Psychobooks 02/06/2012
Uma mescla de passado (1790) e "presente" (1972), o livro narra sobre a história do Xadrez de Montglane, de Carlos Magno, que desde sua "descoberta", é um objeto de cobiça e extremo valor, pois trará um conhecimento e poder inigualáveis.
Cat Velis, uma jovem e promissora analista de dados em uma época e carreira predominantemente masculina, por ser extremamente legalista em sua profissão em uma empresa de auditoria, acaba desagradando os presidentes da empresa e com isso é transferida para uma empresa em ascensão do outro lado do mundo: a Argélia.
Mas Cat jamais imaginou que seu destino já estava pré-definido, pois graças a uma previsão de uma vidente no ano novo e alguns empurrãozinhos humanos, ela terá de não só desvendar todo o mistério por trás do xadrez, como também sair em busca das peças perdida a muitos séculos. Mesmo contra sua vontade, ela estará envolvida em conspirações e jogos de poder em que ela será apenas um peão, mesmo que isso signifique sua vida.
Bom, capa com um tabuleiro de xadrez, tema principal, xadrez, logo o livro só poderia tratar sobre isso. Até aí sem grandes novidades, o problema é que não entendo lufas de xadrez, nunca joguei e em algumas partes do enredo, são utilizados termos técnicos, próprios do jogo que necessitam algum conhecimento básico no assunto.
Outro ponto negativo, foi as intermináveis fórmulas de matemática, utilizadas como auxílio, ou mesmo a "chave", para desvendar parte dos mistérios. Tem de Einstein à teoria Fibonacci. Alouuuuu! mal me recordo como fazer uma equação de segundo grau. Nem preciso dizer o quanto fiquei perdida nessas partes.
A receita da história é boa, com mistério, ação e um quê de misticismo, mas algumas coisas poderiam ser dispensadas.
Catherine Velis é uma típica nerd e desconfiada, quer acreditar nas pessoas e nas coisas que acontecem a sua volta, mas desconfia, pois tudo parece impossível, muito maluco. O que gostei da personagem é que ela tem um toque de realidade em seu perfil, não é de hoje que alguns livros abusam do absurdo e ultrapassam o aceitável.
Como dito anteriormente, o livro se passa em duas épocas, Cat é a responsável pelo ano de 1972, enquanto os trechos de 1790 ficam a encargo das primas Meirelle e Valentine, duas noviças que são incumbidas de proteger algumas peças do jogo.
O livro é repleto de personagens inconstantes, ninguém é o que parece, quando você acha que há um inocente, ele é justamente o culpado.
A trama se desenvolve maravilhosamente bem, capaz de se perder algo entre um suspiro e outro, apesar de muitas resenhas negativas por aí, eu realmente gostei do livro, exceto as partes "nerdices matemáticas".
Não sei se é sinônimo, mas toda vez que um livro trata da igreja católica, algum objeto perdido, considerado até lenda, a maçonaria está envolvida. Fiquei meia perdida com alguns acontecimentos. Será que parte dos personagens citados como maçons, realmente são, ou é mito? Napoleão tinha uma irmã noviça e serviu o exército em meio a revolução francesa como soldado?
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