Bells - @brumbells 30/03/2018Volta para mim, romance escrito pela inglesa Mila Gray (pseudônimo de Sarah Alderson), conta a história de amor entre os jovens Jessa Kingsley e Kit Ryan. Entretanto e apesar do aparente clichê romântico, a história começa bem instigante: descobrimos no prólogo que alguém - ou Kit ou Riley, irmão de Jessa, - morreu enquanto estava em serviço pelo exército americano, deixando Jessa numa posição de dor, se seu irmão ou seu grande amor morreu. Somos então conduzidos a 3 meses antes do fato apresentado no começo do livro, para o dia em que Jessa e Kit se beijaram pela primeira vez e todo o amor entre os dois floresceu.
Kit e Riley, amigos de infância, alistaram-se juntos no corpo de fuzileiros dos EUA, e agora, após quase 1 ano longe de casa, eles voltaram para um breve folga antes de retornarem ao serviço militar.
Jessa, a irmã de Riley, caçula da família Kingsley, está feliz pela visita do irmão e ansiosa em rever Kit, por quem nutre uma paixão secreta há anos.
Para a alegria de Jessa, Kit parece também interessado na irmãzinha do seu melhor amigo, o que deixa as coisas meio complicadas, já que ele tem medo de se envolver romanticamente com ela e acabar com a amizade com Riley, a quem considera como a um irmão; e como se isso não bastasse, o velho coronel Kingsley, pai de Jessa e Riley, não suporta Kit e seu pai, que por motivos que ninguém sabe, deixou de ser amigo do pai de Kit na juventude enquanto ambos também serviam no exército.
Acompanhamos então o “romance proibido” de Jessa e Kit ao longo das poucas semanas antes da volta de Kit ao serviço, e conforme os dias passam, mais os dois vão se apaixonando um pelo outro e ficando tristes pela separação iminente.
“- Volta para mim. Promete que você vai voltar para mim - sussurra, os lábios pressionados contra os meus, lágrimas rolando pelo rosto.
Eu prendo aquela mecha teimosa atrás da orelha dela.
- Sempre.”
(Mila Gray, p. 158)
A história como um todo é até boa, com personagens cativantes - e outros nem tanto -, mas a meu ver a autora enrolou MUITO às vezes. A forma como o romance entre Jessa e Kit é desenvolvida trás uma ideia legal de amadurecimento, especialmente de Jessa, porém tem hora que ficava bem repetitivo, caindo sempre no clichê das histórias de amor, além das atitudes de Jessa, que no começo da história parecia mais uma criança entrando na adolescência ao invés da garota de 18 anos que está prestes a ingressar na faculdade.
Felizmente, passados os 3 meses, quando voltamos ao tempo inicial da narrativa, a história toma um rumo bem diferente, tornando-se mais profunda, pesada e triste quando descobrimos o que realmente aconteceu e como os demais reagiram à notícia devastadora.
Assim, a história que aparentemente pararia no clichê amoroso, mostra a que veio, conquistando esta leitora que vos escreve 😉
Algo que eu gostei bastante ao longo da trama (mesmo nas partes mais melosas e clichês) foi a narrativa ora sob o ponto de vista de Jessa, ora sob o de Kit, o que dá uma boa noção de ambas as protagonistas. E como eu já mencionei, gostei muito de algumas personagens, e aquela que a meu ver merece mais destaque é Didi, melhor amiga de Jessa e que com certeza merece um livro só dela (até onde eu sei, foi lançada lá fora uma sequência chamada Stay with me contando um romance dela, porém ainda não temos notícias sobre seu lançamento aqui no Brasil, então agora é ficar na torcida para que isso aconteça *-*).
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