Pssica

Pssica Edyr Augusto




Resenhas - Pssica


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Mariela11 11/07/2022

ANGÚSTIA
Nem é meme, esse livro é tão angustiante e dilacerante que me incentivou a fazer meu primeiro vídeo pro YouTube, todo tremido e áudio estourado mas tá lá. Edyr não tem dó nem piedade do leitor, é um ataque cardíaco após o outro. Demorei um pouco pra pegar o ritmo pois a escrita tem um estilo diferente. Mas nem cogitei desistir, até porque é do meu Norte, tem a minha Belém. É lindo de ver que nossos autores nacionais tem tanto talento quando os famosinhos gringos. Venha angustiar-se você também.
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Gilberto Alves 20/06/2022

Diferente, bom, talvez um pouco rápido demais.
É um livro diferente, tanto na forma da escrita, quanto na narrativa ágil, direta. No bom brasileiro "curta e grossa".
Gostei muito do fato de sair dos padrões de sempre: mesmos lugares, mesmas tramas e aquele drama padrão.
Achei que o estilo do livro acaba deixando todos os personagens muito rasos, vc não se apega, não sente piedade, paixão, pena, ódio etc. Talvez por ser um livro curto, você o termina e parece que faltou um monte de coisa, um monte de ponta solta quando vc volta e analisa o que acabou de ler.
Porém, ainda assim é um livro muito intertessante.
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Paloma 07/06/2022

Desconfortante
Um romance policial brutal e voraz. Com seu estilo de escrita cheio de personalidade, Edyr Augusto não dá tempo para que os leitores parem e pensem sobre os horrores da trama. Eles estão acontecendo, aqui, agora, e não há tempo a perder. O autor consegue passar a sensação de que é urgente que os leitores saibam como as violências da trama acontecem rápidas, velozes e saem deixando marcas profundas. É na brevidade e na banalidade de uma situação cotidiana que algo muito brutal acontece. A olho nu. No passeio pelo comércio, em uma viagem de barco, na rotina de uma cidade interiorana.

Gostei da escrita do autor, da trama, mas especialmente da ambientação da história. Como boa paraense que sou, adorei ler e me deparar com nossas expressões e gírias características. Em saber exatamente como é a rua em que se passa o enredo, os municípios que compõem a trama e ter noção, dada pela experiência real, de que esses horrores acontecem diariamente no seio dessas outras vivências. Adorei mais ainda o lançar de luzes para esses outros modos de existir que compõem a trama social, mas que são sempre relegados a penumbra. Perpetuada por aquela mentalidade que: sei que existe realidade tal, mas quanto menos souber, melhor.

Aqui não, o lugar do abandono é o que compõe o centro da narrativa. E essa é a maior das experiências do livro! É importante ressaltar que a história contém descrição de muitos crimes e violências que, eventualmente, podem ensejar gatilhos. Ainda assim, não deixa de ser uma grande experiência de muito desconforto, rapidez e visceralidade compreender a mensagem de pssica.
Alê | @alexandrejjr 15/06/2022minha estante
Isso é algo que realmente acontece com todos os leitores. Quando bons escritores conseguem transpor em palavras lugares que estão vivos em nossa memória, sempre sentimos aquela sensação de intimidade. Comigo aconteceu quando li "O resto é silêncio" do Erico Verissimo. Eu não lia a Porto Alegre que ele descrevia: eu via. Imaginar com os olhos é uma delícia! Parabéns pela resenha, Paloma.




Luan 17/05/2022

A urgência visceral da narrativa: Uma construção linguistica que reflete a brutalidade da Amazônia contemporanea.
Além da violência explícita e voraz já verificada na sinopse e em várias outras resenhas, outro ponto importante dessa obra – além da marca estilística de Augusto nas construções de frases secas sem marcação de fala e do regionalismo paraense – são as diferentes vozes e pontos de vista dos seus personagens que entrelaçam-se na narrativa. Essa composição narrativa funciona como uma de teia de relações que mostra-se despretensiosa no início, mas ganha força e pungência ao decorrer da prosa e dos encontros entre as personagens. Sob esse estilo de tratar as tramas, Augusto expõem uma violência que ata-se nas relações cotidianas, nas quais até o mais simples e modesto indivíduo pode ser atingido, assim como este ser pode ser movido também pela violência, esteja ele/ela na zona urbana ou rural, seja ele policial ou não, não há espaço para fugas dessa violência cosmopolita e colonial na Amazônia do século XXI. Dessa forma, na Amazônia de Edyr Augusto não há ambiente livre de conflitos.
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Martony.Demes 08/05/2022

Eis um denso livro, do paraense Edy Augusto: Pssica. 

Antes de tudo, é bom ressaltar que esse livro possui uma série de gatilhos e fatos bem fortes: prostituição infantil, estupros, tráfico de mulheres, torturas, mortes violentas entre outras! Mas pra que tudo isso!? É a realidade nua e crua sendo desvendada!

A história se desenrola inicialmente por uma adolescente que tem relação sexual com seu namorado e tem um vídeo desse ato exposto na internet. Quando sua família descobre, ela é 'expulsa' e mandada para morar com uma tia! Em um ambiente bem hostil, ela é obrigada a ter relação com o namorado da tia! E tambem passa a conhecer o mundo do consumo de droga e é sequestrada para servir de escrava sexual. Daí em diante, nada tem mais limite! 
Em paralelo, é contada a história de um angolano, conhecido como Portuga, que tenta se casar e tenta construir sua vida na beira dos rios do Pará. Porém um episódio muda completamente a vida dele! Seu comércio é invadido e roubado por 'ratos' de água, ou ladrões que singram pelos rios daquela região! E no transcorrer do assalto, Portuga atira e mata um dos ladrões. Vingando a morte de seu parceiro, um dos outros do bando mata e esquarteja a esposa de Portuga. Isso, claro, gera um ímpeto de vingança que vai moldar a vida de Portuga dali em diante! 

Essas duas vidas e outras mais vão se cruzar mais a frente! Porém, nada poético e maravilhoso ocorre! É morte, é sexo selvagem, covardia, assaltos de mercadoria e de vidas são os aperitivos que conjuminam em uma complexa abobada de acontecimentos tensos e horripilantes! Como falei: é a vida como ela é naquela região! Não espere um mar de felicidade e amor. Mas rios de ódio, vingança e tragédias que desembocam em um oceano bem espantoso, para quem não está acostumado a ouvir essas histórias!

Vale, sim, a pena a leitura! Mas prepare-se!!
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JJ 01/05/2022

Cruel e magnético
Um romance policial em poucas páginas, porém, intenso, cruel e, por isso também, magnético.
Pssica é livro pra ser rapidamente lido porque o desenrolar dos fatos contados assim o exigem.

Ambientado entre Belém, ilha do Marajó e Caiena, a estória conta a trajetória de uma jovem adolescente que é raptada pra servir como prostituta, um comerciante angolano que pretende vingar-se pelo assassinato de sua esposa e de um jovem bandido, rato d?água que atua na região da ilha do Marajó.

O pano de fundo é a criminalidade organizada sobre o roubo de cargas de navios, o tráfico de drogas e a rede de prostituição, chagas que assolam esta porção da Amazônia e que afetam diretamente a sorte dos protagonistas. E o nome do livro ?Pssica?, que quer dizer azar, mau agouro, prediz o fio condutor das estórias.

Mostrado sem tons de exaltação, a Amazônia que se revela no livro é a de um inferno - não o verde -, mas o produzido pela ação do homem, do mundo civilizado, que faz daqui o lugar do despejo de todas as mazelas.
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João Paulo 03/04/2022

Essa é uma daquelas leituras dolorosas, crua e que machuca por tratar de assuntos que são reais. E apesar de ser um livro curto, ele causa um forte impacto na gente.
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MF (Blog Terminei de Ler) 29/01/2022

Escritor paraense, Edyr Augusto Proença é uma das grandes vozes da literatura brasileira contemporânea, mostrando a realidade crua e violenta dos interiores do Brasil. Na trama, uma jovem é sequestrada no Centro da cidade de Belém e é vendida como escrava branca em Caiena, capital da Guiana Francesa. Sem amarras, “Pssica” é um verdadeiro soco no estômago em cada uma de suas páginas. A forma como Edyr narra, com os diálogos sendo inseridos diretamente no corpo do texto, provoca um certo estranhamento mas, em paralelo, torna o ritmo frenético. A violência é explícita e choca por ser plausível, dentro da narrativa. O livro é um exemplo claro do que a ausência de Estado pode provocar em uma determinada região do Brasil. Impressionante!

site: https://mftermineideler.wordpress.com/2022/01/07/top-2021-melhores-livros-lidos/
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Camila Venzke 23/01/2022

Foi meu primeiro livro lido de Edyr Augusto e achei a escrita muito dinâmica e fluída, porém, super confusa. Tive que voltar várias vezes para entender quem era fulano de tal... O livro é pequeno, proporciona uma leitura rápida, porém com trechos muito pesados, com muita violência - o que me fez pausar mais do que costumo e quase desisti. Mas vale a leitura.
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Geovana Rodrigues 14/01/2022

[ALERTA GATILHO: ABUSO SEXU4L, DROG4S, VIOLÊNCIA, PR0STITUIÇÃ0, SEQUESTR0 E ASS4SSIN4TO].
Pssica = termo que significa má sorte, mandinga, aquilo que desejamos para nossos desafetos e inimigos, na linguagem coloquial mais comumente em Belém do Pará.

“Narrativa feita de episódios terríveis dispostos em rajadas de frases curtíssimas.” – Frase que está no inicio do livro e resumo muitíssimo bem o que encontraremos a seguir.

O livro começa com uma menina, a Janalice, que descobre que um vídeo intimo dela vazou na escola, e como consequências disso coisas assombrosas aconteceram.

Os pais decidem castigá-la mandando embora de casa e então ela vai morar com uma tia. Lá ela conhece o mundo das ruas e a obscuridade que as drogas e a violência carregam. E por incrível que pareça, isso é só o comecinho da história. Conhecemos diversos personagens (fiquei até meio perdida porque são muitos) mas todos cruzam com o pano de fundo que acomete a sociedade: o tráfico de drogas e de escravas sexuais.

Tudo de ruim que você possa imaginar com essa primeira personagem, a Janalice, acontece. É extremamente gráfico e cru. Muitas vezes tive que parar a leitura e dar uma respirada, ir assistir algum vídeo fofo, porque o negócio não é brincadeira. A forma que foi escrito, sem parágrafos e pausas só reforça essa sensação de angustia. Senti muito medo pelas mulheres da trama, muito medo mesmo! A realidade de violência e abuso é mais comum do que pensamos, e ter que ler algumas passagens, se configurou como tortura para mim.

Muitas vezes pensei em abandonar a história, mas a genialidade da escrita do autor é coisa de outro mundo. É tão real a narração dele, que muitas vezes me sentia atrás dos personagens, espiando as coisas por cima de seus ombros, me assustando com os tiros e com a maldade que cerca o coração de muita gente nesse mundão. As frases são curtas e grossas, sem espaço para delicadezas e pormenores, e isso gera uma agilidade na escrita que eu nunca tinha visto antes.

Já li muita coisa pesada, mas Pssica se encontra no top 3 desgraçamento metal, então reforço: só leia se você realmente não tiver gatilho com alguma das coisas que eu citei acima. E se mesmo depois desse aviso, você ainda quiser encarar, se prepare porque esse livro vai te marcar para sempre, de uma forma ou de outra. Ao autor, deixo os meus parabéns e minha admiração por escrever com tanta clareza sobre o mundo ao qual costumamos fechar os olhos e fingir que não vemos.

site: https://www.instagram.com/p/CYrzPLxPKPD/
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Kelly.duarte 31/12/2021

Nada de mais
Comecei a ler depois de ver a sinopse e várias avaliações positivas, mas a leitura não me prendeu, não me apeguei aos personagens, não gostei da escrita, achei bem confusa as pontuações, e o final me deixou frustrada, esperava mais. Odeio avaliar mal autores nacionais, mas esse não me agradou.
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VdeVeruska 16/12/2021

Violento....e faz pensar que realmente situações como essa podem acontecer.....
Uma leitura rapida.
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Pojo 15/12/2021

Intenso, realista e chocante.
Esta foi uma leitura interessante? um livro intenso desde o começo, com uma escrita diferente, fluída, porém, corrida, sem filtros, impactante muitas das vezes.

O autor é paraense, que utiliza muitos dialetos do Pará. Eu como um paraense, achei isso o máximo, me deixou mais conectado com a narrativa.

O livro em si, trouxe uma narrativa detalhista, e chocante, evidenciando a realidade do tráfico de mulheres e a violência, em estados como o Pará.
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Cleber 01/10/2021

Visceral
Violento, rápido, cru e visceral. Com uma escrita dinâmica e sem frescuras, o autor nos trás histórias incrivelmente reais, que vão se intercalando e se encontrando. Livro para ser lido em uma pancada só. Depois que se acostuma com a forma que a história é contada, não se quer mais parar. Não vou vou falar nada sobre a história, fica por sua conta e risco descobrir. Só deixo uma dica, o mundo é cruel, não se apegue a nenhum dos personagens.
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Nane 13/09/2021

Forte!!!!
Livro curto mas com uma temática forte de revirar o estômago. Apesar de não ser meu estilo de leitura vale muito a pena para conhecermos uma realidade que é mais próxima da gente do que podemos imaginar.
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