O castelo de vidro

O castelo de vidro Jeannette Walls




Resenhas - O Castelo de Vidro


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paula 23/01/2019

Maravilhoso
Livro lindo, leve, forte, mto forte! Um dos melhores livros que já li e que está em primeiro lugar na lista para reler!
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Janaína Calmet 21/11/2018

Um livro para ser relido!
Mais um livraço autobiográfico!
?????
Confesso que passei o tempo inteiro ODIANDO os pais [tremendamente] irresponsáveis da autora.
Mas, ao final.... Ao final, realmente me questionei se, no fundo, eles teriam conseguido ser diferentes...
?
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Ângela Slaviero 24/10/2018

Vai deixar saudade!
Assim que terminei a leitura, já fiquei com saudade de Jeannette, especialmente da sua força e coragem que com certeza é uma inspiração. Ela é a prova que sonhos podem se tornar reais se a vontade for maior do que as dificuldades! A história é emocionante. Por um lado podemos aprender muitas lições de contemplação da natureza com os pais da personagem. Viver a simplicidade, mas não deixa de ser triste, como o egocentrismo deixa os próprios filhos a deriva. Um livro que nunca irei esquecer.
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taiskamozaki 20/09/2018

Meu livro preferido da vida!
Lindo. Forte. Triste. Leve. Inspirador. Fantasioso. Mágico.

Uma autobiografia digna de ser aplaudida de pé. Jeanette Walls nos brinda com sua história de sua vida - contada porém com uma boa camada de açúcar.

Contada, em grande parte, a partir da perspectiva de uma criança, a história vai se desenvolvendo até a vida adulta da autora, que narra, com detalhes e lembranças vivas grandes momentos de sua vida que a fizeram ser quem é.

Eu já emprestei esse livro para muitas pessoas e, quase todas, ao me devolverem, me agradecem por terem feito essa leitura.

Esse livro merece ser lido.
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fabio_g_oliver 26/08/2018

Excitante como um castelo, belo como um vitral.
O livro conta a trajetória de vida de Jeannette Walls (a autora), desde os 3 anos com a sininho queimada, passando para a adolescência na número 99 da Little Hobart Street, até a vida adulta (com sei lá quantos anos, não parei pra contar). Tudo ao lado de seus irmãos Lori e Brian, e os seus pais Rose Mary e Rex Walls. Não devo dizer mais que isso, é muito melhor descobrir as situações lendo o livro mesmo.

Como eu amei o livro do começo ao fim, não vou ter muito o que falar. kkkk

° Como se trata de uma autobiografia, é meio impossível falar de Personagens mal construídos ou coisa do tipo. Você não escolhe quem e como os outros vão atuar na sua vida.
Simplesmente amei a Lori e o Brian, principalmente a Lori (a mais velha). Ela é inteligente e fica bem sarcástica depois de um certo ponto.
Realmente foi difícil me posicionar sobre os pais dela durante a história. Pareciam conscientes e legais em certas partes, assim como sem noção e filhos da p*** em outras. Mas no fim concluí que são péssimos pais - a autora que me perdoe.
Finalmente, a personagem principal... I LOVE YOU JEANNETE WALLS!!! kkkkkk Gostei muito dela. Inteligente, consciente, esforçada... Realmente me cativou.
° Desenvolvimento é outra coisa difícil de falar... Apenas gostei do que ela contou. Gostei muito. Os acontecimentos foram ordenados de forma inteligente. Isso significa que tudo teve o objetivo de te fazer sentir algo, seja felicidade, tristeza, raiva ou feito só pra dar algumas risadas mesmo. Assim como achei interessante que nem todas as informações foram citadas no momento em que, normalmente, alguém citaria ao escrever uma história, tornando a narrativa atrativa ao passo que sempre tem algo novo pra dizer. Não li nada que eu pudesse julgar inútil durante a história.
Gostei como algumas situações foram relembradas com o passar da história, tornava algumas passagens mais cômicas.
° Amei a escrita de Jeannete. Descrevia bem as coisas, diálogos diferentes, os pensamentos e opiniões foram muito bem expressos...
° Já estou a procura de Cavalos Partidos pra ler assim que possível, e também o posterior a esse, A Estrela de Prata. Espero não me decepcionar, mas se ela não mudou sua forma de contar histórias, ou mudou pra melhor, não tenho com que me preocupar.
° Sobre outras opiniões... Também me fez refletir muito. "É um livro feito pra amar os seus pais", eu disse umas vezes. Porém a palavra certa seria "repensar", pois há quem tenha pais mais penosos que os da Jeannette.
Uma reafirmação de como a vida pode ser dura e como as dores podem ser alimento para a força, assim com eterna fonte de aprendizado. Mostra como devemos valorizar tudo que possuímos e que a esperança deve ser sempre bem vinda.

Conclusion:
Simplesmente adorei de paixão do fundo do meu coração. kkkkk
Sempre fui meio virado com biografias (acho que é porque eu lembro de ter lido o pedaço de uma que pareceu muito chata) mas este livro expandiu meus horizontes.
Uma ótima história pra contar, e escrita de uma forma arrebatadora.
Ainda quer saber se recomendo? Mas é óbvio que sim.
É algo que todos que procuram uma boa leitura deveriam ler.
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Tamirez | @resenhandosonhos 02/08/2018

O Castelo de Vidro
O Castelo de Vidro é uma história sobre família e sobre amor incondicional. É uma narrativa triste, angustiante e mágica. É desprezar e saber apreciar um mesmo “personagem” em um virar de páginas. É compreender que o amor move sim fronteiras e mantém as pessoas juntas, mesmo nas piores situações.

Minha história com esse livro é estranha: toda vez que eu via ele em uma livraria ou sebo ficava com vontade de ler, mas nunca levava. Eu li a sinopse dezenas de vezes e sempre que o pegava em mãos não lembrava do que ele falava. Quando o filme foi anunciado com Brie Larson, fiquei realmente curiosa e preparada para fazer essa leitura.

E não é uma leitura fácil, porque incomoda, mexe e remexe os sentimentos, ânsias e questiona o que consideramos certo. O amor não deveria ser sinônimo de cuidado e carinho? Então como alguém pode amar seus filhos e expô-los, ao mesmo tempo, à situações horríveis, perigosas e negligentes? É difícil de engolir, principalmente porque ao mesmo tempo é possível compreender como aos olhos de uma criança aquilo não era assim tão ruim. Cada fugida à noite era uma aventura, cada noite ao relento um piquenique, cada lugar novo algo desconhecido.

“A vida é uma peça cheia de tragédia e comédia – me disse mamãe.”

Mas nem mesmo o deslumbre e a inocência infantil sobrevive aos momentos onde toda essa ilusão vai desmoronando, e dando lugar à realidade. À fome que corrói o estômago de uma menina de 6 anos que não tem o que comer porque o pai está bêbado demais pra ganhar dinheiro, e o que recebe para comprar comida, das mãos das próprias crianças, ele usa pra complementar sua fossa.

Jeannette sempre foi a mais próxima de Rex Walls, a preferida do pai. E esse livro é, além da história da família, como a relação deles mudou ao longo dos anos. De ela ser a única que acreditava nele àquela que desistiu. Eles trocam momentos muito bonitos, como quando ele pede que ele escolha uma estrela de aniversário ou quando caçam monstros à noite. Mas também sofre com situações cruéis, como o momento em que ele quer que ela aprenda a nada afogando-a vez após vez.

É uma relação difícil que, como começamos o relato sabendo que há algo melhor no futuro dessa jovem, ansiamos por chegar a esse momento, aquele em que a quebra vai acontecer e a realidade vai mudar. No livro isso demora a acontecer, pois ele segue uma linha cronológica bem fiel, onde só voltamos a encontrar Jeannette mais velha no fim da história. Essa demora e o excesso de detalhes faz com quem nem sempre a narrativa seja rápida ou fluída e há aqueles pontos onde apenas queremos pular as páginas. Porém, tudo está ali para realmente mostrar ao leitor cada detalhe daqueles anos e tormentos. E, já tendo visto o filme, a única coisa que antecipo é que essa é uma diferença importante entre a adaptação e o livro, pois o filme vai e volta, dando mais dinâmica à história.

E, se há algo que é possível dizer sobre Jeannette e todos os outros Walls é que eles são resilientes, corajosos e, acima de tudo, de bom coração. Qualquer uma das muitas coisas que acontecem aqui, como um dos fatos que abre o livro, que é quando a autora põe fogo em si, com apenas 3 anos, pois estava cozinhando salsichas sozinha para um cachorro quente e vai parar no hospital, com queimaduras graves que a marcarão para sempre, e é retirada de lá pelo pai, sem liberação médica, apenas porque ele não acredita que estar no hospital a esteja fazendo bem, porque vai contra suas crenças; seriam suficientes para destruir para sempre uma relação. Mas aqui há uma resistência e um sentimento de perdão. Perdão esse que eu não sei se daria nas mesmas condições.

O Castelo de Vidro, que possui esse nome por uma das muitas promessas de Rex ser construir um castelo de vidro pra eles morarem, é uma trama que gera um mar de sentimentos no leitor. Que angustia, que faz com que nos sintamos privilegiados por temos a família que temos, a casa em que vivemos e a vida que levamos.

Eu digo pra vocês que lutei com essa história, pra aceitá-la e digeri-la. Não concordo com tantos posicionamentos, sinto ódio de tantas atitudes, asco de tamanha negligência e, mesmo assim, quando cheguei ao final, mesmo com relutância, entendi. Não fiquei satisfeita, mas quem sou eu para palpitar na vida dos outros, não é mesmo?

Então, se você curte tramas assim, da vida real, com drama, mas também muita reflexão, O Castelo de Vidro está ai em nova edição, e com um filme que mantém-se a altura, porém retrata a história de forma um pouco mais açucarada. Fica a recomendação.

site: http://resenhandosonhos.com/o-castelo-de-vidro-jeannette-walls/
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Edna 23/06/2018

Uma história digna de ser lida!
Sinopse:
O Castelo de Vidro escrito em 200, é uma linda história de triunfo sobre todo tipo de adversidade, uma narrativa emocionante de Jeannette Walls sobre sua família que apesar dos seus defeitos deu-lhe essa determinação para construir uma vida bem-sucedida que se tornou uma brilhante jornalista embora tenha sido muito difícil a sua trajetória. Mora na Virginia USA casada com o Escritor John Taylor. E Esse livro já ganhou vários premios entre eles o Elle Readers de 2005 e o Alex 2006 da American Library Association.
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Resenha: Nos primeiros capítulos que são curtos e de fácil envolvimento ela nos apresenta a
família Walls é um caso excêntrico de nômades, Jeannette inicia contando a história de quando ela tinha 3 anos de idade e viviam em um trailer e ela já fritava salsichas com essa idade quando seu vestidinho pega fogo e causa uma terrivel acidente que não se apagará da sua memória.

Hex o Pai conduz a família a esposa Edite, que é uma artista plástica mas que não vende seus quadros e entulha cada barraco, cada lugar onde permanecem tão pouco tempo que as crianças a ermo sem paradeiro nem escolas, criam suas próprias regras, não aceitam ajuda do governo, enfim em cada emprego que ele fica ele arruma uma confusão, cria situações que sem mais nem menos comunica a todos que vão levantar acampamento no meio da noite, em fuga, ou por tédio do local.

Não importa quantos lugares passem, como Arizona, Las Vegas, São Francisco, Midland, Phoenix, Welch e terminam em Nova York, ah mas são inúmeras aventuras, que com a leveza de uma contadora nata de histórias ela te faz rir muito até mesmo das situações trágicas, ela coloca um humor negro e desenlaça situações que você choraria, se estivesse presente.

As crianças vão passar fome, andar maltrapilhas e não serão aceitas em comunidade, pois não ficam tempo suficiente, sofrem discriminações terriveis nas escolas, não terão que se defender sózinhas, ir para a escola sem lanche como aguentar?!! (choro)

Hex é um Pai legal, amoroso,vindo de uma família desestruturada trás a bagagem junto e como seus sonhos são mirabolantes e nunca se conclúi ele logo adere ao álcool e se torna tão dependente que bebe o sustento da família.

Os carros se é que podemos chamá-los de carros cada um pior que o outro,em algum moneto até as crianças voavam plas janelas, portas quando não viajavam trancados no bagageiro cômico e trágico.

Odiei as (não) atitudes de Edite a mã que nada fazia em prol das crianças, não se importava com as crianças, vivia no seu mundo, pintando suas telas sem importar por tantas situações que os filhos tinham que se defender sozinhos, além de se prender a bens materiais que não condizia com a vida despojada que viviam!! É mas terão que ler pra desvendar esse fatores.

Do riso ao choro, impossível não se comover com Um Pai presenteando aos filhos com estrelas, tão criativo era, dera Vênus de presente à Pequena Jeannette escolhido por ela,
a quem ele chamava carinhosamente de "Cabrita Montesa" sua filha preferida.

Esta história me prendeu, me apaixonei pela narrativa, chorei muito também.

Indico simplesmente maravilhosa.

Trouxe uns trechos lindos:

"Eu queria que todo mundo soubesse que ninguém tinha uma vida perfeita, que até as pessoas que pareciam perfeitas , todas, tinham seus segredos."

"..a cicatriz significava que eu era mais forte do que aquilo que tinha tentado me machucar" (John)

5/5
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Priscila (@priafonsinha) 14/06/2018

Excelente!
Não tenho muito o costume de ler autobiografias, mas esse é verdadeiramente inacreditável, por oras ficava me indagando como alguém pode viver assim, simplesmente porque quer levar esse estilo de vida.

Jeannette Walls atualmente é uma jornalista de sucesso nos EUA e precisava pôr a limpo seu passado. Seus pais, nada convencionais, tiveram 4 filhos, e queriam que eles aprendessem com a vida, eram avessos às convenções da sociedade e às regras impostas, eram mesmo dois sonhadores. Conforme o pai perdia o emprego, eles mudavam de cidade e viviam como nômades sem levar nada, e sempre em busca de um dia construir um "castelo de vidro".

Há partes que chocam como um pai sempre bêbado ou eles remexendo o lixo procurando algo para comer.

Uma família atípica, cujos pais gostavam de viver assim, pois mesmo depois que os filhos cresceram e conquistaram um bom emprego, preferiam viver como sem tetos.

E uma família cujo amor dos pais nunca faltou, as crianças eram muito amadas.

Livro excepcional, recomendo e recomendo o filme também!
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Renata CCS 26/04/2018

Porque existem histórias que merecem ser contadas.
.
“A família é como a varíola: a gente tem quando criança e fica marcado
para o resto da vida.”
- Jean-Paul Sartre


Algumas histórias merecem - e devem - ser contadas. A vida da jornalista e escritora Jeannete Walls é, sem sombra de dúvidas, uma delas. Durante duas décadas, essa jornalista ruiva, bonita, brilhante e bem sucedida, que aterrorizava a muitos com suas colunas ácidas nos jornais de Nova Iorque, ocultou suas origens até mesmo de pessoas mais próximas. Deu-se conta de que era chegado o momento de contar sua história, depois de avistar de dentro de um táxi, indo para uma festa, sua mãe remexendo uma lata de lixo. Ela jamais havia mencionado para alguém que seus pais eram sem teto. Você pode se perguntar que tipo de filha deixaria os pais em situação de rua, mas dificilmente alguém conseguiria entender que aquela era a vida que os pais escolheram, e que recusavam qualquer ajuda.

Já li biografias surpreendentes, mas o livro de Jeannette é algo bem diferente de tudo que já vi. Sua família é muito peculiar. Seus pais, Rex e Rose Mary, são seres errantes, bizarros, temperamentais, negligentes e relapsos. São pessoas incompatíveis com uma vida em sociedade, que detestam seguir regras e completamente disfuncionais. São dois sonhadores que amam os filhos, mesmo com todo o descaso e irresponsabilidade. Digo isso sem exagero algum. Ao longo de toda a história, Jeannette e seus três irmãos são colocados em situações de risco e de total abandono. Vivendo como nômades, eles passam por diversas cidades americanas, chegando até mesmo a morar nas ruas. As dificuldades financeiras são inúmeras, pois os pais são avessos aos trabalhos regulares. Em certos momentos, Walls revela fome e desespero sem perspectivas de alguma melhora futura.

Mas não pense que a história é um dramalhão piegas cheio de ressentimento e autopiedade. Longe disso. A qualidade, leveza e bom humor com que o livro é escrito, e sem apelar em nenhum momento para explicações de cunho social ou psicanalítico, escapa totalmente de qualquer sentimentalismo banal. E apesar de não isentar os pais de quaisquer responsabilidades, ela não demonstra nenhum rancor ou amargura em relação a eles.

Para uma autobiografia, o livro é surpreendentemente fluído, uma leitura voraz. O relato de Jeannette é tão notável que nos transporta para o meio de sua família e, assim como ela, nos sentimos confortáveis com a liberdade que essa criação negligenciada proporciona, e de como, aos poucos, com o amadurecimento dos filhos, os absurdos dessa criação nos chocam imensamente, assim como a eles.

Trata-se de um livro que nos leva a um misto de sensações. Além de tratar de uma infância miserável, a obra fala da insociabilidade, da solidão de uma vida de exílio e privações, e da busca de sonhos e planos individuais. A história dessa família tem um caráter definitivamente único, mas de certa forma, fala também um pouco de todas as famílias, de todos nós.

Jeannette Walls tem uma capacidade extraordinária de envolver o leitor. Ao doar sua vida do jeito que ela fez, com tanta coragem e transparência, vemos sua trajetória profissional como jornalista e escrita de sucesso de uma forma ainda mais admirável.

A história da família Walls é notável, e vale muito a pena ser lida. O livro é imperdível!
Helder 26/04/2018minha estante
Este livro é realmente sensacional. Preciso ver o filme. O pai é o Woody Harrelson e este cara é demais. Lembro que fiquei com ressaca literaria apos ler este livro. Um misto de raiva e emoção. Mas também recomendo muito esta leitura. Me parece que a autora tem mais livros no Brasil. Acho dificil qualquer um ser tão doido quanto este, pois é dificil até acreditar que tudo ali foi verdade, mas acho que vale a pena dar uma procurada em outras coisas da autora.


Renata CCS 26/04/2018minha estante
Helder, eu também curti uma deliciosa ressaca literária com este livro. Leia "Cavalos Partidos", dessa mesma escritora. É um romance inspirado em sua avó materna. Também uma vida inspiradora.


Helder 27/04/2018minha estante
Está na minha fila.




Amanda 21/04/2018

Como você vive?
Castelo de Vidro, o que falar desse livro? Não sei quais são as palavras para descrevê-lo! Provavelmente chocante é a palavra certa, ao meu ver. Não conheço nenhuma história tão diferente da minha realidade como a história da família Walls. Para mim, o que mais me choca é ser uma história real, pessoas realmente viveram essa história, pessoas realmente tiveram essas experiências.
O primeiro capítulo do livro já é algo muito, mas muito assustador. Jeannette, uma das filhas da família Walls, está num táxi a caminho de uma festa, quando olha através da janela e observa sua mãe revirando o lixo. Fiquei totalmente apavorada, pensei totalmente na cena e quanto era um absurdo, uma filha, com condições de ajudar a mãe e a toda família financeiramente, não se importar com a situação e ainda por cima ter vergonha da mãe. Mas a história é bem mais do que isso.
Quando a história começa retratando a infância dos filhos dos Walls, a história é ainda mais chocante (não consigo encontrar outra palavra para descrever tudo isso). Na verdade, os pais, Rose e Rex Walls é que não se importam com os filhos, são eles que escolhem ter uma vida de nômade e viver de forma inusitada.
Duas passagens do livro me marcaram muito. A primeira foi quando Lori, a filha mais velha, passa por uma consulta obrigatória na escola e é constatado a necessidade da menina usar óculos, mas a mãe simplesmente diz que cada um nasceu para ver o mundo de forma específica de cada indivíduo, por isso Lori não tinha necessidade alguma de utilizar óculos. Como uma mãe permite que sua filha não enxergue o mundo exatamente como ele é? A segunda passagem é mais triste ainda. Todas as crianças Walls estavam morrendo de fome, estavam procurando comida em lixo e pedindo discretamente para vizinhos e professores. Enquanto isso, a mãe esconde uma barra de chocolate de baixo do edredom e começa a come-la escondido das crianças, que estão no mesmo cômodo que a mãe.
Sei que julgar a história de alguém é uma calamidade. Porém, isso foge tanto da minha realidade, da quilo que eu conheço como amor, carinho e respeito que toda família possui. Então achei necessário escrever sobre isso, sobre algo que mudou o meu jeito de enxergar o mundo. Talvez eu tenha julgado demais, ao invés de tentar compreender, mas realmente, compreender não é algo que está na minha capacidade para essa situação.
Acho que lendo esse livro, conhecendo a história de vida de Jeannette, Lori, Brian, Maurieen, Rex e Rose, eu pude crescer e consegui perceber como existem diferentes modos de viver das pessoas e como eles parecem tão normais para essas pessoas, e como parece chocante e fora da realidade para aqueles que vivem diferente.
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Amanda 31/01/2018

UM DOS FAVORITOS DA VIDA!!!!
QUE ESCRITA MARAVILHOSA
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Vanessa Rodrigues @letrasdavanessa 22/12/2017

Escrito por Jeannette Walls, em 2007, Castelo de Vidro ganhou às telonas em 2017, com a personagem principal sendo interpretada pela brilhante Brie Larson.

“Filha, a gente não tem dinheiro para o presente, mas escolhe uma estrela no céu, e fica com ela pra toda a vida.” Todo mundo pode dar uma segunda chance à vida. Em suas memórias, a jornalista Jeannette Walls nos mostra, sem pieguices e respostas fáceis, que tudo na vida é mesmo relativo, que as adversidades podem ser vividas com leveza, somando aprendizado e grandeza às nossas biografias.

Castelo de vidro conta a história da família Walls e seu excêntrico modo de encarar a vida. O pai de Jeannette, Rex, possui uma filosofia de vida muito peculiar e, junto com a esposa artista plástica, conduz os 4 filhos por uma infância com muitas aventuras, mas também muitas situações desumanas. É até difícil não lembrar dessas situações sem ficar com um nó na garganta.

Esse é um livro biográfico, no qual Jeannete conta em retrospectiva a história de sua família, após ver a mãe mexendo em latas de lixo na cidade de Nova York. O livro é dividido em partes separadas mais ou menos pelas cidades onde a família morou. Jeannette narra cronologicamente desde seus 3 anos, começando com a cena em que colocou fogo no próprio corpo ao cozinhar salsichas para comer. Aos 3 anos! 3 anos! Esse fato, seguido da fuga dela, conduzida pelo pai, do hospital, só se deu pois sua mãe acreditava que ela já era madura o suficiente para preparar seu próprio alimento. Aos 3 anos!
A história é tão absurda que algumas cenas poderiam muito bem ter saído da cabeça do mais criativo e perverso autor de ficção e dói saber que a negligência com a qual esses pais tratam os filhos foi real, é real. Jeannette é jornalista e narra muito bem a história, em primeira pessoa e com uma certa inocência ao descrever as cenas da infância, que parece até mesmo que foi uma criança quem escreveu. A narrativa é bem descritiva, mas tem diálogos na medida certa, tornando o ritmo da leitura bem fácil e tranquilo. A história é atual e os lugares são reais. Acho que um mapa marcando as cidades pelas quais a família passou seria bem interessante para a diagramação do livro que conta também com apenas uma foto do casal. Acredito que livros biográficos funcionam ainda melhor com fotos das pessoas, pois aproximam ainda mais o leitor da história. Mas enfim…
A autora preocupa-se em narrar os fatos e o que ela estava sentindo no momento. Não conseguimos ver muito sobre a personalidade dos irmãos dela, a não ser no final, quando já estão adultos e suas ações, narradas pela escritora, traduzem um pouco de seus sentimentos durante toda a narrativa.

Esse livro mexeu tanto comigo que fiquei por várias vezes fora do ar pensando nos absurdos da história, comentei com minha família diversas situações do livro e pesquisei fotos, fatos e informações. Parece que minha mente se recusa a acreditar que alguns dos absurdos narrados sejam reais. Meu coração de mãe sentiu vontade de pegar cada uma daquelas crianças no colo e ninar, pois é impossível não sentir empatia por elas. E, por mais que pareça impossível no começo, também dá para entender um pouco de como a mente dos pais funcionava, e encontrar algumas explicações (Mas não justificativas!) para o que eles faziam.
Estou super ansiosa para ver o filme, mas ainda não tive a oportunidade. Esse livro é recomendação de olhos fechados para quem gosta de biografias, dramas familiares, histórias de superação e de amor familiar. O livro termina com um gosto amargo, e uma vontade gigante de correr para casa e pegar minhas filhas no colo.

site: https://senaosou.wordpress.com/2017/12/17/resenha-castelo-de-vidro/
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Rittes 28/11/2017

Vidas de vidro
Tocante e incômoda biografia da escritora Jeannette Walls. Tocante porque mostra como se podem vencer as mais terríveis adversidades, quando se tem fibra. Incômoda porque mostra como uma família fora do padrão pode ser opressora, ao invés de libertadora. Um livro para pessoas fortes e emotivas. Um dos melhores que já li, sem dúvida.
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