Pssica

Pssica Edyr Augusto




Resenhas - Pssica


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Giann0 15/03/2020

Um livro difícil de se ler...
Confesso que precisei parar algumas vezes pra tomar fôlego. O livro exige muito do psicológico e do estômago. Uma leitura difícil, porém bem dentro da realidade. Gostei muito da escrita do autor. Pra quem quer arriscar, eu recomendo!
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Line 24/02/2020

Algumas pausas para a náusea e você consegue terminar.
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Daniele.Maciel 02/10/2019

Áspero
Livro curto e denso. Ritmo elétrico. História bem pesada que gostaríamos que não ocorressem
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Fernanda 14/07/2019

“Pssica” é o primeiro livro que leio de Edyr Augusto. O autor é paraense e o conheci pelos cafés da vida (mais especificamente, no da FOX), mas tive um contato mais forte com sua obra em conversas com Felipe Larêdo, que me indicou alguns livros na 2ª edição da Feira Literária do Pará, que aconteceu ano de 2015. Felipe foi sincero ao dizer “talvez doa”.
Bem, com certeza doeu.

Pssica no dicionário papa-chibé significa maldição. Portanto, pssica é uma praga que é rogada para atingir as pessoas. Pode parecer coisa de louco mas há quem acredite piamente nessa superstição. Principalmente os personagens dessa história.

O enredo já começa para estremecer e nos dá duas histórias paralelas que se cruzam no Pará.
A primeira é de uma moça que tem um vídeo íntimo exposto na internet e é expulsa de casa pelos pais. Vai morar com uma tia perto do centro comercial de Belém e lá conhece uma mocinha nada flor-que-se-cheire. Acaba caindo nas mãos dos que coordenam o trafico de mulheres. A segunda é de um africano com sotaque forte que o povo insiste em chamar de “Portuga”. Ele foi parar pelo interior, em Curralinho, onde se casou e viveu bem por vários anos, até que uma quadrilha de ratos d’água assaltam seu comércio e levam sua mulher. Ela acaba brutalmente torturada e morta. Portuga, ao lado de um companheiro, saí atrás dos responsáveis com sede de vingança mas tudo que vai encontrar é mais desgraça.
O enredo é repleto de pequenos casos e vários personagens com histórias muito infelizes. No entanto, é perceptível que o autor não quer se portador de boas notícias e o leitor pode perceber isso logo nas primeiras páginas. “Pssica” é um livro pequeno para muita desgraça e o que mais dói é que as histórias aqui contadas não são propriamente fictícias. Ignoramos o suficiente para levarmos a vida de forma normal, mas bem pertinho de nós - no Brasil, no Pará, em Belém - há violações acontecendo, talvez, nesse exato momento.

Edyr Augusto vai falar sobre tráfico de mulheres, prostituição, corrupção e desinteresse de gestão pública de uma forma tão crua e direta que 94 páginas foram o suficiente.

A literatura tem o poder de despertar o leitor para o invisível e tirá-lo de sua zona de conforto para ver que a realidade é mais do que vemos da nossa janela. Em geral, todo livro tem esse poder, mesmo as fantasias, pois acabamos sentindo empatia pelos personagens, compreendendo suas motivações e, muitas vezes, sofrendo com eles. Mas Edyr Augusto pegou todos os mecanismos viáveis em “Pssica” e nos deu uma ficção com ares dolorosamente realistas.

O livro é composto por capítulos curtos, numa prosa singular. A linguagem é bastante regionalista, com vários palavrões e termos pontuais usados no Pará, o que achei bem propício para a proposta da história. Os parágrafos são cheios de frases curtas e diretas e não há indicação de diálogo, por mais que eles aconteçam; A própria leitura deixará a intenção dos discursos dos personagens obvia. Não sei se foi intencional para acelerar o ritmo de leitura, deixando o livro ainda mais aflitivo, ou se é apenas o estilo do autor. Mas posso garantir que descobrirei em breve, pois as leituras de Edyr Augusto se tornaram obrigatórias.

“Pssica” é um livro cruel que aborda realidades tão distantes, e ao mesmo tempo tão próximas, que se sobrepõe uma angustia inevitável e pontualmente saudável. Precisamos nos importar.

Edyr Augusto lançou “Pssica” em 2015, pela Editora Boitempo, mas já tem vários livros aclamados, como “Os éguas”, de 1998, e “Moscow”, de 2001. Sua obra foi traduzida na França, no México, no Peru e na Inglaterra. E em 2015, recebeu o prêmio Caméléon de melhor romance estrangeiro, por “Os Éguas”, que foi traduzido com o título de “Belém”, na França.
Creio que esse reconhecimento é apenas um indicador que precisamos ler Edyr Augusto.

site: http://www.garotapaidegua.com.br/2016/03/eu-li-pssica-edyr-augusto.html
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Pyaia 14/01/2019

O pior do ser humano
O livro nos coloca frente a frete de assuntos delicados, como a exploração de mulheres, drogas e vingança, descritos com detalhes que assustam o leitor desinformado do conteúdo da história e deixando com uma sensação de impotência e raiva.
Escrito de uma maneira distinta, com frases curtas que muitas vezes chegam a confundir o leitor e deixam os diálogos mais diretos. No início me incomodou um pouco, mas com o avanço do livro fui me acostumando com essa escrita.

O autor nos mostra uma realidade pouco divulgada, enraizada em algumas culturas e que sabemos que está lá destruindo famílias.
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Mizinhah 08/01/2019

Curto e grosso
Gostei muito do estilo deste autor, ele é objetivo, curto e grosso. Livro com frases curtas, ásperas, realistas. A história flui rapidamente e os personagens são apresentados na sua forma nua e crua, sem enfeites. O tema do livro é tráfico de mulheres, mas surgem ainda outros aspectos sociais interessantes. Gostei muito e pretendo procurar outros livros do autor.
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><'',º> 04/01/2019

"Em Pssica, que na gíria regional quer dizer “azar”, maldição, a narrativa se desdobra em torno do tráfico de mulheres."

site: www.travessa.com.br/pssica/artigo/5dc513c8-c85e-4ed8-b593-2c0d7a85f847
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Pepo 07/12/2018

Pssica é o livro mais pesado que eu já li na vida. A sensação que eu tive ao lê-lo é de espancamento; como se um grupo de marginais me abordassem na rua e despejassem sobre mim socos e pontapés, enquanto procuro, inutilmente, me defender, ao chão em posição fetal. Bem, isso porque o livro é permeado de desgraças. Nauseante, sufocante, muitas vezes causando até mal-estar físico. A escrita de Edyr Augusto é um dos pontos altos que proporcionam tal desconforto. Isso se deve à forma que ele narra os acontecimentos e também pelos diálogos breves e diretos. Esses que, por sua vez, não são separados por travessão ou aspas como nos é comum, mas por pontos. Tal método faz com que façamos um esforço maior para imaginar a cena, tornando-a mais vívida, impactante. Guardada as devidas proporções, Pssica me remete ao absurdo kafkiano, aquilo que tira o indivíduo de sua zona de conforto e faz com que ele precise se reaver no mundo, interno e externo. Temos aqui, um pano de fundo sobre tráfico e escravidão sexual de mulheres brancas que são forçadas a fazerem coisas inimagináveis; tema que expõe uma realidade, à nós, distante, mas que existe. Contudo, o real objetivo do autor, como o próprio afirma, é escrever sobre pessoas; sobre como essa rede interminável de acontecimentos afeta suas vidas e seu psiquismo. Bebendo da mesma fonte de Kafka, a redenção dos personagens é sutil, até mesmo, supérflua. Não me refiro somente aos danos psicológicos, mas principalmente, sobre o absurdo que segue existindo, dilacerante, arrastando tudo e todos a sua volta. Sem dúvidas, Pssica é um livro que merece todas as congratulações, é a literatura brasileira na sua forma mais crua e suja. Mas deixo o alerta: a leitura é acachapante! Não só me senti abatido em posição fetal como também, em determinados momentos, o fiz inconscientemente, impelido, impotente.
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Michelle.Danielle 12/11/2018

CRUEL
Um livro cruel, mas verdadeiro.
Você simplesmente perde a fé na humanidade ao fim deste livro, e não estou falando isso como algo negativo não.
Ele esboça tão bem a realidade de locais completamente negligenciado pelo estado, lugares com regras próprias, impunidade, e a tradicional nojeira da política, que você fica chocado e com um mal estar ao fim da leitura. Novamente falo isso no bom sentido, porque você é completamente absorvido pela narrativa, você sente o asco de toda situação.
Melhor ver algo mais leve depois deste livro.
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Indiacy 28/10/2018

Uma realidade tão dilacerante que parece uma distopia. Um livro necessário que aborda uma das piores mazelas da humanidade. LEIAM!
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Monique 14/11/2017

Ainda bem que o livro é curto: são tantas cenas de violência que a própria narrativa deixa o leitor perplexo como se tivesse levado um soco no estômago. Sem poder parar pra respirar, somos levados pela história como se também estivéssemos tentando fugir do inevitável? constante competição em que os papéis de oprimido e opressor se alternam.
Pessoalmente, as cenas de prostituição foram as que mais me chocaram. Nas cenas de sexo, fiquei sem saber se o ponto de vista do autor, por ser um homem, é inevitavelmente o mesmo dos personagens que veem na mulher apenas um buraco onde meter ou se realmente ele busca tentar entender o paroxismo vivenciado por uma garota que cresce largada e goza de verdade com o ?gordo suarento? que a comprou como sua escrava sexual (p. 25). O prazer do sexo e da droga acaba sendo um modo de atravessar o torpor de uma vida sem grandes possibilidades de escolhas.
Ainda estou digerindo este pequeno livro, mas recomendo!
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Poesia na Alma 01/05/2017

Joga pedra na Geni
Enquanto o corpo nu da adolescente Jane é leiloado todas as noites, conhecemos outros personagens, como o angolano Manoel Tourinhos, que dão consistência a teia de horror, poder, capitalismo, machismo, violência, sexo, abuso, dor e pânico.

Apesar do assunto ser tratado na literatura, diferente de muitos livros que apelam para o sensacionalismo a ponto de materializar um texto comercial, Pssica é uma obra de arte. Se numa pintura for preciso expressar o que senti durante a leitura, recorro ao tão famoso e necessário O Grito, de Edvard Munch.

continue lendo - http://www.poesianaalma.com.br/2017/05/resenha-pssica.html
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Na Literatura Selvagem 11/03/2016

Pssica

Pssica, escrito por Edyr Augusto e publicado pela Boitempo Editorial é um daqueles livros que eu nunca teria chance de ler se não fosse por indicação de um grande amigo. E não por não ter - a primeira vista - encontrado algo de instigante em sua proposta - mas sim por não ver uma divulgação ampla sobre a obra... Mas eis que tive a chance de ler e o que pude sentir além de um soco no estômago, foi uma sensação de impotência pela incapacidade de conhecer de perto e/ou fazer algo que soasse como significativo a respeito da situação abordada.

Romance contemporâneo paraense, Pssica é uma história dramática, de narrativa visceral e possui um ritmo alucinante, que fala sobre rapto e prostituição de garotas na região norte do país... Uma adolescente que acabou expulsa de casa, condenada a humilhação pública em seu meio por um vídeo que vazou na internet em que ela faz sexo com seu namorado. O próprio havia distribuído o vídeo para que todos pudessem ver, e ao saber disso, seu pai a envia para morar com uma tia, em outra cidade, pois se sente envergonhado pela exposição sexual da filha, Janalice.


Continue lendo em

site: http://torporniilista.blogspot.com.br/2016/02/pssica.html
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