A Casa dos Mortos

A Casa dos Mortos Fiódor Dostoiévski




Resenhas - Recordações da Casa dos Mortos


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Carol 19/06/2021

Esse livro é quase que uma autobiografia do Dostoiévski sobre seu período de prisão e trabalhos forçados na Sibéria.
O autor descreve as cenas com muitos detalhes e consegue nos deixar angustiados com cenas como a do banho coletivo, do hospital? e ao mesmo tempo nos divertir com cenas como o teatro e a festa de natal.
Um livro que vale a pena ler.
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Cintia295 22/05/2021

Que livroooo, parecia que estava vivendo com eles, um livro forte, mas muito importante, me fez pensar em várias coisas, refletir.
Marquei quase o livro todo.


"Há coisas que a gente, não as tendo experimentado, não pode avaliar. Resumo assim: os sofrimentos morais são muito mais duros de suportar do que os físicos. O homem atrasado ao entrar para o presídio se vê num meio às vezes superior àquele em que vivia antes. É óbvio que se sente privado de muita coisa: da sua terra, da sua família, de tudo quanto lhe era mais querido; mas o meio é o mesmo. Já o homem culto, que a lei puniu com o mesmo castigo, ressente-se de muito mais coisas; vê-se tolhido de todos os seus hábitos e necessidades, tem que se adaptar a um meio que repugna, tem que aprender a respirar uma atmosfera muito outra... É como um peixe jogado para a areia... E para ele o castigo, que a lei considera igual para todos, torna-se um tormento dez vezes maior. Essa é que é a verdade!"
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Bruno 30/03/2021

Leitura que te prende
Um livro de temática dura, já que narra todas as condições de uma prisão de trabalho forçado na Sibéria. Todavia, o livro é tão bem escrito que acaba sendo uma leitura fácil, nos prendendo sem esforço. Livro para ler e reler, principalmente pela dificuldade de guardar os nomes dos personagens.
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Vitor Carvalho 29/01/2021

Um livro difícil de se ler, mas que valeu a pena o empenho. Aqui se compreende onde surgem todas as personagens de Dostoiévski e se vê o psicólogo em ação ao descrever o cotidiano e o "estado de espírito" dos infelizes (presidiários) da Casa Morta. Livro indispensável pra quem quer ler e conhecer Dostoiévski!
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Luigi.Schinzari 26/11/2020

Sobre Escritos da Casa Morta de Dostoiévski:
Uma obra-prima não surge por acaso. Antes de amadurecer suas técnicas, um gênio em sua área deve maturar suas capacidades e intelecto com a prática constante de sua arte: antes de fazer Um Corpo que Cai, Hitchcock tinha diversas pérolas como Janela Indiscreta e Festim Diabólico espalhadas por seu brilhante currículo; antes de Sgt. Pepper, os Beatles gravaram Rubber Soul e definitivamente refinaram seu estilo, preparando terreno para sua obra-prima; Da Vinci pintou uma dúzia de quadros antes de chegar à Mona Lisa; e o resto é história. Fiódor Mikháilovitch Dostoiévski (1821-1881), antes de tecer suas maiores contribuições para a literatura com obras como Crime e Castigo(1866), Os Demônios(1871) e, na minha opinião, o ápice de sua escrita, Os Irmãos Karamázov(1880), deixou todo seu plano futuro exposto em cada uma das páginas de seu romance semiautobiográfico Escritos da Casa Morta (no original em russo: ??????? ?? ???????? ????, Zapiski iz Myortvovo doma), publicado entre 1860 e 1862 na Rússia; não foi à toa: quem for ler a obra perceberá cada traço da genialidade de suas futuras obras e, em retrospecto, do retrato de sua carreira como um todo.

A história retrata as experiências do autor durante sua prisão na Sibéria, camuflada por um personagem que não é o autor, Alexandr Pietróvitch, que, diferentemente de Dostoiévski, que foi preso por conspirar contra o governo tzarista junto a um círculo revolucionário, foi levado ao cárcere por matar sua mulher. Logo no começo, o autor conta que descobriu os cadernos de Alexandr e que este já se encontra morto àquela altura. Nas anotações, são contadas as mais diversas experiências vividas em seu período encarcerado, dos momentos prazerosos encontrados em meio àquele ambiente funesto e morto até as situações de abuso das autoridades responsáveis pelo presídio e da mentalidade deturpada de alguns presos, sejam seus companheiros ou seus desafetos.

São muitos os temas abordados em cada passagem de Escritos da Casa Morta: seguindo praticamente o formato de contos, Dostoiévski pincela emoções das mais sutis às mais extremadas no panorama que quer retratar em sua obra, reunindo momentos, diálogos e trejeitos que compilou ao longo dos dez anos em que esteve preso -- juntando seu cárcere e a pena comutada em serviço militar obrigatório -- em seu Caderno Siberiano, espécie de diário em que compilava, in loco e no calor do momento, o que acreditava ser interessante para exprimir em palavras as sensações e experiências que tinha na Fortaleza de Omsk, local em que ficou aprisionado entre 1850 e 1854. Por conta disso, tudo nas páginas de Escritos é muito real e soa verossímil mesmo quando, em outros casos, pareceriam uma trama de cárcere folhetinesca.

Momentos de brutalidade extrema, contados pelos próprios criminosos que os cometeram, experiências bestiais do homem para com o homem são o laboratório do autor para desenvolver os temas que quer abordar na obra. A mente do criminoso expande suas raízes sobre temas como a razão real do crime, se há ou não um motivo devido para se cometer um crime -- temas que seriam aprofundados em Crime e Castigo --, a postura do homem em relação a fé quando está diante de injustiças de Deus para com o homem, se há ou não liberdade -- cerne de Irmãos Karamázov --, qual a pena devida para tal crime, indagações sobre ser justo ou não dar a mesma punição para crimes diferentes e tantos outros tópicos, traçados com maestria por um escritor que tinha muito bem delimitada em sua mente aquilo que queria dizer, tanto diretamente como de forma implícita instigada pelas sensações que a leitura causa no leitor sem, muitas vezes, este mesmo perceber que está sendo manipulado pelo autor -- talvez essa característica, aliás, seja o que diferencia um autor medíocre de um que ficará marcado na história, e definitivamente Dostoiévski é um daqueles que mais habita e continuará habitando a mente dos leitores de todos os tempos.

Um exemplo dessa subjetividade que o autor expressa de forma imperceptível, inicialmente, ao leitor é a passagem do tempo, que começa arrastando o primeiro dia de cárcere de Alexandr por dezenas de páginas, enquanto com o passar da vivência na prisão os lapsos vão se estendendo e o autor é obrigado a pontuar passagens mais marcantes e necessárias para retratar aquilo que quer contar -- semelhante ao recurso usado por Thomas Mann, admirador da obra de Dostoiévski, em sua A Montanha Mágica; fica a seu critério, leitor, decidir se ouve ou não uma inspiração dessa obra --, mostrando quão ordinária a vida se torna mesmo diante daquela quebra abrupta na linearidade da rotina, sendo o homem um animal tão adaptável a suas condições, mesmo aquelas mais desumanas; aliás, desumanas são, mas o autor pouco trata sobre ser justa ou não: com raras exceções, os homens que ali estão presos são criminosos brutais, mas a visão de Dostoiévski vai além dessa delimitação básica sobre a bondade ou maldade do homem ao espalhar por cada prisioneiro personalidades distintas e complexas que vão além de seus crimes; não liga para o criminoso, pois isto é apenas uma faceta de seu caráter, em resumo.

É com uma obra como Escritos da Casa Morta que Dostoiévski eleva-se em relação aos seus semelhantes. Tudo o que tornaria o autor célebre -- seu pioneirismo psicológico, dando prosseguimento ao trabalho nesse campo de autores como Stendhal e ampliando-o de forma nunca antes feita; a forma realista de retratar suas personagens e acontecimentos, as questões sobre fé, liberdade e o homem como um todo --, tudo está aqui, mesmo que de forma sutil, dando uma piscadela para seu fiel leitor que já conhece o restante de sua obra e acenando para aquele que está acompanhando-a cronologicamente, dando uma prévia da hecatombe que estaria para explodir em seus futuros livros. E mesmo com tudo isso, Dostoiévski não esgota toda sua munição em uma única obra como um autor menos experiente faria, deixando a arma carregada para futuros tiros que, como sabemos, seriam certeiros.
Luigi.Schinzari 17/12/2020minha estante
Muito obrigado? vai curtir muito, tenho certeza disso




Toni 22/11/2020

Memórias do cárcere
Terceiro livro de Dostoiévski que leio e, na minha opinião, o mais importante dele. Isso não significa que tenha gostado. Me refiro à importância que este período teve na vida do autor e que, com certeza, impactou toda a obra que viria depois.

O livro em si é uma mistura de auto-biografia com ficção. Uma espécie de diário de um homem encarcerado. O escritor detalha seus dias na prisão, a convivência com os mais variados detentos e a forma desumana como eram tratados.

Para quem é fã de Dostoiévski, é um prato cheio para tentar compreender melhor a mente do autor russo. Afinal, ninguém sai da mesma forma que entrou de uma prisão na Sibéria.
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Valéria 02/09/2020

A delicadeza do desnudar de almas enxergando além do que é evidenciado através dos comportamentos, o constante e tenso movimento diante da morte e a repulsa pela ausência da solidão, tão característicos de Dostoiévski, estão evidenciados aqui também.
Não se trata de um livro de memórias, nem tampouco político - apesar das descrições dos movimentos da Rússia na época. Ele é um aglomerado de recordações romanceadas.

"Eu jamais poderia, por exemplo, imaginar tormento maior do que nao poder ficar sozinho um momento (...) Contudo, tive que me acostumar."
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Henrique 25/08/2020

O lado humano na mais desumana das condições
Neste livro, o meu primeiro de Dostoievski, chama a atenção a sua simplicidade e maestria na escrita. O livro se lê saborosamente, com diversos sorrisos.
Apesar de se tratar de uma descrição de presídio sob os rigores da Rússia do século XIX, a história é, na verdade, menos bruta. Trata das mazelas e da degradação humana que, no fim, une todas as pessoas. O livro, ironicamente, traz uma certa esperança ingênua e reconfortante.
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isa.fsgomes 12/08/2020

Recordações da Casa dos Mortos, Fiódor Dostoiévski (1861)
INCRÍVEL(mente) chato
Nessa obra meio ficção/meio auto-biográfica, Dostoiévski conta, usando a voz de Alexandr Petróvich, suas próprias impressões e experiências de sua vida carcerária na Sibéria.

O livro traz muitas reflexões porém, não vai entrar na minha lista de favoritos. A leitura foi super estressante, arrastada e difícil de terminar. Foi uma grande tortura chegar ao final. E acho que esse talvez fosse o objetivo do autor. A imersão na vida monótona e nauseante da prisão acontece com força e peso durante toda a narrativa.

Diferente das demais obras de Dostoiévski, aqui não existe um aprofundamento dos personagens. E com tantos nomes confusos e abreviações, chega um momento que já nem sabemos de quem ele está falando. Ainda assim, estão presentes as profundas reflexões sobre humanidade, solidão, consciência, tirania, a aplicação e funcionamento do sistema penal, questões existenciais... Tudo bem característico do nosso amado amigo Dostô.

Resumindo, um livro excelente, real, cheio de conteúdo e incrivelmente chato.

Boa leitura!
Marcelo Rissi 13/08/2020minha estante
Ótima resenha!! ???? Estou na metade já e estou formando as mesmas impressões!




Marcos.Wagner 19/07/2020

Leitura arrastada
Dostoiévski possui uma forma própria de escrever e nesse livro não é diferente leitura arrastada
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Mary 29/06/2020

O autor nos apresenta através do personagem, suas próprias experiências enquanto esteve preso na Sibéria. Um livro parcialmente autobiográfico , destaco a análise psicológica que o autor faz sobre sentimentos e relacionamentos.
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nalewbs 14/06/2020

Não fluiu, para mim
Essa leitura foi muito complicada de finalizar. Não conseguia aproveitá-la de fato nem realmente mergulhar na história. Isso não quer dizer que é um livro ruim. Acho o tema interessante e, bom, foi meu primeiro contato com literatura de cárcere. Por um lado, valeu a pena por alguns questionamentos que me fiz durante a leitura. Por outro, não foi prazerosa, ainda que eu tenha lido "Crime e Castigo" do mesmo autor e tenha curtido bastante.
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Rodrigo 21/05/2020

Complexo e profundo
Livro denso, de leitura pesada, porém aborda com profundidade a natureza humana em suas mais variadas classes em um ambiente totalmente degradante.
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