Vinicius.Correa 15/02/2020
Logo que a Aleph anunciou o lançamento deste livro eu já fiquei muito curioso, antes mesmo de saber sobre o que se tratava a obra. Sendo bem franco, só por ser um lançamento da Aleph já é meio caminho andado para ser um livro bom. A editora publica livros ótimos, e com este não foi diferente. Infelizmente, não o li no formato fisico, e sim, em e-book, mas o único ponto ruim é que não terei esta belíssima arte de capa na minha estante. Enfim, dinheiro não ta fácil pra ninguém, né? Mas então, quando consegui o ebook da obra não hesitei nem um pouco em ler, e logo no primeiro dia, já havia lido metade do livro de tão ótimo que ele é. Na verdade, existem livros bons, ótimos e este, que não é nem um, nem outro. Simplesmente algo mais. Não dá pra simplesmente classifica-lo em uma destas categorias, ele é simplesmente perfeito e ponto-final.
No seu aniversário de 75 anos, John Perry faz duas coisas: Visita o tumulto de sua falecida esposa e, surpreendentemente, se alista no exército. Com os novos rumos que a humanidade tomou, sendo colonizadora de diversos planetas e na guerra para conquistar ainda mais, a idade avançada deixa de ser um problema e sim um caminho para uma nova vida, arriscada, porém, radicalmente surpreendente. Sabe se lá o porque mas a idade mínima para servir ao exército das FCD (Forças Coloniais de Defesa) é com 75 anos. Como que um velho de 75 anos irá defender a terra, e as diversas colônias espaço a fora é o grande mistério inicial. Até mesmo quem se alista só fica sabendo muito tempo depois… Mas de uma maneira ou de outra, para John, qualquer coisa é melhor do que permanecer velho e continuar envelhecendo ainda mais a cada dia que se passa.
“Preste atenção: quando se tem 25, 35, 45 ou até mesmo 55, ainda é possível sentir-se bem com as chances de enfrentar o mundo. Quando se tem 65 e o corpo está diante da ruína física iminente, esses ‘regimes e precedimentos médicos, cirúrgicos ou terapêuticos’ começam a parecer interessantes. Então chegamos aos 75, os amigos morrem, e já trocamos ao menos um órgão principal, precisamos mijar quatro vezes durante a noite e não conseguimos subir um lance de escadas sem ficar um pouco zonzos - e dizem que estamos em muito boa forma para a idade.”
Após se alistar o protagonista parte para Nairobi e vai para a espaçonave onde irá passar por uma minuciosa avaliação para, a partir dai, começar o treinamento. Após o término do treinamento, o qual não é nem um pouco fácil, temos a primeira batalha com os alienígenas. E após essa, muitas outras ocorrem. É legal acompanhar esta fase da história, presenciamos o personagem ganhar força e prestigio por seus atos de coragem e além disso conhecemos algumas das raças com a qual a humanidade está envolvida, que são uma mais louca que a outra. Teve um momento em especial que o protagonista se questionou sobre o real motivo desta guerra, ao se ver simplesmente matando seres alienígenas que não representavam perigo com a justificativa de proteger as colônias conquistadas pela terra. Afinal, pra que tanta violência? Porque não tentar ser mais diplomático? A maneira que esta questão é abordada no livro é interessante, porque afinal, não são só os seres humanos que são violentos, muito pelo contrário... Enfim, super recomendo a leitura. Este livro é um prato cheio para os amantes de ficção cientifica.
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