Karina 23/12/2021
Como pode me amar, Deus?
Eu gostei demais desse livro, pelo sentimento que ele me passou do que pela história em si. Não que ela seja ruim, longe disso. Desde que eu descobri a ficção cristã, a cada romance cristão que leio eu vivo uma experiência única e melhor que a anterior. É realmente bizarro pra mim pensar que um livro de romance me faz me sentir próxima a Deus. Mas é o que sinto enquanto leio, e eu amo!
A Ponte de Haven conta a história de Abra, ela foi abandonada debaixo de uma ponte quando nasceu, aparentemente porque sua mãe não tinha condições de cuidar dela, o pastor Zeke que passava por ali enquanto fazia uma caminhada lhe encontra e cuida dela como uma filha. Conforme Abra vai crescendo, sua "mae" tem um aceleramento em sua doença que complica sua vida e ela acaba falecendo, Zeke sem condições de cuidar de Abra, acaba entregando a uma família de vizinhos que queriam adotá-la desde o começo. Isso cria uma ferida em Abra, que já tinha sido abandonada pela mãe, e agora por outra família, ela se sente indigna, e não percebe as concessões e sacrifícios para seu bem.
Mais uma volta no tempo, Abra agora com 16 anos, uma jovem triste, ferida e brava com Deus acaba caindo numa cilada quando se atraí por um garoto que chega a cidade. Ele é tudo que ela deseja, diferente, de outro lugar, que a faz se sentir "viva". E nesse caminho de ilusão ela acaba fugindo com esse garoto abandonando tudo sem dar grandes explicações a seus entes. Antes mesmo da noite acabar ela já fica arrependida mas não consegue voltar atrás por vergonha.
Passando cinco longos anos em Hollywood, Abra, aprende na dor todo o tipo de desgraça. São anos difíceis, e em todo esse período ela vive "grandes experiências" que são pura ilusão de felicidade, porque só lhe acontece coisa ruim, sua vida é controlada por outras pessoas, e ela não consegue se livrar desse desalento. Enquanto isso, em sua antiga cidade seus amigos e parentes nunca lhe esqueceram e oram sempre para que se cumpra o projeto de Deus e um dia ela possa voltar para casa.
Esse livro me lembrou muito a parábola do Filho Pródigo, o personagem que vai embora de casa para "viver" mas perde tudo no caminho e depois não sabe como voltar para os braços do pai por conta de vergonha. Mas o pai está lá só a espera de braços abertos, sem julgamentos.
Eu amei muito, muito, muito, foi uma história que conversou muito comigo num momento que eu precisava de um acalento de Deus sob minha vida. Francine, é uma autora esplêndida e abençoada.