DêlaMartins 06/05/2024
Tinha uma expectativa alta com a história de Doce Perdão... o livro não atendeu, mas segui até o final.
O pano de fundo é a ideia das pedras do perdão, criada por uma mulher que fez bullying com a protagonista no passado. A ideia é que a pessoa envie 2 pedras para pedir perdão e, se o/a receptor/a aceitar o perdão, ele/a deve devolver uma das pedras.
Hannah, a protagonista, é muito imatura e insegura. Tem 30 e poucos anos, é apresentadora de tv local e seu namorado é o prefeito da cidade. A vida dela é uma vitrine.
No passado recente, rompeu com o namorado que amava muito por causa de uma traição. Também teve um rompimento forte com a mãe na pré-adolescência - a princípio, ela culpa a mãe e, depois durante a narrativa, começa a se culpar. As tais pedras fazem com que Hannah entre em contato com seu passado e, por conta disso, acaba passando por problemas.
Até existem partes emocionantes e tocantes na narrativa, a ideia do perdão é interessante e algumas passagens e frases são bem bonitas, mas além da imaturidade de Hannah, existe um fato que foi perdoado sem muito esclarecimento e, pra mim, jamais poderia ser associado ao perdão da forma apresentada. Esse fato foi abordado como certeza, depois virou dúvida e, sem qualquer esclarecimento, foi perdoado. Não concordo.
Hoje, conhecendo a narrativa completa, não indico a leitura.