Sociedade do cansaço

Sociedade do cansaço Han B.C.
Byung-Chul Han




Resenhas - Sociedade do Cansaço


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Carla 05/10/2022

Muitos assuntos e pouco espaço
O livro traz ensaios do filósofo sul-coreano que apontam para explicações sobre o adoecimento mental da população buscando em outros estudos filosóficos suporte para suas teorias.

Alguns ensaios são muito bons, mas outros exigem um conhecimento filosófico muito mais apurado do que acreditei que a coleção da editora pretendia.

Mas é um importante ponto de reflexão e um trampolim para quem quer estudar o assunto mais a fundo: estamos adoecendo pq hoje somos a sociedade do desempenho, onde somos nossos próprios patrões e exigimos de nós mesmos além da força que temos. Não existe espaço para a contemplação e o descanso, para a atenção plena e para o bem viver.
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Lanna Victoria 08/08/2020

A violência da era da positividade
Neste livro, Byung Introduz a mudança de paradigma que presenciamos no século XXI: estamos em uma era de violência neuronal, em contraste com uma era imunológica prévia. Apesar de temermos epidemias virais ou bacterianas, as doenças do século são TDAH, depressão, síndrome de Burnout, entre outras, que não são desenvolvidas por reações imunológicas contra o que é estranho (negativo/antígeno), mas sim provocadas pelo excesso de "positividade". Byung-Chul Han expande esses conceitos das ciências médicas para o âmbito das ciências sociais e inicia toda uma reflexão da sociedade pós-moderna. Hoje, o zeitgeist não é o ataque ao estranho ou hostil, não há uma reação imunológica, mas, na verdade, a violência atual parte do igual, do exagero de positividade e igualdade. É uma violência sistêmica, violência neuronal ou “violência da positividade”.
Este livro mudou minha forma de pensar a nossa sociedade e a mim mesma. Me vi inscrita na era da positividade, que se manifesta também como o excesso de informações, estímulos e impulsos. Esse excesso de positividade, reforçado por uma cultura de expressão de individualidade que enaltece o desempenho é justamente o criador das coerções modernas. Byung diz que "A lamúria do indivíduo depressivo de que nada é possível só se torna possível em uma sociedade que crê que nada é impossível". Não se diferencia mais agressor e vítima e a tal liberdade do século XXI, se contrastada com a prévia sociedade de Foucault, é paradoxal, pois a violência é inerente ao sujeito, e ela própria é coativa.
Byung me fez me afastar da ilha do desempenho para conseguir observá-la e criticá-la. Me fez ter vontade de resgatar a capacidade contemplativa em meio à frequente multitarefa. Aprendi que o tédio/ócio é essencial ao processo criativo, no entanto o ego hiperativo da sociedade é intolerante a pausas, é inquieto e marcado por uma rápida mudança de foco. A inquietação não gera nada de novo, reproduz e acelera o já existente.
Um livro tão curto, mas tão denso. Convido vocês a estudarem Byung. Talvez esse livro não os atinja da forma dilacerante que me atingiu, mas certeza vão aprender bastante.
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Peupaiva 13/10/2022

Difícil leitura
Livro interessante que te leva a diversas reflexões, porém com uma leitura exaustivas, que depende de muita atenção e estudo. Não é um livro de leitura rápida, apesar de ser de bolso.
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Lilian Andrade 06/06/2022

Leitura indispensável
Contemplação! É possível resumir em uma palavra o quanto a crítica desse livro é necessária para uma transformação do modo como estamos levando a vida.
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Uncovermoon 15/12/2021

Esclarecedor
Confesso que achei um pouco difícil de ler pois estava um tempo sem pegar em um livro quando comecei ele. Tendo em vista o momento atual, não só meu, acredito que muita gente também se sente esgotado mentalmente, é um livro essencial, de verdade.
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Victória 03/01/2023

Um ensaio sobre o cansaço
No projeto de ler mais livros de não-ficção esse ano, começo com esse que queria ler faz tempo.

Confesso que esperava mais do livro. Ele trás muitas reflexões interessantes, e dá pra refletir bastante sobre a forma como encaramos a vida em meio a uma sociedade impulsionada pelo "produzir".
Fala sobre a importância do ócio e das diferenças entre o século passado e o atual na forma de encarar o "dever".

No entanto, o autor está muito focado em provar um ponto; e por isso, em muitos momentos tem muitas repetições do mesmo argumento mas com outras palavras, o que torna maçante.
Ele usa as conclusões de vários outros filósofos e pensadores pra compor essa argumentação, principalmente discordando desses pensadores, o que é valioso. Mas não ocorre nenhum aprofundamento que poderia enriquecer muito mais a discussão.

Não acho que foi uma perda de tempo pois é rapidinho de ler, mas é uma análise que se apoia mais na filosofia e na psicologia. E eu particularmente preferia uma discussão mais sociológica, e algo mais aprofundado.
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Fer Paimel 31/12/2021

Para refletir
Gostei do livro, embora tenha achado alguns trechos meio truncados? talvez a tentativa do autor de explicar teorias muito extensas em poucas palavras tornou a leitura mais complicada (ex. Resumir uma ideia de Nietzsche dentro de um capítulo de um livro de cento e poucas páginas é difícil kkkk).
No geral, achei legal a descrição da saída de uma sociedade da disciplina para uma sociedade do desempenho; fez bastante sentido com o que vemos nas relações de hoje em dia. Também gostei do paralelo entre as positividades e negatividades do comportamento humano como necessárias para se atingir um equilíbrio de saúde mental?
Enfim, recomendo :)
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Vanessa.Papalardo 08/08/2021

Reflexivo
Apesar de ser extremamente fino e pequeno, este livro é riquíssimo em conteúdo e reflexões, o que o torna gigante.

O livro aborda o problema atual de praticamente, se não, de todos os indivíduos, ainda mais nesta época pandêmica.

Ele aborda de modo preciso os problemas existentes na sociedade e a sua relação com o sofrimento psíquico, relacionando-os as suas épocas e respectivas enfermidades.

Além disso, o autor relaciona e aponta ainda muitos aspectos relacionados a produtividade, pensamentos positivos e pessimistas, o relacionamento individual e coletivo no trabalho ou fora dele, a forma de pressão individual imposta por cada um em si mesmo ou nas demais pessoas.

Inúmeros aspectos e questionamentos são levantados, de modo que, as reflexões triplicam.

É uma leitura um tanto quanto necessária, que além de exigir muita reflexão, se faz necessário um autoconhecimento de suas personalidades e forma de agir.

O cansaço coletivo é um assunto extremamente atual e pontual, visto que temos de nos revirar para conseguir realizar todos os afazeres cotidianos, sem torná-los monótonos, além de que, devido a demasiada quantidade de profissionais, se faz necessário ainda, ultrapassar o básico, por meio da inovação e criatividade.

Quem possui interesse em refletir um pouco sobre o cansaço atual da sociedade e seus pensamentos filosóficos, recomendo fortemente a leitura.

Mais resenhas em @futurodo.preterito
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Ana 07/08/2021

Se eu tivesse entendido a leitura, talvez fossem 5 estrelas
"A lamúria do individuo depressivo de que nada é possível só se torna possível numa sociedade que crê que nada é impossível". O livro trás críticas válidas à sociedade atual, onde estamos online e disponíveis o tempo inteiro e não há mais limite entre o descanso, o trabalho, e o lazer, e nos adoece. Para quem, assim como eu, achar a linguagem difícil de entender, esse artigo pode ajudar:
https://brasil.elpais.com/brasil/2016/07/04/politica/1467642464_246482.html
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Lu_Augusto 19/10/2022

Um livro que se propunha inovador, mas onde a maioria de suas ideias já foi exposta por outros autores abordando o mesmo tema.
Sem dúvidas é uma discussão importante o tema da "sociedade do cansaço", exploração do trabalho, bournaut e depressão, entretanto são abordados de maneira rasa mesmo para um ensaio.
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Andre350 22/12/2021

Livro curto e objetivo: revela fatos que muitas vezes não nos damos conta
A genealogia da inimizade não coincide com a genealogia da violência. A violência da positividade não pressupõe nenhuma inimizade. Desenvolve-se precisamente numa sociedade permissiva e pacificada. Por isso ela é mais invisível que uma violência viral.

A violência da positividade não é privativa, mas saturante; não excludente, mas exaustiva. Por isso é inacessível a uma percepção direta.

A sociedade do século XXI não é mais a sociedade disciplinar, mas uma sociedade de desempenho. Também seus habitantes não se chamam mais “sujeitos da obediência”, mas sujeitos de desempenho e produção. São empresários de si mesmos.

O plural coletivo da afirmação Yes, we can expressa precisamente o caráter de positividade da sociedade de desempenho. No lugar de proibição, mandamento ou lei, entram projeto, iniciativa e motivação. A sociedade disciplinar ainda está dominada pelo não. Sua negatividade gera loucos e delinquentes. A sociedade do desempenho, ao contrário, produz depressivos e fracassados.

Problematicamente, Alain Ehrenberg aborda a depressão apenas a partir da perspectiva da economia do si-mesmo. O que nos torna depressivos seria o imperativo de obedecer apenas a nós mesmos. Para ele, a depressão é a expressão patológica do fracasso do homem pós-moderno em ser ele mesmo.

O que causa a depressão do esgotamento não é o imperativo de obedecer apenas a si mesmo, mas a pressão de desempenho. Visto a partir daqui, a Síndrome de Burnout não expressa o si mesmo esgotado, mas antes a alma consumida.

O sujeito de desempenho encontra-se em guerra consigo mesmo. O depressivo é o inválido dessa guerra internalizada. A depressão é o adoecimento de uma sociedade que sofre sob o excesso de positividade. Reflete aquela humanidade que está em guerra consigo mesma.

Hoje, vivemos num mundo muito pobre de interrupções, pobre de entremeios e tempos intermédios.

Apesar de todo o seu desempenho computacional, o computador é burro, na medida em que lhe falta a capacidade para hesitar.

A crescente positivação da sociedade enfraquece também sentimentos como angústia e luto, que radicam numa negatividade, ou seja, são sentimentos negativos.

A sociedade do cansaço, enquanto uma sociedade ativa, desdobra-se lentamente numa sociedade do doping. Nesse meio tempo, também a expressão negativa “doping cerebral” é substituída por “neuro-enhancement” (melhoramento cognitivo). O doping possibilita de certo modo um desempenho sem desempenho.

“O sujeito de desempenho está livre da instância externa de domínio que o obriga a trabalhar ou que poderia explorá-lo. É senhor e soberano de si mesmo. Assim, não está submisso a ninguém ou está submisso apenas a si mesmo. É nisso que ele se distingue do sujeito de obediência. A queda da instância dominadora não leva à liberdade. Ao contrário, faz com que liberdade e coação coincidam. Assim, o sujeito de desempenho se entrega à liberdade coercitiva ou à livre coerção de maximizar o desempenho. O excesso de trabalho e desempenho agudiza-se numa autoexploração. Essa é mais eficiente que uma exploração do outro, pois caminha de mãos dadas com o sentimento de liberdade. O explorador é ao mesmo tempo o explorado. Agressor e vítima não podem mais ser distinguidos. Essa autorreferencialidade gera uma liberdade paradoxal que, em virtude das estruturas coercitivas que lhe são inerentes, se transforma em violência. Os adoecimentos psíquicos da sociedade de desempenho são precisamente as manifestações patológicas dessa liberdade paradoxal.”
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Emi 09/10/2020

"O excesso da elevação do desempenho leva a um infarto da alma"
Apesar de ser um livro curto, o conteúdo é descomunal. Para mim, positividade sempre foi algo bom...até ouvir sobre esse livro. O equilíbrio é essencial.
Pretendo reler, uma vez que é importante entender sobre conceitos Nietzschianos e de Hannah Arendt para entendê-lo melhor.
Bibs 09/10/2020minha estante
Que resenha chique


Emi 09/10/2020minha estante
só não é mais chique que você


ana julia 09/10/2020minha estante
Chique mesmo, agora to com ainda mais vontade de ler, principalmente sobre oq vc disse sobre positividade já que eu detesto isso hahahaha


Emi 10/10/2020minha estante
kkkkkkkkk leeeeeeee, é muito bom


Bernardo.Bastianello 10/10/2020minha estante
Robert chora de orgulho com uma resenha dessas


Emi 11/10/2020minha estante
acho que ele choraria de vergonha KKKKK




celle 31/12/2021

Sociedade do cansaço: trabalho, desempenho e produtividade.
Iniciei a leitura do ensaio aqui referido com expectativas muito elevadas, pensando encontrar respostas e explicações muito interessantes para o status quo atual de trabalho profícuo e alienação demasiada; pensando, além disso - e principalmente - em achar razões para as quais eu mesma caio diariamente nesses comportamentos de busca por superprodutividade, competição e metas impossíveis através dos quais eu, entrando e submergindo nele, ia rumo a um Burnout. E acredito não estar só nisso.

No entanto, o começo da escrita foi, para mim, confuso, muito prolixo e pouco objetivo. Acredito que o erro foi meu: esperava demais de um ensaio cuja linguagem é muito acadêmica e complicada. Então, não penso que este seja um livro para todos, e nem didático. É explicativo e complexo, por isso pretendo lê-lo novamente com mais maturidade.

No mais, gostei das explicações finais e marquei muitos excertos importantes para manter em minha cabeceira e, principalmente, em minha mente.
celle 31/12/2021minha estante
Alguns excertos ótimos:

A sociedade do desempenho, ao contrário, produz depressivos e fracassados. (P.25)

A depressão é a expressão patológica do fracasso do homem pós-moderno em ser ele mesmo. (P.27)

O que causa a depressão do esgotamento não é o imperativo de obedecer apenas a si mesmo, mas a pressão de desempenho. (P.27)

Por falta de repouso, nossa civilização caminha para uma nova barbárie. Em nenhuma outra época os ativos, isto é, os inquietos, valeram tanto. (P.37)

Todos os esforços em favor da vida levam à morte. (P.66)

A sociedade do cansaço, enquanto uma sociedade ativa, desdobra-se lentamentevnuma sociedade do doping. (P.69)

A sociedade do desempenho e a sociedade ativa geram um cansaço e esgotamento excessivos. (P.70)

A 'alegria' que se encontra nas redes sociais de relacionamento tem sobretudo a função de elevar o sentimento próprio narcísico. Ela forma uma massa de aplausos que dá atenção ao ego exposto ao modo de uma mercadoria. (P.93)

Os novos meios de comunicação e as técnicas de comunicação estão destruindo cada vez mais a relação com o outro. (P.91)

Nós nos transformamos em zumbis saudáveis e fitness, zumbis do desempenho e do botox. Assim hoje, estamos por demais mortos para viver, e por demais vivos para morrer. (P.119)




Bia 25/10/2020

O livro faz uma crítica muito atual e pertinente à nossa sociedade, porém sua linguagem não é tão fácil de ser entendida. O autor busca embasamento em outros teóricos/filósofos para fundamentar seus argumentos e isso dificulta o entendimento para alguém que não está familiarizado com essas pessoas. Não consegui absorver muito do livro por conta dessa linguagem rebuscada do autor, mas não descarto uma futura releitura.
@sorriatom 25/10/2020minha estante
Tive a mesma impressão, Bia.
Em vez de discorrer sobre sua própria abordagem, se deteve muito tentando refutar outros autores. Isso tornou a leitura maçante.
Ademais, é livro muito bom e trata de um assunto sério.


Bia 25/10/2020minha estante
Exatamente, achei muito cansativa e complexa as explicações que ele dava pra refutar cada teórico.




rufininha 25/07/2021

Cansada tô eu
Como pode um livro tão curto ser tão cansativo - com o perdão do trocadilho -?

O assunto é super interessante e relevante, termino com boa parte do livro grifado e destacado. Mas a construção é difícil. O autor insere pensadores como Hanna Arendt, Nietzsche, Foucault, Kant, Aristoteles sem dar mínimo embasamento, assumindo que o leitor já tenha uma base formada, como se ele só continuasse uma conversa. Achei em vários momentos uma escrita confusa também. Do meio pro final, o autor repete os mesmos conceitos repetidas vezes, esticando o assunto que te faz pensar ?tá, já entendi isso?. A boa notícia é que no final, a coisa ganha maior fluidez.

Ainda assim, 3 estrelas porque o assunto é realmente bom e muito atual. Todos estamos cansados e ansiosos. Han dá ?nome aos bois? e tira das costas do indivíduo a culpa por sentir-se assim: ?Hoje, vivemos numa época pós-marxista. No regime neoliberal a exploração tem lugar não mais como alienação e autodesrealização. Ao contrário, eu exploro a mim mesmo de boa vontade na fé que possa me realizar. E eu me realizo na direção da morte. Otimizo a mim mesmo para a morte. Nesse contexto não é possível haver nenhuma resistência, levante ou revolução. [?] Nós nos transformamos em zumbis saudáveis e fitness, zumbis di desempenho e do botox. Assim, hoje, estamos por demais mortos para viver e, por demais vivos para morrer.?

Recomendo, sim, mas já avisando o leitor do que ele deve esperar. Indico ler numa tacada só, pra conseguir maior encadeamento dos conceitos e não arriscar abandonar. E também não ler num domingo, eu que lute pra ter vontade de trabalhar amanhã kkkk
Paula Cristina 29/07/2021minha estante
Achei sua resenha excelente! Estou do meio para o final deste livro e tenho a mesma sensação. O assunto é importantíssimo e urgente, porém a leitura é difícil, achei um tanto abstrata e confusa apesar das ótimas referências... Até agora achei que o livro é superestimado, talvez eu mude de ideia assim que encerrar. Veremos.


rufininha 29/07/2021minha estante
Dá uma insistida que, mais pro final, flui melhor :)




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