Raquel Comunale 06/06/2017
O livro é relativamente curto mas me trouxe vários pontos de reflexão. Sempre fui uma ciumenta incorrigível nos mais diversos tipos de relacionamento. De uns meses pra cá comecei a trabalhar em estratégias para identificar os motivos que me levam a sentir isso, como evitar confrontos, avaliar os sentimentos por traz disso, etc. Nesse sentido o livro me ajudou bastante. Abaixo os pontos que mais chamaram minha atenção.
Raízes na infância
Muitas vezes nos relacionamentos da vida adulta optamos por vivenciar cenas traumáticas da infância. Isso ocorre pois desejamos curar as feridas ainda abertas, existe uma esperança mágica de que desta vez será diferente. É um forma doentia de tentar reparar o passado.
Assumindo a culpa
Se existe uma situação ou padrão comportamento negativo na sua vida a escolha de permanecer é exclusivamente nossa. Sempre que corremos freneticamente atrás de um objetivo e ele se distancia em vez de se aproximar precisamos avaliar se existe um desejo deliberado pelo negativo agindo dentro de você.
Karma e Dharma
Karma se refere à lei de ação e reação, ou seja, para toda ação existe uma reação. É uma dívida de aprendizado, não de sofrimento. Ou seja, determinados padrões vão se repetir até que a entidade aprenda o que tem que ser aprendido. Isso pode ser doloroso ou não, depende da evolução de cada um.
Dharmas se refere à conduta que respeita e segue a lei natural das coisas, que está em harmonia com o cosmos. Quando nos alinhamos com o dharma, estamos nos alinhando com o nosso propósito na Terra.
O desejo de ter filhos
Determinadas almas carregam o desígnio de ter um filho. Às vezes faz parte de um verdadeiro comando espiritual contudo, o mais comum, são casais gerando filhos apenas para responder a uma programação social e cultural. É a “síndrome de Walt Disney”: a esperança mágica de que o relacionamento e a família trarão felicidade eterna. Trata-se de uma crença de que a sua felicidade somente é possível através do outro, então, você acredita que vai encontrar o príncipe encantado ou a princesa encantada e será feliz para sempre.
Codependência
É um vício muito comum nos relacionamentos. Quando temos apegos a um relacionamento que já não promove o nosso crescimento e evolução. É preciso identificar o quanto faz sentido investir em um relacionamento ou simplesmente seguir em frente.
Felicidade
Acreditar que dependemos do outro para encontrar a felicidade e a paz duradoura é a pior ilusão. Felicidade implica liberdade. Liberdade implica abrir mão de qualquer tipo de codependência. Por mais importante que seja o relacionamento com o outro, ele é apenas uma passagem.
Projetando seus desejos
Muitas vezes projetamos no outro parceiros os nossos desejos mais secretos.
Por exemplo:
Você tem o desejo de ter vários parceiros, mas nega esse desejo.
Você começa a projetar isso no outro e a desconfiar que ele vai te trair.
Talvez de fato o outro tenha o mesmo desejo que você. Talvez não. A grande questão é: antes de exigir algo do outro é importante olhar para nossos próprios desejos e tomar decisões com isso em mãos.
Maturidade
O que caracteriza a maturidade é o fato de poder assumir responsabilidade pelo seu medo, pela sua incapacidade de amar e ser feliz. Imaturidade é você precisar acusar o outro por isso. Pessoas imaturas gostam de reclamar do outro mesmo sem motivos ou justificativas. A mulher pode, por exemplo, encontrar motivos para evitar contato físico e o homem pode sair com outra mulher. São válvulas de escape que não resolvem o problema mas trazem um alívio imediato.
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