Beije-me Onde o Sol Não Alcança

Beije-me Onde o Sol Não Alcança Mary del Priore




Resenhas - Beije-me Onde o Sol Não Alcança


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Samara 29/10/2023

"Beije-me onde o sol não alcança" é a estreia de Mary del Priore no mundo dos romances, e ela o faz de forma magnífica. Conhecida por seu trabalho meticuloso como historiadora, del Priore tece uma trama envolvente centrada em três personagens reais que nos transporta para o cenário do século XIX. O leitor é conduzido por cidades icônicas como Paris e São Petersburgo, mas é no Rio de Janeiro que a atmosfera do livro se destaca.

A narrativa, rica em detalhes, nos apresenta a complexidade das relações amorosas, dos triunfos e quedas, da sedução e traição em um contexto histórico fascinante. É uma história de paixões, mas também um retrato fiel de uma época, revelando o cotidiano e as nuances culturais da segunda metade do século XIX.

O que mais impressiona é a habilidade da autora em combinar uma pesquisa histórica rigorosa com a fluidez da prosa ficcional. "Beije-me onde o sol não alcança" não é apenas um romance, mas uma viagem ao passado, mostrando que as emoções humanas, suas paixões e tragédias, são eternas e universais.

Recomendado para quem ama histórias de amor embasadas em fatos reais e para aqueles que desejam mergulhar em uma época retratada com precisão e sensibilidade.
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Daniel432 23/05/2018

Oportunidade perdida
Como todo romance histórico o autor, neste caso a autora, tem certa liberdade de criar, de inventar fatos e situações que cubram lacunas e tornem a história mais atraente.

Dito isso, Mary del Priori poderia ter explorado mais a escravidão, o tronco e castigos comumente aplicados aos escravos, mais a dura realidade vivida pelos escravos mesmo no período final da escravidão.

Está certo que era bastante comum o senhor envolver-se com escravas e ter filhos bastardos e essa opção da autora tornou o livro um pouco enfadonho, mas para quem pouco conhece esta parte da história do Brasil sua leitura vale à pena.
May 04/02/2019minha estante
Descordo da sua colocação acrescentando um fato histórico. Com a lei Eusébio de Queirós em 1850 começou a ser mais difícil ter novos escravizados (paulistas aproveitaram isso para contratar mão de obra barata europeia) mas seria muito difícil tu impor o castigo e colocar em risco a vida do escravizado sem a perspectiva de ter outros no lugar. E como é bem trabalhado no livro, começou a ter um terror que abalou a estrutura escravista no fim do século XIX. Então seguindo esse raciocínio, que a autora bordou em seu romance se entende o pq ela não explorou a escravidão mais a fundo.


Daniel432 05/02/2019minha estante
Legal seu comentário Mayara! Não sou historiador mas já li que o fim do tráfico negreiro da África teve como consequência o aumento do tráfico interno do Nordeste brasileiro, onde a monocultura da cana-de-açúcar definhava frente a concorrência do açúcar de beterraba, para a região Sudeste. Ao pesquisar na internet encontrei um site (https://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/lei_eusebio_queiros.htm) onde diz que a "Lei Eusébio de Queirós não surtiu efeitos imediatos. O tráfico ilegal ganhou vitalidade e num segundo momento o tráfico interno de escravos aumentou. Foi somente a partir da década de 1870, com ao aumento da fiscalização, que começou a faltar mão de obra escrava no Brasil. Neste momento, os grandes agricultores começaram a buscar trabalhadores assalariados, principalmente em países da Europa (Itália, Alemanha, por e exemplo) período em que aumentou muito a entrada de imigrantes deste continente no Brasil." Fica a informação e o meu agradecimento por me proporcionar mais conhecimento e oportunidade de discussão. Abraços




Maria7468 16/10/2018

Beije me onde o sol não alcançou
Realmente esse livro me impressionou muito. Uma narrativa que podemos sentir o que está escrito,como se estivesse lá. Mas o que mais me impressionou no livro,foi o contexto histórico. Muito bom em saber como era meu país na época,como eram vistos na europa,a importância do café. A luta da abolição dos escravos.
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Magda.Marilise 22/04/2024

Achei que não ia acabar nunca
Como historiadora, eu acompanho de perto o trabalho da Mary e eu gosto bastante.

Mas esse primeiro romance dela me ocupou quase o mês de abril inteiro única e exclusivamente pq quando eu olhava para o kindle e sabia que tinha que ler ele, eu deixava o bicho longe.

Ô livro chato e confuso. É escrito em forma de correspondência entre os personagens o que eu acho até legal, pois sou formada em Orgulho e Preconceito... PORÉM, aqui simplesmente não funciona!!!!

Cada capítulo é muito confuso, onde mal dá para saber qual carta era de qual personagem, uma bagunça só.

Também gosto muito de livros que quebram a expectativas e é o caso desse, mas não de um jeito bom.

Maurice é um macho escroto, Nicota é uma sonsa e Regina uma ingrata. Dito isso, vou voltar para os outros livros e correr atrás do tempo perdido com esse aqui.
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clara 25/01/2022

Retrato de um mundo em transição
Baseando-se em uma história real de amor de uma herdeira de um Barão do café por um conde russo, o livro vai retratando a vida do casal ao longo do período histórico. Retratos da vida cotidiana na Corte, no Vale, em Paris e em São Petesburgo recheiam o romance, não deixando pra trás as mudanças políticas e sociais do mundo durante a segunda metade do século XIX.

Com leitura moderada, o livro é escrito em forma de cartas, pedaços de diários e recortes de jornal.
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karIeane 15/06/2021

Beije-me onde o sol não alcança
Esse livro estava parado na minha prateleira a uns anos, então resolvi ler ele, foi um experiência boa, mas há alguns pontos que eu acho essencial destacar.

Não leiam esse livro esperando uma história de paixão, um triângulo amoroso que te faz se envolver com os personagens, por que vocês não iram encontrar isso, baseado em documentos reais esse é um romance sem amor, a história de um casamento sem paixão, baseado em mentiras e completado com traições.

Se passando antes, durante e depois da abolição da escravatura temos diversos momentos e falas relacionadas a esse tema, e diversas cartas e registros reais sobre todos os acontecimentos desse livro.
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Maiara.Alves 21/12/2019

Um verdadeiro estudo histórico na forma de um romance real
O título, dúbio, permite conclusões diversas. Um livro de capítulos curtos e bem concatenados que conta a história real do casamento de um conde russo, Maurice Haritoff, com uma herdeira, Nicota Breves, da oligarquia cafeeira do Vale da Ribeira e, ainda, um triângulo amoroso.
Baseada em vasta e sólida bibliografia, Mary del Priore traça uma excelente panorâmica do Brasil do final do século XIX, época em que a monarquia agonizava, a sociedade escravocrata se findava e a poderosa economia dava sinais de cansaço, revelações sobre a condição feminina no império, sobre o patriarcado brasileiro, sobre a escravatura, sobre as limitações da época, sobre a sociedade rural... um verdadeiro estudo histórico na forma de um romance real.
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Sally.Rosalin 25/12/2017

Beije-me onde o sol não alcança - Mary del Priore
Primeiro lugar, eu curto muito Mary Del Priore. Segundo lugar, ela acertou em cheio nesse romance que trata de uma parte do período imperial (século XIX), em particular, do casamento de um nobre russo com uma baronesa do café brasileira. Analisando cartas trocadas por eles e publicações de jornais da época, Mary coloca como pano de fundo a sociedade cafeeira (em alta até a decadência), as transformações da corte e toda influência estrangeira, a questão abolicionista, o ambiente da colheita, das fazendas, dos tímidos avanços tecnológicos e finaliza já citando os coronéis que entraram no poder na transição do Império para a República. A leitura não é cansativa e para os amadores de História do Brasil, fica uma super dica.

site: https://sallybarroso.blogspot.com.br/2017/12/beije-me-onde-o-sol-nao-alcanca-mary.html
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Gislaine 12/12/2016

A visão incomoda da história
A sequência fica meio confusa e truncada em função das cartas nem sempre terem assinatura, mas a verdade nua e crua que brota destas linhas chega a ser incomoda! Talvez se soubesse ser apenas um romance fictício não seria tão interessante, por outro lado.
A vida como ela era...
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Aline 02/02/2022

Muito bom
Adoro os livros da Mary del Priore e com esse não foi diferente. Um romance envolvente e como pano de fundo toda a narrativa histórica da época.
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Vanessa Vieira 10/06/2016

Beije-me Onde o Sol Não Alcança - Mary del Priore
O livro Beije-me Onde o Sol Não Alcança, primeiro romance da historiadora Mary del Priore, se passa na segunda metade do século XIX e percorre Paris, São Petersburgo e Rio de Janeiro com uma riqueza de detalhes surpreendente. Apesar do marketing ter frisado bem o triângulo amoroso da trama, o livro, felizmente, vai além e nos traz o retrato de um Brasil que sofre a derrocada do apogeu do café e vivencia os primeiros movimentos de libertação escravagista. O contexto histórico do enredo é riquíssimo e isso se deve à pesquisa minuciosa feita pela autora e também por se tratar de uma história um tanto quanto biográfica.

Conhecemos a história de três personagens reais, dos quais consta, inclusive, as datas de falecimento nas notas finais do livro. Maurice Haritoff é um conde russo que perdeu o prestígio de seu sobrenome com a queda da dinastia Romanov e parte rumo ao Brasil com o propósito de se casar e refazer o seu nome. A escolhida do conde é Nicota Breves, a herdeira de um poderoso barão do café. Simples, tímida e ingênua, ela não é uma moça de grandes atrativos e até mesmo já não se encontra em idade casadoura. Os anos passam e Nicota não consegue engravidar, nem mesmo utilizando de simpatias e outras artimanhas vindas de Maria Gata, uma escrava que está com a moça desde criança.

Ela ama o marido com cada fibra de seu ser e o seu sentimento é palpável no decorrer da leitura, principalmente por Mary del Priore ter retratado fielmente suas cartas de amor ao esposo, que pertencem, hoje, a coleção da sra. Ieda Borges. No entanto, Maurice não compartilha da mesma devoção desenfreada de sua esposa e tanto em suas viagens para o exterior quanto pelas suas andanças na fazenda Bela Aliança, se envolve em relacionamentos extraconjugais, sempre com moças bem jovens. Porém, é com Regina Angelorum - uma jovem escrava alforriada que foi criada como filha por Nicota - que ele se envolve e se vê completamente apaixonado.

Beije-me Onde o Sol Não Alcança é o retrato do Brasil em meio a uma época em que o império do café sofre o seu declínio, principalmente por conta da abolição da escravatura. É também uma aquarela dos costumes de um período envolto por dramas, infidelidades, ambição, poder, religiosidade e opressão feminina. O enredo de Mary del Priore vai além do triângulo amoroso que nos foi vendido e nos descortina a história de nosso país com maestria e exuberância. Narrado em primeira pessoa por quatro personagens distintos - Maurice, Nicota, Regina e um jornalista mulato que nutre uma calorosa afeição pela sinhá moça - o livro mostrou um cunho histórico soberbo e isso, por si só, já conseguiu ganhar a minha afeição.

"Essa foi a história de uma esposa infeliz, de um marido infiel e de sua amante. De infidelidades feitas de feridas minúsculas, de humilhações, de remorsos e solidão. Do uso e abuso de máscaras. Infidelidades feitas não só de deslealdade amorosa, mas de mentiras. Mentiras sobre quem se é. Mentiras sobre de quem se gosta. As dele, as dela. Essa é uma história triste, sobre a qual todos acham que sabem muito. E nada ou quase nada conhecem."

Maurice, desde o início da história, se mostrou uma pessoa ambiciosa e cega pelo poder. Ele se casa com Nicota sonhando com o título de barão do café e pouco se importa com os sentimentos da moça. Sua infidelidade acontece com naturalidade - afinal, era um costume da época as "diversões extraconjugais"do esposo - e ele nem mesmo hesita em machucar e humilhar sua esposa, se envolvendo com uma jovem escrava que foi criada como filha por ela. Ao meu ver, foi um personagem egoísta e desprezível e que infelizmente não foge do estereótipo dos barões e senhores de engenho da época.

Nicota, mesmo sendo entregue para casar com um homem que nunca viu na vida, acaba se apaixonando. Desde jovem, a moça sofre graves complicações de saúde e em decorrência disto, não consegue engravidar. Ela utiliza tantos métodos medicinais quanto espíritas para auxiliá-la na questão, mas todos eles se mostram em vão. Seu amor por Maurice é abnegado e pungente e por termos acesso às suas cartas para o amado, é impossível não compartilhar com a personagem toda a angústia e desprezo sofridos. Mais do que uma traição carnal, Maurice seduziu alguém a quem ela estimava e amava como filha e isso foi uma punhalada severa em seu coração.

Regina aparece muito pouco no enredo, apesar de ser o pivô do triângulo amoroso. Tal como muitos escravos da época, mesmo na alforria, ela permaneceu na fazenda Bela Aliança por não ter outro lugar ou ao menos padrão de vida para seguir. Sua ingratidão com a sinhá moça que a acolheu como mãe foi muito cruel e, mesmo sabendo que Maurice é tão e até mesmo mais culpado do que ela, acredito que ela poderia ter se desviado das investidas do patrão ao invés de sucumbir na primeira chance, ansiando por um estilo de vida caprichoso e melhor.

Em síntese, Beije-me Onde o Sol Não Alcança se mostrou um livro de teor histórico profundo e um retrato primoroso do Brasil da segunda metade do século XIX. O romance não conseguiu chamar tanto a minha atenção quanto eu gostaria, mas felizmente me deliciei com uma história bem construída, marcada por um forte contexto histórico do período da monarquia, das fazendas de café e da abolição da escravatura. O fato da autora ter intercalado as cartas trocadas entre seus personagens, bem como os folhetins e reportagens datadas deste período, tornaram o enredo ainda mais vivo e real. A capa é simples e nos traz a gravura de uma sinhá moça lendo uma carta à beira-mar e a diagramação está ótima, com fonte em bom tamanho e revisão de qualidade. Recomendo ☺

site: http://www.newsnessa.com/2016/06/resenha-beije-me-onde-o-sol-nao-alcanca.html
Lagrutta 16/12/2016minha estante
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Jaque 26/03/2016

Um retrato da sociedade
Gostei muito do livro, mais pelo retrato que faz da sociedade brasileira do século XIX, do que pelo romance que promete. Talvez o título tenha um objetivo diferente do livro, o que não desmerece o seu conteúdo. Não considero que tenha havido um triângulo amoroso, ou qualquer amor entre os personagens, mas a moral, as conveniências e a decadência de um estilo de vida saltam aos olhos. No entanto, o mais impressionante foi ver que, por baixo da aparência de modernidade, muito daquela época ainda está entre nós.
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maíra 24/11/2021

Ficção + História = ?
Em "Beije-me onde o sol não alcança", Mary del Priori une a História da época dos barões de cafés, escravidão, atribuição de títulos aos nobres com a ficção da história narrada. Apesar da ficção, muito da narrativa é verdade, fascinando o leitor pela leveza que é escrito. Um livro que no final das contas, mostra como uma pessoa pode morrer de tristeza, no sentido literal da palavra. É muito profundo e sentimental. Eu que nunca fui tão fã de História, amei o livro.
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@juliosanttana 17/10/2021

"Beije-me onde o sol não alcança"
Escrito por Mary del Priore, Dra na França, fez História Social no Brasil, ganhadora de vários prêmios brasileiro dentre eles o Prêmio Jaboti.
Sua história de estréia baseada em documentos reais, somos apresentados a um romance verdadeiro de um conde Russo, que vem ao Brasil para casar-se com Nicotáh herdeira de um Barão do Café que vive no Vale do Paraíba, passando por Rio de Janeiro, Paris, São Petersburgo.
A narrativa acontece no período final da escravatura, além de mostrar essa transição com fatos histórico e detalhado, pelo olhar da escritora presenciamos dramas, angústias, ambição, paixões tragédias.
O triângulo amoroso de um conde Russo, uma baronesa do café e uma ex escrava no século XIX.
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