Ubirajara

Ubirajara José de Alencar
José de Alencar
José de Alencar




Resenhas - Ubirajara


79 encontrados | exibindo 61 a 76
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6


Douglas.Milani 21/02/2024

Bem bacana
Me surpreendeu positivamente. Gostei muito. Me pareceu mais simples que Iracema e com mais aventura. Algumas cenas da batalha final são bastante fortes.
comentários(0)comente



Guilherme.Marques 20/03/2022

Surpreso!
Me surpreendi em cada fala do autor, retrata de uma linda forma essa cultura tão rica em palavras e sabedoria, hoje infelizmente quase extinta que são os índios do Brasil...
comentários(0)comente



Marivaldo.Barreto 01/01/2022

Apesar da linguagem ser um pouco difícil, a leitura fluiu bem. Foi uma leitura rápida. Aprendemos um pouco a cultura indígena e modo como vivem.
comentários(0)comente



Edson Camara 02/11/2021

É como assistir a um filme de aventura, só que com personagens reais da nossa cultura e tradição brasileira
Ubirajara fecha o ciclo indianista de José de Alencar, a obra acompanha Iracema e O Guarany sobre o tema indigena brasileiro do autor. Escrito e publicado em 1874 a obra revela um Brasil puro e ingênuo dos nativos da terra antes da chegada dos descobridores e colonizadores portugueses.
Ubirajara é o índio guerreiro Jaguarê que recebe este nome após se tornar chefe da nação Araguaia. Ele se apaixona pela virgem Araci, índia guerreira da tribo Tocantins e este, digamos, romance proibido gera toda a trama envolvendo lutas, guerras, tradições e costumes indígenas relatados fielmente por Alencar que dedica mais da metade do livro, ao final do enredo, explicando cada detalhe com suas referências históricas da época em que ele escreveu o romance.
O romance é idílico e doce, tão puro que chegamos a duvidar se realmente os nativos indígenas daquele tempo eram assim tão honrados, puros, honestos e belos.
Há um triângulo amoroso entre Ubirajara, Araci e Jandira, a virgem anteriormente escolhida por Jaguarê para esposa antes de se tornar chefe. A solução para este triângulo é sabiamente resolvida, mas não vou contar, você vai ter que ler para descobrir.
Para mim não importa, o talento de Alencar em descrever as cenas e os diálogos impressiona e agradará a qualquer leitor, mesmo aquele que não gosta da literatura clássica brasileira.
É como assistir a um filme de aventura, só que com personagens reais da nossa cultura e tradição brasileira tão em descrédito ultimamente.
comentários(0)comente



Georgia Patrici 09/05/2021

Encantada com a estória
A estória se passa na mata a margem do grande rio Tocantins, onde Ubirajara se apaixona por uma caçadora, Aracy, de outra tribo na qual ele derrota seu irmão, Pojucan, em batalha e aí se passa uma grande estória na qual eu estou maravilhada e feliz por ter esperado uma maturidade literária para poder entender e me regozijar com esta linda leitura que é uma bela estória de amor!!! ?
comentários(0)comente



Allisson 25/12/2020

Livro clássico
Livro clássico de José de Alencar que traz a história de Ubirajara.
comentários(0)comente



Flavio.Vinicius 23/06/2020

Poesia na prosa alencarina
Um livro em prosa mas carregado de poesia.
José de Alencar conta essa história a partir do ponto de vista do indígena. É um livro bonito e vale muito a pena lê-lo.

No entanto, ao tentar aproximar a idealização do indígena com o cavaleiro medieval europeu, José de Alencar acaba criando uma narrativa com incongruências (por exemplo, ele fala como se os guerreiros indígenas usassem escudos - entre outras incorreções bem mais graves).

É uma obra muito bonita, e mais bonita ainda porque não tem a presença dos caramurus. Também é interessante notar como são apresentados muitos dos costumes dos povos nativos do Brasil, em que conceitos como guerra, morte e honra têm significados diferentes do que os propalados pela cultura ocidental.

Cada frase é carregada de densos significados poetizados, por isso embora o livro tenha apenas uma centena de páginas, é uma leitura que requer atenção.
comentários(0)comente



livia 23/05/2020

li só por causa da escola, não vou mentir. Mas assim, eu acho que José de Alencar tem livros melhores.
comentários(0)comente



Mr. Jonas 09/02/2018

Ubirajara
PUBLICADO em 1874, Ubirajara de José de Alencar é último romance indianista de Alencar. Se em O Guarani e em Iracema o romancista tratava do contato entre os europeus e os indígenas, aqui a matéria é o heroísmo indígena no período pré-colombiano.

Merecem especial destaque as notas do romance Ubirajara de José de Alencar. De escopo diferente das de Iracema, que funcionam como uma extensão do texto do romance, estas são de fundamentação histórica e, principalmente, de defesa dos costumes indígenas, promovendo o confronto sistemático entre o civilizado e o indígena, para demonstrar a vantagem deste sobre aquele.

Produzido em 1874, Ubirajara de José de Alencar faz parte do conjunto de obras indianistas do autor, nosso maior prosador romântico, que produziu, também, romances urbanos (de costumes), regionalistas e históricos.

Na obra de Alencar, o índio é um herói amalgamado à natureza. Esta, por sua vez, é exaltada pela exuberância e beleza, fazendo lembrar a imagem edênica e paradisíaca da nossa terra, referida pelos cronistas do Período de Informação (século XVI).

A linguagem é rica, colorida, cheia de adjetivos, exuberante, marcada por metáforas e imagens grandiosas, exóticas e atraentes, de grande plasticidade. A idealização está presente a cada passo, tanto nas descrições da natureza, quanto na apresentação das personagens. Visto de maneira mítica, lendária, o índio é o herói nobre, fiel, valente, corajoso, o ?bom selvagem? de Rousseau, lembrando um autêntico cavaleiro medieval.

Como se sabe, o propósito romântico de afirmação nacional e exaltação patriótica implicava o elogio da honra, da coragem e da valentia de nossos índios e está presente tanto na poesia de Gonçalves Dias, como nos três romances indianistas de Alencar. Este procurou retratar o Brasil ?brasílico? em sua totalidade geográfica, histórica e étnica e elevou o nosso índio à condição de herói, equiparando-o aos heróis da literatura europeia.

A leitura de Ubirajara de José de Alencar deve considerar a trilogia formada com Iracema e O guarani, uma vez que, juntos, eles marcam três momentos da nossa história: o pré-cabralino, o da formação de nossa etnia, com os primeiros contatos entre o índio e o branco, e o da colonização europeia.

O período pré-cabralino é enfocado em Ubirajara de José de Alencar, cuja história se passa antes da colonização portuguesa, com os índios ainda livres de qualquer influência estrangeira; os primeiros contatos entre o índio e o branco são tratados em Iracema, obra que tem o enredo dominado pela relação amorosa entre a personagem-título e o guerreiro português Martim; a colonização está presente em O Guarani, que trata da convivência entre o índio e o branco já no processo de colonização do Brasil.

Não se deve, porém, confundir a cronologia da abordagem histórica nas três obras com a ordem em que foram escritas: Ubirajara de José de Alencar, que trata do período mais remoto, foi a última a ser produzida (1874); O guarani, que se refere à fase mais recente, foi a primeira (1857) e Iracema, (1865), a segunda.

Desse modo, pode-se dizer que Ubirajara corresponde a uma fase de maior maturidade do autor, de equilíbrio mais acentuado e um maior apuro formal. E marca uma ficção que observa a realidade de um Brasil anterior ao branco, de um nativismo inocente, sem a ?mácula? de qualquer outra civilização. Nisto se revela um escritor interessado na busca daquilo que é mais puro, mais primitivo no Brasil anterior à exploração europeia.

O romance Ubirajara de José de Alencar revela, do ponto de vista alencariano, o caráter da nação indígena, um relato dos costumes e da própria índole do selvagem ? o bom selvagem ? oposto àquilo que informam os textos de missionários jesuítas e viajantes aventureiros. Trata-se de uma releitura do homem nativo. O próprio romancista afirma, na ?Advertência? que abre o romance:

?Este livro é irmão de Iracema. Chamei-lhe lenda como ao outro. Nenhum título responde melhor pela propriedade, como pela modéstia, às tradições da pátria indígena.
Quem por desfastio percorrer estas páginas, se não tiver estudado com alma brasileira o berço de nossa nacionalidade, há de estranhar em outras coisas a magnanimidade que ressumbra no drama selvagem a formar-lhe o vigoroso relevo.

Como admitir que bárbaros, quais nos pintaram os indígenas, brutos e canibais, antes feras que homens, fossem suscetíveis desses brios nativos que realçam a dignidade do rei da criação? [?]?

O romance Ubirajara de José de Alencar apresenta a seguinte história, narrada em terceira pessoa, por um narrador onisciente: Jaguarê, filho do cacique Camacã, torna-se o mais valente guerreiro de sua tribo, a araguaia. Quando atinge a idade de assumir tal posição ? nessa fase o índio troca de nome -, ele percorre as demais nações silvícolas em busca de guerreiros valentes a quem possa submeter, a fim de alcançar a glória entre seu povo.

Entre os tocantins, um guerreiro em especial interessava a Jaguarê, dada a sua fama de valente e hábil: era Pojucã, filho de Itaquê. Em sua caçada pela mata, Jaguarê encontra ocasionalmente a índia Araci, estrela do dia, filha de Itaquê, pai da grande nação tocantim. Por pouco não a confunde com o guerreiro Pojucã, irmão dela.

Jaguarê fica impressionado com a bela índia e a deixa partir. Depois, encontram-se na mata Pojucã e Jaguarê: ocorre violenta luta entre eles. Jaguarê consegue dominar o valente e o leva, preso, à tribo dos araguaias.

Feito guerreiro ilustre, Jaguarê passa a chamar-se Ubirajara, que quer dizer ?senhor da lança?:
?- Eu sou Ubirajara, o senhor da lança, o guerreiro invencível que tem por arma a serpente.?

Embora Jandira o ame e se prepare para casar-se com ele, Ubirajara decide voltar à nação tocantim, para buscar Araci, que desejava para esposa. Questionado pela noiva sobre sua demora, dá a entender a Jandira que ele ainda não havia escolhido aquela que seria mãe de seu filho. Muito triste, ela compreende que Ubirajara não a ama mais.

Ubirajara destina Jandira a Pojucã, para que ela seja sua ?esposa do túmulo?. Jandira tenta fugir, mas Ubirajara a segura e parte, deixando-a lá. Ela diz a Pojucã que não pertencerá a outro que não seja Ubirajara e ele, por sua vez, diz que não precisa do amor dela.
Mesmo sabendo que pode morrer por ter-se recusado a Pojucã, Jandira sai, desejando-lhe uma boa esposa. Vai para a floresta e lá entoa um canto de tristeza, belo e comovente.

Entra Ubirajara na taba dos tocantins e é recebido como hóspede. Há outros pretendentes à mão de Araci; por isso, deve haver luta. Jandira tenta matar Araci e é descoberta por Ubirajara, que a impede e diz que ela deve morrer, mas Araci afirma que ela lhe pertence agora, por ter ameaçado sua vida. Depois de discutirem, sozinhas, Araci oferece-lhe a liberdade, mas Jandira não aceita.

Ubirajara torna-se vencedor outra vez e, para merecer a noiva, submete-se a mais uma prova, deixando-se picar por saúvas famintas. Enquanto suporta a dor, sorrindo, entoa um canto de amor por Araci.
Itaquê, o cacique tocantim, interroga Ubirajara e descobre seus antecedentes. Furioso com o adversário de sua tribo e de seu filho, manda prendê-lo.

Nesta ocasião, ferozes índios tapuias invadem o território tocantim, de onde já tinham sido expulsos; agora, vêm com mais valentia. Ocorre violenta luta, da qual Itaquê sai ferido, cego, tornando-se impossibilitado para governar seu povo. Itaquê manda chamar todos os seus guerreiros e estabelece um concurso de valentia, para escolher seu substituto. Todos falham.

Chama, então, Ubirajara, e ele consegue dobrar o arco de Itaquê, tornando-se o chefe dos tocantins, que se uniram à nação araguaia, agora chamada de Ubirajaras.

O herói se casa com as virgens das duas nações: Araci, da tribo tocantim, e Jandira, da tribo araguaia. São agora uma só família.
comentários(0)comente



z..... 08/09/2016

Edição da Editora Egéria - 1979
Apenas o registro da primeira leitura que fiz do romance. Essa edição é ilustrada, fato que me instigou a ler o livro na adolescência, e está bem organizada na disposição das notas de referências. Tinha essa edição, mas doei para uma biblioteca.
Caracterizando algo, foi o último romance indianista do autor, escrito em um período próximo de sua morte, e é o mais distanciado do período da colonização. O cenário é a região do Tocantins em um momento pré-Cabral.
Como se sabe, é altamente idealizado, com o indígena sendo valorizado como nunca foi no olhar do colonizador. Lembrei dessa e outras obras indianistas quando li "O paraíso destruído", do frei Bartolomé de Las Casas.
Para conhecer uma bonita e idílica história sobre o índio, essa é uma boa pedida, mas para saber da realidade da colonização, o livro do frei é impactante e recomendado.
comentários(0)comente



z..... 08/09/2016

Edição da Martim Claret - 2005 (Coleção Obra Prima de Cada Autor)
Calai ao soar da inúbia e escutai essa maranduba.
No caminho da aratuba, às margens do Tocantins pré-Cabral, contam as lendas sobre os Ubirajaras, senhores da lança. Nação formada pela união dos guerreiros das araras com os guerreiros dos tucanos, a quem os cantores chamavam de Araguaia e Tocantim.
A história começou no encontro da onça com a estrela do dia, o araguaia Jaguarê e a virgem tocantim Araci, unidos pelas chamas da alegria, mais veloz que o tapir e mais bonita que o guanambi, nas matas do taari. Nessa lenda, a onça tornou-se o morubixaba de sua nação, ao ser o único a disparar a pahã do forte arco de Camacã, seu pai, o maior chefe dos araguaias, e derrotar o poderoso Pojucã, matador de gente, a quem desconhecia a origem tocantim. A onça se tornou o hábil Ubirajara, nome de guerra após o confronto com Pojucã, e parte como o desconhecido Jurandir em busca de sua estrela diurna, renunciando ao amor de sua prometida Jandira, a virgem com sorriso de mel, que entregou ao prisioneiro tocantim como esposa de túmulo.
Juracir é recebido na nação tocantim, sem revelar sua verdadeira origem, e numa disputa pela mais bela virgem, Araci, conquista o direito de desposá-la. Itaquê, pai e líder dos guerreiros tucanos, ao descobrir a identidade do desconhecido visitante, principalmente como o vencedor da luta contra seu filho Pojucã e futuro algoz do mesmo, o afasta da tribo sem sua esposa Araci.
Em desdobramentos diversos, a nação tocantim enfrenta a nação tapuia e Ubirajara liberta Pojucã para auxílio de sua tribo. Itaquê é ferido em um episódio esdrúxulo e, mesmo assim, derrota o morubixaba Canicrã, líder dos tapuias. Outras batalhas se desenrolam e os tucanos saem vencedores, mas com uma perda significativa, referente à invalidez de seu maior líder, Itaquê.
Nenhum guerreiro é capaz de substituí-lo por não conseguir disparar seu arco, nem mesmo o forte Pojucã, seu filho, e é esse o cenário para Ubirajara se tornar o líder das duas nações. O mesmo une os dois arcos, fortes como o ubiratã, e dispara duas pahãs que se encontram nos ares, celebrando uma união lendária a partir dali, com suas esposas Jandira e Araci.

A história tem um desenvolvimento simples e o que a torna atrativa é o ar lendário caracterizado por Alencar. Às vezes o indígena parece um semideus grego, mas com um código de honra samurai, sendo heroico e imponente em um idealismo mais que exagerado. Outras vezes a concepção ao indígena mostra uma selvageria impiedosa e bárbara, o que acontece em relação aos tapuias. No final das contas, é como uma inusitada história de cavalaria, com direito a torneio pela princesa e idealização de um lendário herói romântico. Pontos, afinal, buscados no indianismo.
É um dos últimos livros do autor e uma coisa que só agora prestei atenção, referente à biografia, está na idade que faleceu. Aquela barba ao estilo D. Pedro II faz pensar em um sexagenário, mas a realidade é que o autor faleceu com apenas 48 anos. Vitimado pela doença que talvez tenha mais matado grandes escritores do século XIX, a tuberculose.

Gostei da obra, mas detestei essa versão da Martim Claret (2005). Aff! Fico invocado de lembrar que troquei uma edição antiga da Editora Egéria, que gostava e onde li pela primeira vez o romance, por essa. Fato para padronizar meu acervo e reduzir espaço. Não gostei dessa edição por ter suprimido todo o texto final do capítulo I, onde Jaguarê vence Pojucã e tem seu lendário grito assumindo a identidade de Ubirajara; também pelas limitações nas notas de referência, que para mim são uma atração à parte na exploração à linguagem tupi. Tiraram muita coisa. Por causa disso vão as três estrelas em uma obra que merece cinco.

Quando lembro que troquei minha edição anterior, que também era ilustrada (doei para uma biblioteca), por essa...
comentários(0)comente



Nena 13/02/2016

Ubirajara é uma história de amor e guerra entre duas tribos rivais. Diferente dos dois outros romances de José de Alencar, com abordagem indígena, nesse, o amor não é entre índios e brancos, e sim, entre tribos rivais.
comentários(0)comente



Lu 04/09/2015

Por que valeu a pena ler Ubirajara ?
Quando peguei na minha estante, o livro Ubirajara para ler, minha intenção era retomar com ele meu ritmo de leituras que há muito tempo eu não conseguia manter.Então por ser um livro pequeno me impus uma meta de 2 dias para lê -lo, no entanto essa meta sucumbiu já nas primeiras linhas e só completei toda a leitura no dobro do tempo:4 dias. É que Alencar, já nos avisa que será uma leitura com overdose de palavras estranhas a nós, pois é claro, não faz parte da nossa cultura, nem do nosso dia-a-dia. Então, se me dão licença para um conselho: leiam Ubirajara, com um dicionário ao lado, pois isso irá permitir curtir a leitura com mais prazer e claro, compreensão.
Outro fato que me chamou atenção na leitura de Ubirajara é a importância que se da aos 'nomes', nessa cultura . A nós, cabe carregá -lo esse que nos é dado desde que nascemos para sempre, seja como fardo ou como presente.Não importa, gostando ou não carregaremos o nome até a morte. Alencar, nos diz que ali não. Ali o nome exerce uma função temporária.Dura apenas o tempo necessário para identificar seu dono, até que ele por um feito maior conquiste a glória de carregar consigo um nome que faça jus a ele. E aí, pensando nisso , fiquei pensando. E se nós, também tivéssemos essa oportunidade de mudar de nome ao longo da nossa vida?Será que usariamos ao nosso bel-prazer essa regalia ou manteriamos a nossa identificação que nossos pais escolheram pra nós? E se pudéssemos escolher, qual seria o meu nome agora? E o seu? enfim....rs.
O último e não menos importante ponto que me chamou atenção na história de Ubirajara, podem acreditar não foi Ubirajara/Jaguare /Jurandir. Na verdade, o protagonista não me conquistou e achei que durante todo o percurso o que Alencar queria era justaumente isso, que ele figuraesse nos nossos sonhos como o nosso herói! afinal, ele é o mais forte, o mais veloz, o maís perspicaz , o mais corajoso e destemido, e o mais e mais e mais e mais. Mas, se você já leu Ubirajara e não prestou atenção no que vou dizer agora, proponho que o releia e se atenha a duas figuras que passeiam pela história de Ubirajara como coadjuvantes , mas que pra mim foram as responsáveis por me fazer gostar e indicar o livro pra todo mundo. Tratam-se de Jandira e Araci. Alencar nos conta que as mulheres não tem voz, não tem vontade na cultura indígena. Isso fica muito claro, tanto na comemoração da festa do guerreiro como na festa de hospitalidade oferecida a ele na nação Tocantim . Elas ficam à parte na primeira, só assistindo a comemoração dos homens como meras espectadoras, são submissas, obedientes ... até que prestamos atenção em Jandira, que cansa de esperar pelo seu noivo no dia seguinte à festa do guerreiro e vai atrás dele, para saber se ele não vai cumprir sua palavra e casar com ela. Até que a mesma Jandira não pensa duas vezes antes de fugir de sua aldeia, pra não ter que se casar com um prisioneiro do seu amado, apenas porque ele mandou que ela assim o fizesse. E digamos de passagem era muito conveniente para ele que fosse dessa forma. Quanto à Araci, é descrita como a mais desejada virgem da nação Tocantim e já nos seus primeiros diálogos com Jaguare ela propõe que ele se junte aos outros 100 pretendentes que a desejam na sua aldeia, ganhe a todos na tal competição que estava programada, para que ele como vencedor possa receber o grande troféu cobiçado por todos, que nesse caso é ela.
Araci, já nós mostra que não é modesta, e recebe de Jaguare um sonoro não, nesse momento. Porém, capítulos mais a frente observamos, agora já como Ubirajara, o guerreiro entrar na aldeia Tocantim disposto a conquistar a esposa Araci custe o que custar...mais uma vez, vemos aí o poder que uma mulher tem, até mesmo numa cultura onde ela supostamente, não tem poder algum.
Araci ama o guerreiro, mas não vê problema nenhum em dívidi-lo com outra mulher . Até mesmo porque ficamos sabendo que em sua casa sua mãe dividiu o amor de seu pai, com outras mulheres. Mas, quando ela propõe isso a Jandira, esta se recusa, pois diz com todas as letras que a rival "...não sabe amar o guerreiro, que a escolheu para mãe de seus filhos ". Ela nunca ofereceria sua rede de esposa a outra mulher...
Duas mulheres, dois amores e duas formas diferentes de se amar o mesmo homem... No final, Alencar consegue conciliar de forma poética e satisfatória o amor das duas mulheres... Aquelas, consideradas as submissas, sem voz numa cultura tão patriarcal, mas que souberam fazer com que suas vontades fossem satisfeitas até mesmo pelo mais forte, destemido e corajoso guerreiro que todas nações já viram... :-)

Ah! E pensando no amor dessas duas mulheres. Com quem você se identifica mais? Com Jandira ou com Araci? :-)
comentários(0)comente



Rogerio Costa 19/01/2013

José de Alencar - Ubirajara
José de Alencar retrata muito bem a vida dos indigenas, além de Ubirajara, José de Alencar também escreveu mais dois romances que retratam o mesmo tema: os costumes dos primeiros habitantes do Brasil.
A guerra é uma das principais tema do romance, além da honra, da força e coragem dos guerreiros.
comentários(0)comente



Danizita 25/06/2012

Pela margem do grande rio...
Caminha o jovem caçador Jaguarê, que se torna o bravo guerreiro Ubirajara e une duas fortes tribos, tornando-se líder de uma grande e poderosa nação indígena. Li esse livro duas vezes, já faz um tempo, mas me recordo que é bem interessante, porém, não acho que essa obra retrata com fidelidade os índios brasileiros, mas valeu a pena conhecer.
comentários(0)comente



79 encontrados | exibindo 61 a 76
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR