denis.caldas 01/11/2020Já tem um tanto de resenha falando sobre o livro, mas sempre cabe mais uma, não?! Depois que participei do Desafio Skoob 2020, onde o nosso ponto é contabilizado se fizer uma resenha, viciei nesse negócio! Acho que era isso que a Vivi e o Linderberg queriam, não?! Mas vamos lá!
Quando um negócio é estudado por alguém que não é do ramo, pode sair uma boa coisa, pois se beneficia do beneplácito da dúvida e da generalidade, ou seja, não é escrito por um especialista intelectual que reside na torre de marfim, mas por alguém como você e eu, de carne e osso. Esse é o maior mérito de um jornalista, como o Narloch, escrever sobre economia brasileira,
Isso posto, o livro traz um estudo sobre as forças econômicas que atuam no Brasil desde o século passado e, porque deu errado. Ora, é fácil se compararmos com a força da gravidade, tudo que vai pra cima, uma hora cai. Assim é com a economia, a força da oferta/demanda, as ações voluntárias dos indivíduos ou de um grupo têm resultados econômicos previsíveis, porém politicamente incorretos.
Veja bem, reduzir o teto dos gastos públicos não é popular, pois (quase) todo mundo esbraveja que a educação, a saúde e a segurança (trio adorado pelos políticos, até do Partido Novo) serão prejudicados pela sanha neoliberal satânica, mas essas mesmas pessoas não sabem, por má fé ou ignorância que, quanto maior o gasto público, comprovadamente ineficiente no caso do Brasil, maior a impressão de dinheiro sem lastro e, consequentemente, maior a inflação e o custo do brasileiro pobre.
Pois quem você acha que mais sofre: quem ganha 10 mil reais e passa a receber 5 mil, ou quem recebe R$ 1.000 e passa a receber (ou ter poder de compra) de R$ 500? É o resultado de políticas populares. Não adiante, meu chapa, a economia é cíclica e, quando você interfere nela, no melhor modo keynesiano, progressista ou socialista, a conta é empurrada pra frente, mas será muito maior.
Ah, e pra encerrar, interessante ver nos agradecimentos o nome do Joel Pinheiro da Fonseca, que participou dos protestos contra a Dilma, foi colunista do Instituto Mises Brasil até 2016, mas hoje banca de social-democrata na Jovem Pan, no melhor estilo MBL arrependido-fora-Bozo...