Musashi

Musashi Eiji Yoshikawa




Resenhas - Musashi


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wolv_logan_x 31/03/2011

Musashi - Um Feito Literário
Foram as 922 páginas mais prazerosas que já li até hoje. Poucos são os autores que conseguem segurar um leitor numa obra tão extensa como esta sem perderem o foco e começarem a enrolar, e isto é algo do qual não podemos acusar Eiji Yoshikawa.

Pra começar, seu estilo é muito simples, suas descrições de cenários são muito econômicas e objetivas, e ainda encontram espaço para metáforas inspiradas e poéticas, sem fazer usar de um vocabulário rebuscado e tomar um espaço desnecessário da história em si.

Outro elemento que se destaca na obra são os diálogos. Todos têm uma fluidez que torna a leitura agradável, pois os personagens, mesmo aqueles que falam de uma maneira mais "formal", conversam como pessoas normais, e não como "personagens de um livro". Neste ponto a tradutora Leiko Gotoda merece méritos pela excelente adaptação do texto para o nosso idioma.

Mas é claro que a história não teria essa capacidade de conduzir o leitor com tanta eficácia se não existissem personagens cativantes e marcantes, e Musashi está cheio deles, a começar pelo protagonista, de personalidade forte, impulsiva, que esconde por trás de sua agressividade e imprevisibilidade uma sabedoria conquistada ao longo de uma dura e longa jornada que temos o prazer de acompanhar desde o início.

Otsu, eternamente apaixonada por Musashi, também conquista nossa simpatia por não ser apenas uma mocinha chorosa, que fica lamentando o tempo todo (embora ela tenha sua parcela de lamentações e choros ao longo da história), e suas aventuras ao lado de Joutaro funcionam como subtramas divertidas.

Além deles, temos o monge Takuan, que é um dos personagens mais engraçados e carismáticos da saga de Musashi, cujas poucas aparições sempre rendem ótimos momentos de sabedoria regados com muito humor. E não podemos esquecer dos tragicômicos Matahachi e Osugi.

Com uma seleção variada e muito bem trabalhada de personagens, uma trama que flui com segurança e jamais se torna maçante, ótimas seqüências de luta, várias lições de filosofia oriental e história do Japão, Musashi é uma obra-prima que merece a adoração que conquistou desde sua publicação. Nada menos do que o merecido para o nascimento de uma lenda.
Iza 17/09/2013minha estante
Este livro é simplesmente maravilhoso... e angustiante ao mesmo tempo! A cada "quase encontro" entre a Otsu e o Musashi eu perdia um pedacinho da alma. Que sofrimento!! Mas a angustia e a ansiedade são sempre transformadas em poesia na narrativa primorosa do autor. Um dom do Eiji Yoshikawa.
Mesmo o Musashi sendo um personagem adorável, meu preferido sempre foi o Kojiro... Mas são muitos os personagens apaixonantes dessa história. Até mesmo a senhora Osugi consegue cativar com sua obsessão, que seria trágica se não fosse um tempero divertido na trama.
Contando os dois volumes são quase duas mil páginas de emoção constante.




Lista de Livros 12/05/2014

Lista de Livros: Musashi - A Terra, a Água, o Fogo, de Eiji Yoshikawa
“Quanto mais simples o povo, mais teme a autoridade.”
*
“Das agonias experimentadas por um ser humano durante a vida, nenhuma é mais exasperante, depressiva e ao mesmo tempo tão sem remédio do que a de procurar alguém em vão.”
*
Mais em:

site: https://www.listadelivros-doney.blogspot.com.br/2014/05/musashi-terra-agua-o-fogo-eiji-ishiokawa.html
Analuz 03/01/2024minha estante
Musashi é muito bom!




Alex 11/03/2024

Isso é uma obra prima
Essa não será uma resenha, pois esse volume 1 representa apenas metade dessa obra-prima.

Miyamoyo Musashi foi o rounin mais ilustre de todos os tempos, sua fama se espalhou pelo Japão, Asia e ocidente. E essa é uma das obras que o imortalizou. Não é uma biografia, mas a vida do samurai romanceada.

Nesse primeiro livro, veremos a vida do espadachim, desde a batalha de Sekigahara até o eletrizante duelo com uma verdadeira legião de samurais.

Posso dizer que, até aqui não entendi porque ele foi tão importante e marcante na história samuraica, mas acompanhamos apenas 7 a 8 anos de sua vida adulta. Porém, o final do livro da uma boa dica, de como ele se imortalizou através do caminho da espada.

Sobre a obra, digo que não tenho absolutamente nenhuma crítica, são quase 1000 páginas que eu li com prazer absoluto. Não há nenhum ponto a desmerecer o autor ou sua obra prima.

Musashi foi escrito para transformar o homem em lenda, para servir quase como hagiografia do velho bushi e é visível essa intenção, na essência do texto. Carregado de floreios e descrições que flertam com os contos e lendas orientais, mas, em nenhum momento, há elementos sobrenaturais. A composição é incrível, me senti lendo O Tigre e o Dragão sem os voos, sem a mágica, mas na mesma atmosfera encantadora e virtuosa.

Essa não é uma resenha, é apenas um apanhado de comentários, a resenha virá no final do volume dois. Por hora digo, vale cada minuto, cada página, a obra é belíssima, e eu estou absolutamente envolvido, num Japão feudal do século XVII e na trajetória do rounin sem eira nem beira, que ficou conhecido como um kansei (santo da espada).
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Dadá 10/02/2022

Conhecendo o Japão através do mais famoso samurai
Esse livro conta a história do mais famoso samurai do Japão: Myamoto Musashi. Apesar de grande, achei a história fluída e de leitura fácil, mesmo quando se tratava da narrativa de contexto histórico e das notas de rodapé para que possamos entender a história. Aliás, esse pequeno detalhe de deixar as explicações acessíveis fez com que o livro ficasse bem compreensivo e com isso a gente aprende muito sobre o Japão. A história em si perde ponto ao não narrar as lutas, coisa que eu esperava. Com essa falta de narrativa, a gente fica com sensação de que endeusaram muito o Musashi nas lutas e, conhecendo o personagem por seus pensamentos, sabemos que ele não é assim. Outro ponto negativo, apesar de entender pelo contexto histórico, é a forma que as mulheres são retratadas no livro. Mesmo Otsu que é tão obstinada fica chata e amuada do nada, deixa de lutar e mostrar que é uma pessoa forte no momento que mais importa. Apesar destes pontos é um livro muito bom, cheio de curiosidades. Espero começar o segundo logo!
Dadá 10/02/2022minha estante
Detalhe adicional que esqueci de mencionar: é um livro bem descritivo. Não narra as lutas, mas descreve ao extremo uma xícara de chá. hahaha


Naldinh o/ 10/02/2022minha estante
Na minha lembrança, tem descrição sim das lutas, só que são lutas rápidas como realmente eram.
Uma pancada com uma espada de madeira na cabeça, já era, acabou a luta.
e você como mulher deve saber que muitas mulheres ficam chatas e amuada do nada né ?
Não vejo nada de incomum nisso.


Dadá 10/02/2022minha estante
Naldinho, a ponto de nada fazerem? Só chorarem? Não. Todos os outros temperamentos de Otsu não nos preparavam para as atitudes dela diante de Musashi. Só chorar, travar, nada falar... Achei incoerente, mesmo entendendo o contexto da época.


Kabrine 10/02/2022minha estante
Naldinho meu filho que comentário foi esse? ????? ela tentou ajudar o livro dizendo que pelo contexto histórico e tals e você vem aqui e crava um comentário desses? desnecessário viu


Lia 10/02/2022minha estante
Excelente resenha. E já me poupa de uma leitura machista, mesmo entendendo o contexto histórico.


adriana.vasconcellos 10/02/2022minha estante
Não li o livro, mas não concordo com o Naldinho na forma de descrever nós mulheres que pusemos vcs homens no mundo, q do nada são uns idiotas e vc como homem deve bem saber disso, mas nem por isso generalizo como idiotas todos da sua espécie... obrigada Dadá pela sua resenha fiquei com vontade de ler esse livro por tudo q vc descreveu ?


Deja 10/02/2022minha estante
Parabéns pela resenha!
Totalmente desnecessário o comentário do Naldinho.




Wagner47 24/07/2022

A paz do nada
Fabuloso, tenso, questionador e contagiante.

O que é necessário para a busca do aprendizado? Apenas a necessidade de aprender não é o suficiente.

Levantando de um campo de batalha repleto de mortos, Musashi (inicialmente chamado Takezo) inicia sua jornada ao lado de seu amigo Matahachi sem muito o que procurar. Por estarem do lado derrotado, são considerados fugitivos de guerra e precisam andar pelas sombras.

A partir daí uma série de encontros nos rende maravilhosas páginas, apresentando personagens horríveis (mas que tentam mudar para melhor) e personagens tão calmos que por dentro são repugnantes.

É impressionante como todo o livro é moldado a partir do contato ou da influência que Takezo em algum momento teve com alguém. Inicialmente sua espada é a resposta para tudo, mas quer complementá-la junto ao conhecimento de novas artes.

Também é formidável como o autor Eiji Yoshikawa não faz de seu protagonista um ser de moral correta e não tenta enganar o leitor disso. Por mais que às vezes um código fale mais alto, ele também será baixo para incitar que alguém lute com ele.

Devido a uma série de encontros, o livro também traz uma série de personagens. Parece que aparecem para cumprir uma breve função, mas acompanhamos diferentes trajetórias em diversos momentos do livro.

Porém o trunfo real pra mim foi como a obra traz MUITO contexto histórico, mas sempre na hora certa e sem alongar demais (sem contar as notas de rodapés que são bem cruciais). Seja em dois parágrafos ou dois personagens aleatórios comentando sobre certo período, o autor sabe manter o dinamismo para estar com a atenção do leitor voltada para si.

Obviamente a história não é fechada, já que a obra é formada por sete livros (sendo o Volume 1 composto por três). Estou animadíssimo pelo o que estar por vir. Tantos personagens e desencontros certamente preparam para as mais diferentes consequências.


Obs.: recomendo não ler a sinopse. Pelo menos na minha edição, ela entrega acontecimentos que estão em outros volumes e ainda nem aconteceram.
William LGZ 25/07/2022minha estante
Excelente resenha, quero muito ler esse e toda a coleção quando puder ??


Wagner47 25/07/2022minha estante
Pra mim foi a melhor surpresa do ano até o momento. Fiquei bem curioso para saber onde vai dar tudo isso




Pappa 12/11/2009

Clássico imperdível
Os dois volumes de Eiji Yoshikawa contam parte da história de Miyamoto Musashi, o mais habilidoso samurai de todos os tempos. A história começa no povoado natal de Musashi, e viaja através do Japão dos samurais e ninjas, trazendo muito da cultura e folclore japoneses. Na sua busca por iluminação e desenvolvimento, toda sorte de pessoas cruza seu caminho, de órfãos a senhores de castelos. Os embates são épicos, tensos, é quase como se fossemos espectadores.

Em poucas palavras: o melhor livro que já li. A história é contagiante, da primeira linha ao último ponto. É recheada de ação, mas com pitadas de sabedoria e introspecção, ótimos desenvolvimentos de personagens e tramas, vilões que não são elementarmente maus e mocinhos que não são elementarmente bons, muito convincente e robusta neste sentido.

A única coisa que posso contestar é o final: é muito repentino, poderia ter se alongado um pouco mais para contar o que houve após tudo. Mas de certa forma talvez seja a tristeza de ver chegar ao fim esta obra prima que me faça ter esta impressão, e no fim esta forma de finalizar deixando algumas pontas pendentes também dá algo em que os leitores pensarem.
Iza 17/09/2013minha estante
Só agora lendo sua resenha é que descobri pq fiquei deprimida com o final de Musashi... estava me despedindo dos personagens pelos quais tinha me apaixonado.




Fábio!? 20/01/2010

Tento ler Musashi todos os anos. Desde que comprei já o reli algumas vezes e nunca me canso. Mesmo sendo grande como é, a única coisa que me faz lembrar que o livro tem quase 900 páginas é a dor no pulso por passar horas segurando o livro.
Musashi é um romance pra quem gosta de cultura japonesa; para quem gosta de história; para quem gosta de samurais; e para quem gosta de livros que não vão esquecer pelo resto da vida.
Rosana 09/08/2013minha estante
Fico com seu comentario final livros que não vão esquecer pelo resta da vida




Mi Hummel 01/01/2013

O guerreiro e sua a sombra: a morte.
" (...) Um tigre é sempre um tigre, um animal inferior ao homem." p. 123

" (...) Todas as suas ações, até agora, demonstram temeridade, uma falsa coragem que deriva da ignorância... Não são os atos de um ser humano, nada tem a ver com a verdadeira força de um bushi. O homem, verdadeiro bravo, teme o que tem de ser temido, poupa e resguarda a vida - esta pérola preciosa - e procura morrer por uma causa digna." p. 123

Impossível passar despercibo obra tão bem feita. Para mim, comparável a " Cavalo de Tróia" de J. J. Benítez. Foram 922 páginas não devoradas, mas apreciadas...Quando não, degustadas.

A tradução está sublime, preservando a bela narrativa de Eiji Yoshikawa que torna tudo ao redor do enredo mais mágico. As personagens, são complexas e é muito interessante acompanhar a evolução não só da personagem título com das demais. Cada personagem traz em si uma promessa de aventura ou fio narrativo. Chocando-se umas às outras em torno desse rounin que se torna Takezo em busca do caminho da Espada.

Não é uma história de violência. Mas sim, o contrário, de um homem em constante luta com o seu pior inimigo: sua sombra. Para ele, Musashi, não há inimigo mais temível, ainda mesmo quando emboscado por mais de 20 homens do clã Yoshioka. Eis o que o bushi diz à Sasaki Kojiro quando se dirige, incólome, aos braços dos inimigos:

" - (...) Ainda assim, insiste em ir sozinho? Ou seus assistentes tomaram outra estrada?
- Comigo, tenho só um companheiro que vem andando ao meu lado.
- Como é? Onde está ele?
Musashi apontou a própria sombra e disse:
- Aqui.
O luar cintilou nos dentes brancos expondo um sorriso." P. 871.

A narrativa do autor, de forma delicada e bela, confirma que não basta apenas morrer, mas viver dignamente. Um verdadeiro guerreiro é aquele que aprecia as pequenas coisas da vida - o farfalhar da folha ao vento, a neve que cobre as peônias e aquele que é capaz de sentir vibrar a alma ao ouvir uma bela melodia. Lição inesquecível da bela Yoshino-Dayu, cortesã que retém Musashi em um casebre na zona Alegre.

Logo, acompanhar Musashi é encetar com ele o caminho do aperfeiçamento. Aprendendo a cada passo lições inigualáveis. E, confirmo, 922 páginas são poucas diante do progressivo caminhar do guerreiro andarilho.

Para mim, foi uma leitura muito apreciada. Em parte porque já estou um pouco acostumada com o estilo. Na minha infância, entre as revistinhas da Turma da Mônica, já se podia ver os mangás do primeiro rounin que conheci: Lobo Solitário (não que seja uma leitura recomendável para crianças. Em absoluto! Mas, tudo o que me caía nas mãos eu lia. Duvido que meu pai soubesse que eu afanava os mangás que ele comprava para ler.) A apreciação pela cultura nipônica estimulada pelo meu pai, que horas à fio, punha-se a assistir filmes de samaruais ( e ele o faz até hoje) e lá estava eu, acompanhando. Portanto, tudo para mim soou bastante natural, como se estivesse com o meu pai assistindo um de seus inúmeros adorados filmes.

No entanto, longe de ser uma leitura difícil, porque não o é. Se houver um leitor pouco afeito às nomenclaturas e tudo o mais, logo se acostumará. E, o trabalho de Leiko Gotoda, com notas explicativas, ajuda e muito no entrosamento do leitor com o universo samuraico.

Nada em Musashi deixa a desejar. Amores de deixar qualquer autor ultraromântico em estado de graça (afinal, a frágil e chorona Otsu se regozija em amar um amante que já deixou claro que seu caminho é a espada e a pobre Akemi, flor despetalada, que desperta nos homens desejos violentos e que também rende-se ao charme de Musashi.) além de uma boa dose de comicidade e leveza com o pequeno Touja-san, Matahachi-san e a obaba Osugi (uma das melhores personagens para mim! Ela interpreta tudo ao contrário, mas é firme como uma rocha!)

Portanto, é uma leitura que vale. Vale 922 páginas.
E valerá mais 900.
Que venha o volume II da saga.
Guilherme 03/08/2018minha estante
ótima visão!!!




Alicia 14/07/2022

Um livro muito bem escrito e desenvolvido.
Os personagens são interessantes e a trajetória de cada um deles é bem elaborada e contextualizada.
Musashi é um espadachim com sede de desenvolver sua própria técnica e a forma como isso é construída é muito cativante. Seu processo formativo e seu amadurecimento lento e gradual é muito envolvente!
Gostei da leitura e acho importe pontuar que o livre me exigiu, nos momentos em que ia ler, um período de longa leitura para conseguiu embarcar na história. São muitos personagens e a narrativa é intercalada.
Importante pontuar ainda que tive dificuldade em gravar os nomes japoneses porque afinal, não fazem parte do nosso dia a dia.
Leitura que super recomendo para mergulhar na cultura japonesa. Quero muito ler os dois próximo livros em um futuro não tão distante.

Comentário com SPOILER:
Gostei muito do momento em que o casal (Musashi e Otsu) se encontram e, enfim, conversam. Foi algo tão bonito e fofo!
Durante toda a trajetória dos protagonistas ocorrem inúmeros desencontros e quando enfim eles se veem (quase no final do livro) e conseguem conversar isso é algo muito bonito, achei emocionante!
Os argumentos de Musashi para expressar o que ele sente e a forma como ele compara o amor pela Otsu e o amor que sente pela espada é inesperado e aquece o coração da gente. Mostra que ele tem sentimentos e se vê muito bem resolvido em relação as coisas.
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Yuririn 10/09/2020

O inicio do livro foi demorado para mim. Confesso que comecei a pegar mais o ritmo da metade pra frente porque nessa fase voce ja consegue ter uma visao mais ampla da situação e tem muito mais ação e conflitos. O final dele traz um gancho para o próximo livro de uma maneira que me deixou com vontade de ler só para saber o que ia acontecer. Então, quando terminei, não acreditei que o autor tinha acabado o livro 1 em um momento tão crucial! Sério!
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Sete 25/04/2021

Impressionante
Livro de leitura super fluída, que te prende e estimula a continuar lendo até saber os desfechos de cada personagem. Vale reasaltar que apesar do protagonista título do livro ter sua atenção, o autor não deixa os demais de lado, cada personagem é muito bem retratado e possui a devida atenção. Acrescentando a isso temos várias informações históricas e culturais de um Japão medieval com eventos e personalidades de personagens reais.
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Lucas Bedê 17/04/2022

A jornada definitiva de autoconhecimento
É difícil pensar por onde começar a escrever sobre essa obra, ainda mais sem usar adjetivos super enaltecedores. A história desse livro, além de ser um lindo retrato da cultura japonesa (nas suas mais belas e feias nuances), fala sobre a trajetória do homem que veio a ser conhecido como Miyamoto Musashi, o maior de todos os samurais. Longe de ter começado seu caminho digno dessa alcunha, o protagonista mostra a difícil tarefa que é renunciar aos prazeres da vida para buscarmos, quase que obsessivamente, nos aperfeiçoarmos naquilo que nos é mais significativo. O livro é cheio de personagens únicos, que simbolizam arquétipos não muito difíceis de identificarmos hoje em dia na cultura POP, especialmente nos animes. Ao contrário do que alguns podem imaginar pelo enredo, este não é um conto sobre brigas e lutas entre samurais. Estas acontecem sim, mas pontualmente e sempre como reflexo daquilo que, para mim, é o cerne desse conto: a elevação do corpo, da mente e do espírito. Termino a leitura dessa grande obra com uma reflexão curiosamente muito atual, (nesses tempos em que tudo e todos pregam nossa dedicação 24/7), a mesma que Musashi faz ao final desse primeiro volume. A verdadeira força não está no esforço extremo e no exercer daquilo em que somos mais habilidosos, mas sim no equilíbrio entre a dedicação ao trabalho e a capacidade de desfrutar da vida.
helivros 23/04/2022minha estante
macetou demais amg


helivros 23/04/2022minha estante
arquétipos.. por acaso vc é da psicologia analítica?


helivros 23/04/2022minha estante
gostei da reflexão!




spoiler visualizar
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Michelle 02/09/2013

Uma surpresa boa
Descobri esse livro por um acaso em uma promoção, enquanto garimpava o site de uma livraria. Um livro de proporções nada modestas, um preço bem acessível e uma sinopse bastante interessante foram suficientes para me fazer comprá-lo, apesar de não conhecer nada sobre o autor ou literatura japonesa em geral. Bem, posso dizer que foi uma das melhores compras aleatórias que eu já fiz!

Partindo para a história em si, o livro, baseado na vida de um famoso samurai, trata da vida do jovem Takezo, que na primeira cena acorda, junto a seu amigo Matahachi, em meio a cadáveres no campo da batalha de Sekigahara, da qual participou, sendo derrotada a facção apoiada por ele. Takezo retorna à sua aldeia natal, mas torna-se fugitivo. A partir de então, e influenciado por outros personagens, Takezo, que ao longo de sua jornada muda o nome para Musashi, viaja pelo Japão em busca de aperfeiçoamento na arte da esgrima. Ao longo da história, somos apresentados a personagens cativantes, dos quais pouco a pouco as histórias vão se entrelaçando até todos estarem em maior ou menor grau relacionados.

O livro, que tem cenas violentíssimas (que, inclusive, me fizeram lembrar dos animes que assistia na infância) possui um contraponto romântico: a bela Otsu, ex noiva de Matahachi, que por amor a Musashi , também percorre o país em busca de seu amado. O fato de uma mulher percorrer o país atrás do homem que ama, poderia indignar leitores modernos em outra circunstância. Mas por se tratar de outra cultura e uma outra época, esse sentimento não existe, pelo contrário, a personagem torna-se digna de admiração por sua força de caráter.

Uma característica riquíssima do livro são as cenas em que Musashi compara o manejo da espada com o trabalho de outros tipos de artistas, aprimorando seu aprendizado com esse tipo de observação. Essas comparações e descrições detalhadas (a maneira que a flor foi cortada, indicando o grau de perícia daquele que a cortou, só para citar um exemplo) dão uma beleza imensa ao livro, tornando cada página prazerosa.

Não sei como a história termina, o Volume 2 ainda me espera. Mas independentemente do desfecho, a qualidade deste livro já está mais do que garantida para mim! :)
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Paty 31/03/2021

Ele causou algumas discussões entre o povo aqui em casa
Olha, tem uma porção beeeeem grande de coisas que eu gostei nesse livro, de verdade, mas não sei se agora eu vou lembrar delas porque ainda estou sob efeito de nervosismo pós passei-no-semestre-graças-a-Deus. Eu faço questão de começar falando da tradutora.

"Ah, mas ela não é a única que traduz do japonês pro português". Sim, eu sei, e não é isso que vou discutir, quero apenas parabenizá-la pelo magnífico trabalho pois não ser a única não torna o trabalho mais fácil, e preciso dizer que o trabalho da Leiko foi magistral. Obrigada por existir, Leiko, e ter traduzido esse livro para nós, sua tradução ficou sublime.

Agora, vamos para o livro em si. Eu poderia soltar uma ininterrupta ladainha sobre os aspectos formais do texto e blablabla mas não vou fazer isso (a muito custo, porque acostumei tanto na universidade a fazer isso nas análises... isso acabou se tornando um vício contra o qual tento lutar asokpsoakopskpaks). Mas, preciso dizer que toda a construção textual foi muito boa mesmo... eu senti uma certa progressão textual às vezes, mas nada que alguém vá pensar "que droga". A poesia aqui também é maravilhosa. É o tipo de livro que eu SENTI o que o cara estava descrevendo, sabe? Paisagens, por exemplo: eu simplesmente conseguia imergir na descrição da coisa, o ribeirinho que ele descrevia, da mesma forma que eu conseguia ver as ruas enlameadas, os bambuzais e enfim; ele coloca de uma forma tão poética até as coisas mais simples, tipo "ah, o Musashi comeu um bolinho de arroz lá", e não de um jeito que ficasse chato, mas de um jeito que eu pensava "pô, deve tá mó bom esse bolinho aí, queria um também". Isso foi muito legal pra mim.

Agora, sobre os personagens: a verdade é que eu gosto muito da Otsu, ela é uma personagem com muita presença mesmo, ela é uma personagem forte e gosto muito disso, porque ela suporta uma coisas que a galera no geral não ia suportar não (não vou falar porque acho que seria spoiler). Mas não consigo deixar de pensar que ela é bem otária de ficar correndo atrás do Musashi (foi essa a parte que causou mais dissenções aqui entre nós... todos aqui já leram os livros dele, menos eu hehehe). Ela é incrível, mas o que falta de amor próprio nessa mulher é deprimente num ponto que dá vontade de pegar na mão dela e mandar ela se tratar. Eu não entendo como um ser humano em plena consciência se daria ao trabalho de quase morrer por um cara que, por mais que diga que ama, não demonstra nada disso. Do Joutaro não tenho o que falar, ele verdadeiramente ama a Otsu, não de jeito romântico, mas ele tem imenso carinho por ela de um jeito que o protagonista dessa história aparentemente nunca vai ter (esperemos o segundo volume para ver o que tem a nos dizer). Só não gostei quando ele matou o cachorro, isso foi maldade, mas ele é um mulequinho meio burro às vezes, então... Agora, o Musashi... mano. Tá, assim, gosto muito dele, mas do jeito que você encontra um personagem meio imbecil do qual você não consegue desgostar... Porque eu gosto super dele, ele é um ótimo personagem, mas ele é bem otário também. E egoísta. E mentiroso (não é sempre). E mala. MAS é um cara legal do jeito dele. Mas as coisas que ele faz quando diz respeito à Otsu me deixa virada no jiraya, não faz o sentido nenhum. Mas continuo na torcida para que ele consiga seguir nesse caminho da espada que ele escolheu... eu só queria que a Otsu acordasse pra vida ou sei lá, coitada, muito burrinha, nossa...

Mas enfim, é isso, o livro é muito bom e não é porque os personagens são um bando de bocós que vou desgostar da história, muito pelo contrário, isso até torna a história melhor pra mim. Lê aí, mó bom. (resenha confusa de novo, mas quem ler, perdoa eu, sou universitária com apenas uns três neurônios realmente funcionais, os outros se aposentaram).
CaRoL3000 01/04/2021minha estante
Se quiser podemos continuar nossa discussão por aqui kkkkk ;3
O Musashi ama a Otsu............do jeito guerreiro-muito-ocupado-tentando-alcançar-a-iluminação-superior-e-por-isso-não-posso-me-distrair dele...... Mas ama sim... ^ ^


Paty 01/04/2021minha estante
Em casa a gente conversa _


CaRoL3000 01/04/2021minha estante
...........Rude.... :3




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