Andressa 19/05/2017Eu tenho tanta a dizer sobre esse livro que está difícil para mim colocar os pensamentos em ordem. Mas vamos tentar.
Eu conheci a Cinthia Freire graças a uma amiga, que junto comigo administra um grupo de leituras no Facebook. O primeiro livro que eu li da autora foi Um Novo Amanhecer que apesar de eu ter encontrado falhas, eu gostei bastante.
Logo, é claro que eu leria outro livro dela, então escolhi Meu Erro. Ao ler esse livro tive a impressão que a autora de inspira em livros que já fizeram sucesso para criar suas história. Por exemplo, em Um Novo Amanhecer conhecemos dois jovens que se apaixonam e que mais para frente, o menino descobre que tem câncer e passa a lutar pela vida junto com sua namorada. Isso me lembrou demais A Culpa é das Estrelas. Em Meu Erro temos o casal Gabriel e Caroline. Gabriel, ou Gabe é um jovem de 19 anos que teve vários problemas na vida desde pequeno e com isso, se tornou uma pessoa agressiva. Resolveu jogar tudo pro alto e vive a vida de maneira descontrolada com farras noturnas e uso de drogas. Como o próprio personagem diz várias vezes, ele escolheu viver no inferno.
Caroline, ou Carol é uma menina da mesma idade, que também teve problemas na vida, mas que está tentando superar a cada dia, e está conseguindo fazer isso com sucesso.
Pois bem, logo no começo do livro após brigas e confusões os dois se encontram e se apaixonam. LOUCAMENTE. São quase 400 páginas de idas e vindas, de brigas, descontrole e um amor exagerado. E isso me lembrou Belo Desastre. E não, eu não estou dizendo, de maneira alguma, que Cinthia Freire copiou histórias que trouxeram dinheiro para as editoras que a lançaram, pelo contrário, ela consegue levar as suas histórias por outros caminhos. Caminhos diferentes que esses livros levaram.
O que me deixou decepcionada nesse livro em particular foi o quão forçado tudo aconteceu. Carol e Gabe são duas pessoas que mal de conhecem e se apaixonam PERDIDAMENTE. Tipo aquelas pessoas que dizem – “sem fulano eu não vivo. Fulano é o ar que eu respiro e blá blá blá”. Sério, quando eu lia algo do tipo – “é por ele que estou fazendo isso, é ele que me dá forças, é por ela, apenas por ela” eu queria gritar – “Nãaaaaaao!! Faça por você!”
Em muitas vezes eu revirava os olhos lendo. Sem contar que, pelo uso das drogas, Gabriel se torna uma pessoa extremamente agressiva, e Carol não sente um pingo de medo dele. Nunca. Muito pelo contrário. Ele e seu menino P-E-R-F-E-I-T-O que só precisa se encontrar.
Também senti falta de outras histórias dentro da principal. Temos algumas narrativas do romance de Veronica que é amiga de Carol e Fábio, mas grande parte do livro é Gabe e Carol enfrentando problemas e fazendo juras de amor eterno um ao outro.
Nessa narrativa, temos o “mistério” do porquê Gabriel se tornou esse “caso perdido” e eu juro pra vocês: em nenhum momento da história eu fiquei curiosa para saber o que tinha ocorrido. E quando descobri, pensei: sério isso??
Sem contar que o cara parece um psicopata. Segue a garota em tudo quando é lugar. Eu fiquei muito mais impressionada com o que houve com a Carol do que com o Gabriel. Aliás, ela finalmente contando o que aconteceu com ela, foi a única parte que eu realmente gostei.
Acho que o pior de tudo isso, é que eu gostei do enredo da história. Só acho que a autora não soube levar. Moramos em um país onde vários jovens tem problemas com drogas e eu achei que esse seria um bom tema. De uma pessoa tentando se levantar. Mas isso não acontece. A autora colocou um personagem, agarrado ao seu “anjo” – Carol e buscando nela, forças para se levantar.
Acho que se o amor deles tivesse se desenvolvido aos poucos, isso ficaria muito melhor, mas não. Acabaram de se conhecer e já juravam amor eterno um ao outro.