O Mito de Sísifo

O Mito de Sísifo Albert Camus




Resenhas - O Mito de Sísifo


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Mariana Orico 30/03/2021

C'est la vie
A vida é uma eterna busca de sentidos. E quando a pedra cai, cabe a nós criarmos um novo sentido, fazer diferente. Por isso a capacidade de Sísifo ser feliz rolando a pedra.
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May 17/03/2021

Um brinde à vida absurda.
Foi uma leitura que eu não só li mas senti de maneira que ainda sinto ao escrever esse texto. Camus é um homem de outro mundo, ou melhor, é de um mundo que consegue descrever dentro desse. Muito do que ele abordou eu já tinha uma crença a respeito, só não sabia que era denominada ?absurdo?, agora me sinto menos sozinha. A vida é um absurdo, um absurdo muito belo. Só temos o agora, nada mais, nada menos que o agora. No momento atual você recorda sobre o passado e no momento atual você reflete sobre o futuro, ambos não existem fora do presente. O homem que acredita no eterno pode muito bem esperançar-se ou perturbar-se, no primeiro você vive de mentiras/teorias. No segundo você quer acabar com aquilo, ir embora e conhecer o pós vida. Já no absurdo, você é consciente, tem ciência de que nem tudo pode ser provado, que nem tudo precisa ter sentido, que a vivência pode ser uma piada de mau gosto mas que no fim, você precisa vivê-la e sentí-la com todos os seus sentimentos. Não importa se o amanhã existe ou não, você está vivendo o agora fazendo o que ama ou pelo menos deveria estar. E se seu amor não for o suficiente para impactar outro ser humano, não importa, você é assim. Quando você for lembrado, você já estará morto, aliás, esta é a única certeza da vida. Então que vivamos ou brincamos de viver sem em nenhum momento fugirmos da nossa essência, muito menos trair aquilo que acreditamos.

Ps: quando você estiver em um momento crítico, sofrendo alguma consequência decadente, imagine-se rindo daquilo como uma piada ruim. ?Está tudo bem?, o absurdo é assim, a vida é assim: as vezes trágica, as vezes satisfatória, mas sempre intrigante.
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DANNE 13/03/2021

É preciso imaginar-se feliz
Sai dessa leitura um pouco diferente de como a entrei, principalmente sobre o próprio mito de Sisifo e como eu vejo o meu trabalho e os trabalhos das pessoas a minha volta. O eterno ciclo em que vivemos, de trabalho, descanso, trabalho.
?A própria luta é suficiente para preencher o coração de um homem, é preciso imaginar Sisifo feliz?.
O absurdo que é viver essa vida, muitas vezes ?é preciso? que nós imaginemos as coisas para não ficarmos loucos e cometêssemos o ato final de liberdade, o suicídio, é preciso que nos deixemos iludir pela vida, é preciso achar propósito. É preciso imaginar-se feliz.
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Gabriel 09/03/2021

Uma vida sem apelações
“Só existe um problema filosófico realmente sério: é o suicídio. Julgar se a vida vale ou não a pena ser vivida é responder à questão fundamental da filosofia. O resto, se o mundo tem três dimensões, se o espírito tem nove ou doze categorias, aparece em seguida. São jogos. É preciso, antes de tudo, responder." - Albert Camus.

Camus nos apresenta neste livro, sua filosofia do absurdo. Diante de um mundo completamente desprovido de sentido, silencioso frente as reinvindicações de sentido feitas pelo homem que anseia pelo absoluto e pela unidade, vale a pena continuar vivendo? Para Camus, a resposta é sim.

Nossa consciência é desperta pelo cansaço, que por sua vez vem de uma pergunta que todos nós nos fazemos com alguma frequência: por quê? É esse cansaço que desafia a vida mecânica do homem, que vive todos os seus dias como se fosse eterno, sem se questionar sobre o proveito que tira de sua vida; o homem vive para o amanhã, sendo que o amanhã traz uma única certeza: sua própria morte. E é desse despertar da consciência que podem prover duas consequências: suicídio ou restabelecimento.

Para Camus, o suicídio físico não é uma solução, ele apenas atesta que o homem foi superado pelo absurdo, representando o mais elevado estado de aceitação possível. E o homem absurdo não aceita, ele se revolta. Uma revolta consciente que o acompanha por toda a sua vida, uma revolta que não é o mesmo que o desespero; uma recusa a aceitação da falta sentido que não é o mesmo que a renúncia da vida e uma insatisfação consciente que difere da inquietude juvenil. O homem absurdo não quer uma explicação e uma solução. O homem absurdo quer experimentar e descrever, aceita sua condição absurda, mas não se resigna diante dela, recusa a esperança, os projetos de vida; se basta com o que tem em uma revolta sem futuro.

O homem absurdo é o contrário do suicida: é um condenado a morte, pois é este que, ao mesmo tempo em que possui consciência de seu fim próximo, recusa a morte. O homem consciente do absurdo de um mundo sem sentido, quer esgotar suas possibilidades. Não quer viver melhor, quer viver mais, pois a única forma fundamental de liberdade, é a liberdade de ser, que cessa com a morte; sua liberdade é a prazo. Se o futuro não lhe pertence, o que lhe resta é viver.

Viver. Viver aceitando as regras do jogo. Viver buscando a intensidade de cada momento. Viver buscando a vida nas esquinas, nos finais de tarde ensolarados ou em uma agradável noite de outono. Vive sem negar o eterno, mas sem fazer nada por este. O que vale para o homem absurdo é o presente, é o estar presente. Não coleciona, pois, não se apega ao passado. Não se ilude, pois, a ilusão e a esperança são pequenas mortes para o homem ciente da absurdidade da vida. Ciente que não pode se livrar do tempo, se torna unha e carne com ele.

Aceitar o absurdo é negar de um lado e exaltar do outro. É ser ciente o tempo todo de seus limites, de sua finitude. É buscar o gosto da vida em cada momento que se faz presente, é viver uma paixão sem amanhã, desprovida de futuro ou de qualquer esperança.

Aceitar a filosofia de Camus, é se revoltar contra a morte. E fazer dessa revolta sua força de viver. Em tempos contemporâneos, onde a busca desesperada por um sentido que vá além do homem e do tempo presente é crescente, onde pessoas anseiam cada dia mais por respostas simples, totalizantes e que expliquem tudo (verdadeiras caixas de fósforos que as livram da necessidade de suportar a complexidade e os paradoxos do mundo sozinho), Camus nos apresenta uma filosofia de vida que nos livra de apelações, que faz do homem o senhor de seus dias, que vive o presente buscando esgotar suas possibilidades no agora, sem esperançar pelo amanhã, sempre consciente de sua condição absurda em um universo ardente e gélido ao mesmo tempo, onde sua inteligência limitada é ultrapassada pela realidade do mundo.
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Isis 03/03/2021

Cansativo.
Ótimo para adquirir conhecimento, porem não indico para quem esta buscando algo para relaxar.
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AndrA65 28/02/2021

Tratado contra o suicídio
Camus entra no tema central da obra de forma direta e objetiva, clama que o único problema real da filosofia é o suicídio (no qual ele separa em 3 partes, mas dando ênfase ao suicídio literal), pois é a única coisa que tem peso real sobre a vida e a morte dos homens. Para Camus não importa se a Terra gira em torno do Sol, em quantas partes a alma é dividida, ou com quantos paus se faz uma canoa, a única questão que deve ser respondida pela filosofia é: "o que leva os homens a tirarem sua própria vida?".

O autor entrega neste livro uma análise aprofundada sobre o tema do absurdo, a deparação sobre a falta de sentido objetivo da vida. Essa falta de sentido em Camus não surge como carência subjetiva a cada indivíduo, afinal seu ateísmo já é subentendido ao longo do texto, nos levando concluir que não estamos sujeitos a vontade de um Deus ou um plano maior de posteridade da vida: "O absurdo é o pecado sem Deus".

Marcada por uma escrita linda e com uma incisão sem igual, esta obra com certeza remanesce de forma involuntária sobre a mente das pessoas que a lerem. Isso acontece porque ao ler este escrito, a chama do memento mori (lembre-se da morte) é acesa e começamos a pensar e, para Camus, "Começar a pensar é começar a ser atormentado".

Quando isso acontecer, é desejável estar preparado psicologicamente para acender uma vela de lucidez na escuridão que acompanha esse sentimento tão humano, demasiado humano, que é o absurdo.
@PinkLemonade 01/03/2021minha estante
Excelente resenha, André. Me convenceu a checar a obra futuramente :)


AndrA65 01/03/2021minha estante
Fico feliz Fontenele!




Dant 11/02/2021

É preciso imaginar sísifo feliz.
O mito de sísifo, um ensaio sobre o absurdo. Escrito em 1941 Aborda todo um aspecto da condição humana. A qual camus chama de, o Absurdo.
"O Absurdo" se refere ao conflito entre a tendência humana de buscar significado inerente à vida e a inabilidade humana para encontrá-lo em um universo sem propósito e irracional.

Essa obra filosófica de leitura harmoniosa e agradável, explora toda uma concepção existencial.
Tal como a falta de um sentido inerente à vida, e o caráter inútil do trabalho humano em que se dá o homem cotidiano. Onde camus faz uma analogia ao mito que dá o título a obra.
Ainda inteiramente interligada com o romance "o estrageiro" que acaba se tornando um verdadeiro complemento, independente da ordem em que sejam lidos.

"Antes, a questão era descobrir se a vida precisava de ter algum significado para ser vivida. Agora, ao contrário, ficou evidente que ela será vivida melhor se não tiver significado."
~Albert camus.
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Filipe 09/02/2021

One must imagine Camus is happy
Só há uma questão que realmente me interessa: o absurdo. De maneira paradoxal, Camus explora a origem do desespero humano, da contradição, da virtude e da razão. Não é uma leitura fácil, ela te embrulha o estômago ao que te aponta o quão absurdo é existir ao mesmo tempo em que te diz que está tudo bem ser assim. Uma obra extremamente necessária para compreender não apenas ao filósofo, como também a vida em seus novos rumos e possibilidades existenciais.
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Dav 07/02/2021

Minha primeira resenha em video
É, eu sei que o que se espera aqui seja uma resenha em texto, e até pensei em colocar a transcrição por aqui, mas pfvr, deem uma olhada no video que fiz no youtube falando sobre :)

site: https://youtu.be/oJGbKZ1sAlY
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herbert.goncalves 31/01/2021

trágica a existência de quem morre, sem saber o motivo porquê viveu
sísifo não se submeteu ao sacrifício. teve coragem de desafiar aos deuses, mas não teve coragem para "desistir". acho que esse foi o seu grande pecado, nunca desistir e assim não aceitar sua condição de mortal. não teve a coragem de descer nos seus infernos pessoais, na sua miséria humana e lá encontrar seus verdadeiros tesouros. não se reconciliou com sua humanidade. uma obra forte e poderosa.

site: https://filmow.com/usuario/herbert_
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Richard 23/01/2021minha estante
O mais antigo de todos os filósofos é sempre o Piton. O cara escreve um livro filosófico direto, cria um spin off narrativo pra ilustrar, cunha termos linguísticos, estuda mito grego... Pra pegar mulher. Errado não tá


Teorema Espectral 24/01/2021minha estante
Pegar mulher é o único fim em si mesmo 100% garantido




Luana 20/01/2021

Deus existe ou não existe? O homem é responsável pelas suas atitudes ou tudo parte de um controle de uma força motora superior? Segundo Camus, as duas coisas não podem coexistir: "ou não somos livres e o responsável pelo mal é Deus todo-poderoso, ou somos livres e responsáveis, mas Deus não é todo-poderoso." O homem absurdo é responsável pela suas atitudes e pela sua própria vida. Não há deus. A vida é o eterno e deve ser vivida em sua plenitude. A ideia do suicídio é tomada como algo referente à divindade do homem, como aquele que tem poder sobre si mesmo e portanto, tem a sua vida nas próprias mãos.

Como alguém que acredita em Deus, este livro me leva a confrontar as minhas próprias convicções, a olhar para dentro de mim e a compreender que há outros tipos de pensamentos, crenças e credos. A religião, a fé em alguém evoluído ou superior pode ser um consolo ou um tormento. Cada um toma para si o que achar cabível.

Um bom livro para ajudar a pensar...
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Sthe 16/01/2021

Absurdo
Basicamente li esse livro para ter um entendimento melhor do romance do mesmo autor, “O Estrangeiro”. Gostei muito do livro, apesar de ter achado um tanto complexo foi uma leitura bem rápida. Sai do livro com outra mentalidade, é um livro que com certeza vai te fazer pensar! Pretendo me aprofundar mais no conceito do absurdo e reler essa obra.

“Só existe um problema filosófico realmente sério: é o suicídio. Julgar se a vida vale
ou não vale a pena ser vivida é responder à questão fundamental da filosofia.”
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