Caim

Caim José Saramago




Resenhas - Caim


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Denise Ximenes 17/10/2022

Não se lê Saramago com indiferença!
Mais uma vez, Saramago escancara seu ateísmo por meio da reescrita de fatos das Escrituras.

Profundo conhecedor da Bíblia, aqui Saramago destaca enredos importantes do Antigo Testamento. Depois da morte de Abel, Caim se vê perambulando pelo mundo e vive alguns episódios conhecidos nossos, sempre com a intenção de questionar deus.

Como assim pedir a Abraão que sacrifique o próprio filho? Como assim... Jó, um homem justo e temente a Deus, viver as piores desgraças por uma disputa de ego entre deus e o diabo?

E Sodoma e Gomorra... que, por ordem divina, foram dizimadas sem critério nenhum, levando à morte até mesmo crianças inocentes? Até o dilúvio e a arca de Noé são alvo da acidez do autor, já que Caim é "obrigado" a cobrir todas as fêmeas humanas com a infame tarefa de perpetuar a humanidade.

Minha quinta estrela vai para os diálogos entre deus e Caim, este - desaforado - apresenta indícios das limitações do senhor. Aquele, humildemente, reconhece as suas falhas.

Só Saramago mesmo. Ninguém mais.
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sou_botelho 13/10/2022

Caim
Eu julguei o livro pelo nome e não façam isso com ?Caim? ok? A narrativa do José Saramago é um tanto complicada, mas vale a pena cada palavra lida, cada pauta levantada? a mente dele é brilhante e eu ri de gargalhar? amei o livro.
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Neide22 12/10/2022

Este foi um dos livros mais desafiadores que eu já li.
E também um dos mais divertidos!
Desafiador pela forma que Saramago escreveu, quase sem parágrafos, sem diálogos separados, sem letras maiúsculas em nomes próprios, que muitas vezes, eu não conhecia pra entender que eram nomes próprios.
Divertido por colocar em xeque nossas convicções sobre o que entendemos por Deus e nos fazer concordar por Caim.

Diferente, divertido e desafiador.
Ewerton 12/10/2022minha estante
O estilo dele é assim mesmo. Quando li "o ensaio sobre a cegueira" levei um tempo até me acostumar. Depois li "ensaio sobre a lucidez" e já fui mais preparado.




mcbs 21/09/2022

"Ao contrário do que costuma dizer-se, o futuro já está escrito, o que não sabemos é ler-lhe a página."
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@limakarla 15/09/2022

Leitura muito boa, muito fluida e que me arrancou gargalhadas desde o início. É muito interessante a forma como o Saramago conta histórias da Bíblia com a sua própria visão e sagacidade! Lembrando sempre que se trata de um livro como outro qualquer, que traz várias histórias, é bom encontrar outras compreensões de coisas que podem ou não ter acontecido.
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Marcelo.Alencar 14/09/2022

Quando o racional invade a crença?
Espetacularmente Saramago se depara com alguns dogmas religiosos sobre a teoria divina de Deus, do Antigo Testamento, numa obra inteligente e crítica ao mesmo tempo. Sou fã do
autor. Da sua capacidade de se meter onde existem lacunas na natureza humana. Imagine um Nietzsche se deparando com Deus: é o que vc lerá em CAIM. Um show!
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Miss Depressed 07/09/2022

Deus, o mais vil entre as criaturas
Com diálogos perspicazes e por vezes cômicos, o autor traz uma nova abordagem para histórias bíblicas há muito conhecidas, com direito a duras críticas aos escolhidos do senhor e o comportamento do próprio ao discorrer da narrativa, além de viagens no tempo em paralelo com os constantes questionamentos de Caim. Saramago mais uma vez foi genial em sua criação, recomendo fortemente.
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Jessica858 04/09/2022

Não gostei do livro e não me prendeu nem um pouco, leitura arrastada e lenta. Mas pra muitos é considerado um dos melhores livros de Saramago.
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Badlagirl 27/08/2022

José Saramago reconta episódios bíblicos do Velho Testamento sob o ponto de vista de Caim, que, depois de assassinar seu irmão, trava um incomum acordo com deus e parte numa jornada que o levará do jardim do Éden aos mais recônditos confins da criação.
Se, em O Evangelho segundo Jesus Cristo, José Saramago nos deu sua visão do Novo Testamento, neste Caim ele se volta aos primeiros livros da Bíblia, do Éden ao dilúvio, imprimindo ao Antigo Testamento a música e o humor refinado que marcam sua obra. Num itinerário heterodoxo, Saramago percorre cidades decadentes e estábulos, palácios de tiranos e campos de batalha, conforme o leitor acompanha uma guerra secular, e de certo modo involuntária, entre criador e criatura. No trajeto, o leitor revisitará episódios bíblicos conhecidos, mas sob uma perspectiva inteiramente diferente.
Para atravessar esse caminho árido, um deus às turras com a própria administração colocará Caim, assassino do irmão Abel e primogênito de Adão e Eva, num altivo jegue, e caberá à dupla encontrar o rumo entre as armadilhas do tempo que insistem em atraí-los. A Caim, que leva a marca do senhor na testa e portanto está protegido das iniquidades do homem, resta aceitar o destino amargo e compactuar com o criador, a quem não reserva o melhor dos julgamentos. Tal como o diabo de O Evangelho, o deus que o leitor encontra aqui não é o habitual dos sermões: ao reinventar o Antigo Testamento, Saramago recria também seus principais protagonistas, dando a eles uma roupagem ao mesmo tempo complexa e irônica, cujo tom de farsa da narrativa só faz por acentuar.

Bastante polêmico.
Não há outra definição.
Saramago é incrível em suas obras, sua escrita e ideias.
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dionisocastro 07/08/2022

Depois de ler o sagrado, fui logo atrás do profano. Saramago é um nome que tenho enrolado para ler faz um bom tempo e, apesar da nota baixa, foi uma ótima experiência. Os pontos mais positivos do livro são certamente o jeito que o autor escreve, com total desrespeito às regras clássicas, mas que conferem ao livro o ritmo que ele precisa. Esse é mais um exemplo de como se pode usar as palavras em tudo o que elas nos podem oferecer.

Eu estava ainda no meio da minha leitura do pentateuco quando comecei esse, mas a maior parte dos eventos retratados aqui, eu já havia lido no material fonte. Acho interessante a releitura e a forma como Saramago critica diversas questões da bíblia, mas para mim, o livro não vai muito além disso.

Assim, acredito que vou me interessar bem mais por outros livros de Saramago, principalmente por ter me apaixonado completamente pela sua forma de escrever. Por outro lado, esse livro em específico não funcionou tanto para mim. Sinto que como uma crítica à Bíblia em forma ensaística e desconstruindo os personagens, o livro deixa muito a desejar. Gostaria de ver essa história alcançando todo o potencial que eu acredito que ela tenha.
Marcelo.Alencar 12/09/2022minha estante
Todos os livros de Saramago tem sua escrita dessa forma. A gente se acostuma e acaba se tornando uma dificuldade menor diante de tanta qualidade literária.


dionisocastro 12/09/2022minha estante
eu imagino, como falei na resenha, a escrita foi um ponto muito positivo pra mim




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Erich 11/07/2022

Uma bela releitura do velho testamento. Acompanhamos o trajeto de Caim, condenado a vagar eternamente. Mas ele vaga não só pelo espaço, como também pelo tempo. E tem assim a oportunidade de presenciar várias das atuações de deus ao longo dos séculos. Pelos olhos de Caim vemos o deus se revelando como um ser ou insano (ou maligno), que mata sem pudor e dá ordens sem avaliar as consequências às pessoas. A culpa de Caim, que assassinou o irmão, é comparada aos poucos com a culpa de deus, que constantemente mata aos homens como formigas.
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Otávio - @vendavaldelivros 08/07/2022

“O leitor leu bem, o senhor ordenou a abraaão que lhe sacrificasse o próprio filho, com a maior simplicidade o fez, como quem pede um copo de água quando tem sede, o que significa que era costume seu, e muito arraigado.”

Último romance lançado com o autor ainda vivo, Caim é mais uma das obras marcantes, polêmicas e encantadoras do português José Saramago. Publicado em 2009, um ano antes de seu falecimento, o livro narra a história do assassino de Abel, sua origem, sua relação com o irmão e, principalmente, sua relação com Deus e com os principais acontecimentos bíblicos do Antigo Testamento.

É sempre um prazer ler Saramago, não à toa o português é um dos meus autores favoritos e de tantas pessoas. Essa é minha segunda experiência com um romance seu que se aventura nas histórias bíblicas. E se em “O Evangelho Segundo Jesus Cristo” sua acidez e bom humor já eram marcantes, em Caim essas características ficam ainda mais expostas, o que torna o livro até mais gostoso de ser lido.

Na história, narrada por um narrador onisciente e que frequentemente quebra a barreira e se comunica com o leitor, conhecemos a história de Adão e Eva, sua expulsão do paraíso e, consequentemente, de seus filhos, nesse caso em especial, Caim e Abel.

Após o assassinato de Abel pelas mãos do irmão, Caim recebe a marca de Deus e passa a vagar pelo tempo e pelo espaço, estando presente, junto com seu jumento, de importantes passagens bíblicas como a construção da Torre de Babel, o cerco de Jericó, o sacrifício de Abraaão e o grande dilúvio. Em todos esses momentos Caim se destaca, com seu ceticismo em relação à grande bondade de Deus e suas motivações.

É óbvio que a obra tem total influência do ateísmo e das críticas costumazes de Saramago ao Cristianismo e, particularmente, são esses questionamentos ácidos as partes mais engraçadas do livro. Uma crítica que visa a racionalidade de conceitos tão consolidados dentro da religião, mas sempre com o bom humor que só um gênio como Saramago era capaz de fazer. O único defeito é que termina rápido demais, merecia o dobro de páginas.
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