir isso. Encontramos personagens como Batman, Superman, Homem Aranha e decerto que cada um deles também têm um pouco de aspecto da invulnerabilidade como vimos em Lisbeth, mas como estão dentro da categoria ficcional, então deixamos passar.

Porém gostaria de ressaltar: Lisbeth também é ficcional. E se você leu com muito atenção, julgo que o tenha feito, percebeu que a intenção de Stieg foi justamente quebrar alguns paradigmas sobre a visão feminina, tratando assuntos que ocorrem muito em nosso cotidiano. Portanto, estava dentro de sua aspiração tornar Lisbeth assim, com essa força e imagem, justamente para destacá-la e chocar o público com o que uma heroína ? já não um herói ? também é capaz de fazer.

Sem querer, Stieg também quebrou a mitificação de que góticos e punks são pessoas desequilibradas e desprovidas de inteligência, como muitos vêem esse tipo de personalidade. Reforçou os clássicos ditos populares "as aparências enganam" pois "quem vê cara, não vê coração".

Isto é tudo.


mai 06/09/2018minha estante
Nossa, eu acho o segundo muito melhor que o primeiro! O terceiro realmente sa um pouco de soninho e saudades do Blomkvist




Gabriela 05/11/2017

Magistral!
O livro é de tirar o fôlego! Pensei que nenhum substituto fosse conseguir continuar a altura a historia do finado Larsson, mas estava errada. Lagercrantz ganhou o meu respeito. Excelente trabalho! Lisbeth Salander, segue sendo minha heroína favorita
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San... 01/11/2017

Este é o quarto volume da série millennium. Por vários motivos não apreciei completamente os três primeiros volumes e da mesma forma, este quarto volume também não foi inteiramente de meu agrado. Eu li na esperança de encontrar mais de Lisbeth Salander, a anti heroína ímpar que conheci nos volumes anteriores, entretanto, embora ela faça parte do livro e tenha seu quinhão de glórias, eu esperava que ela crescesse mais, que o livro aprofundasse a maturidade da personagem e trouxesse uma exploração maior de seu conteúdo psicológico, o que não ocorreu.Tem bastante ação, uma trama enérgica, mas realmente o meu interesse maior era ver Lisbeth, que me prendeu aos livros anteriores, transformar-se na alma do enredo e, para mim, tal não ocorreu.
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Filino 25/10/2017

Ela está de volta...
A notícia da continuação da série "Millennium" por outras mãos que não as de Stieg Larsson causou (justificadamente) temor e desconfiança entre os leitores da saga de Lisbeth Salander e Mikael Blomkvist. No entanto, a escrita de David Lagercrantz dissipa esses temores e desconfianças logo nas primeiras páginas.

O ritmo da trama, a caracterização dos personagens e as reviravoltas da história dão ao leitor a impressão de que é ele mesmo, Stieg Larsson, que escreveu o 4º volume. Lagercrantz soube manter o mesmo nível dos outros livros da série. Vale a pena!
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Sandra 14/10/2017

Out 2017 bom
Uma boa historia, continuação com Lisbeth e Mikael. Intrigas, mortes, envolvente, mas algumas partes teoricas sao cansativas, e só fazer uma leitura dinamica e continuar. Vale a leitura, gostei.
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Kamila 19/09/2017

ALERTA DE TEXTÃO
Estando consciente que David não é Stieg, antes mesmo de aparecerem nossos personagens favoritos, A Garota na Teia de Aranha vai nos apresentar o professor Frans Balder, considerado por muitos um gênio fora de série da informática. Ele trabalhava numa empresa no Vale do Silício, mas deixou tudo para trás e voltou para Estocolmo para cuidar de seu filho August, de oito anos, cuja existência só era lembrada no dia de pagar a pensão.

Enquanto Frans está no apartamento de sua ex-esposa, uma atriz que outrora fora exitosa, Mikael Blomkvist está em seu apartamento, questionando sua existência enquanto jornalista. Desde seu último grande furo (o plot twist de A Rainha do Castelo de Ar), ele vinha caindo numa espiral de trabalhos medíocres e críticas, muitas críticas. O ano é 2015 e as redes sociais estão a todo vapor. Há até mesmo uma indigesta hashtag em sua homenagem (#naépocadeblomkvist) em que as pessoas comentam que a Millennium está em derrocada e coisas que o valha.

Pior é que a revista realmente não está em seus melhores dias. O grupo Vanger, lá do primeiro livro, retirou-se do quadro de acionistas da Millennium e acabou indo parar nas mãos de um certo grupo norueguês, cujo representante (também jornalista) era podre de rico, mas sentia uma inveja descomunal de Blomkvist. Erika Berger continua dando o seu melhor, mas se vê envolta em dívidas quando resolve contratar dois profissionais de alto nível.

Lisbeth Salander, sempre vivendo à margem, resolve dar seu grande golpe quando resolve simplesmente hackear um órgão do governo norte-americano. Claro que ela tinha lá seus motivos, porém, por questões do momento, acaba descobrindo a existência do professor Balder, que está sendo procurado por Deus e o mundo. Balder, aliás, está em perigo iminente, mas deixa tudo isso de lado quando descobre que seu filho não é apenas autista (síndrome de Asperger, na verdade), mas um savant - alguém que tem uma grande capacidade intelectual, mas ao mesmo tempo não é tão inteligente assim. Ex.: uma criança que consegue calcular diversas sequências de números primos, mas ao mesmo tempo mal sabe assinar o nome.

Frans Balder é assassinado, por saber demais sobre um certo software, e seu filho é a única testemunha, o que faz ser procurado, mas acaba indo parar na improvável companhia de Salander, que terá apenas Blomkvist como seu aliado, porque, além de não confiar na polícia, está procurando por uma certa Camilla, com quem tem uma dívida bem antiga.

Socorro, me abana porque eu tô chocada com esse livro!!! Agora, quero confessar que, durante o ensino médio, eu fiquei de recuperação anual de matemática OS TRÊS ANOS. Então, por mais que eu ame Millennium, me sentia burra cada vez que Lisbeth nos deleitava com seus avançados conhecimentos matemáticos. Sou de humanas, então não quero imaginar o trabalho que o autor teve em pesquisar um monte de conceitos tanto de matemática como de informática e até de inteligência artificial.

Em entrevista, Lagercrantz disse que, enquanto escrevia os livros, ele entrou num estado maníaco-depressivo. Talvez eu o tenha entendido. Eu também entraria em depressão só de ter que pesquisar sobre curvas elípticas, números primos e toda a caralhada de coisa que ele descreveu, não só da Lisbeth como também do pequeno August, pra quem torci para que ficasse bem - pode ser o livro que for do gênero que for, se tiver criança especial (principalmente se for Asperger), vou torcer por ela.

Além de matemática, o livro não esqueceu de abordar os abusos do Estado contra quem não pode se defender, mas também focou em violência doméstica (a mãe de August apanhava do marido), na discussão sobre privacidade e claro, relações familiares. O casamento de Erika está em crise, Pernilla, filha de Mikael (sim, ele tem uma filha, que apareceu no primeiro livro, alguns segundos no filme americano e nem foi lembrada no filme sueco) aparece para dizer que vai começar um curso para "aprender a escrever de verdade", a família da Lisbeth... bem, essa é um caso à parte.

Como eu já disse lá no início, David não é Stieg, mas seu trabalho é digno de aplausos. Ouvi dizer de algumas pessoas que o livro mais parecia uma fanfic, outros disseram que Lisbeth apareceria só dois segundos, enfim, chuva de críticas. Mas ele escreveu uma incrível história, relembrando personagens dos livros anteriores e inserindo novos, sem perder a espinha dorsal da trama, tampouco desvirtuando ou modificando as personalidades dos principais personagens.

Lisbeth Salander continua sendo meu ideal de mulher, lutando com unhas e dentes por sua vida e seus interesses, inteligente, linda, maravilhosa e autêntica - o que é mais importante. Mikael Blomkvist é meu ídolo do jornalismo, continuo com a mesma impressão que fiquei quando assisti o primeiro filme (lembrando que vi o filme antes do livro e antes mesmo de saber quem raios era Stieg Larsson): se um dia eu tiver 10% da capacidade dele, estou satisfeita. Erika Berger segue com a mesma garra e comando (e o mesmo marido e o mesmo amante) e prestem atenção num certo Andrei Zander, novato na Millennium, mas de grande potencial.

Vale ressaltar que, agora sim, este livro foi traduzido direto do sueco. E isso é uma coisa que valorizo muito num livro, se foi traduzido de alguma edição anglófona/francesa ou da língua de origem. Os meus exemplares anteriores são da capa antiga (muito mais bonita que essas novas) e traduzidos da edição francesa. Ficou bom, mas nada se compara a ler traduzido do idioma de origem, praticamente não se perde nada de tradução.

No mais, que venha os próximos volumes - o quinto eu comprei na pré-venda e o sexto só em 2019. David Lagercrantz já avisou que o sexto é o último, então vou ler bem devagar, que é pra não acabar. (Na verdade eu queria mesmo era ler o volume inacabado que Larsson deixou, que está em poder da viúva e embargado pelo pai). A Companhia está de parabéns pela edição impecável. A única vantagem de eu ter as capas diferentes é que terei duas coleções em uma: três de Stieg e três de David.

site: http://resenhaeoutrascoisas.blogspot.com.br/2017/09/resenha-garota-na-teia-de-aranha.html
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Mauro.Costa 23/07/2017

Sem perder o pique
Essa invenção de chamar alguém para continuar os manuscritos de um escritor e terminar a obra por ele sempre é de um risco grande, meio caminho para se fazer algo fraco ou fora do espírito do titular da obra. No caso da série Millennium do Stieg Larsson, livros tão intensos e de uma leitura frenética, minha expectativa com a sequência feita pelo amigo David Lagercrantz, em um tipo de homenagem post-mortem, era a de ver um livro morno. Nada mais errado de minha parte. A sequência de thrillers e cenas de investigação unidos à ligação entre as personagens fortes de Mikael e Lisbeth não ficaram a dever em nada aos outros três volumes. Em alguns momentos dá para ler até meio entalado, aguardando para completar a respiração com a virada de página ou o final do capítulo. Meu obrigado mais uma vez à @Rafa Britto pela indicação!
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Andi 25/04/2017

Millenium 4. Livre de Spoilers
A Garota Na Teia de Aranha de David Lagercrantz é continuação da famosa trilogia Millenium, escrita pelo falecido sueco Steig Larsson; Lagercrantz é audacioso na tentativa de continuação de uma serie tão grandiosa e bem escrita, o fato dele ser sueco igual ao Larsson foi um ponto positivo pra ele, assim a serie não perdeu a essência do pais de origem. Não li outros trabalhos do Lagercrantz e comparações com o Larsson serão inevitáveis, por exemplo o estilo adotado foi parecido com o de Larsson, embora o segundo seja mestre em relação a descritivismo e na profundidade do passado de seus personagens enquanto que é primeiro varia de bom a razoavel. A Serie Millenium foi trazida pra atualidade, a crise na revista é um atestado disso. (Como uma revista de jornalismo investigativo se mantem viva hoje em dia?) Nesse livro vemos um Mikael mais velho e perseguido pela mídia por empreender um jornalismo considerado por uns "ultrapassado", faz anos que ele não desencava um furo de nível Zalachenko, já a Lisbeth começou a usar na pratica o conhecimento matemático que vem estudando nos livros anteriores e elevou o nivel do seu cyberhacking, ao ponto de conseguir hackear a NSA, já que ao que tudo indica pessoas na organização estão envolvidas com criminosos que tinham uma relação com o pai dela.
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