Café com Texto 16/09/2015
Resenha de À procura de Audrey
Sendo fã número da Sophie Kinsella e seus Chick-Lists maravilhosos já publicando, não resisti quando ouvi dizer que ela iria escrever um YA, ainda mais com esse nome, Audrey, que eu simplesmente AMO!! Entretanto, esse livro não foi uma boa escolha.
Uma garota sofrendo bullying na adolescência, é mais comum do que se pode imaginar, assim como também, repercute em toda sua vida, tanto escolar como familiar. Audrey é essa garota. Após passar por trágico incidente em sua escola, ela tem um surto de depressão, desiste temporariamente da escola, e fica o dia inteiro em casa, com óculos escuros e mal se comunica com sua família, questiona o seu papel na vida, vai à terapeuta e toma remédios para tentar controlar seus pensamentos. Até que Linus aparece em sua vida e faz de tudo para que Audrey volte a ser como era antes, mesmo sem entender o que ela enfrenta no dia a dia.
“Falam de “linguagem corporal”, como se fosse igual para todo mundo. Contudo, cada um tem seu dialeto próprio. Para mim, neste instante, por exemplo, girar o corpo para o outro lado e encarar rigidamente um cantinho da sala é o mesmo que dizer “gosto de você”. Pois não fugi nem me tranquei no banheiro. Espero apenas que ele se dê conta disso.”
Eu que já li a maioria dos livros da Sophie, posso garantir que foi uma abordagem completamente diferente do que estava acostumada em relação aos seus outros livros. O tema é bem visado nos tempos atuais, onde bullying é visto como uma atrocidade e mesmo assim continua sendo muito comum.
Porém, a estória não foi sólida, sofri para terminar a leitura pois é um tanto quanto parada, faltou ação, faltou emoção, não senti em momento algum que a protagonista estava sofrendo ou passando por dificuldades, chegando a ser forçada em vários momentos. Acredito, na verdade, que o irmão da Audrey, Frank, seria mais apto a um papel de protagonista do que ela, pois grande parte da estória gira em torno dele! ( quem ler, irá entender). Foi um personagem sólido, decidido e real, senti seu desespero com jogos de computador bem mais do que os problemas psicológicos de sua irmã. Também, preciso dizer o quanto gostei mais dele do que da própria Audrey.
Para completar, o final conseguiu ser o pior. Tudo foi resolvido com uma rapidez absurda e fatos foram, simplesmente, engolidos da estória. Terminei a leitura e não soube o que realmente aconteceu para provocar a depressão, ansiedade e todos os outros transtornos que Audrey enfrenta durante o livro. Sério, eu não sei o que aconteceu!!!!
Espero que a autora consiga se redimir, porque esse livro não chegou nem perto do que ela costuma a escrever. Infelizmente!
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