Medéia

Medéia Eurípides




Resenhas - Medéia


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r.morel 31/08/2017

Resenha Telegráfica
É a peça de Eurípides sobre a vingança da feiticeira Medeia contra seu marido traidor Jasão. Os meios que ela utiliza, violentos, e o fim que ela alcança, sanguinário, encerram uma tragédia muito conhecida e estudada.

Trecho: “Medeia: Zeus poderoso e venerável Têmis, vedes o sofrimento meu após os santos juramentos que me haviam ligado a esse esposo desprezível? Ah! Se eu pudesse um dia vê-los, ele e a noiva reduzidos a pedaços, junto com seu palácio, pela injúria que ousam fazer-me sem provocação!”

site: popcultpulp.com
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Ana :) 17/11/2016

Medeia, ao mesmo tempo, rompe com a tradição e aborda questões universais
Um tanto decepcionante ler vários comentários aqui reduzindo essa obra tão rica a "até onde uma mulher pode ir quando é magoada" ou "como as mulheres variam da doçura ao ódio". Quanto machismo. A peça não é uma caricatura do que seria um sujeito feminino, nem se propõe a rótulos. Ela trabalha o conceito moderno de individualidade, motivações e desejos individuais que conduzem uma pessoa a realizar uma série de ações que podem, inclusive, ir no sentido contrário aos valores e necessidades coletivas (coisa extremamente inovadora para a época).
O conflito ainda existiria se Medeia fosse homem, pois trata-se de sua vontade contra os fatos e convenções estabelecidas. Mas o fato de ser mulher acrescenta muito mais profundidade e drama à peça. Ser mulher, ainda mais na Grécia antiga, é não ter direito a voz. Quanto heroínas existem nas tragédias gregas? Quantas guerreiras partiram em odisseias? Que tipo de papel é reservado às figuras femininas?
Medeia rompe com essa tradição, sendo uma das primeiras personagens femininas a serem devidamente tratadas como protagonistas, problematizando o lugar da mulher ao mesmo tempo em que discute questões universais.
Li esse livro na adolescência, reli aos 18 e pretendo ler mais uma vez. A cada leitura, me apaixono mais pela obra-prima de Eurípedes.

site: http://lounge.obviousmag.org/checkin/autor/
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Natalie Lagedo 15/11/2016

Mulher ultrajada. Estrangeira rejeitada. Medeia traz uma descrição psicológica muito forte da mulher filha do rei Eetes da Cólquida, que por amor a Jasão planeja a morte do pai para que o amado tenha a posse do velocino de ouro. Foge com ele de volta para Corinto e tem dois filhos dessa união. Anos depois ele a abandona para casar com Glauce, filha do rei Creonte.

A peça mostra o desejo de vingança da mulher traída. Sentimos compaixão por ela durante boa parte do tempo. Como um homem pode deixar a família somente almejando ascensão social? Pobre Medeia. Desabafa com a ama e o preceptor de seus filhos; o coro fica também do seu lado. Pragueja contra todos, até que recebe a ordem de exílio. No entanto, recebe a visita de Egeu, rei de Atenas, que concede-lhe abrigo em sua morada.

Neste ponto Medeia calcula a vingança. Matará sua rival e o pai. Por necessidade, os próprios filhos. Aí perde a razão. O ódio toma conta da personagem e aqueles que estão cientes do que está por vir tentam dissuadi-la da decisão. Ela não recua e leva a cabo o crime. Jasão chega a tempo de apenas ver o cadáver das crianças enquanto Medeia foge no carro de Febo, num deus ex machina sensacional.

É uma tragédia de tirar o fôlego. Cada diálogo é revelador. Se inicialmente nos comprazemos com a dor da protagonista, depois do comportamento irascível atingir os filhos fica difícil defendê-la. Há como ver a situação sob diversos ângulos, o que suscita boas discussões. É justificável ou não sua atitude? É um debate que, provavelmente, nunca morrerá.
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Matheus.Monteiro 07/08/2016

Fundamental
As peças de Eurípides são muito ricas, com uma profundidade cultural e psicológica muito grande. Medéia nos faz pensar na paixão, em seus efeitos fatais sobre a personalidade, levando-nos às vezes à contradição de nos ferir a nós mesmos, ou ao que nos é mais caro, na busca de aplacar nossa justiça. Penso muito sobre a vingança de Medéia sob essa luz. Acompanhar o processo de seu ciúme e seu amor traído me ensinou muito sobre fatalidade, decisões, paixão e justiça. Leitura mais que recomendada.
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Na Literatura Selvagem 21/05/2016

A tragédia de Medéia
Fazia tempo que não trazia outra tragédia grega resenhada aqui no blog. Adquiri o hábito de ler peças gregas ainda na faculdade, embora conhecesse o enredo de algumas delas bem antes disso, por gostar de mitologia e afins... Mas a cada leitura que faço, me sinto ainda mais enlevada pelo alto grau de qualidade e drama usado para escrevê-las, e o leitor se sente de tal forma inserido na trama que é como se tudo nos fosse narrado e encenado num palco...

Para quem não conhece a peça Medéia, fala sobre a mulher que dá nome ao livro, desgraçada de infortúnios por ter abandonado sua pátria ao casar-se com Jasão, e depois de dois filhos feitos, ser abandonada pelo marido pois este iria consumar casamento com a filha de Creonte. Tomada de cólera e ciúme, se sentindo ultrajada pela traição de Jasão, ela planeja vingar-se, antes que seja expulsa da cidade, já que o próprio Creonte, sogro de Jasão, o fez...

Leia mais em

site: http://torporniilista.blogspot.com.br/2016/05/a-tragedia-de-medeia.html
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Otto 26/01/2016

Medéia é destruidora, filha do sol, tesourinha de ouro, bruxa, maldita e desgraçada. E me ensinou um insulto "vai enterrar tua mãe!".
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Cristiano 15/02/2014

O livro é curto e pode parecer cruel em vários momentos, mas provocar esses sentimentos só mostra sua força até hoje.
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Rafa 26/12/2013

A mãe, a esposa
Sensacional. Não vejo outra palavra para descrever tanto a peça quanto a protagonista homônima. A sapiência da personagem Medeia, a rapidez com que os fatos se sucedem e as descrições terríveis, fazem de Medeia a melhor tragédia que já li. A história é conhecida de todos, mas apenas lendo a tragédia você passa a entender os pormenores e a ponderar os fatos. Na tradução de Trajano Vieira a peça se enche de elegância e excentricidade!
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Julyana. 25/08/2013

Diz um político da minha terra que mulher mal amada se assemelha a uma cobra mal matada: o bote é fatal. Medeia prova que isso é verdade.
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Tito 23/09/2012

Medéia, uma mulher intensa, toda trabalhada na ~mágoa cabocla~.
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Aguinaldo 30/01/2012

medeia
Medeia (Μήδεια) é uma peça de Eurípides que foi apresentada pela primeira vez no ano 431 AC. A história é terrível e já inspirou muitos autores nesses quase 2.500 anos (boa parte dos mitos gregos já estão tão amalgamados à cultura popular que um sujeito pode até saber algo do que se narra em uma história sem saber das fontes originais). A edição (bilíngue) da editora 34 é impecável. O industrioso Trajano Vieira assina a tradução, um bom posfácio e generosas notas. Um pequeno texto de Otto Maria Carpeaux, que descreve possíveis leituras possíveis do drama, é incluído na edição. Não é uma leitura fácil, mas o texto ainda é capaz de impressionar um sujeito. Medeia é uma princesa/feiticeira que destrói tudo a seu redor ao menos duas vezes. A primeira é por amor, quanto ajuda Jasão e os argonautas na Cólquida (mais ou menos onde hoje é a Geórgia, ex-república soviética). Mas o que é descrito na peça de Eurípides se passa uns dez anos depois dos sucessos da busca de Jasão pelo velocino de ouro (Robert Graves já nos ensinou que este mito deve estar relacionado com pelegos de ovelha que eram utilizados no garimpo de ouro nos rios da região da Cólquida, mas esta é outra história). No texto de Eurípides Jasão é recebido pelo rei de Corinto, repudia seu relacionamento com Medeia e promete se casar com Glauce, a filha do rei Creon. A fúria de uma mulher desprezada nunca pode ser subestimada (principalmente de uma que é sobrinha da feiticeira Circe). Medeia vinga-se da injúria de Jasão matando Glauce, Creon e os dois filhos que teve com ele, fugindo de Corinto e se fixando em Atenas, onde se casa com o rei Egeu. Como em todo mito poderoso a leitura pode gerar muitas interpretações. Medeia não está louca ou transtornada quando mata os filhos. Tudo é premeditado e calculado, como parte de sua vingança. Jasão tenta ser pragmático, político, só vê os aspectos positivos de sua aliança com o rei Creon, até imagina um arranjo onde Medeia continuaria como sua concubina (quando um homo sapiens sapiens se imagina moderno neste início de século XXI eis que um mito qualquer o lembra do quão perene são as vaidades e pulsões humanas). Gostei muito dos personagens secundários, Nutriz (uma ama-de-leite), Pedagogo (o preceptor dos filhos de Medeia) e Coro (que faz a mediação entre o que está fora da peça com o que é descrito nela). Medeia é uma peça sombria, plena de um feminismo militante, incrivelmente adaptável à atualidade. Os gregos sempre tem algo a dizer para um sujeito. Em breve vou experimentar o Agamêmnon, de Ésquilo. Vamos em frente. [início 02/01/2010 - fim 27/01/2010]
"Medeia", Eurípides, tradução de Trajano Vieira, editora 34, 1a. edição (2010), brochura 14x21 cm, 191 págs. ISBN: 978-85-7326-449-4 [edição original: Μήδεια Atenas (Grécia) 431AC]
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Gui 07/05/2011

Incrível
Muito muito legal. Uma das melhores tragédias gregas que já li. Eurípedes rompeu as fronteiras de seu tempo, mostrando uma mulher forte e cheia de contradições. Excelente leitura.
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